GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

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GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO Um material completo com mais de 100 termos usados em todos os processos de fabricação de espumas de poliuretano que você precisa conhecer.

O mundo do poliuretano é repleto de especificidades e termos técnicos, que nem sempre são fáceis de encontrar ou estão disponíveis na internet. Tenha uma ótima leitura, Equipe Flexível Poliuretanos Se você atua no mercado de poliuretano, sabe como é essencial entender as terminologias relacionadas ao segmento, processos químicos, laboratoriais e gerais, porque elas facilitam a rotina e ajudam a compreender melhor cada etapa da fabricação até o produto final. Este glossário de termos foi desenvolvido por uma equipe de especialistas da Flexível Poliuretanos para você usar e recorrer sempre que tiver uma dúvida. Aqui, você vai encontrar os termos mais comuns usados pelas empresas fabricantes de espumas de poliuretano, uma seleção baseada no processo produto e de desenvolvimento de PU. 2 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

GLOSSÁRIO A ADITIVO AGENTE DE EXPANSÃO QUÍMICO Um produto ou substância usado para modificar ou melhorar as propriedades ou o processamento da espuma. Exemplos típicos são os plastificantes, corantes, antioxidantes, aromatizantes e cargas. AGENTE DE EXPANSÃO FÍSICO Um líquido de baixo ponto de ebulição usado nas formulações de espuma para gerar gás, além do dióxido de carbono gerado pela reação da água com o isocianato. Também conhecido como agente auxiliar de expansão. É usado junto com a água para abaixar a densidade da espuma, em densidades inferiores a 20 kg/m³ ou em substituição a uma parte da quantidade total de água da formulação, para produzir espumas macias. Evitando superaquecimento do bloco de espuma. É o produto que após sofrer uma reação química, gera um gás que é usado para expandir a espuma. A água é um dos exemplos mais comuns. AGENTE DESMOLDANTE Substância usada na forma de dispersão, solução ou emulsão, que é aplicada na superfície do molde para evitar que a espuma grude no processo da desmoldagem. AGITADORES Peças com diferentes formatos e tamanhos usadas para misturar e recircular os componentes líquidos dentro dos tanques. 3 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

ALOFANATO AROMÁTICO A É um composto formado pela reação de um grupo uretano com isocianato em temperaturas elevadas. Se forma em conjunto com o biureto. AMINA TERCIÁRIA Amina caracterizada por apresentar átomo de nitrogênio ligado a três radicais orgânicos. Classe de compostos amplamente utilizada na catalisação de espumas de poliuretano. Termo usado para descrever compostos cujas moléculas possuem pelo menos um anel benzênico. Diisocianato de tolueno (TDI) e difenil metano diisocianato (MDI), os principais isocianatos para a fabricação de espumas, são compostos aromáticos. AROMATIZANTE Produto com odor agradável usado em uma formulação para mascarar o odor desagradável de algum componente. ANTIOXIDANTES Produtos adicionados aos polióis ou formulações para aumentar a resistência às reações de oxidação. 4 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

BALANÇO CATALÍTICO BLOCO B A proporção entre o catalisador de expansão (amínico) e o catalisador de polimerização (organometálico). BATELADA Pré-mistura contendo poliol com todos os demais componentes (exceto o isocianato), nas proporções de uma dada fórmula. Espuma produzida em caixote pelo processo descontínuo ou segmento cortado a partir de bloco produzido em máquina contínua de espumação. BLOCO CONTÍNUO Bloco de espuma produzido em máquina de espumação contínua. BIURETO Em termo de poliuretano, biureto é um composto formado pela reação de um grupo isocianato com um grupo uréia proveniente de outro isocianato. Ele é formado em espumas com alto índice de isocianato, no momento de mais alta temperatura da reação, gerando dureza e alongamento na espuma. 5 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

CABEÇOTE DE MISTURA CASA DE SISTEMAS C Dispositivo que mistura de dois ou mais componentes de uma formulação antes de derramá-los em um molde. No caso de espumas flexíveis feitas em caixote. O cabeçote é substituído pelo batedor, geralmente presente em injetoras e máquinas contínuas. Empresas ou indústrias que fornecem e desenvolvem tecnologias de poliuretano. CATALISADOR CAIXOTE Termo usado para descrever um equipamento descontínuo para a produção de blocos de espuma composto por caçamba de fundo falso, misturador com velocidade e tempo de agitação variáveis e caixa de espumação. Substância que apresenta a propriedade de alterar a velocidade de uma reação química. Os catalisadores mais usados em espumas de poliuretano são as aminas terciárias e os catalisadores organometálicos contendo estanho. CÉLULAS CARGA Substância adicionada a uma formulação para alterar a densidade ou as propriedades da espuma. As cargas mais usadas em espumas incluem o carbonato de cálcio e o sulfato de bário, dolomita, alumina, entre outros. Cavidades individuais na estrutura da espuma formadas pela nucleação do material polimérico líquido reativo. As células da espuma são classificadas pela regularidade e tamanho. 6 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

CÉLULAS FECHADAS CÉLULAS IRREGULARES C Células que apresentam membranas intactas que não permitem o fluxo de ar entre células vizinhas. Um alto teor de células fechadas prejudica a performance das espumas flexíveis de bloco aumentando principalmente a deformação permanente. CÉLULAS FINAS Termo usado para descrever espumas com cerca de 70 a 80 células por polegada linear. CÉLULAS GROSSAS Células grandes e irregulares (grossas) que são formadas por mistura ineficiente. Espumas com estrutura celular grossa (20 a 30 células por polegada linear) são usadas na fabricação de esponjas de limpeza. Células com tamanhos diferentes, não uniformes, presentes na estrutura celular de uma espuma. Aparecem por excesso de ar na mistura ou por mistura não homogênea. Espumas de alta resiliência apresentam estrutura com células irregulares. Tipo e quantidade de silicone surfactante também influenciam nesta característica. CLOROFLUORCARBONOS Compostos formados por Carbono, Flúor, Cloro e Hidrogênio usados, no passado, como agentes físicos de expansão na produção de espumas de poliuretano. Parte deles foi proibida devido a seu impacto na camada de ozônio e os restantes serão proibidos em breve. 7 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

COMPOSTO ORGÂNICO CRESCIMENTO LIVRE C Substância química contendo átomos de carbono. As substâncias binárias simples como monóxido ou dióxido de carbono, cianetos e carbonatos metálicos não se enquadram nesta categoria. A expansão de uma espuma em um recipiente sem tampa. A menor densidade possível de uma formulação é obtida nestas condições. CORTE POR COMPRESSÃO VARIÁVEL É o processo para o corte de uma lâmina de espuma submetida a uma força de compressão variável, de modo que resultem duas lâminas que se encaixam perfeitamente contendo padrões alternados de saliências e depressões. As vantagens deste processo são a obtenção de espumas mais macias e resilientes, bem como o fato de que as duas lâminas possuem uma espessura próxima à espessura da lâmina original. Essas espumas laminadas são conhecidas como perfilados. 8 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

DESCOLORAÇÃO D É o amarelecimento gradual de uma espuma, causado por uma reação fotoquímica. Ocorre mais rapidamente na luz solar do que na artificial. É um fenômeno superficial e não acarreta perda significativa das propriedades físicas da espuma. DIISOCIANATO Composto contendo dois grupos isocianato (NCO) por molécula. DURABILIDADE Este termo, quando aplicado a espumas flexíveis, se refere à capacidade de uma espuma reter o suporte de carga e espessura durante sua vida útil. Existem vários testes de laboratório que são usados para prever a durabilidade das espumas que, no entanto, podem não apresentar correlação com a realidade. Estes testes são frequentemente utilizados para comparar a performance relativa de várias espumas. 9 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

EFEITO DE MASSA ESPUMA AGLOMERADA E Efeito da quantidade total de produtos na reatividade, tempo de cura e exotermia da espuma. A relação entre a superfície e o volume do molde ou caixa onde a espuma é produzida também afetam o processo de espumação. Espuma resultante do processo de unir pequenos flocos de espuma com o auxílio de adesivo e pressão. É um processo de reciclagem eficiente e o material final é considerado de alto valor. EQUIVALENTE AMÍNICO ESPUMA DE ALTA RESILIÊNCIA Valor analítico usado para expressar a reatividade de compostos contendo grupos isocianato. O valor é inversamente proporcional à reatividade do produto. Por exemplo, o equivalente amínico do TDI é 87 ao passo que o equivalente amínico do MDI polimérico, menos reativo, é maior do que 130. Espuma flexível de bloco ou moldada baseada na reação de polióis reativos, de alto peso molecular, com TDI ou misturas de TDI/MDI com valor de resiliência maior ou igual a 55. Essas espumas são usadas em móveis e colchões de alto conforto e assentos automotivos. ESPUMA ESPUMA DE BLOCO CONTÍNUO Material celular, de baixo peso, resultante da introdução de células de um gás em uma massa polimerizante. Espuma flexível de bloco fabricada em um máquina contínua de espumação. Essas espumas apresentam propriedades físicas superiores e mais uniformes, quando comparadas às espumas flexíveis de caixote. Espumas de caixote precisam de aditivos químicos para se equiparar a espuma de processos contínuos. 10 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

ESPUMA DE CAIXOTE ESTABILIZADORES E Espuma flexível de bloco fabricada por processo descontínuo com o auxílio de um caixote. As dimensões dos caixotes mais usados são 3, 5 e 10 metros cúbicos. ESPUMA DE COPO Espuma feita manualmente, em copo, com 100 a 300 gramas de reagentes, com o uso de um misturador elétrico ou pneumático. Esse tipo de espuma é feito para determinar a reatividade da formulação, controlar a qualidade das matérias-primas ou no estágio inicial de desenvolvimento de novas formulações. ESPUMA DE POLIURETANO Plástico celular termofixo formado pela reação de compostos contendo hidrogênio ativo (poliol) com agente de expansão (água) e isocianato (TDI, MDI). Podem ser classificadas em flexíveis, semiflexíveis, semirrígidas e rígidas. Aditivos que ajudam na manutenção ou melhoria das propriedades das espumas tais como antioxidantes, absorvedores de ultravioleta. Silicones surfactantes também são chamados de estabilizantes físicos da reação. EXOTERMIA É o calor liberado durante as reações que ocorrem no processo de espumação. A exotermia das reações é diretamente proporcional à reatividade dos componentes bem como ao nível de água da formulação. É possível calcular o valor aproximado da temperatura através da fórmula e medir a temperatura usando termopar. ESTEQUIOMETRIA A relação entre os equivalentes reativos de uma formulação. 11 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

FATOR DE CONFORTO A relação entre o valor de IFD a 65% de deflexão e o valor de IFD a 25% de deflexão. Quanto maior o módulo, maior o conforto da espuma. Espumas flexíveis apresentam valores de módulo entre 1.8 e 2.4. Espumas de alta resiliência apresentam, geralmente, valores de módulo acima de 2.6. FLUIDEZ F A capacidade de uma formulação de preencher uma cavidade definida (molde) com a densidade mais baixa possível. FLAMABILIDADE FLUOROCARBONO Queima relativa de um material em condições especificadas. A denominação pode variar de acordo com o método utilizado. FLOCULADOR Equipamento usado para picar retalhos ou sobras de espuma para utilização posterior, como flocos, espuma aglomerada e outras. A família de hidrocarbonetos fluorados que é usada como agente de expansão físico na produção de espumas. Estes compostos tem impacto muito menor ou nenhum impacto na camada de ozônio em comparação com os clorofluorcarbonos. FORMULAÇÃO São os produtos expressos em partes por cem partes de poliol, usados para a fabricação de uma espuma ou em porcentagem, dependendo do processo. 12 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

FRIÁVEL Espuma que esfarela quando submetida a atrito. FUNCIONALIDADE O número de grupos reativos por molécula. Exemplo: a funcionalidade da glicerina é 3 (3 grupos OH). GRADIENTE DE DENSIDADE FGH GRUPO HIDROXÍLICO O radical formado pela combinação dos átomos de Hidrogênio e Oxigênio (OH) ligados a um átomo de carbono que forma o grupo reativo das moléculas dos polióis. HIDROXILA PRIMÁRIA É a variação de densidade que ocorre em um bloco de espuma devido a problemas físicos inerentes ao processo. A densidade média de um bloco é obtida de uma amostra do centro geométrico do mesmo. Amostras do fundo do bloco apresentam densidades maiores e amostras do topo do bloco densidades menores. A diferença de densidade que é indesejável pode ser minimizada com o uso de aditivos. A Flexível dispõe de aditivos em seu catálogo de soluções. Hidroxilas obtidas pelo acabamento de polióis com óxido de etileno. São mais reativas do que as hidroxilas secundárias, presentes em maior quantidade em polióis feitos apenas com óxido de propileno. HIDROXILA SECUNDÁRIA Hidroxilas obtidas na fabricação de polióis com óxido de propileno. São menos reativas do que as hidroxilas primárias. 13 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

ÍNDICE DE ISOCIANATO A medida do balanço estequiométrico entre o número de equivalentes de isocianato, usado para reagir com o número de equivalentes dos compostos reativos da fórmula (poliol, água, reticulantes). O índice de isocianato 100 indica que existe isocianato suficiente para reagir com todos os compostos contendo hidrogênio ativo. Normalmente um certo excesso de isocianato (102 a 115) é usado para melhorar as propriedades das espumas. INJEÇÃO DE AR A prática de injetar pequenas quantidades de ar comprimido no cabeçote de mistura com o objetivo de diminuir o tamanho das células da espuma. I ISOCIANATO Grupo químico contendo átomos de Carbono, Nitrogênio e Oxigênio unidos por duplas ligações (N=C=O), ou, um composto orgânico contendo um ou mais grupos isocianato. ISOCIANURATO Composto trímero cíclico formado pela reação entre grupos isocianato em índices de isocianato superior a 100 e na presença de certos catalisadores que favorecem a trimerização. Esses grupos conferem características especiais às espumas rígidas. ISÔMERO Uma de duas ou mais estruturas moleculares que contém o mesmo número e tipo de átomos, porém arranjados de uma forma diferente na molécula (fórmulas estruturais diferentes). O TDI, por exemplo, é fornecido com duas relações diferentes de isômeros, 80/20 ou 65/35, que apresentam comportamentos distintos na fabricação de espumas. 14 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

LAMINAÇÃO À CHAMA LINHAS DE MISTURA L Processo de união de espuma flexível com tecido pela fusão da superfície da espuma por chama e prensagem posterior. Linhas visíveis em espumas com problema de mistura que normalmente se espalham da base para o topo do bloco. LINHA DE CREME LINHAS DE UNIÃO O ponto da esteira de uma máquina contínua de espumação onde a mistura reagente se torna esbranquiçada e começa a expandir. Quando o processo de espumação está estabilizado a linha de creme permanece a uma distância fixa do cabeçote de mistura. São linhas que aparecem na espuma, mostrando onde dois fluxos do material se encontraram no estágio final do preenchimento de um molde. Essas Linhas são um defeito e a espuma neste ponto é frágil. LINHAS DE FLUXO Veios que se propagam para o topo do bloco de espuma flexível, geralmente causados por derrama de material do cabeçote em cima de espuma em fase de expansão. 15 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

MEMBRANA CELULAR MN A fina película que forma a parede das células fechadas das espumas. MOLDE NÚCLEO Qualquer recipiente onde a mistura reativa de poliuretano é derramada para formar um artigo com as formas deste recipiente. NUCLEAÇÃO O processo de geração de bolhas minúsculas dentro de um líquido. Recurso usado em espumas flexíveis para ajustar o tamanho das células. Pode-se abaixar, significativamente, o peso específico do poliol com o uso da nucleação. A porção interna de uma espuma livre de toda e qualquer pele. NÚMERO DE HIDROXILA Número que expressa a quantidade de grupos hidroxila disponíveis para a reação com isocianato. É usado no cálculo estequiométrico da reação. É calculado como o número de miligramas de hidróxido de potássio equivalentes ao conteúdo de hidroxilas de um grama do poliol. 16 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

PELE PESO MOLECULAR P Superfície externa da espuma, de densidade mais alta, que se forma pelo resfriamento mais rápido do que o núcleo. No caso de espumas moldadas, a pele faz parte do acabamento final do artigo. No caso de espumas flexíveis de bloco, a pele, também conhecida como casca, deve ser removida. PERDA GASOSA É a perda de massa durante o processo de espumação, calculada pela subtração do peso final da espuma do peso total de produtos usados. Essa perda é proveniente da formação de CO2 na reação do isocianato com a água, bem como da vaporização de agentes físicos de expansão. A soma dos pesos atômicos de todos os átomos de uma molécula. O peso molecular é expresso em gramas de um mol de moléculas. PH É a medida da acidez ou basicidade aparente de uma substância. Três padrões são normalmente usados na indústria de poliuretano: 1) Mistura de água/metanol (relação 1:10 em peso). 2) Mistura isopropanol/água (relação 10:6 em volume). 3) 5% em peso de poliol em água. PESO EQUIVALENTE PLÁSTICO O peso molecular de um produto dividido pelo número de grupos reativos da molécula. O valor do peso equivalente é inversamente proporcional ao número de hidroxila ou ao número de NCO. Material polimérico sintético. 17 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

PLÁSTICO CELULAR POLIÉTER P Material plástico contendo inúmeras células no seu interior. PLASTIFICANTES Substâncias usadas para aumentar a flexibilidade da estrutura da espuma. POLIÉSTER Material polimérico contendo grupos éster (-COO-) na cadeia principal ou em ramificações. Os poliésteres são mais susceptíveis à hidrólise do que os poliéteres. Poliois poliéster tem alta viscosidade e suas espumas alta resistência mecânica e a solventes. Material polimérico contendo grupos éter (-C-O-C-) na cadeia principal ou em ramificações. POLIISOCIANATO Substância contendo mais do que três grupos isocianato ligados na molécula. POLIISOCIANURATO Substância contendo vários grupos poliisocianurato (trímeros cíclicos do isocianato) ligados na molécula. Material significativo em espumas rígidas. POLÍMERO Substância orgânica, natural ou sintética, composta de unidades químicas que se repetem para formar moléculas maiores. 18 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

POLIOL POLIOL COPOLIMÉRICO P Molécula que apresenta um ou mais grupos hidroxila (OH) nas extremidades de cadeias ligadas por grupos éter (poliol poliéter) ou ligadas por grupos éster (poliol poliéster). Os polióis podem ainda ser modificados com polímeros de estireno/acrilonitrila (polióis copoliméricos), com uréia (polióis PHD) ou com poliuretano (polióis PIPA). Uma suspensão de um copolímero de estireno/acrilonitrila, em um poliol poliéter, com conteúdo variável de sólidos (5 a 45%). Normalmente usado junto com polióis poliéteres convencionais para aumentar o suporte de carga da espuma e para melhorar a sua processabilidade. Também conhecido como poliol polimérico ou poliol grafitizado. POLIOL CAPEADO POLIURETANOS Poliol cujos grupos terminais diferem dos grupos intermediários que constituem a sua estrutura. Por exemplo, um poliol iniciado com glicerina, extendido com óxido de propileno (PO) e capeado com óxido de etileno (EO). Compostos contendo vários grupos uretano (NHCOO) ao longo de um polímero contendo ligações éter ou éster. PONTO DE FULGOR A temperatura onde um líquido forma vapor suficiente para criar uma mistura inflamável perto da superfície do mesmo. 19 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

PORCENTAGEM DE HIDROXILA PRÉ-POLÍMERO P A porcentagem em peso dos grupos OH no peso total do poliol. Também conhecido como índice de hidroxila. PÓS-CURA Histórico de tempo e temperatura de uma espuma após ser removida do molde. Termo usado também para definir o tempo necessário para que a espuma atinja o máximo de suas propriedades físicas. Em geral, esse tempo fica entre 1 e 2 dias para a maioria das espumas de poliuretano. Produto formado pela reação de poliol com isocianato que, normalmente, contém isocianato livre para reação posterior com poliol e aditivos para formar o produto final. PROCESSABILIDADE O grau de facilidade com o qual um produto pode ser fabricado levando em consideração as variações que normalmente ocorrem nas matérias-primas, equipamentos e operadores. PRÉ-CURA Histórico de tempo e temperatura de uma espuma durante a residência no molde. 20 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

REAÇÃO DE EXPANSÃO RS Reação química da água com isocianato que resulta na formação de dióxido de carbono (CO2), que propicia a expansão do polímero. Poliuretanos não celulares são baseados em formulações isentas de água para evitar a geração de gás e, consequentemente, a formação de células. REAÇÃO DE GELIFICAÇÃO Uma das reações que ocorrem durante a formação de uma espuma. A reação entre polióis, reticulantes e isocianatos que formam grandes moléculas, aumentando a viscosidade do meio e, eventualmente, formando macromoléculas de altíssimo peso molecular. Também conhecida como reação de polimerização. Neste ponto de reação a fluidez do material polimérico está próxima de zero. REATIVIDADE Termo amplamente usado para descrever os resultados empíricos ou analíticos de medidas ou observações da velocidade das reações, que ocorrem durante a formação de uma espuma. SCORCH Coloração de amarela a marrom no centro do bloco causada por excesso de exotermia durante o processo de fabricação da espuma. Pode ocorrer em espumas contendo alto nível de água, alto índice de isocianato ou contaminadas com certos metais. 21 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

TEMPO DE CREME TEMPO DE CURA T O tempo decorrido entre a mistura dos componentes da formulação e o início do crescimento da espuma. Neste ponto, a mistura reagente muda de cor, tornando-se esbranquiçada em função da saturação do líquido pelo gás que é gerado na reação do isocianato com a água. O tempo de creme é uma característica importante de uma formulação e é influenciado por uma série de fatores, tais como nível de catalisador, temperatura dos componentes, processo de espumação, entre outros. O tempo necessário para que a espuma atinja as suas propriedades físicas finais, como resultado do término de todas as reações químicas que ocorrem no processo de fabricação da espuma. Na temperatura ambiente, esse tempo varia entre 24 e 72 horas para a maioria das formulações de espumas de poliuretano. TEMPO DE DESMOLDAGEM TEMPO DE CRESCIMENTO O tempo decorrido entre a mistura final dos componentes até o pico de crescimento da espuma. O tempo decorrido entre a injeção dos componentes reativos dentro de um molde e a abertura do mesmo para a remoção da peça moldada, sem que ocorra rasgamento ou alteração de sua forma original. 22 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

TEMPO DE GEL TU O tempo decorrido desde a mistura dos componentes na câmera de mistura (ou no cabeçote de injeção) até o ponto onde o polímero já está formado. Normalmente é determinado pela introdução de um palito de madeira no bloco até que se perceba a formação de fios. TEMPO DE PEGA LIVRE O tempo decorrido desde o início da reação e o ponto onde a superfície da espuma pode ser tocada sem provocar adesão. Espumas semirrígidas e espumas rígidas apresentam tempos de pega livre menores do que espumas flexíveis de bloco ou moldadas. TOQUE Descrição subjetiva do tato de uma espuma. Espumas com bom toque têm tato aveludado e, espumas com toque ruim, têm um tato áspero. URETANO O produto da reação de um isocianato com um composto contendo hidroxila. 23 GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NA FABRICAÇÃO DE POLIURETANO

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