CURVAS COTA-VOLUME E COTA-ÁREA DA LAGOA DA COCA-COLA LOCALIZADA NO DISTRITO INDUSTRIAL LUIZ CAVALCANTE



Documentos relacionados
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A PRECIPITAÇÃO REGISTRADA NOS PLUVIÔMETROS VILLE DE PARIS E MODELO DNAEE. Alice Silva de Castilho 1

Introdução. Porto Alegre Bacia do Arroio Areia

IBAPE - XII COBREAP - CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, BELO HORIZONTE/MG

IDENTIFICAÇÃO DE PERCEPÇÃO E DOS ASPECTOS ESTRUTURAIS QUANTO AOS RESIDUOS SÓLIDOS NO BAIRRO ANGARI, JUAZEIRO-BA.

ANÁLISE MULTITEMPORAL DA REDUÇÃO DO ESPELHO D ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS DO MUNICÍPIO DE CRUZETA RN, ATRAVÉS DE IMAGENS DE SATÉLITE.

UTILIZADORES DE REDUTORES DE VAZÃO NA REDUÇÃO DO TEMPO DE RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

OCUPAÇÕES IRREGULARES E IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAIS NA REGIÃO NOROESTE DE GOIÂNIA

OUTORGA DE DRENAGEM E FISCALIZAÇÃO COMO MECANISMOS DE GESTÃO DE ÁGUAS URBANAS

UTILIZANDO O HISTOGRAMA COMO UMA FERRAMENTA ESTATÍSTICA DE ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE ÁGUA TRATADA DE GOIÂNIA

Análise das Tarifas e Progressividade da conta de água em 13 Estados brasileiros

SIE - SISTEMA DE INFORMAÇÕES PARA O ENSINO CADASTRO DE FUNCIONÁRIOS

V USO E QUALIDADE DA ÁGUA DE DIVERSOS RIOS DO ESTADO DE ALAGOAS

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PONTOS DETERMINADOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ

IDENTIFICAÇÃO DOS TIPOS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA NO ASSENTAMENTO JACU NO MUNICÍPIO DE POMBAL-PB

AUTORES: TELES, Maria do Socorro Lopes (1); SOUSA, Claire Anne Viana (2)

Eng Civil Washington Peres Núñez Dr. em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Projeção de Demanda Sistema Cantareira. Diretoria Metropolitana - M Rua Nicolau Gagliardi, 313 Pinheiros São Paulo / SP

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Quadro Relação de chuvas de diferentes durações. Valor Médio Obtido pelo DNOS. 5 min / 30 min 0,34 1 h / 24 h 0,42

V ESTUDO TEMPORAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO GUAMÁ. BELÉM-PA.

4 Produção Limpa e SGA

ZONEAMENTO EDAFOCLIMÁTICO DA CULTURA DO COCO INTRODUÇÃO

Processo nº 37758/2014. ML-27/2015 Encaminha Projeto de Lei.

Armazém. Distribuição dos alunos matriculados no município de Armazém em Pré-Escola % Pré-Escola Fundamental % Fundamental Médio % Médio

PROJETO BÁSICO DE ENGENHARIA

Planos de Manutenção de Via Permanente Baseado em Inspeção sem Contato

Parecer sobre a Salinidade do Rio Araranguá e suas Implicações para a Cultura do Arroz Irrigado

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria Acadêmica Setor de Pesquisa

TECNOLOGIA DE VANGUARDA À SERVIÇO DO SANEAMENTO

INSTALAÇÃO DAS PLATAFORMAS DE COLETA DE DADOS (PCDs) HIDROMETEOROLÓGICAS DIPLA/DRH/SEMA

DISTRIBUIÇÃO DO USO E COBERTURA DA TERRA POR DOMÍNIOS GEOMORFOLÓGICOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO JOÃO - RIO DE JANEIRO

Saneamento básico e seus impactos na sociedade

ICMS ECOLÓGICO: UM ESTÍMULO PARA A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE SANEAMENTO AMBIENTAL EM MINAS GERAIS

REGULAMENTO DA BIBLIOTECA

PROJETO DE LEI Nº. 2. O hidrômetro individual será instalado em local de fácil acesso, tanto ao condômino como ao aferidor.

Análise de Percolação em Barragem de Terra Utilizando o Programa SEEP/W

DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS DOS PROJETOS GEF

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA RECUPERAÇÃO DE UMA ÁREA DEGRADADA POR EFLUENTE INDUSTRIAL

Ecologia Industrial Existem empresas que não têm possibilidade de simbiose?

IV ASPECTOS HIDROLÓGICOS E QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO CUBATÃO NORTE SANTA CATARINA

Informações Básicas para Licenciamento de PARCELAMENTO DE SOLO PARA FINS RESIDENCIAIS Licença Prévia

Aplicação de geoprocessamento na avaliação de movimento de massa em Salvador-Ba.

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

1. Canteiro de Obra Campo Grande 03

Cadastro de Oferta Plataforma Arouca

VI-025 PROGRAMA DE USO RACIONAL DA ÁGUA EM UMA UNIVERSIDADE: METODOLOGIA E RESULTADOS

Figura 21: Horta hidropônica utilizada pela comunidade local, aterro Parque Santa Bárbara em Campinas-SP. Fonte: A autora, 2009.

Avaliação do plano de gerenciamento dos RCC em Santa Maria.

GCP 3.6 GERENCIADOR DE CONCURSOS PÚBLICOS

RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO

EE531 - Turma S. Diodos. Laboratório de Eletrônica Básica I - Segundo Semestre de 2010

Atividade de Recuperação- Física

SISTEMATIZAÇÃO DE TERRENOS PARA IRRIGAÇÃO

EFICIÊNCIA DO LEITO DE DRENAGEM PARA DESAGUAMENTO DE LODO DE ETA QUE UTILIZA SULFATO DE ALUMÍNIO COMO COAGULANTE

ESTATÍSTICA BÁSICA NO CURSO DE TÉCNICO INTEGRADO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES CEUNSP

ACOMPANHAMENTO FÍSICO E FINANCEIRO DESCENTRALIZAÇÃO DE CRÉDITO PARA AS SDRS

Fundação Seade.

Palavras-Chave: Modelos de Otimização, Culturas Irrigadas, CISDERGO.

Unidade: Decisão de Investimento de Longo Prazo. Unidade I:

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DO DESEMPENHO DOS INGRESSOS VIA PEIES E VESTIBULAR NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA UFSM

Palavras-chave: Arborização; inventário ambiental; manejo; patrimônio arbóreo; radiofreqüência

CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS ESTADO DO AMAZONAS Gabinete do Vereador ELIAS EMANUEL

IMPORTÂNCIA DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE GUARULHOS-SP

ELABORAÇÃO DE MAPAS E MODELO 3D DO BAIRRO CENTRO DE SANTA MARIA RS¹

Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB

Utilização de Material Proveniente de Fresagem na Composição de Base e Sub-base de Pavimentos Flexíveis

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA - CONSULTOR POR PRODUTO -

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E CULTURA XI CONGRESSO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO CONPEEX

IMPLANTAÇÃO DA FERRAMENTA LINHA DE BALANÇO EM UMA OBRA INDUSTRIAL

É Presidente do Comitê de TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação da Amcham - SP, Câmara Americana de Comércio de São Paulo.

Traçado de uma bacia hidrográfica

DÚVIDAS FREQUENTES CONSÓRCIO DE IMÓVEIS GAZIN

EM BUSCA DE ÁGUA NO SERTÃO DO NORDESTE

TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA. Nº. 016/ 2012 CREA/MG E FUNASA Setembro/2013

CAPTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA

7. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

FACCAMP - FACULDADE CAMPO LIMPO PAULISTA. Educação Química

Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais

Parte II APLICAÇÕES PRÁTICAS. Capítulo 3 Determinação da Vazão de Projeto

PROJETO BÁSICO COTAÇÃO ELETRÔNICA Nº 25 /2013

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA I INTRODUÇÃO

Áreas da cidade passíveis de alagamento pela elevação do nível do mar

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 31 CARTOGRAFIA: ESCALAS

TERMO DE REFERÊNCIA PARA PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

SOFTWARE PARA CÁLCULO DE CURVA-CHAVE DE CANAIS NATURAIS

Análise da qualidade de imagens Landsat-1-MSS entre os anos de 1972 e 1975 para o bioma Cerrado

A FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO EM DIREITOS HUMANOS PARA A EDUCAÇÃO

RELATÓRIO TÉCNICO LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIALTIMÉTRICO CADASTRAL

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA: UM INSTRUMENTO AO PROCESSO DECISÓRIO

"SISTEMAS DE COTAGEM"

9.3 Descrição das ações nos Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

EDITAL PROCESSO SELETIVO ISMART 2016 Projeto Bolsa Talento

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL DO BANCO COOPERATIVO SICREDI E EMPRESAS CONTROLADAS

COMANDO DE OPERAÇÕES DE BOMBEIROS MILITARES COMANDO DE OPERAÇÕES DE BOMBEIROS MILITARES DO INTERIOR 5º GRUPAMENTO DE BOMBEIROS MILITAR - GBM

Q-Acadêmico. Módulo CIEE - Estágio. Revisão 01

Objetivo: Levantamento da curva temporizada utilizando a configuração para relés eletromecânicos

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO I INTRODUÇÃO

Palavras chave: defeitos de solda, pulso eco, redes neurais artificiais, transformada de wavelet

Transcrição:

1 CURVAS COTA-VOLUME E COTA-ÁREA DA LAGOA DA COCA-COLA LOCALIZADA NO DISTRITO INDUSTRIAL LUIZ CAVALCANTE Valmir de Albuquerque Pedrosa 1 RESUMO - Este artigo apresenta o processo de construção das curvas cota-volume e cota-área da Lagoa de Controle de Enchente, localizada no Distrito Industrial Luiz Cavalcante, município de Maceió. Verificou-se que a lagoa tem um volume de 586.000 m 3, valor muito próximo ao volume utilizado para amortecer a chuva de projeto de 50 anos de tempo de retorno. O resultado auxiliará a Prefeitura de Maceió e Governo de Alagoas a planejar o controle de enchentes desta região. ABSTRACT This paper shows how to define the volume of the detetion basin at urban area in Maceió. The basin has 586.000 m 3 and it is capable to reduce peak of hydrograph. This result helps the Maceió and Alagoas Government to plan control of the urban runoff. PALAVRAS-CHAVES- Curva cota-volume, curva cota-área, reservatório urbano. 1. BREVE DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO A Lagoa do Distrito Industrial, objeto deste estudo, localiza-se na região norte do município de Maceió-AL (figura 1), cobrindo uma área de aproximadamente 150 000 m 2 (15 ha). Esta região sofre com freqüentes enchentes devido a incapacidade de sua macrodrenagem, situação que vem se agravando desde a última década, conseqüência da intensa urbanização verificada no local. A região estudada (não possuindo nenhum curso de água estabelecido), destaca-se das demais, pois, devido as condições topográficas desfavoráveis, não tem drenagem natural das águas para fora do limite inferior da bacia. Desta forma, as águas impedidas de escoar ficam acumuladas no ponto mais baixo da área. A figura 2 ilustra o detalhe das curvas de níveis, deixando explícito 1 Professor Programa de Mestrado de Recursos Hídricos e Saneamento da Universidade Federal de Alagoas. Centro de Tecnologia. Campus A.C.Simões. Maceió-Alagoas. E-mail : valmirpedrosa@yahoo.com 1

esta situação. A água retida neste baixio é removida, principalmente, através de sua infiltração e evapotranspiração. Alguns eventos chuvosos já levaram duas semanas para serem completamente drenados. 2 Figura 1. Localização da área de estudo. Figura 2. Detalhes das curvas de níveis da região de estudo. 2

Por falta de um planejamento adequado na ocupação da área, alguns conjuntos habitacionais, e um importante pólo econômico da cidade - o Distrito Industrial Luiz Cavalcante (DILC) - estão localizados nos setores de menores cota da região. 3 Com os eventos extremos, as inundações além de causarem diversos transtornos e prejuízos a população local, acarreta a interrupção da produção do DILC, que conta com 46 fábricas e mais de 4500 empregados, trazendo elevados prejuízos. As mais recentes enchentes na região foram as de 1975, 1989 e 2000. Na penúltima ocorreu uma paralisação de duas semanas devido a presença de uma lâmina de água de quase 1 metro, em alguns parques de atividades. As indústrias atingidas, alegando problemas com a enchente, atrasaram o pagamento do ICMS ao estado de Alagoas por dois meses. O Jornal Gazeta de Alagoas (1989) publicou que os prejuízos no DILC corresponderam a 23 milhões de dólares (valores da época). O Projeto Básico de Macrodrenagem do Grande Tabuleiro (SENERG, 1997), prevê a utilização da lagoa vizinha ao Parque Industrial da Coca-Cola localizada no Distrito Industrial Luiz Cavalcante, para armazenar cerca de 586.000 m 3. Neste contexto, foram construídas as curvas cotavolume e cota-área, contando com as cadernetas de campo, dos serviços topográficos contratados pela própria Prefeitura de Maceió. 2. METODOLOGIA EMPREGADA NA CONSTRUÇÃO DA CURVA A Prefeitura de Maceió dispunha de registro de um trabalho de topografia e batimetria realizada na lagoa referida datado de 1997. A lagoa foi dividida por 98 linhas paralelas eqüidistantes de 5 metros. Para cada linha foi levantado o perfil transversal, tanto em terra como na área molhada. Este trabalho gerou 98 planilhas que foram cedidas à UFAL para a realização desta pesquisa. Uma destas planilhas está apresentada na figura 3. Estes dados foram inseridos em um software de geração de superfícies para a criação dos gráficos e tabelas desejados. Para a curva cota-volume o procedimento foi de calcular o volume definido entre o plano da cota da água e a superfície do fundo da lagoa. Repetido este procedimento para várias planos de cota de água, formar-se a curva cota-volume, com tantos pontos quantos forem o número de integrações. Trabalho idêntico foi realizado para a definição da curva cota-área. 3

4 Figura 3. Planilha de campo para levantamento do volume da Lagoa da Coca. 3. RESULTADOS DA BATIMETRIA DA LAGOA DA COCA Na seqüência são apresentados os resultados obtidos, que constam de tabelas, gráficos e equações que retratam as curvas cota-volume, cota-área, curvas de níveis, e superfície da Lagoa da Coca. A tabela 1 representa os resultados obtidos. Nas figuras 4, 5 e 6 estão apresentadas a curva cota versus área, a curva cota versus volume e as curvas de níveis da Lagoa da Coca-Cola, respectivamente. Nas figura 7,8 e 9 estão apresentadas três perspectivas volumétricas da Lagoa em análise. 4

5 Tabela 1. Relações entre cota-área e cota-volume para a Lagoa da Coca-Cola Cota(m) Volume(m 3 ) Área(m 2 ) 12 1.109.000 279.781 11 861.942 209.817 10 683.447 155.205 9 536.520 140.871 8 401.404 129.644 7 276.677 119.473 6 164.607 104.403 5 73.097 74.241 4 15.544 43.721 3 272 1.203 Obs. As cotas são relativas a um marco estabelecido pelo topógrafo responsável. Area(m2) 300000 275000 250000 225000 200000 175000 150000 125000 100000 75000 50000 25000 y = 1027,3x 3-22239x 2 + 170591x - 343291 R 2 = 0,9944 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Cota(m ) Figura 4. Curva Cota-Área da Lagoa da Coca 5

6 Volume(m3) 1200000 1100000 1000000 y = 10751x 2-38873x + 10336 900000 R 2 = 0.9987 800000 700000 600000 500000 400000 300000 200000 100000 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Cota(m) Figura 5. Curva Cota-Volume da Lagoa da Coca-Cola. Acesso ao Distrito pela Via Expressa 600.00 Cerâmica 500.00 Via Expressa 400.00 300.00 Av. Gov. Luiz Cavalcante 200.00 100.00 Parque da Coca-Cola 0.00 0.00 100.00 200.00 300.00 400.00 Figura 6. Curvas de níveis da Lagoa da Coca-Cola 6

7 Cerâmica Parque da Coca-Cola Figura 7. Descrição da superfície topográfica da Lagoa da Coca-Cola Coca-Cola Cerâmica Figura 8. Descrição da superfície topográfica da Lagoa da Coca-Cola 7

8 Parque da Coca-Cola Cerâmica Figura 9. Descrição da superfície topográfica da Lagoa da Coca-Cola 4. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES Segundo a caderneta de campo, fornecida pela Prefeitura de Maceió, o pé do muro do Parque da Fábrica da Coca-Cola está na cota 9,78 m (folha 49 da caderneta de campo), o que significa um volume armazenado de 660.000 m 3, para um bacia hidráulica(espelho de água) de 160.000 m 2. Para o volume reservado de 586.000 m 3 (volume máximo de projeto, SENERG, 1997, tabela 3.4), o nível da água estaria na cota 9.35 m, ou seja, estaria 0,43 m abaixo do muro da Coca-Cola. Mediante os dados fornecidos pelo serviço de topografia contratado pela Prefeitura de Maceió, e as análises realizadas ao longo deste texto, recomenda-se atenção nos dados utilizados pelo Projeto Básico de Macrodrenagem do Grande Tabuleiro, visto que entre o volume máximo de projeto (tempo de retorno de 50 anos) e o muro da Coca-Cola, restariam 43 (quarenta e três) centímetros. 8

9 AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao Dr. José Miguel (Engenheiro da Prefeitura de Maceió) o apoio que tornou possível esta pesquisa. REFERÊNCIAS Industrial. GOVERNO DE ALAGOAS, 2007. Projeto Básico de Macrodrenagem do Grande Tabuleiro PREFEITURA DE MACEIÓ, 1997. Cadernetas de campo da topografia da Lagoa do Distrito 9