Parasitas de Bovinos Alda Maria Backx Noronha Madeira Departamento de Parasitologia ICB/USP BMP-0222- Introdução à Parasitologia Veterinária Alda Backx_2015
Considerações Animais mais jovens são mais susceptíveis. Bezerros: helmintoses gastrointestinais e pulmonares, são as mais comuns principalmente após o desmame. A ocorrência das parasitoses é sazonal, regional, dependendo também de outros fatores como regime pluvial, ecossistema, manejo, tipo e idade dos animais. Em adultos geralmente os sintomas não são aparentes, frequentemente há a forma sub-clinica, ocorrendo prejuízo da produtividade.
Considerações Ovos, oocistos e larvas sobrevivem por longos períodos no pasto, principalmente se protegidos pelo bolo fecal. Maiores índices de helmintos ocorre em períodos chuvosos
Considerações
Endoparasitas
Sistema Digestório Rúmen/Retículo Paramphistomum cervi Paramphistomum cervi https://3294f0c7b62b228000641c4d0cf79d6d10158aa7.googledrive.c om/host/0b1il5zi60tcwwg1fzmj4nxozaku/paramphistomum2.jpg
Sistema Digestório Abomaso Ostertagia spp. Haemonchus Trichostrongylus axei
Sistema Digestório Abomaso Cryptosporidium muris
Sistema Digestório Cryptosporidium Cryptosporidium muris glândulas gástricas do abomaso de bezerros, especialmente de maior faixa etária. http://synapse.koreamed.org/articleimage/0130hmr/hmr-30-187-g002-l.jpg
Sistema Digestório Intestino delgado Trichostrongylus spp Cooperia spp. Nematodirus spp Bunostomum spp. Strongyloides spp Toxocara vitulorum Capillaria bovis Moniezia spp. Eimeria spp. Cryptosporidium parvum Giardia intestinalis
Sistema Digestório Intestino delgado Trichostrongylus spp Cooperia spp. Nematodirus spp Bunostomum spp. Strongyloides spp Toxocara vitulorum Capillaria bovis Moniezia spp. Eimeria spp. Cryptosporidium parvum Giardia intestinalis
Sistema Digestório Intestino delgado Trichostrongylus spp Cooperia spp. Nematodirus spp Bunostomum spp. Strongyloides spp Toxocara vitulorum Capillaria bovis Moniezia spp. Eimeria spp. Cryptosporidium parvum Giardia intestinalis
Sistema Digestório Intestino delgado Trichostrongylus spp Cooperia spp. Nematodirus spp Bunostomum spp. Strongyloides spp Toxocara vitulorum Capillaria bovis Moniezia spp. Eimeria spp. Cryptosporidium parvum Giardia intestinalis
Sistema Digestório Intestino delgado Trichostrongylus spp Cooperia spp. Nematodirus spp Bunostomum spp. Strongyloides spp Toxocara vitulorum Capillaria bovis Moniezia spp. Eimeria spp. Cryptosporidium parvum Giardia intestinalis
Sistema Digestório Cryptosporidium C. parvum- intestino delgado de bezerros de menor faixa etária, podendo causar diarreia aquosa profusa A diarreia é uma das mais importantes causas de morbidade e mortalidade em bezerros http://www.cattletoday.com/forum/viewtopic.php?f=7&t=49811
Sistema Digestório Intestino grosso Oesophagostomum radiatum Trichuris spp
Sistema Digestório - anexos Fígado: Fasciola hepatica Fasciola hepatica http://www.parasitologie.uhpnancy.fr/cycles/fasciola_hepatica/diaporama1/images/fasciola_2.jpg http://www.afrivip.org/sites/default/files/helminthsruminants/images/liver23_e.jpg
Sistema Digestório - anexos Fígado: Echinococcus granulosus (HI) - Cisto hidático Cisto hidático http://www.afrivip.org/sites/default/files/helminthsruminants/images/liver23_e.jpg
Sistema Digestório - anexos Pâncreas: Eurytrema coelomaticum http://www.scielo.br/img/revistas/pvb/v33n7/a08fig24.jpg http://parasitipedia.net/images/stories/endo_para/trematodes/eurpanc.jpg
Sistema Respiratório Dictyocaulus viviparus http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bb/dictyocaulus-viviparuscattle.jpg
Sistema Circulatório Babesia http://www.itqb.unl.pt/labs/biomoleculardiagnostic/research/veterinary-diagnostic
Sistema Circulatório Trypanosoma spp. http://www.scielo.br/img/revistas/mioc/v103n1/5927fig1.jpg
Sistema Reprodutor Tritrichomonas foetus https://classconnection.s3.amazonaws.com/66/flashcards/ 3273066/png/tritrichomonas_foetus- 144A85766D3720B8C45.png
Sistema Reprodutor Neospora caninum https://classconnection.s3.amazonaws.com/66/flashcards/3273066/png/tritrich omonas_foetus-144a85766d3720b8c45.png
Sistema Locomotor Taenia saginata (Cysticercus bovis) Sarcocystis spp Toxoplasma gondi Neospora caninum http://www.cresa.cat/blogs/sesc/wp-content/uploads/2012/07/sesc- 090-12-800x600.jpg http://www.cresa.cat/cresa3/modulos/otros/sesc/publicaciones/antiguas/ pub39/contenido1.jpg
Estágios nas fezes Ovos de nematóides Strongyloides Presente em bezerros bem jovens, nas primeiras semanas de vida - principal via de transmissao é a transmamaria Trichuris Capilaria Toxocara vitulorum Estrongilídeos Strongyloides Toxocara vitulorum Trichuris http://www.rvc.ac.uk/review/parasitology/ruminanteggs/toxocara.htm
Estágios nas fezes Ovos de nematóides Estrongilídeos não é possível diferenciar pela morfologia dos ovos, exceto Nematodirus. A diferenciação é realizada pela morfologia das larvas após a coprocultura Bunostomum Ostertagia Oesophagostomum Nematodirus Cooperia Trichostrongylus Haemonchus
Estágios nas fezes Larvas pulmonares Dictyocaulus viviparus é o único nematóide pulmonar de bovinos. São encontradas larvas de primeiro estágio nas fezes Exame: técnica de Baermann Dictyocaulus http://research.vet.upenn.edu/tabid/7868/default.aspx
Estágios nas fezes Larvas pulmonares Exame: técnica de Baermann Dictyocaulus
Estágios nas fezes Ovos de cestóides Moniezia benedeni Moniezia expansa Formato quadrangular, com aparelho piriforme no seu interior e embrião hexacanto. Moniezia benedeni Moniezia
Estágios nas fezes Ovos de trematóides Fasciola hepatica Eurytrema coelomaticum Paramphistomum cervi Fasciola hepatica Paramphistomum cervi Eurytrema coelomaticum http://www.rvc.ac.uk/review/parasitology/ruminanteggs/pa ramphistomum.htm Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Atlanta, EUA. Manual Merck Veterinária
Estágios nas fezes Protozoários intestinais mais comuns: Eimeria Cryptosporidium
Estágios nas fezes Coccídias Eimerias Há cerca de 13 espécies de Eimeria que parasitam bovinos. Mais importantes: Eimeria zumii e E. bovis Animais jovens são mais susceptíveis e gera!mente apresentam os sintomas mais acentuados da eimeriose, com até mortalidade. Há possibilidade de reinfecção, mas neste último caso são brandas, tendo estes animais importante papel como fonte de infecção para animais mais jovens.
Estágios nas fezes Coccídias Eimeria Criações intensivas, com superpopulação casos mais frequentes e com maior severidade Exame para Diagnóstico: Flutuação em solução saturada http://server.ugent.be/groups/parasitespics/wiki/84399/eimeria_bovis.html
Diagnóstico parasitológico Flutuação oocistos, cistos, ovos de baixa densidade. Ex. oocistos de Eimeria Sedimentação ovos mais densos. Ex: ovos de trematóides Coprocultura diferenciação de larvas Técnica de Baermann- detecção de larvas nas fezes Contagem de ovos/oocistos (opg) carga parasitária
Helmintos de ruminantes
Diagnóstico http://www.farmpoint.com.br/radarestecnicos/sanidade/vale-a-pena-ler-de-novocoprocultura-um-exame-importante-nocontrole-de-verminose-78933n.aspx
Diagnóstico Coprocultura http://www.ebah.com.br/content/abaaagow0ae/como-coletarmaterial-exame-parasitologico-ruminantes
Diagnóstico Morfologia das larvas L3 obtidas em coprocultura: morfologia da extremidade anterior e comprimento da cauda da bainha. Trichostrongylus Ostertagia Bunostomum Haemonchus Cooperia Oesophagostomum
Ectoparasitas Ácaros: Psoroptes não cava túneis, há formação de pápulas, crostas (escoriação) com perda de pelo. Ao que parece estes ácaros não picam a pele, as fezes do ácaro causam reação de hipersensibilidade no hospedeiro. Estes ácaros se alimentam de exsudatos e secreções produzidas pela pele. Os psoroptes de bovinos não acometem humanos, cães e gatos.
Ectoparasitas Ácaros: Sarcoptes cava túneis, pode ser transmitido para humanos. Há formação de pápulas, crostas, espessamento da pele, perda de pelo, muito pruriginosa. Geralmente a lesões iniciam-se na cabeça, pescoço, costas, podendo se propagar para todo o corpo do animal em cerca de 7 semanas. https://images.engormix.com/e_articles/1471_162.jpg http://www.vetnext.com/fotos/carr27.jpg
Ectoparasitas Ácaros: Chorioptes Também denominado de ácaro da perna ou coceira do celeiro. Menos danoso que os sarcoptes e psoroptes. Não são transmitidos para humanos. Não são hematófagos e nem cavam túneis mas mordem a camada externa da pele se alimentando de debris, linfa ou exsudatos. http://www.icb.usp.br/~marcelcp/imagens/carr47.jpg
Ectoparasitas Ácaros: Chorioptes Sítios preferenciais são os cascos, parte inferior das pernas e cauda, de onde pode se espalhar para os úberes e entre as patas traseiras. Nas partes afetadas há formação de escamas e crostas. http://www3.vetagro-sup.fr/etu/dpc/images/maladies/gale%20chorioptique%20avec%20complication%20infectieuse.jpg
Ectoparasitas Carrapatos Rhipicephalus microplus ação expoliativa, principal vetor do Anaplasma marginale, Babesia bovis e B. bigemina - tristeza parasitária dos bovinos (TPB). http://carrapatos.cnpgc.embrapa.br/imagens/foto_dos_carrapatos/rhipicephalus%20microplus/2205 2010-DSC00242mod.jpg
Ectoparasitas Haematopinus Piolhos: Haematopinus spp http://1.bp.blogspot.com/_bvat0fi3vwo/ter_q65n5ai/aaaaaaaaasa/1n6si 0oUxyU/s1600/LyraEDISServlet.jpeg http://entnemdept.ufl.edu/insectid/images/hog-louse-haematopinus-suis- Buss.jpg
Ectoparasitas Moscas: Dermatobia hominis (berne) impacto na indústria do leite, carne e couro. http://diariodebiologia.com/files/2010/02/dermatobia_hominis02.jpg http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/61/dermatobia-hominisinfestation-cattle-2.jpg
Ectoparasitas Moscas: Stomoxys calcitrans (mosca dos estábulos) http://warehouse1.indicia.org.uk/upload/stomoxyscalcitrans_ratby1_4oct09.j pg
Ectoparasitas Moscas: Haematobia irritans (mosca dos chifres) http://bugguide.net/images/raw/fle/llz/flellzel3laliz1lizhh4rzh4rlh 0ZZHQRTZZZELKZZH7ZQHXZ1LERQH5R0H5R0H2RBL8RHH5RBL3L.jpg https://insects.tamu.edu/youth/4h/studymaterials/intermediate/taxalist2/ibug08 3.html
Bibliografia Bowman, D.D. (2010). Parasitologia Veterinária de Georgis. 9ª edição. Editora Elsevier, Brasil. Guimarães & Barros-Battesti, D.M. (2001). Ectoparasitos de Importância Veterinária. Editora Plêiade/FAPESP. Taylor, M.A.; Coop, R.L. & Wall, R.L. (2010). Parasitologia Veterinária.Tradução da 3ª edição (2007). Editora Guanabara Koogan.
Ciclo estrongilídeos
Ciclo Fasciola hepatica
Toxocara vitulorum Ciclo biológico Semelhante ao Toxocara cati Suspeita-se que haja infecção pré-natal. Bezerros: adquirem a larva pelo leite materno, não há migração da larva, vai para o intestino, transformam em adultos, eliminando ovos. Bezerros com menos de 4 a 6 meses de idade: ao ingerir ovos, há migração larvar resultando em eliminação de ovos Bezerros com mais de 6 meses de idade, possuem imunidade, larvas migram para os tecidos onde ficam quiescentes. Nas fêmeas retomam o desenvolvimento no final da prenhez ocorrendo transmissão transmamária.
Paramphistomum spp. Introdução Estágios adultos: rúmen e retículo Estágios imaturos: duodeno. O ciclo deste parasita é semelhante ao da Fasciola hepatica e também culmina com a formação de metacercárias. HI: caramujos aquáticos (gêneros Planorbis e Bulinus) As metacercárias são ingeridas com a pastagem e desencapsulamento da metacercária ocorre no duodeno. Os trematódeos jovens se fixam e nutrem-se no duodeno por seis semanas antes de migrarem para o rúmen e retículo. Em infecções maciças os parasitas jovens causam uma enterite severa. Os parasitas adultos praticamente não causam danos aos animais.
Eurytrema coelomaticum Ciclo Biológico Os moluscos ingerem os ovos eliminados nas fezes. Após 4 semanas há formação de esporocistos nas glândulas digestivas dos moluscos. Não há geração de rédias. Um esporocisto de 1 a geração 100 esporocistos de 2 a geração 200 cercárias que são eliminadas ainda dentro do esporocisto pelo molusco à medida que o mesmo se locomove pela vegetação. A cercária é do tipo microcercária, possuindo forma oval, cauda curta e um estilete na extremidade anterior. O esporocisto contendo as cercárias são ingeridos pelo gafanhoto. Estas cercárias se transformarão em metacercárias. Os hospedeiros vertebrados se infectam ingerindo os gafanhotos juntamente com as pastagens.