1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA Disciplina: HA-743 Teoria Antropológica II Semestre: 2 o sem / 2017 Curso: Mestrado em Antropologia Social Carga Horária total: 60h Professor: Paulo Guérios Ementa A construção do conhecimento antropológico com análise de literatura contemporânea. Objetivo Este curso dá continuidade à formação teórica em Antropologia Social do PPGA da UFPR, iniciada com a disciplina de Teoria Antropológica I. Sendo impossível realizar um mapeamento exaustivo do campo, trata-se aqui de: 1. apresentar as principais correntes de reflexão que surgiram neste período; 2. compreender os fundamentos da diversidade de orientações dentro da disciplina; 3. realizar uma análise das diferentes propostas de produção de conhecimento na área; 4. refletir criticamente sobre seus esforços de emprestar legibilidade aos mundos sociais que enfocam; e 5. examinar o potencial heurístico da disciplina na descrição e análise dos fenômenos etnográficos. Espera-se dos alunos abertura para o entendimento de diferentes perspectivas de construção de conhecimento propostas pelos autores abordados. A reflexão sobre o corpus de textos propostos é condição essencial para nortear sua futura produção como antropólogos. Programa 09/08/17 Abu-Lughod, L. 2012. As mulheres muçulmanas precisam realmente de salvação? Reflexões antropológicas sobre o relativismo cultural e seus outros, in Revista de Estudos Feministas, vol.20, n.2, p. 451-470.
2 Viveiros de Castro, Eduardo. 2002. O nativo relativo, in Mana, 8 (1), p. 113-148. Saïd, Edward. 2005. Representações do intelectual, in. Representações do intelectual: as Conferências Reith de 1993. São Paulo: Companhia das Letras, p. 19-36. Augé, Marc. 1999. Conhecimento e reconhecimento: sentido e finalidade da Antropologia, in. O sentido dos outros. Atualidade da Antropologia. Petrópolis: Vozes, p. 107-128. 16/08/17 Levi-Strauss, C. 2008 [1952]. "A noção de estrutura em etnologia", in. Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Cosac Naify, p. 299-313, 337-346. Levi-Strauss, C. 2008 [1945]. "Análise estrutural em linguística e antropologia", in. Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Cosac Naify, p. 43-66. Lévi-Strauss, C. 1966. A família, in Shapiro, H. (org.) Homem, Cultura e Sociedade. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, p. 304-332. Lévi-Strauss, C. [1962]. A ciência do concreto, in. O Pensamento Selvagem. São Paulo: Papirus, 2005, 5 a. ed., p.19-43. Lévi-Strauss, C. [1958]. A gesta de Asdiwal, in. Antropologia Estrutural II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1987, p. 152-205. Clastres, Pierre. 1968. Entre silêncio e diálogo. Traduzido de L Arc 26. Ms. Guimarães, E. 1995. O corte saussereano e a significação, in. Os limites do sentido. Um estudo histórico e enunciativo da linguagem. Campinas: Ed. Pontes, p. 19-20. 23/08/17 Bourdieu, P. 2013 [1980]. "Objetivar a objetivação", "Estruturas, habitus, práticas", "A ação do tempo», in. O senso prático. Petrópolis: Vozes, p. 50-69, 86-107, 164-186. Bourdieu, P. 1983. O campo científico, in Ortiz, R. (org.) Pierre Bourdieu (coleção Grandes cientistas sociais). São Paulo: Ed. Ática, pp. 122-155. Nogueira. C. M e Nogueira, M. A. 2002. A sociologia da educação de Pierre Bourdieu: limites e contribuições, in Educação & Sociedade, ano XXIII, n. 78, pp. 15-36.
3 30/08/17 Geertz, Clifford 1973. Thick Description: Toward an Interpretive Theory of Culture, in. The Interpretation of Cultures. New York: Basic Books, p. 3-30. Geertz, Clifford. 1973. Deep Play: Notes on the Balinese Cockfight, in. The Interpretation of Cultures. New York: Basic Books, p. 412 453. Geertz, C. 1997. Do ponto de vista dos nativos : A natureza do entendimento antropológico, in. O Saber Local: Novos Ensaios em Antropologia Interpretativa. Petrópolis: Vozes,1997, p. 85-107. Geertz, C. 1988. Anti anti-relativismo, In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, 8(3), p. 5-19. 06/09/17 Sahlins, Marshall. 2008 [1981] Metáforas históricas e realidades míticas. Rio de Janeiro: Zahar Editores. 13/09/17 Leach, E. 1996 [1954]. Sistemas Políticos da Alta Birmânia. São Paulo: EDUSP. Caps. 1, 3, 4, 6, 9 e 10, p. 65-80, 93-158, 247-260, 307-333. 20/09/17 Elias, N. 1980 [1960]. (Introdução, O sociólogo como destruidor de mitos, Modelos de jogos e O conceito de figuração, in. Introdução à Sociologia. Lisboa: Edições 70, p.13-34, 53-112, 140-143. Elias, N. 1994 [1939]. A sociedade dos indivíduos (1939) I a IV, in. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., p.13-41. Elias, N. e Scotson, J. 2000 [1965]. Introdução, Considerações sobre o método e Observações sobre a fofoca, in. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., p. 19-60 e 121-133.
4 Latour, Bruno. 2012 [2005]. Introdução: Como retomar a tarefa de delinear associações e Parte I: Como desdobrar controvérsias sobre o mundo social, in. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Bauru: EDUSC, p. 17-226. 27/09/17 Asad, Talal 1973. Introduction, in Talal Asad (org.), Anthropology and the Colonial Encounter. New York: Humanities, p. 9-19. Fabian, Johannes. 2013 [1983]. Fazendo um balanço: o discurso antropológico e a negação da coetaneidade e O tempo e a escrita sobre o Outro, in. O Tempo e o Outro: como a antropologia estabelece o seu objeto. Petrópolis: Vozes, p. 61-70 e 100-114. Chakrabarty, Dipesh. 2000. Introduction: The Idea of Provincializing Europe, in. Provincializing Europe: postcolonial thought and historical difference. Princeton (N.J.): Princeton University Press, p. 3-23. 04/10/17 Ortner, Sherry B. 1984. Theory in Anthropology Since the Sixties. Comparative Studies in Society and History 26 (1): 126-66. Clifford, James. 1986. Introduction: Partial Truths, in Clifford, J. & Marcus, G. E. (eds.), Writing Culture: The Poetics and Politics of Ethnography. California, The University of California Press, p. 1-26.. 1983. On Ethnographic Authority, in. The Predicament of Culture: Twentieth Century Ethnography, Literature, and Art. Cambridge: Harvard University Press, p. 21 54. Sahlins, M. 1997. O Pessimismo Sentimental e a Experiência Etnográfica: Por que a Cultura Não é um Objeto em Via de Extinção. Mana. Estudos de Antropologia Social 3 (1): 41-73; Mana. Estudos de Antropologia Social 3 (2): 103-150.
5 11/10/17 Barth, F. 2000 [1969]. Os grupos étnicos e suas fronteiras, in Lask, T.(Org.), O guru, o iniciador e outras variações antropológicas. Rio de Janeiro: Contracapa, p. 25-67. Barth, F. 2000 [1989]. A análise da cultura nas sociedades complexas. In Lask, T. (org) O Guru, o iniciador e outras variações antropológicas. Rio de Janeiro: Contracapa, p. 107-119. Barth, F. 1993. Balinese Worlds. Preamble, caps 1, 6, 10 e 18. Chicago: The Univ. of Chicago Press, p. 3-25, 92-105, 157-174, 305-323. 18/10/17 Wagner, Roy. 1981 [1975]. A Invenção da Cultura. Cosac & Naify, 2010, p.27-107. CULTURAL ANTHROPOLOGY. 2014. Dossiê The Politics of Ontology. Cf. artigos de Holbraad, Pedersen, e Viveiros de Castro; Kohn; Blaser; Jensen; Candea; Mol. Bessire, Lucas e Bond, David. 2014. Ontological anthropology and the deferral of critique, in American Ethnologist, Vol. 41, No. 3, p. 440 456. 25/10/17 Barth, F. 2000 [1992]. Por um maior naturalismo na conceptualização das sociedades, in. O guru e o iniciador e outras variações antropológicas. RJ: Contra Capa, p.167-186. Ingold, Tim. 2000. Culture, nature, environment. Steps to an ecology of life e Culture, perception, cognition in. The Perception of the Environment: Essays on Livelihood, Dwelling and Skill. London: Routledge, p. 13-26 e 157-171. Wagner, Roy. 2010 [1974]. Existem grupos sociais nas terras altas da Nova Guiné?, in Cadernos de campo, n. 19, p. 237-257. Wolf, E. 2003. Inventando a sociedade, in. Antropologia e Poder. Contribuições de Eric R. Wolf. Brasília, São Paulo: UnB, Unicamp, p. 307-324. Ingold, T., Strathern, M et al. 1996. General introduction e "The concept of society is theoretically obsolete", in Ingold, T. (org.). Key Debates in Anthropology. Londres: Routledge, p. 1-14 e 57-98.
6 01/11/2017 Strathern, Marilyn. 2006 [1988]. Estratégias antropológicas, in. O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na Melanésia. Campinas: Ed. da Unicamp, p. 27-51. Strathern, Marilyn. 2014[1987]. Fora de Contexto: As Ficções Persuasivas da Antropologia, in. O Efeito Etnográfico. São Paulo: Cosac & Naify, p. 159 211. 08/11/17 Semana de Antropologia da UFPR 15/11/17 Feriado 22/11/17 Nesta aula, cada aluno da disciplina deverá entregar por escrito e apresentar oralmente uma reflexão que explicite a opção teórica que fundamentará sua dissertação. A argumentação desta reflexão deverá necessariamente incluir textos trabalhados na disciplina, sendo possível também o aporte de textos externos a ela. Avaliação Produção de uma reflexão que relacione seu projeto de pesquisa com linhas teóricas abordadas ao longo da disciplina, a ser entregue e apresentado na última sessão. Trabalho final com temas a serem definidos pelo docente, a ser entregue até o fim de fevereiro de 2018.
7 Bibliografia complementar Achebe, Chinua. 1990. Hopes and impediments : selected essays. New York: Anchor Books. Arditi, Claude. 1990. Michel Leiris devant le colonialism, in Journal des anthropologues, n 42, p. 95-99. Asad, Talal. 1986. The Concept of Cultural Translation in British Social Anthropology, in Clifford, J. & Marcus, G. E. (eds.), Writing Culture: The Poetics and Politics of Ethnography. California, The University of California Press, p. 141 164. Barth, F. 1987. Cosmologies in the making. A Generative Approach to Cultural Variation in Inner New Guinea. Cambridge: Cambridge Un. Press. Bessire, Lucas e Bond, David. 2014. Ontological anthropology and the deferral of critique, in American Ethnologist, Vol. 41, No. 3, p. 440 456. Boltanski, L. 1990. Sociologie critique et sociologie de la critique, in Politix, vol. 3, n. 10-11, p. 124-134. Borofsky, R. 1997 - Cook, Lono, Obeyesekere and Sahlins, in Current Anthropology, 38 (2), p. 255-282. Bourdieu, P. 1962. Célibat et condition paysanne, in Études Rurales, 5-6, p. 32-135. Bourdieu, P. 1996 [1982]. A linguagem autorizada. As condições sociais da eficácia do discurso ritual e Os ritos de instituição, in. A economia das trocas lingüísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: EDUSP, 1996, p. 85-106. Bourdieu, P. 1997. "Compreender." In: Bourdieu, Pierre (coord.). A miséria do mundo. Petrópolis, Vozes, 1997, p.693-713. Bourdieu, P. 2003. L objectivation participante, in Actes de la recherché en sciences sociales, 150, p. 43-58. Brubaker, R. e Cooper, F. (2000) "Beyond Identity," Theory and Society, 29: 1-47. Caldeira, Teresa Pires do Rio. 1988. A presença do autor e a pós-modernidade em antropologia, in Novos Estudos, CEBRAP, nº 21, p. 133-157. DaMatta, Roberto. 1992. Relativizando o interpretativismo, in CORRÊA, Mariza & LARAIA, Roque (orgs.), Roberto Cardoso de Oliveira: Uma Homenagem. Campinas, Unicamp/IFCH, 1992. Deliège, R. 2001 Introduction à l'anthropologie structurale, Lévi-Strauss aujourd'hui, Paris: Seuil.
8 Evans-Pritchard, E. E. e Fortes, M. 1940 Preface by Prof. Radcliffe-Brown, Introduction, in (eds.), African Political Systems. Oxford: Oxford Un. Press, pp. xi-xxiii, 2-23. Geertz, Clifford 1983. Blurred Genres: The Refiguration of Social Thought, in. Local Knowledge. Further Essays in Interpretive Anthropology. New York: Basic Books, p. 19-35. Gell, A. 2006. Strathernograms; or the semiotics of mixed metaphors, in. The art of anthropology: essays and diagrams. Oxford: Berg, p. 29-75. Gluckman, M. 1987 [1940]. Análise de uma situação social na Zululândia moderna, in Feldman-Bianco, B. (org.), Antropologia das Sociedades Contemporâneas. Métodos. São Paulo: Global, p. 227-344. Ingold, Tim. 2012. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de Materiais, in Horizontes Antropológicos, 18 (37), p. 25 44. Jakobson, Roman & Halle, Morris - "A fonologia em relação com a fonética". In Os Pensadores, vol. 49- Ed. Abril.(p.60-95). Jensen, Casper B. 2016. New Ontologies? Reflections on Some Recent Turns in STS, Anthropology and Philosophy. Osaka University. Ms. Kuper, A. 2002. Cultura. A visão dos antropólogos. Bauru: EDUSC. Kuper, Adam 1992. Introduction. In Kuper, Adam. Conceptualizing society. London: Routledge. [p. 1-14]. Latour, Bruno. 1996 [1990]. On actor-network theory. A few clarifications plus more than a few complications, in Soziale Welt, vol. 47, p. 369-381. Latour, Bruno. 1992 [1991]. Jamais fomos modernos. Ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Editora 34, p. 7-17, 129-143. Levi-Strauss, C. [1947]. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, 1976, p. 41-107 e p. 522-537. Lévi-Strauss, C. 2008 [1955]. A estrutura dos mitos, in. Antropologia estrutural. São Paulo: Cosac Naify, p. 221-248. Levi-Strauss, C. [1962] Totemismo hoje. Petrópolis: Vozes, 1975. Lévi-Strauss, C. 2004 [1964]. Abertura, in. O cru e o cozido. Mitológicas I. São Paulo: Cosac Naify, p. 19-52.
9 Marcus, G. e Cushman, D. Anthropology, 11, p. 25-69. 1982. Ethnographies as texts, In: Annual Review of Mauss, M. 1974 Ensaio Sobre a Dádiva, in:. Sociologia e Antropologia. São Paulo : EPU/Edusp. Merle, Isabelle. 2013. La situation coloniale chez Georges Balandier. Relecture historienne, in Monde(s), n 4, p. 211-232. Morgan, L. H. "Introduction", in. Systems of consanguinity and affinity in the human family, p. 3-9. Obeyesekere, G. 1991 - The Apotheosis Of Captain Cook : European Mythmaking In The Pacific. Princeton: Princeton Un. Press. Phillips, Caryl. Out of Africa. THE GUARDIAN, 22/02/2003. ms. Piscitelli, A. 1994. The Gender of the Gift (resenha)n in Cadernos Pagu, 2, p. 211-219. Radcliffe-Brown, A.R. 1973 [1924] - "O irmão da mãe na África do Sul", in Estrutura e função na sociedade primitiva. Rio de Janeiro: Vozes. p.27-45. Sahlins, M. 1995. How natives think. About captain Cook, for example. Chigago: Un. Of Chicago Press. Saïd, Edward. 1990. Introdução, in. O orientalismo, o oriente como invenção do ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, p. 13-39. Saussure, F. 2006 - A natureza do signo linguístico ; Imutabilidade e mutabilidade do signo ; Linguística estática e linguística evolutiva, in. Curso de Lingüística Geral. 27ª ed. São Paulo: Cultrix, p.79-116. Schneider, David M. 1972. What is Kinship all About?,in Priscilla Reining (ed.). Kinship Studies in the Morgan Centennial Year. Washington: The Anthropological Society of Washington, p. 32 63 Scholte, B. 1986. The Charmed Circle of Geertz's Hermeneutics, in Critique of Anthropology, 6(1), p. 5-15. Sigaud, L. 1996. Apresentação, in Leach, E. Sistemas Políticos da Alta Birmânia. São Paulo: EDUSP, p. 11-45. Skafish, Peter. 2014. Introduction, in Viveiros de Castro, Eduardo. Cannibal metaphysics. For a post-structural Anthropology. Minneapolis: Univocal, p. 9-33. Strathern, Marilyn. 1987. Os Limites da Autoantropologia, in O Efeito Etnográfico: 133 159. São Paulo: Cosac & Naify, 2014.
10 Strathern, Marilyn 2014 [1992]. Partes e Todos: Refigurando Relações, in. O Efeito Etnográfico. São Paulo: Cosac & Naify, p. 241 263. Trajano Filho, Wilson 1988 Que barulho é esse; o dos pós-modernos? In: Anuário Antropológico/86, Brasília, UnB. Wacquant, L. 1992. Toward a Social Praxeology: The Structure and the Logic of Bourdieu s Sociology, in Pierre Bourdieu & Loic Wacquant. An Invitation to Reflexive Sociology. Chicago: The University of Chicago Press, p. 1-59. Wagner, Roy. 1986. Review: The Theater of Fact and Its Critics: Writing Culture: The Poetics and Politics of Ethnography by James Clifford; George E. Marcus in Anthropological Quarterly, Vol. 59, No. 2, p. 97-99. Wagner, Roy. 1977. Analogic Kinship: a Daribi Example. American Ethnologist, 4 (4), p. 623 642. Werbner, R. P. 1984. The Manchester School in South-Central Africa, in Annual Review of Anthropology, Vol. 13, p. 157-185.