Perguntas Frequentes Pneus Usados



Documentos relacionados
VALORPNEU. 1 - Funcionamento do Sistema

Perguntas Frequentes. Pilhas e Acumuladores. 1. Qual é a legislação nacional em vigor em matéria de Pilhas e Acumuladores?

VEÍCULOS EM FIM DE VIDA

VALORPNEU. 1 - Funcionamento do Sistema

Enquadramento legislativo para os materiais resultantes do sector do azeite

DIPLOMA ÂMBITO DE APLICAÇÃO LEGISLAÇÃO TRANSPOSTA OBSERVAÇÕES IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO DO PERH GESTÃO DE RESÍDUOS

Caracterização da Situação dos Fluxos Específicos de Resíduos em 2009 APA

CONTRATO. a) Nos termos do nº 1 do artigo 4º, os operadores económicos são coresponsáveis pela gestão das pilhas e acumuladores usados;

Legislação sobre Resíduos

MINISTÉRIO DAS ACTIVIDADES ECONÓMICAS E DO TRABALHO MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO LICENÇA

Gestão de Pneus Usados em

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 1º, 2º, 3º e 4º. Assunto:

Estabelece medidas de incentivo à reciclagem de pneus usados

10 Anos Valorpneu Impacto nos Operadores de Ponto de Recolha e Transporte. Elsa Pereira Nascimento

PLANO DE GESTÃO DE RESIDUOS ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS MODO OPERATIVO RESPONSABILIDADES...

ALVARÁ DE LICENÇA PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES DE GESTÃO DE RESÍDUOS Nº00029/2013 (S )

832 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o de Janeiro de 2002 MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Capítulo 1- Agências de Viagem

Conceito de Comerciante e Corretor nos termos do Regime Geral de Gestão de Resíduos

Perguntas Frequentes

PREÂMBULO. Artigo 1.º Competências para o tratamento da rede de efluentes

Regulamento do Fundo de Responsabilidade Social do Hospital Vila Franca de Xira

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho

Prémio Inovação Valorpneu Regulamento. Índice

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças, do Ambiente, do Ordenamento do

Decreto-Lei n.º 100/2003 de 23 de Maio (Publicado no DR, I-A, n.º 119, de , Págs a 3218)

MINUTA DE CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS A PESSOAS COLECTIVAS PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS PROGRAMA MODELAR

1. Qual a legislação que se aplica em matéria de gases fluorados com efeito de estufa na Região?

REGULAMENTO E TABELA GERAL DE TAXAS DA FREGUESIA DE GUADALUPE (Aprovado em Reunião ordinária a 26 de Abril de 2011)

PROPOSTA ALTERNATIVA

Decreto-Lei 187/2002, de 21 de Agosto-192 Série I-A

Legislação. Resumo: Regulamenta a contribuição sobre os sacos de plástico leves.

CÓDIGOS REGIME DE ACESSO E EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COM VEÍCULOS PRONTO-SOCORRO TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO

Regulamento de admissão de Resíduos Não Perigosos (RNP) no Aterro de Sermonde

2. Existem actividades dentro do sector dos alimentos para animais que estejam isentas de registo ou aprovação?

Análise da proposta de. condições gerais do. Contrato de Uso das Redes - RARI

DECRETO N.º 70/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL LIGEIRA

(Actos cuja publicação é uma condição da sua aplicabilidade)

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS. Despacho n.º 3677/2011

CONDIÇÕES GERAIS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PELAS EMPRESAS TRANSITÁRIAS. 1 TEU transitário. Artigo 1º Definições. Artigo 2º Âmbito

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 140/XII. Exposição de Motivos

Jornal Oficial da União Europeia

Aviso do Banco de Portugal n. o 10/2014

REGULAMENTO E TABELA GERAL DE TAXAS DA FREGUESIA DE NEIVA

Especificações anexas ao Alvará nq 057/2012

PARLAMENTO EUROPEU. Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor

PROPOSTA DE LEI N.º 60/IX

RELATÓRIO INTERCALAR (nº 3, do artigo 23º, da Decisão 2004/904/CE)

Regulamento Financeiro do Partido Social Democrata (Aprovado na Comissão Política Nacional de )

Perguntas Frequentes Pneus Usados

Perguntas Frequentes

FREGUESIA DE CANAVIAIS Concelho de Évora PROJECTO DE REGULAMENTO E TABELA GERAL DE TAXAS FREGUESIA DE CANAVIAIS

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: nº 14 do art. 29º; 36º. Assunto:

Constituem receitas das freguesias o produto da cobrança de taxas, nomeadamente provenientes da prestação de serviços pelas freguesias;

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro

PARECER N.º 40/CITE/2006

GUIA PRÁTICO LICENCIAMENTO DA ATIVIDADE DOS ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE O CASO VOLKSWAGEN

CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

CARTÕES DE CRÉDITO: BOAS RAZÕES PARA UMA BOA REGULAÇÃO

FICHA DOUTRINÁRIA. Processo:

Avisos do Banco de Portugal. Aviso nº 2/2007

REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

REGULAMENTO DA FEIRA DE ANTIGUIDADES E VELHARIAS DO MUNICÍPIO DE SETÚBAL

REGULAMENTO MUNICIPAL DO FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES DERESTAURAÇÃO E DE BEBIDAS

E os consumidores economicamente vulneráveis? O que lhes acontece?

CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE ENERGIA ELÉTRICA UNIDADES DE MINIPRODUÇÃO

DECRETO 55/00 de 10 de Novembro

Regulamento Municipal de Inspecção e Manutenção de Ascensores, Monta-Cargas, Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro

Decreto-Lei n.º 38/97/M. de 15 de Setembro

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social

Decreto-Lei nº 103/2009, de 12 de Maio

Decreto-Lei n.º 478/99, de 9 de Novembro

REGULAMENTO E TABELA DE TAXAS E LICENÇAS

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE VENDA DE LOTES DE TERRENO PARA AS NOVAS ZONAS E LOTEAMENTOS INDUSTRIAIS. Nota justificativa

Avisos do Banco de Portugal. Aviso do Banco de Portugal nº 2/2010

Junta de Freguesia de Valongo do Vouga

REGULAMENTO E TABELA GERAL DE TAXAS E LICENÇAS

B) Projecto de Proposta de Lei Regime fiscal das sociedades desportivas. Projecto de Proposta de Lei

Regulamento de Acesso à Medida Desenvolvimento de Centros de Competências em TIC" Programa Operacional Sociedade do Conhecimento

PROCEDIMENTO DE ADESÃO AO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE BATERIAS DE VEÍCULOS USADAS (SIGBVU) DA VALORCAR

PROTOCOLO BANCO DE MEDICAMENTOS RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA. Nota justificativa

PROJECTO DE PORTARIA QUE REGULAMENTA O DECRETO-LEI N.º 134/2009, DE 2 DE JUNHO. Portaria n.º /09,

Transcrição:

Perguntas Frequentes Pneus Usados 1. Qual a legislação em vigor em matéria de gestão de pneus usados? O Decreto-Lei n.º 111/2001, de 6 de Abril, estabelece os princípios e as normas aplicáveis à gestão de pneus e pneus usados, tendo como objectivos a prevenção da produção destes resíduos, a recauchutagem, a reciclagem e outras formas de valorização, de forma a reduzir a quantidade de resíduos a eliminar, bem como a melhoria do desempenho ambiental de todos os intervenientes durante o ciclo de vida dos pneus. Os artigos 4.º, 9.º e 17.º do Decreto-Lei n.º 111/2001, de 6 de Abril, foram alterados pelo Decreto-Lei n.º 43/2004, de 2 de Março. 2. A quem compete a gestão de pneus usados? O produtor de pneus novos é o responsável pela recolha, transporte e destino final adequado dos pneus usados, devendo esta responsabilidade ser transferida para uma entidade gestora, nos termos do n.º 2 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 111/2001. A responsabilidade do produtor pelo destino adequado dos pneus usados só cessa mediante a entrega dos mesmos a uma entidade devidamente autorizada e ou licenciada para a sua recauchutagem, reciclagem ou outras formas de valorização. 3. Quem são os produtores? De acordo com a definição da alínea d) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 111/2001, de 6 de Abril, o produtor é: qualquer entidade que fabrique, importe ou introduza pneus novos ou em segunda mão no mercado nacional, incluindo as que fabriquem, importem ou comercializem veículos, aeronaves ou outros equipamentos que os contenham. 4. Encontra-se licenciada alguma entidade gestora de pneus usados? Sim. Com o objectivo de dar cumprimento aos princípios e às normas definidas, foi licenciada a entidade gestora Valorpneu - Sociedade de Gestão de Pneus, Lda., para a qual os produtores devem transferir a responsabilidade pela gestão dos pneus usados que colocam no mercado. No entanto, a responsabilidade do produtor pelo destino adequado dos pneus usados só cessa mediante a entrega dos mesmos, por parte da entidade gestora, a uma entidade devidamente autorizada/licenciada para a sua recauchutagem, reciclagem ou outras formas de valorização. 1

A VALORPNEU Sociedade de Gestão de Pneus, Lda. é uma sociedade sem fins lucrativos, constituída em 27 de Fevereiro de 2002, e licenciada em 7 de Outubro de 2002, por um prazo de 5 anos, pelos Ministérios das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente e da Economia, e tem por objectivo a organização e gestão do sistema de recolha e destino final de pneus usados, no quadro do sistema integrado previsto no Decreto-Lei n.º 111/2001, de 6 de Abril. Através do Despacho Conjunto MAOTDR/MIE n.º 4948/2008, de 25 de Fevereiro, a licença da VALORPNEU foi prorrogada por um ano. Posteriormente, através do Despacho n.º 31203/2008 dos Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Economia e da Inovação, de 4 de Dezembro, foi concedida à VALORPNEU, a nova licença para exercer a actividade de gestão de pneus usados. A licença referida produz efeitos a partir de 7 de Outubro de 2008 e vigora até 31 de Dezembro de 2012. O contacto desta entidade gestora é: Valorpneu Sociedade de Gestão de Pneus Lda. Avenida Torre de Belém, 29 1400 Lisboa Tel. (351) 213032303 Fax. (351) 213032305 5. Qual é o âmbito de actuação da VALORPNEU? De acordo com o Artigo 8º do Decreto-Lei n.º 111/2001, de 6 de Abril, a entidade gestora, para que possa ser responsável pelo sistema integrado de gestão de pneus usados, carece de licença, a conceder por decisão conjunta dos Ministros da Economia e das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente. O titular é licenciado para assegurar a gestão de pneus usados no território de Portugal Continental. A Sociedade VALORPNEU, cuja estrutura agrupa operadores económicos responsáveis pela gestão de pneus e pneus usados, é uma sociedade por quotas, com o capital repartido pela ACAP, ANIRP e APIB. Os Pneus abrangidos pelo Sistema Integrado de Gestão de Pneus Usados (SGPU) gerido pela VALORPNEU são todos os pneus comercializados em Portugal, os quais foram objecto da seguinte segmentação: pneus de veículos ligeiros de passageiros/turismo; pneus de veículos 4x4 on/off road; pneus de veículos comerciais; pneus de veículos pesados; pneus de veículos agrícolas (diversos); pneus de veículos agrícolas (rodas motoras); 2

pneus de veículos industriais (com diâmetro de jante compreendido entre 8"e 15"); pneus maciços; pneus de veículos de engenharia civil (até à dimensão 12.00-24"); pneus de veículos de engenharia civil (dimensões iguais ou superiores a 12.00-24"); pneus de motos (com cilindrada superior a 50cc); pneus de motos (com cilindrada até 50cc); pneus de aeronaves; pneus de bicicletas. Para mais informações sobre esta entidade gestora pode consultar a página oficial da mesma (www.valorpneu.pt). 6. Quais são as competências da entidade gestora do sistema integrado? Segundo o artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 111/2001, são competências da entidade gestora do sistema integrado: a) Organizar a rede de recolha e transporte dos pneus usados, efectuando os necessários contratos com distribuidores, sistemas municipais e multimunicipais de gestão de resíduos sólidos urbanos ou seus concessionários ou outros operadores, a quem deverá prestar as correspondentes contrapartidas financeiras; b) Decidir sobre o destino a dar a cada lote de pneus usados, respeitando a hierarquia dos princípios de gestão e tendo em conta os objectivos fixados no artigo 4.º do citado Decreto-Lei. c) Estabelecer contratos com os recauchutadores, recicladores e outros valorizadores para regular as receitas ou encargos determinados pelos respectivos destinos dados aos pneus. A transferência de responsabilidade de cada produtor para a entidade gestora é objecto de contrato escrito, com a duração mínima de cinco anos. 7. Ao nível de fornecimento de dados estatísticos à APA, quais são as obrigações dos produtores de pneus? O Artigo 13.º (Dados Estatísticos) do Decreto-Lei n.º 111/2001, encontra-se revogado pela alínea d) do Artigo 80.º do Regime Geral da Gestão dos Resíduos, Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro. Com efeito, a implementação do SIRER (Sistema Integrado de Registo electrónico de Resíduos), consubstanciado tanto por aquele Regime Geral, como através das Portarias que o regulamentam: Portaria nº 1408/2006, de 18 de Dezembro, actualmente alterada pelas Portarias n.º 320/2007, de 23 de Março e n.º 249- B72008, de 31 de Março, requer aos produtores que se registem electronicamente, segundo este novo enquadramento legal. 3

A inscrição no SIRER é obrigatória se o estabelecimento reunir pelo menos uma das condições previstas no artigo 48.º (Obrigatoriedade do registo) do Decreto-Lei n.º 178/2006. Esta obrigação é relativa à produção de resíduos e não à produção de bens ou produtos. Para os casos em que tenha aderido à Entidade Gestora, tendo assim transferido a responsabilidade pela gestão dos pneus usados, deverá indicar esta situação no campo Responsabilidade sobre os resíduos do Formulário B do Mapa Integrado de Registo de Resíduos (MIRR) e poderá inserir no campo Quantidade (t) correspondente a indicação 0 (zero). 8. É permitida a combustão de pneus usados? Na acepção do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 111/2001, de 6 de Abril, é proibida a combustão de pneus sem recuperação energética, nomeadamente a queima a céu aberto. 9. Como é regulamentado o transporte de pneus usados? Em matéria de transporte deverá ser dado cumprimento às disposições da Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio, a qual fixa as regras a que fica sujeito o transporte de resíduos dentro do território nacional. O transporte de resíduos deverá ser acompanhado de uma guia de acompanhamento de resíduos. No que diz respeito à legislação em vigor que rege o movimento transfronteiriço de resíduos, deverá ser dado cumprimento ao Decreto-Lei nº 45/2008, de 11 de Março, que assegura a execução e garante o cumprimento, na ordem jurídica interna, das obrigações decorrentes para o Estado Português do Regulamento (CE) n.º 1013/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho, relativo aos procedimentos e regimes de controlo relativos à transferência de resíduos, de acordo com a origem, o destino, e o itinerário dessas transferências, o tipo de resíduos transferidos e o tipo de tratamento a aplicar aos resíduos no seu destino. 10. Os movimentos de pneus usados com vista à sua reutilização carecem de acompanhamento da guia modelo A? Os pneus usados encaminhados para reutilização não são considerados resíduos na acepção da alínea u) do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro que estabelece o Regime Geral de Gestão de Resíduos (RGGR), pelo que não é necessário que o seu transporte seja acompanhado de Guias de Acompanhamento referidas na Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio. De acordo com a alínea ee) do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, entende-se por reutilização a reintrodução, sem alterações significativas, de substâncias, objectos ou produtos nos circuitos de produção ou de consumo de forma a evitar a produção de resíduos. 4

11. Como são classificados os pneus usados de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (LER)? De acordo com o Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, que aprova o Regime Geral de Gestão de Resíduos, os resíduos devem ser classificados de acordo com a Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março. Assim dever-se-ão identificar os resíduos de acordo com a Lista Europeia de Resíduos (constante do seu anexo I) e proceder à determinação das suas características de perigosidade. A determinação das características de perigo inerentes a um determinado resíduo, tem que ser feita de acordo com o estipulado no Anexo II daquela Portaria, dependendo os resultados das determinações feitas no âmbito da legislação aplicável a substâncias perigosas, prevista no ponto 3 do n.º 2 daquele diploma legal. Neste contexto, os pneus usados podem ser genericamente classificados, de acordo com a LER, como resíduos não perigosos e classificados com o código 16 01 03. Todavia, quando não são retirados previamente dos Veículos em Fim-de-Vida (VFV), podem também fazer parte desse fluxo, sendo neste caso integrados na classificação 16 01 04. 12. Quais são as regras de comercialização de pneus e de recolha de pneus usados? O artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 43/2004, de 2 de Março, estabelece as seguintes regras para a comercialização e recolha de pneus usados: a) Aquando da comercialização de pneus, os produtores e distribuidores discriminam, num item específico a consagrar na respectiva factura, o valor correspondente à contrapartida financeira fixada a favor da entidade gestora. b) Os distribuidores não podem recusar-se a aceitar pneus usados contra a venda de pneus do mesmo tipo e na mesma quantidade, devendo remeter os mesmos para recauchutagem ou para qualquer operador legalizado para a gestão de pneus usados. c) A recolha de pneus usados, mediante entrega nos locais adequados, é feita sem qualquer encargo para o detentor. d) Os pneus usados recolhidos deverão ser armazenados em locais devidamente autorizados ou licenciados em consonância com a legislação aplicável. 13. Os distribuidores que comercializam pneus são obrigados a aceitar pneus usados no acto da entrega (venda) de pneus novos? De acordo com o artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 43/2004, de 2 de Março, que altera o Decreto-Lei n.º 111/2001, de 6 de Abril, os distribuidores que comercializem pneus não podem recusar-se a aceitar pneus usados, contra a venda de pneus novos do mesmo tipo e na mesma quantidade, devendo remeter os mesmos para locais devidamente autorizados ou licenciados. Constitui contra-ordenação punível 5

com coima, de acordo com a alínea b) do ponto 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 43/2004, de 2 de Março, o incumprimento do artigo 9.º. 14. Onde se podem consultar os operadores legalizados para a gestão de pneus usados? As entidades que procedam à recauchutagem, reciclagem ou outras formas de valorização de pneus usados têm de estar devidamente autorizadas ou licenciadas em conformidade com o disposto na legislação em vigor. Em http://formatoverde.pt/inr/logrnu/ poderá consultar a Lista de Operadores de Gestão de Resíduos Não Urbanos. 15. Como se pode ser operador legalizado para a gestão de pneus usados? O Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, estipula que as operações de armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação de resíduos estão sujeitas a licenciamento. O artigo 24º do mesmo Decreto-Lei estipula que o licenciamento das operações de gestão de resíduos compete: À ANR (leia-se Agência Portuguesa do Ambiente), no caso de operações efectuadas em instalações referidas no anexo I ao Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na redacção que lhe foi dada pelos Decretos-Lei n. os 74/2001, de 26 de Fevereiro, e 69/2003, de 10 de Abril, pela Lei n.º 12/2004, de 30 de Março, e pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro; Às ARR (leia-se Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional), nos restantes casos de operações de gestão de resíduos bem como nos casos de operações de descontaminação dos solos. O pedido de licenciamento deverá ser apresentado junto da entidade licenciadora competente, conforme atrás referido, instruído com documento do qual conste a identificação do requerente e o seu número de identificação fiscal, a descrição da operação de gestão de resíduos que pretende realizar e da sua localização geográfica, acompanhado dos elementos constantes da Portaria n.º 1023/2006, de 20 de Setembro. 16. Quais são os contactos das principais Associações Nacionais envolvidas na gestão do fluxo dos pneus? 6 ACAP Associação do Comércio Automóvel de Portugal Av. Torre de Belém, 29 1400 342 Lisboa Tel. 213035300 Fax: 213021474

mail@acap.pt ANIRP Associação Nacional dos Industriais de Recauchutagem de Pneus Avenida Santos Domound, 68 r/c E 1050 24 Lisboa Tel. 217974476 APIB - Associação Portuguesa dos Industriais de Borracha Rua do Crasto, 190 4150 241 Porto Tel. 226172668 Fax: 226101877 7