Plano de Curso. Instituição: SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL SENAC SÃO PAULO



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Transcrição:

Plano de Curso Instituição: SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL SENAC SÃO PAULO CNPJ: 03.709.814/0001-98 Data: 19 de Julho de 2011 Número do Plano: 158 Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios Habilitação Técnica de Nível médio Curso: Técnico em Contabilidade Carga Horária: 800 horas Qualificação Técnica de Nível Médio de Assistente Contábil Carga Horária: 340 horas Qualificação Técnica de Nível Médio de Assistente em Finanças e Custos Carga Horária: 240 horas Este Plano de Curso é válido para turmas iniciadas a partir de 29/07/2011, aprovado pela Portaria SENAC/GEDUC SE n o 30 de 29/07/2011, publicada no DOE de 17/09/2011 conforme Portaria CEE/GP n o 372.

1. JUSTIFICATIVA e OBJETIVOS A Habilitação Técnica de Nível Médio em Contabilidade Eixo Tecnológico Gestão e Negócios, de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio instituído pela Resolução CNE/CEB n o 03/08, fundamentada no Parecer CNE/CEB n o 11/08, atende ao disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Lei Federal n o 9.394/96, no Decreto Federal n o 5.154/04 nas Resoluções CNE/CEB n os 04/99 e 04/10 e nos Pareceres CNE/CEB n o 16/99 e 07/10, na Indicação CEE n o 08/2000 do Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo, no Regimento das Unidades Educacionais e demais normas do sistema de ensino. Atende também a Lei n o 3.384/1958; a Lei n o 12.249/2010 que altera o Decreto-Lei 9295/1946; a Lei n o 11.638/2007 que altera e revogam dispositivos da Lei n o 6.404/1976 e da Lei n o 6.385/1976; as Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade CFC de n o 560/1983, n o 884/2000 e n o 1.073/2006 e, a Resolução CFC n o 1307/2010 que altera a Resolução CFC n o 803/96 do Código de Ética Profissional do Contabilista alterada pela Resolução CFC n o 819/97. Importante ressaltar que o 2º do Artigo 12 da Lei 12.249/2010 esclarece que os técnicos em contabilidade já registrados em Conselho Regional de Contabilidade e os que venham a fazê-lo até 1º de junho de 2015 têm assegurado o seu direito ao exercício da profissão. A indicação de obrigatoriedade do uso das normas internacionais de Contabilidade, estabelecida no 5º do Artigo 177 da Lei n o 6.404/1976 alterado pela Lei 11.638/2007, impactou no aspecto societário muito mais que no aspecto tributário, mudando o cenário da Contabilidade e criando uma cultura internacional voltada às demonstrações contábeis e financeiras. Recente artigo publicado no Portal Exame, em Agosto de 2010, anunciou que o aquecimento da economia e o crescimento da participação brasileira no mercado internacional foram os principais fatores para a mudança nos rumos da profissão Contábil no Brasil, pois este atual cenário pede profissionais com perfil ainda tecnicista, no entanto mais voltado para o mundo dos negócios. Segundo William Monteath diretor de operações da Robert Half este profissional deixa de ser apenas a pessoa que tinha o conhecimento da linguagem dos negócios para deter conhecimentos sobre a lógica do negócio. Inclusive, recente pesquisa da consultoria Robert Half, divulgada em julho/2010, informa que 96% das companhias brasileiras admitem que os profissionais de contabilidade tornaram-se peças centrais para a tomada de decisões. Outro importante motivo que justifica a mudança do perfil deste profissional foi explicitado pela vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) Contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim durante sua entrevista ao Portal Exame, quando ela afirma que os países 2

membros do G20 definiram que é prioritária a adoção de uma linguagem comum de contabilidade entre as nações do mundo. Esta linguagem comum, de acordo com Edilene Santana Santos professora da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV- EAESP), impossibilitará que uma empresa, mesmo de acordo com as regras usadas no Brasil, esteja altamente lucrativa e em outro país apresente prejuízo, apenas por causa das diferenças entre as normas. Por isso em 2006, com o advento da constituição do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) por meio da Resolução de n o 1.055/2005, do Conselho Federal de Contabilidade, cujo objetivo é o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações para permitir a emissão de normas, visando a centralização e a uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade brasileira aos padrões internacionais, 1 vem sendo realizados importantes avanços em relação à modernização de normas contábeis para a internacionalização do padrão contábil brasileiro. Tendo em vista estas alterações legais e as novas tendências da área, o Senac São Paulo apresenta este Plano de Curso de Técnico em Contabilidade, substituindo o Plano de Curso aprovado conforme Portaria Senac/NSE n o 33/2009, publicada no Diário Oficial do Estado DOE de 16/09/09 pela Portaria CEE-GP n o 284/2009. Dessa forma, atualiza o perfil profissional de conclusão do egresso desta habilitação e reafirma seu compromisso de manter-se em sintonia com as demandas do mercado de trabalho, da sociedade e do cidadão, considerando a competitividade e a globalização das economias e as consequentes exigências para o Técnico em Contabilidade. A Instituição se propõe a permanente atualização do Plano de Curso, a fim de acompanhar as transformações tecnológicas, legais e socioculturais. Nessa perspectiva, além das competências profissionais tradicionalmente relacionadas com a execução de procedimentos contábeis específicos, orientações quanto aos tributos a pagar e preenchimento de formulários previstos na legislação, este curso agrega outras que permitem ao Técnico em Contabilidade assumir o papel estratégico de subsidiar os gestores das organizações com informações gerenciais relevantes para a tomada de decisões. O oferece esta habilitação técnica de nível médio, em sintonia com sua Proposta Pedagógica, respeitando valores estéticos, políticos e éticos, mantendo compromisso com a qualidade, o trabalho, a ciência, a tecnologia e as práticas sociais relacionadas com os princípios da cidadania responsável e da sustentabilidade ambiental. 1 Disponível em: <http://www.cpc.org.br/oque.htm.> Acesso em: 18 abr. 2011. 3

2. REQUISITOS DE ACESSO Para matrícula o curso, o candidato deve estar cursando, no mínimo, a 2 a série do ensino médio. Documentos: Requerimento de Matrícula. Documento de Identidade (RG) (cópia simples). Histórico Escolar de conclusão do Ensino Médio (cópia autenticada) ou, Declaração da escola comprovando estar cursando a escolaridade mínima exigida (original). As inscrições e as matrículas serão efetuadas conforme cronograma estabelecido pela Unidade, atendidos os requisitos de acesso e nos termos regimentais. A Unidade poderá admitir processo seletivo, quando julgar necessário, aplicando procedimentos/instrumentos que avaliem os conhecimentos e habilidades adquiridos pelo candidato no ensino médio. 3. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO O Técnico em Contabilidade é o profissional que analisa, compreende e processa informações contábeis e gerenciais fundamentadas em princípios (registro e classificação de fatos contábeis), elaborando balancetes e demonstrações de forma analítica ou sintética e orçamentos de qualquer tipo (econômicos, financeiros, patrimoniais e de investimentos). É o responsável pela organização, controle e arquivamento dos documentos relativos à atividade contábil. Pode exercer as suas atividades na condição de profissional liberal, autônomo, empregado regido pela CLT Consolidação das Leis do Trabalho 2, servidor público, militar, sócio de qualquer tipo de sociedade, diretor ou de conselheiro de quaisquer entidades; podendo exercer o cargo de subchefe, responsável, encarregado, subgerente em negócio próprio ou vinculado a empresas dos setores agrícola, industrial, financeiro, comercial, de serviços e do terceiro setor 3. O Contabilista deve ser um profissional moderno, ágil, competente e bem informado para orientar seus clientes a superar a concorrência. Para tanto, deve manter-se inteirado sobre as novidades da área em que atua e ter como seu guia profissional os princípios do Código de Ética Profissional do Contador CEPC 4. Exerce função social ao mostrar para as organizações e para a sociedade onde foram empregados seus recursos, não se limitando às questões legais e fiscais, mas 2 CLT Consolidação das Leis do Trabalho aprovada pelo Decreto Lei n o 5.452/1943. 3 Resolução CFC n o 560/83. 4 Resolução do CFC n o 1307/10, que altera dispositivos da resolução CFC n o 803/96. 4

abrangendo relevantes aspectos como os gerenciais, produtivos, de eficiência e de transparência, tendo condições de integrar os conhecimentos técnicos e operacionais da profissão aos objetivos estratégicos da organização. Para atender às exigências dessa profissão, no decorrer do curso, o aluno deve mobilizar e articular com pertinência os saberes necessários à ação eficiente e eficaz, integrando suporte científico, tecnológico e valorativo que lhe permita: Buscar atualização constante e autodesenvolvimento, por meio de estudos e pesquisas no mercado nacional e internacional para propor inovações, identificar e incorporar, criticamente, novos métodos, técnicas e tecnologias às suas ações e responder às situações cotidianas e imprevisíveis com flexibilidade e criatividade. Assumir postura profissional condizente com os princípios que regem as ações nas organizações, atuando em equipes multidisciplinares e relacionando-se adequadamente com os profissionais envolvidos no processo de trabalho, bem como com os clientes, contribuindo de forma efetiva para o desenvolvimento organizacional. Gerenciar seu percurso profissional com iniciativa e de forma empreendedora, visualizando oportunidades de trabalho na área e possibilidades para projetar seu itinerário formativo, seja prestando serviços nas organizações ou na condução do seu próprio negócio. Atuar com responsabilidade, comprometendo-se com os princípios da ética, da sustentabilidade ambiental, da preservação da saúde e do desenvolvimento social, orientando suas atividades por valores expressos no ethos profissional, resultante da qualidade e do gosto pelo trabalho bem feito. Para atender às demandas do processo produtivo, o Técnico em Contabilidade deverá constituir, além das competências já desenvolvidas nas qualificações técnicas que integram o itinerário formativo desta habilitação, as seguintes competências profissionais: Acompanhar assuntos econômicos, políticos, sociais e culturais de modo a alinhar sua atuação com as novas tendências e tornar-se participante ativo do moderno gerenciamento empresarial. Adotar visão interdisciplinar, articulando conceitos e princípios das diferentes áreas que possuem interface com a Contabilidade, de modo a alinhar as técnicas contábeis e as ações dos demais setores corporativos, conferindo-lhe posição estratégica. Propor e analisar soluções empresariais, identificando oportunidades capazes de criar novas estruturas de trabalho ou empreendimentos, de modo a gerar valor para a organização em que trabalha ou para seu próprio negócio e para a sociedade. Realizar a abertura de empresas nos órgãos competentes, aplicando a legislação civil, comercial e tributária, e observando os requisitos específicos dos diversos segmentos. 5

Contabilizar os fatos contábeis, com base na classificação e registros dos dados sobre o patrimônio das pessoas e organizações, tendo em vista os princípios fundamentais da contabilidade, a estrutura dos demonstrativos contábeis, o ramo de atividade e a legislação vigente. Elaborar e analisar relatórios contábeis e financeiros, com conhecimento sobre o contexto do negócio e os processos organizacionais e levando em consideração os objetivos estratégicos da organização, atendendo à legislação, às normas pertinentes ao exercício da profissão e as normas internacionais da Contabilidade. Controlar, apurar e avaliar os impactos dos custos, despesas, tributos, recursos humanos e dos demais setores que afetam o patrimônio das pessoas e das organizações, mediante os processos contábeis. Elaborar indicadores gerenciais com base na análise e avaliação do patrimônio e dos resultados obtidos pela organização e seu desempenho de gestão empresarial, contribuindo para a tomada de decisões na perspectiva da sustentabilidade do negócio. O perfil do egresso da Qualificação Técnica de Nível Médio de Assistente Contábil prevê o desenvolvimento da seguinte competência: Levantar, classificar e contabilizar fatos contábeis que impactam o patrimônio das pessoas e das organizações, considerando os princípios fundamentais da Contabilidade e as atividades empresariais. O perfil do egresso da Qualificação Técnica de Nível Médio de Assistente em Finanças e Custos prevê o desenvolvimento da seguinte competência: Levantar, analisar e fornecer informações subsidiárias ao processo decisório, com base na compreensão do conjunto da função contábil e financeira, das atividades desenvolvidas na administração financeira e tributária e na sua relação com as demais áreas da empresa, visando à sustentabilidade dos negócios. 4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR A organização curricular deste curso Técnico em Contabilidade está estruturada em cinco módulos que não requerem aprovação em um para continuidade no outro e, compreende, em seu itinerário formativo, duas Qualificações Técnicas de Nível Médio de: Assistente Contábil (módulos I e III). Assistente em Finanças e Custos (módulos I e IV). O módulo I não é pré-requisito para prosseguimento nos demais módulos, porém é necessária sua conclusão com aprovação, juntamente com o módulo III e com o Módulo IV, para a correspondente certificação em cada qualificação técnica prevista. 6

Os módulos de I a V correspondem a Habilitação Técnica de Nível Médio em Contabilidade. MÓDULOS Carga Horária I Ambientação Organizacional 40 II Empreendedorismo 40 III Processos Contábeis 300 IV Finanças e Custos 200 V Gestão Contábil 220 Total de Horas 800 Módulo I Ambientação Organizacional: possibilita ao aluno o contato com o ambiente empresarial e ferramentas, propondo ações e metas alinhadas com as prioridades corporativas, compreendendo as diretrizes estratégicas da empresa e percebendo como o processo de planejamento é realizado nas organizações. Além de visualizar o ciclo de vida da organização, entendendo as alterações que estas sofrem ao longo do tempo em sua estratégia de negócio. Deve ser oferecido no inicio do curso, podendo ser desenvolvido isoladamente ou em concomitância com o módulo II. Módulo II Empreendedorismo: possibilita o contato do aluno com o ambiente de negócios, para que possa visualizar oportunidades para a inovação de estruturas internas da organização ou para a criação de seu próprio empreendimento. Pode ser desenvolvido isoladamente ou em concomitância com os módulos I e/ou III e/ou IV. Módulo III Processos Contábeis: o aluno identifica a relação da contabilidade com as demais áreas da organização e vivencia toda a rotina contábil, realizando procedimentos tais como abertura de empresa, escrituração fiscal, folha de pagamento, lançamentos e demonstrações contábeis, entre outros, e discute seus fundamentos. Pode ser desenvolvido isoladamente ou em concomitância com o módulo II e/ou IV. Módulo IV Finanças e Custos: propõe o desenvolvimento de competências relativas às áreas de Finanças e Custos identificando os reflexos destas na Contabilidade como provedora de informação para a tomada de decisão. Pode ser desenvolvido isoladamente, ou em concomitância com o módulo II e/ou III. Módulo V Gestão Contábil: desenvolve atividades que permitem ao aluno articular os procedimentos técnicos com a estratégia organizacional, envolvendo a análise da situação patrimonial, de modo que a Contabilidade possa fornecer informações relevantes para orientar a tomada de decisão, colaborando decisivamente com a 7

sustentabilidade do negócio. Deve ser desenvolvido isoladamente e após os demais módulos. COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS A SEREM DESENVOLVIDAS NOS MÓDULOS Módulo I Ambientação Organizacional Identificar os modelos de gestão, baseando-se na evolução das teorias administrativas objetivando a visão sistêmica da organização. Definir a arquitetura organizacional, com base nos conceitos e princípios de gestão para subsidiar os processos administrativos e de tomada de decisão. Reconhecer-se como profissional, tendo como base o conceito de missão, visão e valores, objetivando o desenvolvimento de uma postura ética comprometida com a sustentabilidade. Módulo II Empreendedorismo Identificar características e a importância do comportamento empreendedor, mobilizando conceitos e técnicas específicas para desenvolvimento profissional. Identificar oportunidades e estratégias de negócio, com base no processo criativo e inovador de geração de ideias, analisando a viabilidade mercadológica, econômica, financeira para criação de projetos, produtos ou serviços. Módulo III Processos Contábeis Viabilizar a concretização do negócio do cliente, compatibilizando com a legislação societária e tributária, a fim de atender as expectativas dele sobre a atividade empresarial a ser desenvolvida. Realizar os procedimentos de abertura de empresa, nas esferas federal, estadual e municipal, tendo em vista a especificidade da atividade e as exigências legais, inclusive aquelas definidas pelos órgãos reguladores, a fim de possibilitar o melhor enquadramento legal e fiscal para o cliente. Elaborar planilhas contendo gastos, custos e preços, com base nos aspectos tributários, trabalhistas, previdenciários e contábeis, e nas etapas do processo produtivo, de modo a fornecer subsídios à organização para a tomada de decisão. Elaborar folha de pagamento, seus acessórios e os relatórios pertinentes, considerando conhecimentos e habilidades na aplicação de doutrina, legislação trabalhista e previdenciária e jurisprudência, de modo a possibilitar que a empresa cumpra as exigências legais e sociais. Escriturar livros fiscais, com base em notas fiscais emitidas e recebidas, mobilizando conhecimentos e habilidades relacionados com a apuração de tributos, de modo a atender a legislação tributária. Conferir documentos fiscais, orientar a escrituração fiscal e elaborar as obrigações acessórias, valendo-se de conhecimentos sobre a legislação tributária e habilidades 8

na aplicação das normas vigentes, de modo a assegurar que a empresa esteja em conformidade com suas obrigações fiscais. Realizar a classificação e registros contábeis dos fatos que afetam o patrimônio das pessoas e organizações, considerando os princípios contábeis, a estrutura dos demonstrativos contábeis, o ramo de atividade e a legislação vigente, viabilizando para o cliente o diagnóstico da saúde financeira da sua organização. Realizar a conciliação de contas, com base no razão e balancete de verificação, analisando dados e informações geradas pelos fatos contábeis e realizando os ajustes necessários, de modo a garantir a autenticidade das informações contidas nas demonstrações contábeis. Elaborar as demonstrações contábeis, levando em consideração as normas Internacionais (IFRS International Financial Reporting Standards), do Conselho Federal de Contabilidade e a legislação societária, visando dar maior transparência às informações para os interessados e usuários. Módulo IV Finanças e Custos Coletar e organizar informações quantitativas e financeiras sobre o desempenho do mercado, utilizando instrumentos adequados para esse fim, visando apoiar o processo de estudos mercadológicos e econômicos, com o refinamento da informação. Precificar produtos e serviços, considerando os custos, tributos, juros e outras despesas, tendo em vista estudos mercadológicos e econômicos, a política de marketing e a estratégia empresarial, a fim de atender os índices de desempenho financeiro estabelecidos pela gestão financeira da empresa. Executar fluxo de caixa e calcular taxas de juros, mobilizando conhecimentos e habilidades de cálculo financeiro e projeção das receitas e dos pagamentos da empresa, utilizando ferramentas básicas de informática para auxiliar no processo de gerenciamento das disponibilidades financeiras da empresa. Administrar aplicações, fontes de financiamentos, contas a pagar e contas a receber, com base na análise do fluxo de caixa, para auxiliar no processo de gerenciamento das disponibilidades financeiras da empresa. Identificar e analisar documentos contábeis e financeiros para subsidiar o processo decisório, com base na compreensão da importância da função contábil-financeira e do seu relacionamento com as outras áreas de uma empresa. Módulo V Gestão Contábil Propor medidas para a redução de custos e despesas nas operações da empresa, com base na análise da estrutura de custos do negócio, na legislação pertinente e no ramo de atividade, contribuindo para gestão financeira da organização. Controlar e adequar à estrutura de custos, despesas e preços de vendas, articulando conhecimentos contábeis com a análise do mercado, para subsidiar decisões gerenciais que visem garantir a sustentabilidade do negócio. 9

Demonstrar o desempenho econômico-financeiro da organização a partir das demonstrações contábeis e financeiras, utilizando métodos e ferramentas específicos, a fim de contribuir para o processo de tomada de decisões gerenciais. Propor possibilidades de investimentos da empresa, considerando os aspectos financeiros, alternativas existentes para a obtenção de recursos e suas consequências nas mutações patrimoniais, mantendo visão estratégica que permita contribuir para o processo de tomada de decisões gerenciais. Efetuar os procedimentos de equivalência patrimonial e de consolidação das demonstrações contábeis e financeiras, com base nas normas de contabilidade aplicáveis, fornecendo aos gestores informações sobre o comportamento consolidado das atividades das empresas do mesmo grupo. Propor alternativas para a redução de impactos na situação financeira e patrimonial da empresa, provocados por ocorrências ambientais e sociais, antevendo-as e avaliando suas conseqüências. Adequar procedimentos contábeis de atividades empresariais específicas tais como agroindústria, agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal, aquicultura, portuária, associações e organizações sem fins lucrativos, dentre outras, com base na vocação regional, a fim de assegurar que a empresa esteja em conformidade com suas obrigações legais. Elaborar notas explicativas e pareceres, a partir das demonstrações contábeis, considerando as normas Internacionais (IFRS International Financial Reporting Standards), do Conselho Federal de Contabilidade e a legislação societária, visando dar transparência às informações para os interessados e usuários. Indicações Metodológicas As indicações metodológicas que orientam o desenvolvimento deste Plano de Curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do, pautam-se nos princípios da aprendizagem com autonomia e do desenvolvimento de competências profissionais, entendidas como a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho. 5 As competências profissionais descritas na organização curricular foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando processos de trabalho de complexidade crescente relacionados com a área. Tais competências desenham um caminho metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno perante situações problemáticas que possibilitem o exercício contínuo da mobilização e da articulação dos saberes necessários para a ação e a solução de questões inerentes à natureza do trabalho nesse segmento. 5 Esta é a definição de competência profissional presente nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. Resolução CNE/CEB n o 04/99. 10

A incorporação de tecnologias e práticas pedagógicas inovadoras previstas para este curso, como o trabalho por projeto, atende aos processos de produção da área, às constantes transformações que lhes são impostas e às mudanças socioculturais relativas ao mundo do trabalho, pois propicia aos alunos a vivência de situações contextualizadas, gerando desafios que levam a um maior envolvimento, instigandoos a decidir, opinar, debater e construir com autonomia o seu desenvolvimento profissional. Oferece, ainda, a oportunidade de trabalho em equipe, assim como o exercício da ética, da responsabilidade social e ambiental da atitude empreendedora. As situações de aprendizagem previstas para cada módulo têm como eixo condutor um projeto que será desenvolvido no decorrer do curso, considerando contextos similares àqueles encontrados nas condições reais de trabalho e estimulam a participação ativa dos alunos na busca de soluções para os desafios que dele emergem. Estudo de casos, proposição de problemas, pesquisas em diferentes fontes, contato com empresas e especialistas da área, visitas técnicas compõem o repertório de atividades do trabalho por projeto, que serão especificadas no planejamento dos docentes a ser elaborado sob a coordenação da Área Técnica da Unidade e registrado em documento próprio. Cabe ressaltar que na mediação dessas atividades o docente deve atuar no sentido de possibilitar a identificação de problemas diversificados e desafiadores, orientando na busca de informações, estimulando o uso do raciocínio lógico e da criatividade, incentivando respostas inovadoras e criando estratégias que propiciem avanços, tendo sempre em vista que a competência é formada pela prática e que esta se dá em situações concretas. PLANO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO O estágio é um ato educativo, tendo como objetivo proporcionar a preparação para o trabalho produtivo e para vida cidadã do educando, sempre desenvolvido em ambientes de trabalho que envolva atividades relacionadas com a natureza do curso, nos termos da legislação vigente. Este curso não prevê estágio profissional supervisionado, ficando a critério da Direção da Unidade autorizar a sua realização como uma atividade opcional do aluno, acrescida à carga horária total do curso. O estágio não obrigatório e opcional do aluno poderá ser realizado desde que o aluno esteja matriculado e frequente regularmente o curso e tenha no mínimo, 16 anos. O aluno que optar pelo estágio poderá iniciá-lo a partir do módulo III. Mesmo não sendo obrigatório, o estágio será orientado e supervisionado por um responsável da parte concedente e acompanhado por docente orientador indicado pelo Senac, que se responsabilizará pela sua avaliação e pela verificação do local destinado às ações do estágio, procurando garantir que as instalações e as atividades desenvolvidas sejam adequadas para a formação cultural e profissional do educando. 11

Os estágios podem ser desenvolvidos em organizações privadas ou públicas onde a atuação do Técnico em Contabilidade se faça necessária, desde que ofereçam as condições essenciais ao cumprimento de sua função educativa, de maneira a evitar situações em que o aluno seja compelido a assumir responsabilidades de profissionais já qualificados e, dessa forma, desenvolvendo as atividades compatíveis com as previstas no Termo de Compromisso. Serão aplicados estratégias e instrumentos de avaliação do desempenho do aluno, com registros em formulário próprio de acompanhamento do estágio, com anotações diárias feitas pelo estagiário e validadas pelo supervisor do campo de estágio. O estágio não poderá exceder 06 horas diárias e 30 horas semanais, devendo constar do respectivo Termo de Compromisso. A carga horária do estágio deverá ser de, no mínimo, 80 horas (10 % da carga horária total do curso) e o aluno poderá concluí-lo até o último dia letivo do curso estabelecido no Termo de Compromisso firmado entre o aluno ou seu responsável legal, a parte concedente e o Senac, que indicará as condições para sua realização. Periodicamente o aluno deverá apresentar ao docente orientador do estágio, relatório das atividades realizadas. Um relatório final deverá ser entregue até 30 dias após o término do curso, devidamente assinado pelo supervisor do estágio. Para realização do estágio há necessidade dos seguintes documentos: Acordo de Cooperação entre a Unidade Senac que oferecer o curso e a parte concedente que oferecer o campo de estágio. Este documento deverá definir as responsabilidades de ambas as partes e todas as condições necessárias para a realização do estágio. Plano de Atividades do estagiário, elaborado em acordo com aluno, parte concedente e o Senac, incorporado ao termo de Compromisso. Termo de Compromisso de Estágio, consignando as responsabilidades do estagiário e da parte concedente, firmado pelo seu representante, pelo estagiário e pela Unidade Senac, que deve zelar pelo cumprimento das determinações constantes do respectivo termo. Seguro de Vida em Grupo e contra Acidentes Pessoais para os estagiários, com cobertura para todo o período de duração do estágio pela parte concedente e, alternativamente, assumida pelo Senac. A apólice deve ser compatível com valores de mercado, ficando também estabelecidos no Termo de Compromisso. Durante a realização do estágio devem ser elaborados: Relatório de Estágio, segundo orientações do supervisor. Ficha de Acompanhamento de Estágio com registros diários feitos pelo estagiário e com visto do supervisor. 12

O aluno ao qual for concedida a oportunidade do estágio opcional e que realizar integralmente as horas e atividades previstas no respectivo Termo de Compromisso terá apostilado no verso do seu Diploma o estágio realizado. Caso não cumpra o mínimo de horas e das atividades previstas, não terá direito a qualquer aditamento em seu documento de conclusão. 5. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS ANTERIORES As competências anteriormente adquiridas pelos alunos, relacionadas com o perfil profissional de conclusão do Técnico em Contabilidade, podem ser avaliadas para aproveitamento de estudos, nos termos da legislação vigente. Assim, podem ser aproveitados no curso os conhecimentos e as experiências adquiridos: Em cursos, módulos, etapas ou certificação profissional técnica de nível médio, mediante comprovação e análise da adequação ao perfil profissional de conclusão e, se necessário, com avaliação do aluno. Em cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional, no trabalho ou por outros meios informais, mediante avaliação do aluno. O aproveitamento, em qualquer condição, deve ser requerido antes do início do módulo correspondente e em tempo hábil para o deferimento pela direção da Unidade e devida análise por parte dos docentes, aos quais caberá a avaliação das competências e a indicação de eventuais complementações. 6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem será contínua e cumulativa, priorizando aspectos qualitativos relacionados com o processo de aprendizagem e o desenvolvimento do aluno observado durante a realização das atividades propostas, individualmente e/ ou em grupo. Dentre essas atividades constam pesquisas, relatórios de atividades e visitas técnicas, estudo de casos, diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho e produtos gerados pelos projetos desenvolvidos. A avaliação deve se pautar em critérios e indicadores de desempenho, pois considerase que cada competência traz em si determinado grau de experiência cognitiva, valorativa e comportamental que pode ser traduzido por desempenhos. Assim, podese dizer que o aluno adquiriu determinada competência quando seu desempenho expressar esse patamar de exigência qualitativa. Para orientar o processo de avaliação, torná-lo transparente e capaz de contribuir para a promoção e a regulação da aprendizagem, é necessário que os indicadores de desempenho sejam definidos no plano de trabalho dos docentes e explicitados aos alunos desde o início do curso, a fim de direcionar todos os esforços da equipe técnica, docente e do próprio aluno, para que ele alcance o desempenho desejado. 13

Desse modo, espera-se potencializar a aprendizagem e reduzir ou eliminar o insucesso. Isso porque a educação por competência implica em assegurar condições para que o aluno supere as dificuldades de aprendizagem diagnosticadas durante o processo educacional. A autoavaliação será estimulada e desenvolvida por meio de procedimentos que permitam que o aluno acompanhe seu progresso e pela identificação de pontos a serem aprimorados, considerando-se que esta é uma prática imprescindível à aprendizagem com autonomia. O resultado do processo de avaliação será expresso em menções: Ótimo: capaz de desempenhar, com destaque, as competências exigidas pelo perfil profissional de conclusão. Bom: capaz de desempenhar, a contento, as competências exigidas pelo perfil profissional de conclusão. Insuficiente: ainda não capaz de desempenhar, no mínimo, as competências exigidas pelo perfil profissional de conclusão. As menções serão atribuídas por módulo, considerando-se os critérios e indicadores de desempenho relacionados com as competências previstas em cada um deles, as quais integram as competências profissionais descritas no perfil de conclusão. Será considerado aprovado aquele que obtiver, ao final de cada módulo, as menções Ótimo ou Bom e frequência mínima de 75% do total de horas de efetivo trabalho educacional de cada módulo. Será considerado reprovado, aquele que obtiver a menção Insuficiente em qualquer um dos módulos, mesmo após as oportunidades de recuperação, ou tiver frequência inferior a 75% do total de horas de efetivo trabalho educacional de cada módulo. Ao aluno com frequência mínima de 75% e menção Insuficiente será oferecida oportunidade de recuperação de aprendizagem, organizada em diferentes formatos e desenvolvida de maneira contínua, no decorrer do módulo ou, quando couber, no final do processo. O aluno com menção Ótimo ou Bom, mas com frequência inferior aos 75% e igual ou superior a 60%, por motivos justificados, poderá ter sua situação apreciada pelo Conselho de Curso, para análise da possibilidade de promoção. Os alunos deverão ter pleno conhecimento dos procedimentos a serem adotados para o desenvolvimento do curso, bem como sobre as normas regimentais e os critérios de avaliação, recuperação, frequência e promoção. 7. Instalações E EQUIPAMENTOS Instalações: Sala de aula adequadamente mobiliada com cadeiras móveis para a composição de diferentes arranjos que privilegiem a diversidade de atividades. 14

Laboratório de Tecnologia, equipado com: Aplicativos de processamento de textos, de planilhas eletrônicas, de apresentações e acesso à Internet. Software de gestão empresarial Equipamentos: Retroprojetor/Datashow/Tela de projeção Televisão Vídeo/DVD Bibliografia: Para atender às necessidades de consulta e pesquisa dos docentes e dos alunos, a Unidade disponibilizará de acervo com livros, revistas, publicações técnicas, incluindo os seguintes títulos: ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 11. ed., São Paulo: Atlas, 2009. BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho CLT.. Constituição Federal de 1988. Diário Oficial da União de 05/10/1988. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE CFC. Princípios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade. Brasília: CFC, 2000. COSTA, Rodrigo Simão da. Contabilidade para Iniciantes em cursos de Ciências Contábeis e afins. São Paulo: Editora, 2010 DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo transformando idéias em negócios. 3. ed., Rio de Janeiro: Campus, 2008. INSTITUTO EMPREENDER ENDEARVOR. Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto: Conselhos e lições de 51 dos mais bem sucedidos empreendedores do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2005. IÓRIO, Cecília Soares. Manual de administração de pessoal. 13. ed., São Paulo: Editora Senac, 2011. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. 10. ed., São Paulo: Atlas, 2009. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. 1. ed., São Paulo: Atlas, 2010. MARION, José Carlos; IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade comercial. 9. ed., São Paulo: Atlas, 2010. MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 15. ed., São Paulo: Atlas, 2010. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed., São Paulo: Atlas, 2010. 15

MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 7. Ed., São Paulo: Atlas, 2010. OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade Tributária. 3. ed., São Paulo: Editora Saraiva SANTOS, José Luis dos. FERNANDES, Luciana Alves. SCHIMIDT, Paulo. Contabilidade internacional Avançada. 3. ed., São Paulo: Atlas, 2010. TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Balanço social e o relatório da sustentabilidade. 1. ed., São Paulo: Atlas, 2010. 8. PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO Estão habilitados para a docência neste curso, profissionais licenciados (licenciatura plena ou programa especial de formação) na área profissional. Poderão ainda ser admitidos, em caráter excepcional, profissionais com a seguinte ordem preferencial: na falta de licenciados, graduados na correspondente área profissional ou de estudos; na falta de graduados nas áreas específicas, profissionais graduados em outras áreas e que tenham experiência comprovada na área do curso; na falta de profissionais graduados, técnicos de nível médio na área do curso, com comprovada experiência profissional na área; na falta de profissionais de nível técnico com comprovada experiência, outros reconhecidos por sua notória competência e, no mínimo, com ensino médio completo; aos não licenciados será propiciada formação docente em serviço. Deve ser observada a exigência de Registro Profissional ativo no Conselho Regional de Contabilidade CRC, para os docentes que ministrarem conteúdos relacionados com as atividades restritas aos Contabilistas. A coordenação do curso será realizada por profissional com graduação e experiência profissional na área contábil. 9. CERTIFICADOS E DIPLOMA Àquele que concluir com aprovação os módulos I e III será conferido o certificado de Qualificação Técnica de Nível Médio de Assistente Contábil, com validade nacional. Àquele que concluir com aprovação os módulos I e IV será conferido o certificado de Qualificação Técnica de Nível Médio de Assistente em Finanças e Custos, com validade nacional. 16

Àquele que concluir com aprovação todos os módulos que compõem a organização curricular desta Habilitação Técnica de Nível Médio e comprovar a conclusão do Ensino Médio será conferido o diploma de TÉCNICO EM CONTABILIDADE, com validade nacional e direito a prosseguimento de estudos na educação superior. 17