Apresentação dos Resultados Consolidados não-auditados de 2005 da Sonae Indústria 1

Documentos relacionados
Apresentação dos Resultados Consolidados não-auditados - 1º trimestre de 2006

MELHORIA DO DESEMPENHO OPERACIONAL

RESULTADOS SEMESTRAIS CONSOLIDADOS DA SONAE INDÚSTRIA JANEIRO A JUNHO DE 2005

SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA

SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA

Destaques do Desempenho Financeiro no 1T de 2008

SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.

Destaques do Desempenho Financeiro em 2007

SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.

Destaques do Desempenho Financeiro no 1S de 2008

RESULTADOS CONSOLIDADOS A 30 DE SETEMBRO DE

RESULTADOS CONSOLIDADOS A 30 DE SETEMBRO DE

Sociedade Aberta. (milhões euros) 4T10 / 4T09*

RESULTADOS CONSOLIDADOS A 31 DE MARÇO DE 2005

SONAE INDÚSTRIA RESULTADOS 1ºTRIMESTRE 2013

o Apesar da queda do volume de vendas o EBITDA Recorrente e respectiva margem aumentaram devido à diminuição de custos variáveis.

ALTRI, SGPS, S.A. Sociedade Aberta. Informação financeira do primeiro semestre de 2011 (não auditada)

RESULTADOS CONSOLIDADOS A 30 DE SETEMBRO DE 2004

Sociedade Aberta. Volume de negócios consolidado % 9% 75% n.a. 83% 21% Margem EBITDA Recorrente % 5,0% 8,0% 8,8% 3,8 pp 0,8 pp

ALTRI, SGPS, S.A. Sociedade Aberta. Informação financeira trimestral

RESULTADOS CONSOLIDADOS DO 1º SEMESTRE DE 2004

Comunicado dos resultados

RESULTADOS CONSOLIDADOS DO 1º SEMESTRE DE

ALTRI, SGPS, S.A. Sociedade Aberta. Informação financeira 3º trimestre de 2011 (não auditada)

Destaques do Desempenho Financeiro nos 9M de 2008

RESULTADOS CONSOLIDADOS DE 2004

Informação financeira 2012

RESULTADOS CONSOLIDADOS DE

Sociedade Aberta 9M12/ 9M11* 9M12 3T11* 9M11*

Informação financeira 2012

Sociedade Aberta (7%)

Resultados 1º Trimestre 9 de maio

Informação financeira 2012

Informação financeira 2012

ALTRI, SGPS, S.A. Sociedade Aberta. Informação financeira do terceiro trimestre de 2012 (não auditada)

Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Informação Intercalar 3º Trimestre de 2007 (não auditada)

Comunicado. Destaques do Desempenho Financeiro. Comparando o 3T10 com o 2T10:

INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA

ALTRI, SGPS, S.A. Sociedade Aberta. Informação financeira anual

ALTRI, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Informação Intercalar 1º Semestre de 2007

Informação financeira 2012

Informação financeira 2012

JOSÉ DE MELLO SAÚDE, S.A. Sede: Avenida do Forte, nº 3 - Edifício Suécia III, Carnaxide Portugal COMUNICADO

Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Informação Intercalar 1º Trimestre de 2007 (não auditada)

SONAE INDÚSTRIA RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2016

Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A. Contas consolidadas

CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A. Contas consolidadas. 30 de Junho de 2010

Informação financeira 2012

Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A. Contas consolidadas. 30 de Junho de 2007

SONAE INDÚSTRIA RESULTADOS 1º SEMESTRE 2014

Informação financeira 2012

RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2017

Eficiência produtiva aumenta 17%, em resultado da reestruturação implementada

JOSÉ DE MELLO SAÚDE, S.A. Sede: Avenida do Forte, nº 3 - Edifício Suécia III, Carnaxide Portugal COMUNICADO

COMUNICADO RESULTADOS CONSOLIDADOS JAN-MAR Maia, 10 de Maio de Informação financeira não auditada a 31 de Março de 2007 e 2006

RESULTADOS CONSOLIDADOS DE

Corticeira Amorim, S.G.P.S., S.A. Contas consolidadas. 30 de Junho de 2008

Resultados 9 Meses 24 de outubro

Divulgação dos resultados. (não auditado) 80 ANOS A investir na indústria

CORTICEIRA AMORIM MANTÉM CRESCIMENTO DA

Informação financeira 2012

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 11,0% no 1º semestre de 2012

Resultados 1º Semestre de 2010

Resultados 1º Semestre de 2011

Resultados 1º Semestre 27 de julho

ANÚNCIO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 2003

Destaques do Desempenho Financeiro em 2008

Resultados 1º Trimestre de 2011

SAG GEST SOLUÇÕES AUTOMÓVEL GLOBAIS, SGPS, SA Sociedade Aberta

EBITDA da Reditus aumenta 48% no 1T07

EBITDA da Reditus aumenta 23,6% no 1º semestre de 2017

Divulgação dos resultados. 30 de Junho de ( não auditado ) 80 ANOS A investir na indústria

COMUNICADO DE FACTO RELEVANTE IMPACTO DA TRANSIÇÃO PARA AS NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATO FINANCEIRO (IFRS)

COMUNICADO DE DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2019 RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2019

Relatório de Actividade e Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas

Resultados 1º Semestre Agosto 2009

Resultados Consolidados 1º Semestre de 2016 Informação Privilegiada 1

ALTRI, SGPS, S.A. Sociedade Aberta. Sede: Rua do General Norton de Matos, 68, r/c Porto NIF Capital social:

Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Informação Intercalar 3º Trimestre de 2008 (não auditada)

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL/CONSOLIDADA (Não Auditada) 1º Trimestre 3º Trimestre Início: 01/03/2005 Fim:30/09/2005

SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S. A.

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 9,7% nos primeiros nove meses de 2012

CORTICEIRA AMORIM COM

Reditus atinge 60 milhões de euros de Proveitos Operacionais no 1º semestre de 2015

CORTICEIRA AMORIM APRESENTA CRESCIMENTO DE

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

RESULTADOS CONSOLIDADOS DO 1º TRIMESTRE DE 2004

RESULTADOS 9 MESES 2017

CORTICEIRA AMORIM, S.G.P.S., S.A. Contas consolidadas 30 de Junho

Resultados 3º Trimestre de 2011

RESULTADOS 1º SEMESTRE 2017

Receitas Internacionais da Reditus aumentam 22,4% em 2014

INFORMAÇÃO INTERCALAR CONSOLIDADA (Não auditada) 3º TRIMESTRE DE 2008

Divulgação dos resultados. 1º Trimestre de (não auditado) 80 ANOS A investir na indústria

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 16,2% em 2012

Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

CORTICEIRA AMORIM CONFIRMA EVOLUÇÃO POSITIVA DE RESULTADOS NO 1S04

Transcrição:

Sonae Indústria, SGPS, S.A. Lugar do Espido Via Norte Apartado 196 4471-99 Maia Portugal Telefone (+351) 22 1 4 Fax (+351) 22 1 5 43 www.sonaeindustria.com SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA Sociedade Aberta Lugar do Espido, Via Norte, Maia Pessoa Colectiva nº 56 35 34 Matriculada na CRC da Maia sob o nº 57 48 Capital social 7 COMUNICADO Apresentação dos Resultados Consolidados não-auditados de 5 da Sonae Indústria 1 A informação financeira constante deste comunicado foi elaborada segundo as Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS - International Financial Reporting Standards). Todas as comparações são feitas com contasde 4 proforma, excluindo a empresa Gescartão, que foi alienada no final de 4. 5 foi um ano de consolidação para a Sonae Indústria: Crescimento do Volume de Negócios de 4%, atingindo 1.465 milhões de euros; Aumento de 1% do EBITDA, atingindo 28 milhões de euros; Os Resultados Líquidos atingiram 36 milhões de euros, 67% superiores aos de 4; Redução do Endividamento Líquido em 13% para 632 milhões de euros 2 tendo-se registado uma melhoria do rácio de Endividamento Líquido/EBITDA de 3,5x em 4 para 3,x em 5. (milhões euros) 4T'4 (a) 4T'5 4 4 (a) 5 5/4 (a) 5/4 (a) Volume de negócios consolidado 354 377 6% 1.492 1.44 1.465 4% EBITDA 45 44 (4%) 239 26 28 1% Margem EBITDA % 12,8% 11,6% 16,% 14,7% 14,2% Resultado Líquido -6 2 (138%) 43 22 36 67% Dívida Líquida Consolidada 725 632 (13%) (a) Excluindo Gescartão Mensagem do Presidente Executivo: Estou satisfeito com o desempenho da Sonae Indústria em 5. Os preços médios e os volumes vendidos melhoraram na maior parte dos países em que estamos presentes. Concentrámos esforços no crescimento da nossa posição no mercado, através do lançamento de produtos de maior valor acrescentado, melhorando, assim, o nosso mix de produtos. Todavia, o crescimento 1 A 15 de Dezembro de 5, a Sonae SGPS cindiu 126.51.92 acções (9,36% do capital social) da Sonae Indústria, as quais foram fundidas na sociedade Sonae 3P, tendo esta, por sua vez, incorporado a totalidade do capital social da Sonae Indústria. Após a conclusão deste processo, a antiga Sonae Indústria foi extinta e a Sonae 3P alterou a sua denominação para Sonae Indústria. Apesar de ser uma entidade legal diferente, é, na prática, a sucessora da antiga sociedade e, como tal, não ocorreram alterações na sua composição nem nas suas operações. Por conseguinte, este Relatório e Contas diz respeito às actividades consolidadas da Sonae Indústria em 5, uma vez que não houve hiatos na actividade normal da empresa. 2 Para clarificar a interpretação dos princípios contabilísticos segundo o IFRS, o programa de securitização de dívidas de clientes, anteriormente contabilizado separadamente, foi introduzido no Balanço. Capital Social 7 Euros (Sociedade Aberta) C.R.C. Maia (Matricula nº 57.48) Pessoa Colectiva nº 56 35 34

do volume de vendas de aglomerado de partículas, MDF e OSB abrandou em relação a 4 e torna-se evidente o desafio de aumentar a rentabilidade dos mercados da Europa Central. Prosseguiram os movimentos de consolidação nalguns dos nossos mercados mais relevantes, sendo que duas das transacções mais relevantes foram a aquisição do grupo alemão Kunz pela Pfleiderer e a venda das duas fábricas francesas da Weyerhäuser à produtora espanhola Finsa. Tal é indiciador de que o ambiente competitivo nestes mercados está a tornar-se mais racional e menos propenso à volatilidade associada ao excesso de capacidade. Um crescimento rentável e sustentado é fundamental para o grupo. Com uma posição de liderança nos mercados em que operamos, a nossa estratégia assenta em três vertentes: Proteger a nossa quota de mercado e a rendibilidade na Península Ibérica; Aumentar a rendibilidade e reforçar a nossa posição na Europa Central. Acreditamos que a consolidação nestes mercados é o factor-chave e, como tal, estamos abertos à análise de oportunidades que possam contribuir para o crescimento da rendibilidade e da posição competitiva; Sustentar a nossa rendibilidade e a nossa quota de mercado em mercados mais rentáveis, sobretudo através de crescimento orgânico. No seguimento da nossa estratégia para a Europa Central, tenho o prazer de anunciar que chegámos a acordo quanto à aquisição de activos do Grupo Hornitex, na Alemanha. Esta transacção está sujeita a aprovação da Autoridade Europeia da Concorrência e compreende a aquisição dos activos das fábricas de Horn e Duisburg e de % das acções da sociedade que detém uma terceira fábrica em Beeskow, o que irá aumentar a capacidade de produção de derivados de madeira na Alemanha, em cerca de 1,5 milhões de m 3 para quase 3,5 milhões de m 3. Deste modo, a capacidade global de produção de painéis derivados de madeira da Sonae Indústria irá ultrapassar os 9 milhões de m 3. O preço pago pelos activos e pelas acções é de aproximadamente 6 milhões de euros. Informação adicional sobre esta aquisição está disponível em comunicado separado, publicado nesta data. Tal como já anunciado em Novembro, assinámos um acordo de joint-venture a 5% com a Tarkett AG, com vista à construção de uma fábrica integrada de produção de flooring laminado, na Alemanha. Para além disso, o Conselho de Administração aprovou a construção de uma nova linha de produção de aglomerado de partículas na fábrica de White River, na África do Sul. No final de 5, concluímos o processo de cisão da Sonae Indústria da Sonae SGPS e, como consequência, o nosso free-float aumentou para 42,6%, o que acarretou uma maior visibilidade em relação a accionistas nacionais e internacionais. O crescimento sustentável está intrinsecamente ligado à estratégia da Sonae Indústria. Em Julho de 5, o Conselho de Administração aprovou directrizes estratégicas globais, dando particular ênfase à Higiene e Segurança e à Eco-eficiência. Estas duas áreas serão catalizadoras da gestão da sustentabilidade no futuro. Actividade operacional Carlos Bianchi de Aguiar II.3.1. Península Ibérica As indústrias da construção e do mobiliário espanhola e portuguesa tiveram evoluções divergentes. Enquanto que, em Portugal, o sector da construção continua a decrescer (queda de

18% em 5), a construção residencial em Espanha continuou a apresentar um crescimento sólido, com mais de 6 mil casas novas construídas em 5. O consumo espanhol de mobiliário residencial teve um bom resultado, contudo a indústria do mobiliário estabilizou, em comparação com o ano anterior, como resultado do aumento das importações e o decréscimo das exportações. Pelo contrário, Portugal aumentou a exportação de mobiliário, o qual representa cerca de 5% das vendas. Todos os nossos esforços foram envidados no sentido de sustentar a quota de mercado, com ênfase especial na melhoria do serviço ao cliente, na gestão do portfolio de produtos e na consolidação da presença nos mercados estratégicos de exportação. Evolução Trimestral Evolução Anual 14 24, 5 24, 12 2, 4 2, 8 6 4 16, 12, 8, 3 16, 12, 8, 2 4, 4, 4Q'4 1Q'5 2Q'5 3Q'5 4Q'5, 4 5, O total de Receitas, excluindo os itens não-recorrentes, cresceu 6% em 5, representando 443 milhões de euros. Este aumento foi favorecido por uma melhoria generalizada dos preços médios anuais, conseguido através da alteração do mix de produtos, em favor de produtos de maior valor acrescentado. Embora se tenha registado um decréscimo dos volumes vendidos, foi compensado pelo aumento dos preços médios. Os custos variáveis foram afectados pelo aumento dos custos da energia e dos produtos químicos. Contudo, este impacto foi mitigado pela descida dos custos da madeira para a produção do aglomerado de partículas. A economia nos custos da madeira foi possível, graças aos investimentos em centros de reciclagem, em actividades autónomas de gestão de florestas e a desenvolvimentos técnicos que permitiram elevar o consumo de eucalipto. Em 5, o EBITDA foi de 83 milhões de euros, superior em 27% ao de 4, dos quais 24 milhões de euros dizem respeito a itens não-recorrentes (4,5 milhões de euros em 4), sobretudo relacionados com a venda de terrenos florestais. O EBITDA destas operações representa 13% do total das Receitas. II.3.2. Europa Central - Alemanha, França e Reino Unido Em termos gerais, a procura nos segmentos de mercado relevantes - comércio e indústria -, quando comparada com 4, foi estacionária. A procura total de produtos derivados de madeira decresceu, sobretudo devido a um abrandamento continuado neste segmento de mercado. Apesar do abrandamento da procura interna, a nossa subsidiária Glunz conseguiu aumentar o volume de vendas, através do aumento das exportações para mercados estratégicos. Os preços do aglomerado de partículas foram sólidos em todos os mercados da Europa Central, enquanto que os preços do MDF melhoraram apenas em França e no Reino Unido. Assistiu-se a

uma pressão negativa sobre os preços do OSB, sobretudo na Alemanha, uma zona geográfica sujeita à volatilidade dos preços deste produto no mercado norte-americano, uma vez que é um dos mercados estratégicos de exportação. Em Novembro de 5, foi assinado um acordo de parceria a 5% com a Tarkett A.G., para a construção de uma fábrica integrada de produção de flooring laminado, nas instalações produtivas de MDF da Sonae Indústria, em Eiweiler, para produzir e comercializar flooring laminado na Europa Ocidental, África, Ásia e Oceânia. A capacidade produtiva final será de 3 milhões de m 2. Ambas as empresas operarão conjuntamente nos mercados acima mencionados, utilizando o know-how da Sonae Indústria para o sector dos painéis e a especialização da Tarkett no sector de pavimentos. Na Alemanha, praticamente todas as fábricas operaram, utilizando a capacidade total. As taxas de utilização francesas foram afectadas pelos investimentos efectuados nas fábricas de Lure e de Ussel, o que irá permitir, para 6, uma melhoria das taxas de utilização das capacidades instaladas. No Reino Unido, foi concluído, em 5, um investimento que permite o fornecimento de fibra crua, reciclada e devidamente processada para o processo produtivo. Todavia, durante a implementação deste processo, surgiram algumas restrições na capacidade produtiva. A Sonae Indústria concluiu o processo de instalação de um sistema de informação integrado, em SAP, nas fábricas alemãs e francesas e está actualmente a implementar esta solução noutros países. Evolução Trimestral Evolução Anual 25 12, 9 12, 1, 75 1, 15 8, 6 8, 6, 4, 45 3 6, 4, 5 2, 15 2, 4Q'4 1Q'5 2Q'5 3Q'5 4Q'5, 4 5, O ambiente competitivo permanece um desafio relevante, subsistindo um excesso de capacidade, tanto em França como na Alemanha, sendo que as oportunidades, para distribuir os custos mais elevados da produção, têm sido mais demoradas que noutras áreas geográficas em que a Sonae Indústria opera. Ao longo de 5, verificou-se uma tendência para a consolidação do sector, a saber: a aquisição das fábricas francesas da Weyerhäuser pela Finsa e a aquisição da Kunz pela Pfleiderer, o que irá, certamente, contribuir para a redução do excesso de capacidade no mercado e para a estabilização da pressão competitiva. As Receitas na Europa Central foram ligeiramente inferiores às de 4, em,2%, cifrando-se em 782 milhões de euros. O EBITDA foi de 4 milhões de euros em 5, comparado com 68 milhões de euros em 4, representando uma margem de 5% em relação ao total de Proveitos.

II.3.3 Resto do Mundo - Canadá, Brasil e África do Sul Em 5, as condições de mercado foram diversas. O forte impulso da construção residencial na América do Norte prosseguiu, conduzido pelas baixas taxas de juro e, apesar da apreciação do CAD em relação ao USD, a economia canadiana mostrou-se resistente. O mercado brasileiro caracterizou-se pela descida generalizada do volume de vendas do aglomerado de partículas e do flooring e pelo crescimento lento do MDF. Esta tendência é explicada pelo abrandamento dos níveis de produção da indústria de mobiliário, causado por um decréscimo da procura interna e das exportações, devido, antes de mais, à forte apreciação do Real. O mercado de flooring encontra-se também perante uma forte concorrência, proveniente de produtos alternativos, tais como: azulejos e alcatifas. Apesar do mercado brasileiro continuar a evidenciar excesso de capacidade, alguns produtores anunciaram investimentos em três novas linhas de MDF. As condições de mercado na África do Sul mantiveram-se favoráveis durante o ano, conduzidas pela envolvência macro-económica positiva e, em resultado da escassez de capacidade, verificada em todo o sector. Tanto os sectores da construção como do mobiliário apresentaram um crescimento sólido. As vendas da Sonae Indústria no Canadá para os Estados Unidos decresceram para 45%, com um impacto ligeiramente negativo nas vendas globais, provocado pela apreciação do CAD face ao USD. O Brasil, apesar da fragilidade da envolvência do mercado, registou um crescimento do volume de negócios, através do aumento das vendas de melaminas, aglomerado de partículas cru e MDF. Contudo, a apreciação do Real levou a um decréscimo significativo do volume das exportações. Em 5, as vendas na África do Sul registaram um crescimento superior a 13%, suportado em dois factores: o crescimento da procura e as taxas de juro baixas. Na África do Sul, há que destacar a alteração da produção para um aumento do aglomerado de partículas em detrimento do MDF, de modo a satisfazer a procura local; uma tendência que deverá permanecer em 6. As importações de MDF, proveniente do Brasil, irão compensar esta alteração na produção. A marca de flooring da Sonae Indústria (Poliface) está bem conceituada na África do Sul e tendo sido bem sucedida na conquista de quota de mercado. Mais uma vez, assistiu-se ao impacto dos preços elevados do petróleo sobre os custos variáveis, sobretudo nos produtos químicos, resinas e energia. No mercado canadiano, o fornecimento de fibra sofreu alguma pressão, resultante da diminuição da competitividade das serrações canadianas, devido à apreciação do CAD em relação ao USD. O fornecimento de fibra no Canadá é também afectada por: (i) as serrações de madeira (espécies coníferas) têm sofrido os entraves das taxas de anti-dumping e paridade, a que estão sujeitas as exportações de madeira do Canadá para os Estados Unidos; (ii) a nova legislação do Québec sobre a gestão florestal reduziu, entre 15% e 2%, os direitos de abate das espécies coníferas, provenientes de áreas florestais públicas (iii) muitas das serrações de espécies folhosas não estão a operar com a sua capacidade total, porque a China tem vindo a aumentar as exportações de pavimentos com este tipo de madeiras, para os Estados Unidos (iv) a utilização de madeira reciclada para a produção de energia aumentou, reduzindo, assim, a disponibilidade de fibra para o fabrico de painéis.

Evolução Trimestral Evolução Anual 12 3, 5 3, 25, 4 25, 8 6 2, 15, 3 2, 15, 4 1, 1, 2 5, 5, 4Q'4 1Q'5 2Q'5 3Q'5 4Q'5, 4 5, Os volumes vendidos cresceram, em média, 4%, acompanhando o aumento dos preços médios. As Receitas ascenderam a 368 milhões de euros, 16% acima de 4, tendo sido também favoravelmente influenciadas por flutuações cambiais; o EBITDA foi de 82 milhões de euros, representando uma margem de 22% das Receitas. Em 5, foram efectuados diversos investimentos, como por exemplo: o arranque do projecto de madeira reciclada no Canadá, o que permitiu que a unidade de aglomerado de partículas em Lac- Mégantic começasse a utilizar madeira reciclada no processo produtivo. Para o segundo semestre de 6, está projectada uma nova linha de melamina, a qual juntamente com a modernização da linha existente, irá permitir o aumento da capacidade produtiva deste produto em cerca de 5%, o que favorecerá o aumento da produção de produtos de maior valor acrescentado nesta fábrica. Análise financeira de 5 De modo a poder realizar comparações com o período homólogo, a Gescartão foi excluída dos valores referentes a 4, uma vez que esta empresa foi alienada no final desse ano, não tendo, por isso, contribuído para os valores de 5. O Volume de Negócios cresceu 4% em 5 para 1.465 milhões de euros. As vendas apoiaramse num aumento generalizado dos preços médios, em todas as geografias, exceptuando o mercado alemão. As vendas em volume mantiveram-se ao nível de 4: um volume superior na Alemanha e no resto do mundo e inferior na Península Ibérica, França e Reino Unido. K Euros Volume de Negócios K Euros EBITDA 1.6 1.5 1.4 1.3 1. Contas IAS, proforma, não auditadas 1.41 1.375 1.339 1.492 1.44 1.465 25 15 Contas IAS, proforma, não auditadas 144 139 88 239 26 28 1. 1. 1 2 3 4 5 5 1 2 3 4 5 VN com Gescartão TVN sem Gescartão EBITDA com Gescartão EBITDA sem Gescartão Ao longo de 5, a subida dos preços do petróleo conduziu ao aumento dos custos, afectando os da energia, resinas, produtos químicos e custos directos e indirectos de transporte. Foi possível obter algumas reduções nos custos fixos, sobretudo a nível de pessoal (-1%), resultantes de

medidas de reestruturação implementadas ao longo do ano. Em 5 e tal como em 4, os custos fixos representaram cerca de 19% do volume de negócios. Em 5, o EBITDA incluiu 24,5 milhões de euros de itens não-recorrentes, sobretudo provenientes da venda de activos florestais e de acções da Tafisa. Os itens não-recorrentes em 4 representaram 4,5 milhões de euros. Em 5, o EBITDA foi de 28 milhões de euros, representando 14% do Volume de Negócios. As amortizações ascenderam a 12 milhões de euros, um valor 2% superior ao de 4. As provisões em 5 caíram para 1 milhão de euros, o que compara com 9,5 milhões de euros em 4. Assim, em 5, o EBIT aumentou 3%, para 18 milhões de euros. Em 5, os Resultados Financeiros Líquidos registaram uma melhoria significativa, para 44 milhões de euros negativos, um valor 38% melhor do que em 4, conseguido através de: redução continuada do Endividamento Bruto; melhoria das condições financeiras e; evolução cambial mais favorável. A redução do Endividamento Bruto melhorou o rácio de cobertura de juros de 4,34x em 4 para 6,8x em 5. K Euros Endividamento Líquido Rácio de Cobertura de Juros 1.4 1. 1. 8 6 1.166 1.166 1.115 1.115 944 944 565 725 515 632 8, x 7, x 6, x 5, x 4, x 4,3 x 6,8 x 4 3, x 2, x 1,4 x 2, x 2,2 x 1 2 3 4 5 Endividamento Líquido Endividamento Líquido incluindo securitização 1, x, x 1 2 3 4 5 Em 5, os Resultados antes de Impostos, comparados com 4, aumentaram cerca de 79%, para 64 milhões de euros. Os Impostos foram de 28 milhões de euros e os Resultados Líquidos Após Minoritários foram de 36 milhões de euros, 67% superiores aos de 4, representando 22 milhões de euros. K Euros 5-5 Resultados Líquidos após Interesses Minoritários Contas IAS proforma, não auditadas 43 22 36 1 2 3 4 5 - -15-98 -95 - -185 Resultados Líquidos com Gescartão Resultados Líquidos sem Gescartão A Sonae Indústria concentrou-se em melhorar a sua estrutura de capitais, a qual sofreu um período de investimento intensivo, no início da década, que coincidiu com uma fase de grandes desafios para o sector dos derivados de madeira.

A melhoria da estrutura de capitais da Sonae Indústria foi realizada através do aumento dos Capitais Próprios, possibilitada por uma maior rentabilidade, a redução continuada do Endividamento Bruto e a melhoria do perfil de endividamento, em termos de maturidade e amortização das linhas de financiamento negociadas, para além do facto de não existir, neste momento, nenhum covenant financeiro. Para clarificar a interpretação dos princípios contabilísticos segundo o IFRS, o programa de securitização de dívidas de clientes, anteriormente contabilizado fora do balanço, foi introduzido no balanço. No final de 5, o Endividamento Bruto foi de 751 milhões de euros, uma redução de 55 milhões de euros, quando comparada com o endividamento reexpresso no final de 4 e a liquidez disponível no final de 5 foi de 12 milhões de euros. Como consequência, em 5, o Endividamento Líquido foi reduzido 13%, para 632 milhões de euros. Como resultado destas melhorias de rentabilidade e da estrutura de capitais: o Equity Ratio (Capitais Próprios + Interesses Minoritários / Activo Líquido) aumentou de 26% em 4 para 29% em 5; o Net Gearing passou de 154% para 119%; o rácio de Endividamento Líquido / EBITDA decresceu de 3,52x para 3,4x. Equity Ratio (Capital Próprio incluindo minoritários / Activo Líquido) Endividamento Líquido / EBITDA 35% 3% 25% 2% 15% 1% 5% % 24% 24% 21% 21% 15% 15% 28% 26% 3% 29% 1 2 3 4 5 14, x 12, x 1, x 8, x 6, x 4, x 2, x, x 13,3 x 13,3 x 7,8 x 7,8 x 6,8 x 6,8 x 3,5 x 2,7 x 3, x 2,5 x 1 2 3 4 5 Equity Ratio Equity Ratio incluindo securitização Endividamento líquido / EBITDA Endividamento Líquido / EBITDA incluindo securitização Em 5, o investimento em Fundo de Maneio foi de 233 milhões de euros, comparado com 229 milhões de euros em 4 e o CAPEX foi de 41 milhões de euros. Perspectivas Futuras Antecipamos um ligeiro aumento do volume de vendas em 6, sendo de esperar que os mercados da Africa do Sul e do Canada demonstrem um crescimento superior ao nível do consumo. Não se esperam alterações significativas de capacidade produtiva nos principais mercados em que a Sonae Indústria está presente pelo que, em termos gerais, os preços deverão revelar uma dinâmica estável ou ligeiramente positiva. O impacto dos elevados níveis de preços do petróleo permanece uma preocupação para a Sonae Indústria, nomeadamente por força do seu efeito sobre os custos energéticos, do químicos e dos custos de transporte das matérias primas e de produtos acabados. A manutenção da rentabilidade aos níveis actuais, dependerá da capacidade de compensar os custos mais elevados através da implementação de medidas de eficiência operacional e da envolvente global dos nossos mercados. Maia, 22 de Fevereiro de 6 Pelo Conselho de Administração,

(milhões euros) 4T'4 (a) 4T'5 4 4 (a) 5 5/4 (a) 5/4 (a) Volume de negócios consolidado 354 377 6% 1.492 1.44 1.465 4% Outros Proveitos Operacionais 28 19 (31%) 73 63 64 2% Margem Bruta 188 195 4% 82 746 768 3% EBITDA 45 44 (4%) 239 26 28 1% Margem EBITDA % 12,8% 11,6% 16,% 14,7% 14,2% Resultados Operacionais 18 21 18% 131 16 18 3% Encargos Financeiros Líquidos (18) (13) (27%) (71) (71) -44 (38%) Resultados antes de Impostos 1 7 587% 61 36 64 79% Impostos (7) (6) (16%) (16) (14) -28 95% Resultados Liquidos do Exercicio após minoritários (6) 2 (138%) 43 22 36 67% (a) Excluindo Gescartão 4 5 5 / 4 Activos Não Correntes 1.265,3 1.241,9 (2%) Imobilizações Corpóreas 1.146,5 1.128, (2%) Goodwill 45,3 44,5 (2%) Impostos Diferidos Activos 61,3 53, (14%) Outros Activos Não Correntes 12,2 16,5 35% Activos Correntes 516,9 56,9 9% Existências 159, 164, 3% Clientes 227,4 239,9 6% Caixa e Equivalentes 74,8 116,8 56% Outros Activos Correntes 55,7 4,2 (28%) Total do Activo 1.782,2 1.82,8 1% Capitais Próprios 431,3 484,3 12% Interesses Minoritários 38,9 45,4 17% Capitais Próprios + Interesses Minoritários 47,2 529,8 13% Dívidas a Terceiros 85,9 751,4 (7%) CP 118,9 84,6 (29%) MLP 687, 666,8 (3%) Fornecedores 175,2 183,4 5% Outros Passivos 33,8 338,2 2% Total do Passivo 1.312, 1.273,1 (3%) Total do Passivo, Capitais Próprios e Interesses Minoritários 1.782,2 1.82,8 1%