SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE CATALISADORES V/Cr SUPORTADO EM Nb/Al E AVALIAÇÃO CATALÍTICA NA DECOMPOSIÇÃO DO ISOPROPANOL

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Transcrição:

SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE CATALISADORES V/Cr SUPORTADO EM E AVALIAÇÃO CATALÍTICA NA DECOMPOSIÇÃO DO ISOPROPANOL M. C. de ALMEIDA MONTEIRO 1, J. A. J. RODRIGUES 2, G. G. CORTEZ 1 1 Departamento de Engenharia Química, Laboratório de Catálise I EEL-USP, Lorena-SP, 2 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais LCP E-mail para contato: maria@alunos.eel.usp.br RESUMO - Aluminas de transição são materiais importantes em inúmeras reações catalíticas, podendo atuar como catalisador ou como suporte catalítico para metais. A reação de decomposição do isopropanol permitiu observar que a adição de vanádio e cromo no suporte alumina-nióbio modificou a atividade catalítica devido à diminuição de sítios ácidos sobre o suporte. 1. INTRODUÇÃO A fase de transição da alumina mais utilizada em catálise é a -Al 2, devido principalmente a sua elevada área superficial se comparada às outras fases de aluminas (Baumann et al., 5. Óxidos de nióbio são considerados catalisadores seletivos para a desidrogenação oxidativa (ODH do propano, porém a promoção de óxido de nióbio com vanádio promove um aumento da atividade catalítica, sem comprometer a seletividade do propano à olefina (Ross et al., 1993. O desempenho catalítico de catalisadores de Cr 2 suportados foi discutido no trabalho de Al-Zahrani et al. (1, mostrando que o efeito promotor do cromo sobre o desempenho do catalisador poderia estar relacionado à resistência da ligação entre o oxigênio e a estrutura do suporte do catalisador. O objetivo deste trabalho foi caracterizar e avaliar as propriedades ácidas e/ou básicas de catalisadores V/Cr suportados sobre na reação decomposição do isopropanol. 2. METODOLOGIA Sintetizou-se uma pseudoboehmita pelo preparo de uma solução aquosa de aluminato de sódio e solução de sulfato de alumínio. Adicionou-se o agente precipitante NaAlO 2 à solução de Al 2 (SO 4 3, com temperatura em 60 o C. Em seguida realizou-se a lavagem do precursor, a amostra foi seca em estufa a ºC e calcinada até 0ºC. A alumina foi impregnada com solução aquosa de NH 4 [NbO(C 2 O 4 2 (H 2 O 2 ](H 2 O n aquecida a 70ºC, de modo que a porcentagem de óxido de nióbio (Nb 2 O 5 na alumina (Al 2 fosse 5% (p/p. Adicionou-se a alumina ao balão do rotoevaporador e o solvente foi evaporado sob vácuo. O pó residual foi seco a 110ºC em estufa, e calcinado a 600ºC em mufla, obtendo-se assim o suporte Al 2 /Nb 2 O 5. Na preparação dos catalisadores, utilizou-se uma solução aquosa de Cr(N 3.9H 2 O e a impregnação foi realizada pelo mesmo método descrito acima. O pó

residual foi seco a 110 C em estufa, e depois calcinado a 4ºC, obtendo-se assim o catalisador identificado por. Utilizando-se soluções aquosas de Cr(N 3.9H 2 O e NH 4 V, através do método de co-impregnação, obteve-se os catalisadores identificados por VCr/NbAl. No catalisador impregnado apenas com cromo, utilizou-se 4 átomos de cromo por nm 2 de suporte. No catalisador co-impregnado a quantidade total de cromo e vanádio foi de 8 átomo por nm 2 de alumina, um com 4 átomos de cromo e 4 átomos de vanádio, e outro com 6 átomos de vanádio e 2 átomos de cromo. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES A área superficial (S BET, o volume de poros (V p e o diâmetro médio de poros (D p das amostras calcinadas são apresentados na Tabela 1. Tabela 1 - Valores de área específica, volume de poros e diâmetro de poros do suporte e catalisadores. Suporte/ catalisadores Nb 2 O 5 (% p/p V 2 O 5 (% p/p Cr 2 (% p/p S BET (m 2.g -1 V p (cm 3.g -1 D p (Å Al 2 0 0 0 366 1,68 160 5 0 0 0,59 99 5 0 23,2 277 0 47 4V/ 5 26,6 23,2 236 3 38 5 35,1 13,2 230 5 82 Os resultados mostraram que a área específica, o volume de poros e o diâmetro médio de poros da alumina diminuíram com a impregnação do nióbio. A adição de cromo e a coimpregnação com vanádio e cromo sobre o suporte provocaram uma diminuição desses três parâmetros, porém a diminuição da área específica foi maior nos dois catalisadores com cromo e vanádio, se comparado ao catalisador apenas com cromo, enquanto o diâmetro de poros diminuiu mais com a adição de quantidades iguais de vanádio e cromo sobre o suporte. As Figuras 1 e 2 apresentam as isotermas adsorção-dessorção de N 2 e distribuição de volume de poros, respectivamente, da -alumina, do suporte e dos catalisadores. Pela Figura 1, percebe-se que tanto a -alumina como o suporte e os catalisadores se enquadram na isoterma do tipo IV, característica de materiais mesoporosos (Donohue e Aranovich, 1999. A Figura 2 permite observar que a -alumina apresenta um comportamento monomodal, com distribuição de poros na faixa de 10 a 60 Å (microporos. O suporte apresenta maior quantidade de poros na faixa de 60 a 160 Å, indicando que o nióbio adicionado se depositou nos poros de menor diâmetro. O catalisador apresenta em sua maioria poros de 20 a 60 Å e de 80 a 160 Å, que pode ser observada pela diminuição do diâmetro de poros, em relação ao suporte, constatada pela análise utilizando o método BET. A co-impregnação de vanádio e cromo ao suporte provocou uma diminuição do número de poros com 20 a 60 Å e aumentou o número de poros com diâmetro entre 80 e 160 Å, mostrando que o vanádio adicionado se depositou nos poros de menor diâmetro. Figura 1 - Isotermas de N 2 da -alumina, do suporte e dos catalisadores.

0 800 600 400 Volume - STP ( cm 3 /g 1 Al 2 0 Volume - STP ( cm 3 /g 400 3 Volume - STP ( cm 3 /g Volume - STP ( cm 3 /g 4V/ Volume - STP ( cm 3 /g Figura 2 - Distribuição de volume de poros por diâmetro da -alumina, do suporte e dos catalisadores. dv(logd ( cm³/g 0,20 0,15 Al 2 0,10 5 0 0 40 80 120 160 Diâmetro de poros ( Å dv(logd ( cm³/g 1,6 1,2 40 80 120 160 Diâmetro de poros ( Å dv(logd ( cm³/g 40 80 120 160 Diâmetro de poros ( Å dv(logd ( cm³/g 4V/ 40 80 120 160 Diâmetro de poros ( Å 5 dv(logd ( cm³/g 1,2 40 80 120 160 Diâmetro de poros ( Å A Figura 3 representa o difratograma de raios X do precursor, da -alumina, do suporte e dos catalisadores. Figura 3 - Difratograma de raios X do precursor, da -alumina e do suporte e catalisadores. Picos referentes às fases ( boehmita, ( γ-al 2 e ( Cr 2.

Intensidade ( u.a. Al 2 4V/ 10 20 30 40 60 70 80 precursor seco Os resultados de DRX mostraram que o precursor é constituído por boehmita, e, portanto, o suporte e os catalisadores são constituídos por -alumina. A adição de cromo ao suporte ocasionou o aparecimento de picos mais intensos em 2 iguais a 33,56º e 36,19º e um terceiro pico em 2 igual a 54,65º (Ma et al., 2011, referentes ao Cr 2, e a co-impregnação com vanádio e cromo não modificou o difratograma de raios X do suporte, porque os seus óxidos podem estar presentes em um estado amorfo ou encontram-se altamente dispersos sobre o suporte. Os perfis de redução do V 2 O 5 e Cr 2 mássicos e do suporte e catalisadores são mostrados na Figura 4. O óxido de vanádio mássico apresenta três temperaturas máximas de redução a 655, 690 e 823 C, que corresponde a seguinte etapa de redução das espécies de vanádio, descrito por Korane et al. (1994: V 2 O 5 V 6 O 13 (675 C; V 6 O 13 V 2 O 4 (705 C; V 2 O 4 V 2 (780 C O perfil de RTP do Cr 2 mássico indica um pico de redução a 421ºC. De acordo com Ma et al. (2011, os perfis de redução apresentam um pico entre e 4ºC, que é atribuído à redução das espécies Cr 6+ à estrutura Cr 2 (Cr 3+. Pela Figura 4, percebe-se que a redução a temperatura programada da amostra mostrou um pico de redução a 373ºC devido a redução do Cr 6+ a Cr 3+. Houve o aparecimento de um pico de redução do vanádio à 529ºC e 583ºC, respectivamente, nas amostras 4V/ e, correspondente à redução de V 5+ a V 4+, mostrando que o pico de redução pode se devido à interação do vanádio com o suporte. A análise da amostra 4V/ mostrou um pico de redução do cromo a 374ºC, enquanto a amostra não apresentou pico correspondente a esse óxido, indicando que o óxido de cromo estava bem distribuído na amostra. Não houve pico de redução de nióbio em nenhuma das amostras devido à baixa concentração de Nb 2 O 5 na alumina. Figura 4 - Perfis de RTP do V 2 O 5 e Cr 2 mássicos e do suporte e catalisadores.

Consumo de H 2 ( u.a. 400 0 600 700 800 900 Temperatura ( C Consumo de H 2 ( u.a. V 2 O 5 (mássico Cr 2 (mássico 421 ºC 655 ºC 690 ºC 823 ºC Consumo de H 2 ( u.a. 374 ºC 4V/4Cr/5NbAl 373 ºC 583 ºC 529 ºC 400 0 600 700 800 900 Temperatura ( ºC 400 0 600 700 800 900 Temperatura ( ºC Tabela 2 - Resultados da taxa específica de reação (TER e da taxa específica de formação dos produtos (TEP dos catalisadores a 270 C. Suporte/catalisadores TER TEP (mol.m -2.min -1 / 270 C (µmol.m -2.min -1 Propeno Éter diisopropílico Al 2 12,8 13,2 24,1 24,1 0,1 6,7 6,0 4V/ 12,0 12,0 19,7 20,5 0,5 Os resultados da atividade catalítica obtidos na reação de decomposição do isopropanol, na temperatura de 270º para uma conversão de 15 % de isopropanol, são mostrados na Tabela 2. A impregnação da γ-alumina com nióbio aumentou a taxa de reação e a produção de propeno, porém diminuiu a produção de éter diisopropílico. A impregnação de cromo sobre o suporte diminuiu taxa de reação e a formação de propeno, no entanto aumentou a produção de éter diisopropílico, e a co-impregnação de vanádio e cromo aumentou a taxa de reação e a formação de propeno. O aumento da taxa de reação foi maior para uma maior quantidade de vanádio adicionada. A produção de éter foi nula na impregnação com quantidades iguais de vanádio e cromo, e aumentou levemente para o catalisador com maior concentração de vanádio. A diminuição da atividade catalítica após a impregnação com cromo e a coimpregnação com vanádio e cromo se deve à diminuição da acidez do suporte na presença dos metais, havendo um bloqueio sobre os sítios ácidos. 4. CONCLUSÕES

As propriedades texturais da -Al 2 foram modificadas pela adição de nióbio, vanádio e cromo, devido ao bloqueio dos micro e mesoporos. Uma vez que o precursor apresentou a fase boehmita, o DRX das amostras calcinadas comprovou a existência da alumina de transição γ-al 2. Apenas o catalisador impregnado somente com cromo apresentou picos referentes a esse óxido. Nos resultados de RTP, os catalisadores apresentaram picos referentes a seus óxidos, exceto o catalisador, que apresentou apenas um pico referente à redução do vanádio. A partir da reação de decomposição do isopropanol, conclui-se que os catalisadores apresentaram basicamente sítios ácidos, evidenciado pela formação de propeno e éter diisopropílico. Além disso, verificou-se que a adição apenas de cromo promoveu maior diminuição da atividade catalítica do que a co-impregnação com os dois metais. 5. AGRADECIMENTOS Ao LCP-INPE de Cachoeira Paulista/SP e à FAPESP (2014/13765-8. 6. REFERÊNCIAS Al-ZAHRANI, S. M.; ELBASHIR, N. O.; ALBASAEED, A. E.; ABDULWAHED, M., Catalytic performance of chromium oxide supported on Al 2 in oxidative dehydrogenation of isobutane to isobutene. Ind. Eng. Chem. Res., v. 40, p. 781-784, 1. BAUMANN, T. F.; CHINN, S. C.; SAWVEL, A. M.; MAXWELL, R. S.; SATCHER, J. H., Synthesis of high-surface-area alumina aerogels without the use of alkoxide precursors. Chem. Mat., v. 172, p. 395-401, 5. DONOHUE, M. D.; ARANOVICH, G. L., A new classification of isotherms for Gibbs adsorption of gases on solids. Fluid Phase Equilib., v. 158-160, p. 557-563, 1999. KORANNE, M. M.; GOODWIN, J.G.; MARCELIN, G., Characterization of Silica- and Alumina-Supported Vanadia Catalysts Using Temperature Programmed Reduction. J. Catal., v. 148, p. 369-377, 1994. ROSS, J. R. H.; SMITS, R. H. H.; SESHAN, K., The use of niobia in oxidation catalysis. Catal. Today, v. 16, p. 3-511, 1993. MA, R; HU, P.; JIN, L.; WANG, Y.; LU, J.; LUO, M, Characterization of CrO x /Al2O3 catalysts for dichloromethane oxidation. Catal. Today, v. 175, p. 598-602, 2011.