DISTRIBUIÇÃO DE FOTOASSIMILADOS NA PARTE AÉREA DE PLANTAS DE FEIJÃO-CAUPI INOCULADAS COM BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO.

Documentos relacionados
Termos para indexação: Fixação Biológica de Nitrogênio, Vigna unguiculata

INTERAÇÃO E EFICIÊNCIA DE ESTIRPES DE BACTÉRIA FIXADORA DE NITROGÊNIO COM ADUBAÇÃO PK EM SOLO DE GURUPI-TOCANTINS

EFICIÊNCIA AGRÔNOMICA, DE ESTIRPES DE RIZOBIO NATIVO DO CERRADO DO TOCANTINS INOCULADOS EM FEIJÃO-CAUPI

25 a 28 de novembro de 2014 Câmpus de Palmas

DISTRIBUIÇÃO DE MASSA SECA E RENDIMENTO DE FEIJÃO-CAUPI INOCU- LADAS COM RIZÓBIO EM GURUPI, TO 1

EFICIÊNCIA DA ADUBAÇÃO FOSFATADA EM FEIJÃO CAUPI (Vigna unguiculata L. Walp.) INOCULADO SOB CONDIÇÕES DE SEQUEIRO NA PARAÍBA

CRESCIMENTO DO FEIJÃO CAUPI EM ÉPOCAS DE SEMEADURAS DISTINTAS

PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE FEIJÃO-CAUPI EM FUNÇÃO DE DIFERENTES ÉPOCAS DE PLANTIO

Fixação biológica de nitrogênio em variedade regional de feijão caupi

PRODUÇÃO DE BIOMASSA E GRÃOS DE FEIJÕES -CAUPI SUBMETIDOS Á ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MINERAL EM SOLO DO SEMIÁRIDO PARAIBANO

DESENVOLVIMENTO DO FEIJÃO EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA NO SEMIÁRIDO PIAUIENSE

FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO NA CULTURA DO FEIJÃO-CAUPI NO ESTADO DE RORAIMA BIOLOGICAL NITROGEN FIXATION IN COWPEA CULTURE IN RORAIMA STATE

RENDIMENTO DE FEIJÃO CULTIVADO COM DIFERENTES FONTES DE ADUBOS VERDES NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE COBERTURA NITROGENADA.

VIABILIDADE DO TRIGO CULTIVADO NO VERÃO DO BRASIL CENTRAL

VARIABILIDADE GENÉTICA E POTENCIAL AGRONÔMICO DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO CAUPI DE PORTE SEMIPROSTRADO NO MUNICÍPIO DE TERESINA-PI

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE ESTIRPES DE RIZÓBIO NATIVOS DO CERRADO INOCULADOS EM CAUPI

CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE MILHO PARA SILAGEM EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO SUL DE MG

Avaliação de Estirpes de Rizóbio para a Cultura do Feijão-caupi em Roraima

AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO TARDIA DE COBALTO, NA ABSCISÃO DE FLORES E COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM (Vigna unguiculata).

RESPOSTA FOTOSSINTÉTICA DE PLANTAS DE MILHO SAFRINHA EM DIFERENTES ESTÁDIOS E HORÁRIOS DE AVALIAÇÃO

Acúmulo de massa seca em cinco cultivares de feijão caupi (Vigna unguiculata), em Latossolo Amarelo textura argilo-arenosa

RENDIMENTO DE GRÃOS DE FEIJÃO-CAUPI EM SISTEMA CONSORCIADO COM SORGO IRRIGADO NO NORTE DE MINAS GERAIS

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

ARQUITETURA E VALOR DE CULTIVO DE LINHAGENS DE FEIJÃO- CAUPI DE PORTE ERETO E SEMI-ERETO, NO NORTE DE MINAS GERAIS.

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DO PROGRAMA FOLIAR KIMBERLIT EM SOJA

CRESCIMENTO VEGETATIVO DO FEIJÃO-CAUPI EM FUNÇÃO DO EMPREGO DE ADUBOS ORGÂNICOS E MINERAL

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Eficiência agronômica de inoculante líquido composto de bactérias do gênero AzospirÜ!um

COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA EM TERESINA PIAUÍ EM MONOCULTIVO E CONSORCIADOS COM FEIJÃO-CAUPI*

Resposta espectral do feijão-caupi submetido a diferentes manejos de adubação

DESEMPENHO DE ESTIRPES DE BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO EM GUANDU FAVA-LARGA NO CERRADO DE RORAIMA.

Palavras-Chave: Adubação mineral. Adubação orgânica. Cama de Peru. Glycine max.

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

TEORES DE AMIDO EM GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

RENDIMENTO DE VARIEDADES DE FEIJÃO CAUPI (Vigna unguiculata L., Walp) ADUBADAS COM PÓ DE ROCHA NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

INOCULAÇÃO DE SEMENTES COM Azospirillum E NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

Tamanho e época de colheita na qualidade de sementes de feijão.

EFEITO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA NO SULCO DE PLANTIO NO DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE SORGO

PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA DA IRRIGAÇÃO DO FEIJÃO-CAUPI NO CERRADO DE RORAIMA

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS AGRONÔMICOS E INDUSTRIAIS DA PRIMEIRA CANA SOCA NA REGIÃO DE GURUPI-TO

DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DA MAMONEIRA EM FUNÇÃO DA SALINIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO 1 INTRODUÇÃO

USO DE LEGUMINOSAS NA RECUPERAÇÃO DE SOLOS SOB PASTAGENS DEGRADADAS, EM GURUPI-TO. Danilo Silva Machado¹; Saulo de Oliveira Lima²

NUTRIÇÃO DA MAMONEIRA CONSORCIADA COM FEIJÃO COMUM EM FUNÇÃO DO PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA

CONTROLE DE TOMBAMENTO DE PLÂNTULAS E MELA DO ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA

Eficiência agronômica de estirpes de rizóbio inoculadas em feijãocaupi no Cerrado, Gurupi-TO 1

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

Avaliação da eficiência agronômica de inoculante líquido contendo bactérias do gênero Azospirilium

INOCULAÇÃO VIA FOLIAR COM

PRODUTIVIDADE E RENDIMENTO DE CALDO EM GENÓTIPOS DE CANA-DE- AÇÚCAR EM SANTA MARIA-RS

GRAU DE ACAMAMENTO E TIPO DE PORTE DE LINHAGENS DE FEIJÃO- CAUPI DO GRUPO PROSTRADO E SEMI-PROSTRADO, NO NORTE DE MINAS GERAIS.

UTILIZAÇÃO DE ÓLEO DE NEGRAMINA (Siparuna guianensis Aublet) E EUCALIPTO (Eucalyptus spp) NO CONTROLE DA MELA EM CULTIVARES DE FEIJÃO COMUM E CAUPI

III Seminário: Sistemas de Produção Agropecuária - Agronomia

CRESCIMENTO E DIÂMETRO DO CAULE DE CULTIVARES DE SOJA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA NO SEMIÁRIDO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Response of cowpea to inoculation with nitrogen-fixing strains in Gurupi-Tocantins State

GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE FEIJÃO-CAUPI EM FUNÇÃO DA COLORAÇÃO DO TEGUMENTO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Meio-Norte. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

INFLUÊNCIA DA SUPRESSÃO DA IRRIGAÇÃO NOS DIFERENTES ESTÁGIOS FENOLÓGICOS DO FEIJÃO-CAUPI

ISSN Outubro, Inoculação de Rizóbio em Feijão-Caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp) em Latossolo Vermelho- Amarelo em Gurupi, TO

RENDIMENTO DE CULTIVARES DE FEIJÃO-CAUPI NAS CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS DO MUNICIPIO DE BRAGANÇA, PARÁ

Material e Métodos O experimento foi conduzido em um Argissolo, alocado no campo experimental do curso de Engenharia Agronômica do Instituto Federal

SELETIVIDADE DOS HERBICIDAS BENTAZON E NICOSULFURON PARA Crotalaria juncea e Crotalaria spectabilis

ENSAIO REGIONAL DE LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO DO NORDESTE

EFEITO DE DOSES DE ADUBAÇÃO MOLÍBDICA EM CULTIVARES DE FEIJOEIRO EM SOLOS DE VÁRZEA E DE TERRAS ALTAS COM IRRIGAÇÃO SUPLEMENTAR

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

Índice de clorofila em variedades de cana-de-açúcar tardia, sob condições irrigadas e de sequeiro

Avaliação da nodulação e eficiência simbiótica em feijão-caupi inoculado com rizóbios nativos de Mato Grosso do Sul

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

EFEITO DO USO DE HIDROGEL NO DESENVOLVIMENTO DA SOJA CULTIVADA NO SUL DO ESTADO DO TOCANTINS

EFEITOS DA FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES- MG.

SELETIVIDADE DO SORGO SACARINO A HERBICIDAS E O TRATAMENTO DE SEMENTES COM O BIOATIVADOR THIAMETHOXAM

VARIABILIDADE E CORRELAÇÕES EM LINHAGENS DE FEIJÃO-CAUPI DE TEGUMENTO E COTILÉDONE VERDES AVALIADAS PARA FEIJÃO-VERDE

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS CONTROLADAS

AGRICULTURA I Téc. Agroecologia

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DO FEIJÃO-CAUPI EM COMPETIÇÃO COM PLANTAS DANINHAS 1

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO MAIS FÓSFORO APLICADOS NO PLANTIO

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS EM CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO SUBMETIDAS A DIFERENTES POPULAÇÕES DE PLANTAS. (*)

AVALIAÇÃO PRODUTIVA DE LINHAGENS DE FEIJÃO-VAGEM EM CULTURA TUTORADA EM IPAMERI. Bolsista PBIC/UEG, graduanda do curso de Agronomia, UnU Ipameri-UEG.

Anais da XIII Jornada de Iniciação Científica da Embrapa Amazônia Ocidental

fontes e doses de nitrogênio em cobertura na qualidade fisiológica de sementes de trigo

DISTRIBUIÇÃO DO SISTEMA RADICULAR DO MAMOEIRO SUNRISE SOLO IRRIGADO POR MICROASPERSÃO

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHOS HÍBRIDOS CONSORCIADOS COM Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ

Fundação de Apoio e Pesquisa e Desenvolvimento Integrado Rio Verde

l«x Seminário Nacional

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

EFEITO DA DESFOLHA DA PLANTA DO MILHO NOS COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS

EFEITOS DA ADUBAÇÃO NITROGENADA EM PARÂMETROS AGRONÔMICOS DE Glycine max


Eficiência de isolados de rizóbios nativos do agreste paraibano em Caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp)

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA EM POPULAÇÕES DE PLANTAS DE MILHO E DE BRAQUIÁRIA

COMPONENTES DE PRODUÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA ORDEM DOS RACEMOS NO RENDIMENTO DA MAMONEIRA CONSORCIADA COM FEIJÃO-CAUPI E AMENDOIM

POTENCIAL FISIOLÓGICO E PRODUTIVIDADE DE SEMENTES DE FEIJÃO- CAUPI PRODUZIDAS EM RESIDUAL DE DIFERENTES ADUBAÇÕES

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE CAFEEIRO RESISTENTE A FERRUGEM SOB USO DE IRRIGAÇÃO EM MUZAMBINHO-MG

CRESCIMENTO DA MELANCIA EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS NOS CARACTERES COMPRIMENTO DA PLANTA E DIÂMETRO DO CAULE

CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS.

ESTABILIDADE DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS PARA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS, CICLO 2005/2006 1

Transcrição:

DISTRIBUIÇÃO DE FOTOASSIMILADOS NA PARTE AÉREA DE PLANTAS DE FEIJÃO-CAUPI INOCULADAS COM BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO. Paulo Rogério Siriano Borges 1, Susana Cristine Siebeneichler 2, Rita de Cássia Cunha Saboya 3, Elonha Rodrigues dos Santos 1, Shara Emanuella Alves de Souza 1 ( 1 Graduandos do curso de agronomia da Universidade Federal do Tocantins, Campus de Gurupi-TO; Cx. Postal 66, Rua Badejos, Lt.07, Chácaras 69/72, Zona Rural, Gurupi-TO. CEP: 77402-970. paulosiriano@hotmail.com 2 Professora do curso de Agronomia da Universidade Federal do Tocantins (UFT) Campus de Gurupi 3 Engª. Agrônoma, Pesquisadora da Embrapa Cerrados. cassia@cpac.embrapa.br) Introdução A distribuição de matéria seca é um parâmetro que permite discutir um processo pouco estudado que é a translocação orgânica e em muitos casos facilita a compreensão da resposta das plantas em termos de produtividade (Benincasa, 2003). Sabe-se que durante o período vegetativo o feijão-caupi mostra-se limitado na capacidade assimilatória de carbono e nitrogênio, e no reprodutivo na partição desses elementos para os frutos (Freire Filho et. al., 2005). Este trabalho analisou a distribuição de matéria seca de uma cultivar de feijão-caupi de hábito de crescimento indeterminado com o objetivo de observar a diferença na resposta fisiológica das plantas quando inoculadas com diferentes estirpes de bactérias fixadoras de nitrogênio. Material e Métodos: O experimento foi conduzido na área experimental da Universidade Federal do Tocantins, Campus de Gurupi, localizada a 11 43 S e 49 04 N a 280m de altitude. O clima é do tipo B1wA úmido com moderada deficiência hídrica segundo a classificação climática de Köppen (1948). A temperatura média anual é de 26ºC variando de 22ºC a 32ºC, a umidade relativa média do ar é de 76% a pluviosidade média é de 1804 mm anualmente. O delineamento experimental foi de blocos casualisados com 6 tratamentos sendo estes a inoculação de 5 estirpes de bactérias fixadoras de nitrogênio BR3299, BR3267, BR3262, BR3302, BR3301 e uma testemunha sem inoculante (T), com 4 repetições. Cada parcela conteve 5 linhas de 4 metros espaçadas de 0,8m com 10 plantas por metro linear, totalizando 16m 2 e uma população de 12,5 plantas/m 2. O plantio foi realizado dia 20/12/2007 e a emergência ocorreu no dia 24/12/2007. Para a determinação de massa seca (MS) foram coletadas 3 plantas de cada parcela aos 15, 25, 35, 45, 55 e 65 dias. As suas partes, folhas, caules, flores e vagens, foram secadas

separadamente em estufa a 60ºC até umidade constante, em seguida foi determinado sua massa. A distribuição de massa seca e razão de peso das partes vegetais foram calculadas segundo Benincasa (2003). A análise de variância foi feita com o auxílio do programa estatístico SISVAR (Ferreira, 2000). Resultados e Discussão: Observou-se que os tratamentos BR3299, BR3267, BR3302 e BR3301 tiveram uma resposta semelhante no que diz respeito à razão de peso das folhas e caules, onde até os 35 dias após a emergência (DAE), quando teve início a floração, o maior percentual de massa seca (MS) se encontrava nas folhas. Após os 45 DAE o caule passou a reter o maior percentual de MS. Como a planta necessita de todo um mecanismo para assimilação do CO 2, no início do ciclo vegetativo da mesma é de se esperar que as folhas apresentem maior acúmulo de carbono, o qual serve de suporte para a produção de fotoassimilados e conseqüente evolução de outras partes da planta (Taiz & Zeiger, 2004). O tratamento BR3262 reteve um maior percentual de MS nas folhas até os 45 DAE, e somente a partir dos 55 DAE os caules passaram a ter o maior percentual de MS. Segundo Silva (2001) entre as partes da planta, existe uma hierarquia na fabricação dos órgãos que compõem a mesma, podendo variar de acordo com as condições do meio em que ela se encontra. Nesse caso provavelmente o inoculante BR3262 teve uma participação na retenção de um maior percentual de folhas por um tempo mais longo, Zilli et. al. (2006) em experimento realizado com inoculação de estirpes de bactérias fixadoras de nitrogênio em feijão-caupi obteve maior acúmulo de matéria seca com o inoculante BR3262 e BR3267 em relação aos demais. Em todos os tratamentos o aparecimento de flores ocorreu por volta dos 35 DAE (Figura 1) e continuou mesmo com a formação de vagens, uma vez que se trata de plantas de hábito de crescimento indeterminado (Freire Filho, 2005), os percentuais de massa seca das flores não variaram muito entre os tratamentos e entre as datas ficando entre 1 e 2,2%. O inicio da formação de vagens ocorreu entre os 55 e 65 DAE (Figura 1), todos os tratamentos superaram a testemunha que obteve apenas 1% de vagens na sua massa seca total aos 65 DAE.

O maior percentual de massa seca nas vagens aos 65 DAE foi observado com a inoculação das estirpes BR3267 com 17,8% e BR3302 com 16,0% (Figura 1), demonstrando uma maior eficiência na translocação de carboidratos até esta data. Esse resultado confirma a eficiência da estirpe BR3267 que está sendo usada pelas indústrias de inoculantes, podendo ser utilizada em todo o Brasil (Zilli et. al. 2006). Figura 1: Distribuição de matéria seca de plantas inoculadas com estirpes de bactérias fixadoras de nitrogênio e uma testemunha, em função dos Dias Após a Emergência (DAE):

Até os 25 DAE não houve diferença significativa entre os tratamentos quanto à massa seca das folhas (Tabela 1). Aos 35 DAE a testemunha se mostrou superior aos demais com 549,9 g de folhas e se manteve superior aos 45 DAE com 1348,3 g, enquanto que a BR3301 demonstrou os menores valores em relação aos demais tratamentos nessas mesmas datas. Nota-se que entre os 45 e 55 DAE ocorreu um decréscimo no valor de massa seca nas folhas para os tratamentos T, BR3262, BR3302 e BR3301, o mesmo ocorreu entre os 55 e 65 DAE para os tratamentos BR3299, BR3262, BR3302 e BR3301. Isso se explica pelo fato de que a partir dos 35 DAE as plantas iniciaram o período reprodutivo e nessa fase as plantas entram num equilíbrio adequado entre fonte e dreno para que se consiga formar as vagens (Wien & Summerfield, 1984) o que acabou provocando a senescência das folhas mais antigas nos tratamentos. Aos 65 DAE novamente voltou a ocorrer diferenças entre os valores de massa seca das folhas entre os tratamentos devido à formação de novas folhas na testemunha, característica de plantas de hábito de crescimento indeterminado que são constituídas de ramos primários que se originam diretamente da haste principal, secundários que se originam dos primários e assim por diante sendo que as gemas apicais não se diferenciam em inflorescências e a planta continua a produzir flores e folhas por um período mais longo (Freire Filho et. al., 2005). Tabela 1 Massa Seca das folhas das plantas de feijão-caupi tratados com as estirpes BR3269, BR3267, BR3262, BR3302 e BR3301, nas seis datas avaliação (g). Tratamento 15 DAE 25 DAE 35 DAE 45 DAE 55 DAE 65 DAE T 28,9a 232,1a 549,9a 1348,30a 610,2a 704,8a BR3299 43,0a 171,9a 436,9ab 761,8ab 907,2a 623,3ab BR3267 30,3a 162,6a 360,7bc 796,4ab 903,1a 409,5b BR3262 25,0a 121,6a 297,7bc 941,8ab 769,4a 618,5ab BR3302 42,9a 209,7a 308,2bc 1038,6ab 820,9a 569,0ab BR3301 25,8a 150,9a 274,8c 644,6b 550,9a 515,8ab CV% 29,05 27,85 18,46 27,81 27,27 21,00 Valores seguidos das mesmas letras na coluna não diferem entra si a 5% de probabilidade pelo teste Tukey. Nos caules notou-se que a testemunha (T) obteve um valor superior de massa seca dos 25 DAE até os 45 DAE, se igualando estatisticamente aos demais tratamentos aos 55 DAE. Aos 65 DAE a BR3299 passou a ser superior em ralação aos demais. Observa-se também uma resposta semelhante ao da senescência das folhas onde ocorreu decréscimo de massa seca entre os 45 e 55 DAE para os tratamentos T e BR3302, e entre os 55 e 65 DAE para o tratamento BR3267 (tabela 2).

Esse decréscimo nos valores de folhas e caules condiz com a taxa de crescimento absoluto (TCA) negativa (dado não apresentado) que houve na testemunha (T) e no tratamento BR3302 entre os 45 e 55 DAE e nos tratamentos BR3267 e BR3301 entre os 55 e 65 DAE devido a perda de folhas e caules decorrente do começo da frutificação, não houve taxa de crescimento absoluto negativa para a BR3267. Tabela 2 Massa Seca dos caules de plantas de feijão-caupi tratados com as estirpes BR3269, BR3267, BR3262, BR3302 e BR3301, nas seis datas avaliação (g). Tratamento 15 DAE 25 DAE 35 DAE 45 DAE 55 DAE 65 DAE T 14,8a 112,6a 473,3a 1576,1a 811,3a 1702,7,0ab BR3299 18,3a 76,7ab 310,5ab 895,2ab 1389,2a 1778,0a BR3267 13,4a 65,7ab 248,6b 831,2ab 1228,1a 956,6b BR3262 11,2a 45,6b 213,0b 894,1ab 971,2a 1100,7ab BR3302 15,4a 86,7ab 222,8b 1153,7ab 1129,8a 1472,7ab BR3301 11,8a 67,6ab 199,6b 658,3b 1071,0a 1289,3ab CV% 31,60 29,49 30,20 34,41 28,67 24,19 Valores seguidos das mesmas letras na coluna não diferem entra si a 5% de probabilidade pelo teste Tukey. Os valores de massa seca das flores não diferiram estatisticamente aos 35, 45 e 65 DAE. Aos 55 DAE ocorreu diferença sendo que a BR3299 foi superior às demais com 38,2 g de flores, porém isso não refletiu em maior massa seca no início de formação de vagens. Aos 65 DAE em relação à massa seca das vagens a BR3302 foi superior às demais com 394,9 g de vagem (Tabela 3). Tabela 3 Massa Seca das folhas das plantas de feijão-caupi tratados com as estirpes BR3269, BR3267, BR3262, BR3302 e BR3301, nas seis datas avaliação (g) e Massa Seca das vagens aos 65 DAE. Tratamento Flores Vagem 35 DAE 45 DAE 55 DAE 65 DAE 65 DAE T 10,1a 33,0a 26,2ab 30,3a 23,6b BR3299 16,6a 31,5a 38,2a 44,0a 153,2ab BR3267 8,6a 28,4a 31,3ab 21,5a 300,9ab BR3262 8,9a 35,1a 34,3ab 33,8a 192,8ab BR3302 6,8a 31,1a 31,3ab 25,8a 394,8a BR3301 8,6a 24,8a 19,3b 25,7a 140,6ab CV% 53,94 48,75 23,90 50,59 63,03 Valores seguidos das mesmas letras na coluna não diferem entra si a 5% de probabilidade pelo teste Tukey. Conclusões: 1 A inoculação com o BR3262 promoveu um percentual maior de folhas por mais tempo antes de entrar em senescência. 2 A inoculação com o BR3299 promoveu um maior peso de vagens aos 65 DAE.

Referências bibliográficas: BENINCASA, M. M. P. Análise de Crescimento de Plantas, Noções Básicas.2ed Jaboticabal: FUNEP, 2003. 41p. KÖPPEN, W. 1984. Climatologia - con un estudio de los climas de la tierra. México, Fondo de Cultura Economica. 479p. FERREIRA, D.F. Análises estatísticas por meio do Sisvar para Windows versão 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃO BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45, 2000, São Carlos. Anais. São Carlos, UFSCar, 2000. p.255-258. FREIRE FILHO, F.R.; CARDOSO, M.J.; ARAÚJO, A.G.de; SANTOS,A.A. dos; SILVA, P.H.S.da. Características botânicas e agronômicas de cultivares de feijão macassar (Vigna unguiculata (L.) Walp.). Teresina: Embrapa UEPAE Teresina, 1981.45p. (Embrapa-EUPAE Teresina. Boletim de Pesquisa,4). FREIRE FILHO, F. R.; LIMA, J. A.de.A.; RIBEIRO, V. Q. Feijão-caupi Avanços tecnológicos. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; 2005. 519p. (Embrapa Informação Tecnológica). SILVA, N. C., et. al. Produção e partição da biomassa de Desmodium incanum em resposta à aplicação de fósforo. Pesquisa Agropecuária brasileira, Brasilisa, v.36, n.3, p. 541-548, março 2001. TAIZ, L.; ZEIGER, E.; Fisiologia Vegetal. Tradução: Eliane Romento Santarém...[et.al]. 3ª ed Porto Alegre: Artmed, 2004. WIEN, H. C.; SUMMERFIELD, R. J. Cowpea (Vigna unguiculata (L.) Walp.) In: GOLDSWORTHY, P. R.; FISCHER, N. M. (Ed). The physiology of tropical field crops. Chichester: John e Willey & Sons, 1984. p. 353-383. ZILLI, J. E.; MARSON, L. C.; XAVIER, G. R.; RUMJANEK, N. G. Avaliação de Estirpes de Rizóbio para a Cultura do Feijão-caupi em Roraima. Circular Técnica, 01 Embrapa Roraima Boa Vista, RR Dezembro, 2006 ZILLI, J. E.; VALICHESKI, R. R.; RUMJANEK, N. G.; SIMÕES-ARAÚJO, J. L.; FREIRE FILHO, F. R.; NEVES, M. C. P. N. Eficiência simbiótica de estirpes de Bradyrhizobium isoladas de solo do Cerrado em caupi. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.41, n.5, p.811-818, maio 2006.