IMPRENSA COMUNICADO DE IMPRENSA CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA C/08/11

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Transcrição:

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA C/08/11 5372/08 (Presse 11) (OR. en) COMUNICADO DE IMPRENSA 2844.ª sessão do Conselho Assuntos Económicos e Financeiros Bruxelas, 22 de Janeiro de 2008 Presidente Andrej BAJUK da Eslovénia IMPRENSA Rue de la Loi 175 B 1048 BRUXELAS Tel.: +32 (0)2 281 8716 / 6319 Fax: +32 (0)2 281 8026 press.office@consilium.europa.eu http://www.consilium.europa.eu/newsroom 5372/08 (Presse 11) 1

Principais resultados do Conselho O Conselho aprovou conclusões sobre o Espaço Único de Pagamentos em Euros, uma iniciativa que será lançada em 28 de Janeiro com o objectivo de criar, até 2010, um mercado único de pagamentos em euros integrado e competitivo. O Conselho analisou determinadas questões a apresentar à reunião da Primavera do Conselho Europeu, nomeadamente no que diz respeito à Estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego, para o que será lançado um novo ciclo de três anos, e aprovou conclusões sobre uma análise em curso do mercado único da UE. Esta foi a primeira reunião do Conselho (ECOFIN) desde que Chipre e Malta aderiram ao espaço euro. 5372/08 (Presse 11) 2

ÍNDICE 1 PARTICIPANTES... 4 PONTOS DEBATIDOS PROGRAMA DE TRABALHO DA PRESIDÊNCIA... 6 INTRODUÇÃO DO EURO EM CHIPRE E MALTA... 7 PREPARAÇÃO DA SESSÃO DE PRIMAVERA DO CONSELHO EUROPEU... 8 Estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego: o próximo ciclo trienal... 8 Documento sobre as questões-chave em matéria de assuntos económicos e financeiros... 9 Análise do mercado único Conclusões do Conselho... 10 SERVIÇOS FINANCEIROS ESPAÇO ÚNICO DE PAGAMENTOS EM EUROS Conclusões do Conselho... 14 REUNIÕES À MARGEM DO CONSELHO... 16 OUTROS PONTOS APROVADOS TRIBUTAÇÃO Alemanha/Polónia Imposto sobre o valor acrescentado... 17 NOMEAÇÕES Comité Científico e Técnico do Euratom... 17 1 Nos casos em que tenham sido formalmente aprovadas pelo Conselho declarações, conclusões ou resoluções, o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas. Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho http://www.consilium.europa.eu. Os actos aprovados que são objecto de declarações para a acta que podem ser facultadas ao público vão assinalados por um asterisco; estas declarações estão disponíveis no sítio Internet do Conselho acima mencionado ou podem ser obtidas junto do Serviço de Imprensa. 5372/08 (Presse 11) 3

PARTICIPANTES Os Governos dos Estados-Membros e a Comissão Europeia estiveram representados do seguinte modo: Bélgica: Didier REYNDERS Bulgária: Plamen Vassilev ORESHARSKI República Checa: Tomáš ZÍDEK Dinamarca: Lars Løkke RASMUSSEN Alemanha: Thomas MIROW Estónia: Ivari PADAR Irlanda: Brian COWEN Grécia: Georgios ALOGOSKOUFIS Espanha: Pedro SOLBES MIRA França: Christine LAGARDE Itália: Tommaso PADOA SCHIOPPA Chipre: Michalis SARRIS Letónia: Normunds POPENS Lituânia: Rimantas ŠADŽIUS Luxemburgo: Jean-Claude JUNCKER Hungria: János VERES Malta: Tonio FENECH Países Baixos: Wouter BOS Áustria: Christoph MATZNETTER Polónia: Katarzyna ZAJDEL-KUROWSKA Portugal: Fernando TEIXEIRA DOS SANTOS Vice-Primeiro-Ministro e Vice-, Departamento das Relações Internacionais e da Política Financeira Secretário de Estado, Ministério Federal das Finanças Vice-Primeiro-Ministro (Tánaiste) e Ministro da Economia e das Finanças Segundo Vice-Presidente do Governo e Ministro da Economia e das Finanças Ministra dos Assuntos Económicos, Financeiros e Emprego Ministro da Economia e das Finanças Representante Permanente Primeiro-Ministro, Ministro de Estado, Ministro das Finanças Secretário de Estado, Ministério das Finanças, Vice-Primeiro-Ministro Secretário de Estado, Ministério Federal das Finanças Subsecretária de Estado, Ministério das Finanças Ministro de Estado, 5372/08 (Presse 11) 4

Roménia: Varujan VOSGANIAN Eslovénia: Andrej BAJUK Žiga LAVRIČ Eslováquia: Ján POČIATEK Finlândia: Jyrki KATAINEN Suécia: Anders BORG Reino Unido: Angela EAGLE Ministro da Economia e das Finanças Secretário de Estado do Ministério das Finanças Vice-Primeiro Ministro, Chanceler do Tesouro Comissão: Joaquín ALMUNIA Charlie McCREEVY Membro Membro Outros participantes Jean-Claude TRICHET Philippe MAYSTADT Xavier MUSCA Christian KASTROP Presidente do Banco Central Europeu Presidente do Banco Europeu de Investimento Presidente do Comité Económico e Financeiro Presidente do Comité de Política Económica 5372/08 (Presse 11) 5

PONTOS DEBATIDOS PROGRAMA DE TRABALHO DA PRESIDÊNCIA A Presidência Eslovena apresentou ao Conselho um programa de trabalho sobre os assuntos económicos e financeiros (ECOFIN) para a duração do seu mandato (doc. 16495/2/07 REV 2). O Conselho procedeu a um intercâmbio de opiniões. Durante a Presidência Eslovena (Janeiro a Junho de 2008), o Conselho (ECOFIN) centrar-se-á: em questões de estabilidade financeira, nomeadamente na resposta política da UE aos recentes acontecimentos nos mercados financeiros, ao seguimento da revisão em curso do processo regulamentar Lamfalussy e à melhoria dos acordos da UE relativos à gestão de crises financeiras; no lançamento de um novo ciclo de três anos de reformas económicas ao abrigo da Estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego. O Conselho avançará também os trabalhos iniciados no ano passado à luz dos objectivos e das prioridades comuns fixados pelas Presidências Alemã, Portuguesa e Eslovena. Os objectivos e prioridades são os seguintes: assegurar uma gestão eficiente e efectiva da política económica; avançar para a conclusão do mercado interno, nomeadamente no que se refere aos serviços financeiros e fiscais; melhorar a qualidade das finanças públicas. 5372/08 (Presse 11) 6

INTRODUÇÃO DO EURO EM CHIPRE E MALTA O Conselho foi informado pela Comissão e pelas Delegações Cipriota e Maltesa sobre a experiência adquirida até hoje a seguir à introdução do euro em Chipre e em Malta em 1 de Janeiro. Os dois países puseram notas e moedas de euro em circulação ao mesmo tempo, ao adoptarem o euro como sua moeda. A Comissão continuará a acompanhar a situação, em cooperação com as autoridades cipriotas e maltesas, e deverá aprovar no próximo mês um relatório completo sobre a passagem ao euro. 5372/08 (Presse 11) 7

PREPARAÇÃO DA SESSÃO DE PRIMAVERA DO CONSELHO EUROPEU Estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego: o próximo ciclo trienal O Conselho procedeu a um debate de orientação sobre o próximo ciclo trienal da Estratégia de Lisboa para o Crescimento e o Emprego da UE (2008-2010), a ser lançado pelo Conselho Europeu na sua sessão de 13 e 14 de Março. O debate compreendeu os seguintes elementos: relatório da Comissão sobre a estratégia renovada de Lisboa e lançamento do novo ciclo; "Manter o ritmo da mudança" (doc. 16714/07 + ADD 1 + ADD 2 + ADD 3 + ADD 4 REV 1); OGPE (Orientações Gerais das Políticas Económicas) para o período de 2008 a 2010; projecto de recomendações integradas para cada país; proposta de novo programa a nível comunitário para a Estratégia de Lisboa, relativo ao período de 2008 a 2010 (16752/07). A Comissão propõe que o novo ciclo trienal seja principalmente centrado na aplicação e concretização de reformas, uma vez que a Estratégia de Lisboa é já considerada como cumpridora dos seus objectivos. Os quatro actuais pilares da Estratégia conhecimento e inovação, emprego, clima empresarial e energia e alterações climáticas permanecem válidos. E, embora a evolução dos desafios exija que sejam tratados, as orientações actualmente vigentes não são consideradas como exigindo qualquer revisão de fundo. Não obstante, a aplicação das reformas e recomendações carece de aperfeiçoamento em diversas áreas, como a investigação, os mecanismos da inovação, as PME, o mercado único, a modernização da administração pública, a educação e as competências, a "flexissegurança" (flexibilidade e segurança nos mercados de trabalho), a inclusão social, a coesão territorial, a energia, as alterações climáticas, a visibilidade da dimensão social e a sustentabilidade e qualidade das finanças públicas. A Estratégia de Lisboa é posta em prática por meio de programas de reforma nacionais, complementados por um programa comunitário para a mesma. Encontra-se agendada para a sessão de 4 Março do Conselho a aprovação por este último de um relatório ao Conselho Europeu sobre as OGPE e as recomendações para cada país. 5372/08 (Presse 11) 8

Documento sobre as questões-chave em matéria de assuntos económicos e financeiros O Conselho procedeu, com base num projecto de documento sobre as questões-chave elaborado pela Presidência, a um debate de orientação sobre as principais mensagens a ser transmitidas ao Conselho Europeu na sua sessão de Primavera (13 e 14 de Março) em matéria de assuntos económicos e financeiros. Espera-se que o Conselho aprove o documento na sua sessão de 12 de Fevereiro. No projecto de documento sobre as questões-chave são analisadas as seguintes questões: situação económica, crescimento económico e riscos de deterioração; reformas estruturais para o crescimento e o emprego, execução nos Estados-Membros e acções a nível comunitário; finanças públicas e seu potencial contributo para a estabilidade macroeconómica; eficácia e estabilidade dos mercados financeiros; união económica e monetária na UE. O Conselho (Assuntos Económicos e Financeiros) constitui uma de várias composições do Conselho que apresentam ao Conselho Europeu documentos sobre questões-chave; ao elaborarem o projecto de conclusões do Conselho Europeu, o Comité de Representantes Permanentes e o Conselho (Assuntos Gerais e Relações Externas) pautar-se-ão pelas principais mensagens. 5372/08 (Presse 11) 9

Análise do mercado único Conclusões do Conselho O Conselho aprovou as seguintes conclusões, a ser remetidas à sessão de Primavera do Conselho Europeu (13 e 14 de Março). "O Conselho CONGRATULA-SE com a publicação da análise do mercado único pela Comissão. O Conselho SUBLINHA que o mercado único se reveste de importância crucial para a competitividade da Europa na economia globalizada e se insere, por isso mesmo, na estratégia global de política económica da UE, tal como se encontra consignada nas Orientações Integradas. Um mercado único competitivo constitui um motor determinante do crescimento económico e o bom desempenho económico das PME dependerá da capacidade destas para crescerem e operarem no plano transfronteiras do mesmo modo que funcionam no respectivo mercado nacional. O mercado único constitui o ambiente mais propício ao aumento do nível de vida dos cidadãos europeus. Por esse motivo, o Conselho (ECOFIN) SALIENTA que as medidas tomadas, nomeadamente no contexto do Programa de Lisboa, devem centrar-se nos aspectos fulcrais do mercado único enquanto força motriz do crescimento. SUBLINHA igualmente a importância de que o mercado único se reveste para reforçar a capacidade de ajustamento das economias dos países europeus, bem como a sua resistência aos choques, especialmente dentro da União Monetária. Obter resultados concretos através de uma melhor utilização dos instrumentos existentes O Conselho PARTILHA do ponto de vista da Comissão ao considerar necessária uma abordagem definida em função do impacto produzido e dirigida à obtenção de resultados concretos, que preveja acções orientadas em função da possibilidade de obtenção de um impacto máximo e se apoie em dados económicos sólidos, fazendo uso de todos os instrumentos disponíveis para reforçar a capacidade de resposta no contexto de uma Europa alargada num Mundo em rápida mutação; CONGRATULA-SE com o destaque dado à melhor governação do mercado único, em consonância com a agenda "Legislar Melhor" e com os princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade. Impõe-se evitar a criação de novos encargos administrativos tanto para os governos como para as empresas. O Conselho CONSIDERA que: É importante recorrer a uma combinação de instrumentos mais bem adaptada para garantir que o enquadramento regulamentar do mercado único seja suficientemente eficaz para alcançar os seus objectivos e suficientemente flexível para dar resposta às mutações cada vez mais aceleradas dos mercados mundiais. 5372/08 (Presse 11) 10

A proposta relativa a um sistema de acompanhamento do mercado, bem orientado e baseado em dados e procedimentos existentes, pode contribuir para estabelecer prioridades de acção nos mercados que apresentem obstáculos reais e significativos ao seu bom funcionamento e à concorrência, cuja eliminação se saldaria por significativos benefícios económicos, nomeadamente a redução dos preços e a maior disponibilidade de oferta para os consumidores. Este sistema contribuirá para uma abordagem focalizada do mercado único, baseada em dados concretos. O Conselho CONVIDA a Comissão a pôr em prática este sistema de acompanhamento do mercado e a colaborar estreitamente com os Estados-Membros, através do Comité de Política Económica, para avaliar os resultados e o método a seguir no sentido de assegurar melhoramentos contínuos. O Conselho SALIENTA a necessidade de continuar a analisar o funcionamento do sector dos serviços, que está no cerne da economia europeia. É necessário aplicar e fazer cumprir a legislação vigente com mais rigor para reforçar a competitividade e o desempenho do mercado único. Deve ser dada maior importância à aplicação e ao cumprimento efectivos e coerentes da legislação, bem como à melhor informação dos consumidores e das empresas e à existência de mecanismos adequados de reparação ao seu dispor. Domínios prioritários de acção O Conselho SALIENTA que, para executar com êxito esta estratégia, serão fundamentais uma maior confiança dos consumidores e melhores parcerias entre os Estados-Membros e a Comissão. De acordo com a nova abordagem de orientação das acções em função da possibilidade de obtenção de um impacto máximo, o Conselho: CONSIDERA que a abertura dos mercados dos serviços é decisiva para a futura prosperidade da Europa. Os serviços constituem hoje um dos principais motores da economia europeia, representando 70% da produção, 68% do emprego e 96% dos novos empregos criados. Importa proceder à rápida e efectiva implementação da Directiva "Serviços" até finais de 2009 para criar um verdadeiro mercado único dos serviços. CONCORDA que devem prosseguir os esforços no sentido de liberalizar o sector das indústrias de rede. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para estabelecer à escala europeia um verdadeiro mercado interno unificado, competitivo e interligado da electricidade e do gás. De acordo com as exigências definidas nas directivas de 2003 em matéria de energia e com os apelos lançados pelo Conselho Europeu de Março de 2007, devem contar-se entre essas medidas, por um lado, a efectiva separação entre as actividades de fornecimento e produção e as operações de rede (desagregação) e, por outro, a garantia de um acesso equitativo às redes. Há que prestar especial atenção à melhoria e ao reforço da independência das autoridades de regulação. Há também que chegar a acordo sobre o pacote das telecomunicações. Os Estados- -Membros deverão transpor a directiva relativa à realização do mercado interno dos serviços postais na UE. 5372/08 (Presse 11) 11

CONCORDA que é importante melhorar o ambiente fiscal. O Conselho OBSERVA que as normas nacionais em matéria de tributação diferem de um Estado-Membro para outro. O funcionamento do mercado interno pode ser aperfeiçoado por meio de um esforço continuado para combater a fraude fiscal e eliminar a concorrência fiscal lesiva, bem como de uma cooperação reforçada em matéria fiscal entre os Estados-Membros e, consoante as necessidades, a nível europeu, sem deixar de respeitar as competências nacionais. O Conselho dará continuidade aos seus trabalhos neste domínio, nomeadamente no tocante à eliminação dos obstáculos ao mercado interno. SUBLINHA que a promoção da livre circulação do conhecimento e da inovação deve ser prioritária neste domínio, AGUARDA COM EXPECTATIVA os progressos que se venham a registar relativamente a um quadro comum da UE para a protecção dos direitos de patente, que salvaguarde a segurança jurídica e previna a discriminação. Deve ser dada a maior importância ao ensino para facilitar o avanço no sentido de uma economia baseada no conhecimento. Devem, além disso, ser criadas melhores condições de financiamento das PME inovadoras através de capitais de risco. O Conselho SALIENTA que devem ser criadas melhores condições de enquadramento para a execução de uma política efectiva de concorrência, a fim de reforçar os benefícios resultantes da inovação para o mercado único. O Conselho CONCORDA ainda que é importante promover as condições adequadas que permitam às PME fomentar a inovação e o crescimento, dando-lhes, em particular, a possibilidade de tirar pleno partido das oportunidades do mercado único, melhorando o seu acesso aos concursos públicos e reduzindo os entraves ao comércio transfronteiras. TOMA NOTA das propostas relativas aos serviços financeiros de pequeno montante constantes da análise do mercado único e CONCORDA que uma maior concorrência, uma eficiência reforçada e a existência de maiores oportunidades para as empresas no sector dos serviços financeiros de pequeno montante não só contribuirá para promover o crescimento e a criação de emprego como trará benefícios aos consumidores. Neste contexto, o Conselho APOIA EM LARGA MEDIDA as iniciativas identificadas pela Comissão no domínio dos serviços financeiros de pequeno montante e, em particular INCENTIVA o sector bancário a definir um conjunto de regras comuns em matéria de contas bancárias, a fim de facilitar as mudanças de banco e o acesso por parte de não residentes, em benefício de todos os consumidores, tendo em consideração os efeitos positivos sobre a concorrência que se espera venham a resultar da maior mobilidade dos consumidores; APOIA a Comissão na sua intenção de analisar os obstáculos que impedem uma maior disponibilidade de produtos, nomeadamente avaliando as possibilidades de instituir um 28.º regime e de aumentar o recurso aos instrumentos da política de concorrência; 5372/08 (Presse 11) 12

SALIENTA a importância de eliminar os entraves à oferta e à procura de produtos de retalho numa base transfronteiras, bem como de analisar as condições necessárias ao acesso e à disponibilidade de dados sobre o crédito ao promover mercados de retalho competitivos; AGUARDA COM EXPECTATIVA a comunicação da Comissão a respeito da necessidade de abordar com maior coerência os requisitos em matéria de transparência e distribuição de produtos de investimento concorrentes destinados aos pequenos investidores; APOIA o estudo, por parte da Comissão, do eventual aperfeiçoamento dos mecanismos de reparação no contexto dos serviços financeiros; e INCENTIVA um relacionamento mais intenso e contínuo com os consumidores, de modo a, nos casos relevantes, testar as medidas propostas com grupos seleccionados de consumidores e/ou debatê-las com grupos de peritos compostos por profissionais e utentes. CONVIDA o Comité dos Serviços Financeiros e o Comité Económico e Financeiro a analisarem as próximas iniciativas detalhadas da Comissão. No primeiro semestre de 2008, e para além da análise dos progressos registados no Espaço Único de Pagamentos em Euros (SEPA), o Conselho analisará em particular o Livro Branco da Comissão sobre o sector do crédito hipotecário destinado aos consumidores, bem como a comunicação da Comissão sobre educação financeira, que formula sugestões para a prestação desse tipo de formação, reconhecendo que a educação financeira se insere sobretudo na esfera de competências dos Estados-Membros. O Conselho SUBLINHA a importância da dimensão externa da análise do mercado único. As políticas internas e externas da União devem ser adaptadas de modo a corresponder às oportunidades e aos desafios da globalização, de harmonia com a declaração da UE sobre a globalização, aprovada pelo Conselho Europeu de Dezembro. A capacidade dos Estados-Membros para competirem num mundo globalizado pode ser reforçada por um mercado único que funcione eficazmente." 5372/08 (Presse 11) 13

SERVIÇOS FINANCEIROS ESPAÇO ÚNICO DE PAGAMENTOS EM EUROS Conclusões do Conselho O Conselho aprovou as seguintes Conclusões sobre a iniciativa "Espaço Único de Pagamentos em Euros", a ser oficialmente lançada em 28 de Janeiro. "O Conselho SALIENTA o seu apoio ao objectivo do Espaço Único de Pagamentos em Euros (SEPA), designadamente, a realização de um mercado integrado de serviços de pagamentos em euros que esteja sujeito a uma concorrência efectiva, sem distinção entre pagamentos transfronteiras e nacionais, em euros, no interior da UE; MANIFESTA o seu apreço pelo considerável trabalho já desenvolvido pelo sector para estabelecer o SEPA; RECONHECE que o projecto SEPA passou já da fase de preparação à fase operacional, pelo que apela ao sector para que redobre de esforços e conclua os trabalhos em curso, em especial no que toca à definição ainda pendente das normas necessárias ao mercado dos cartões e ao espaço cliente-banco e banco-cliente; INCENTIVA o sector a desenvolver produtos atractivos de pagamentos SEPA e a comercializá- -los activamente, de modo a criar uma dinâmica de mercado que leve os clientes a abandonarem os instrumentos de pagamento existentes, optando pelos novos produtos de pagamento SEPA; APELA a que a transição para o SEPA se realize sem atritos e com rapidez, para reduzir ao mínimo a duplicação dos custos administrativos dos pagamentos e salienta a necessidade de transpor e aplicar integralmente e em tempo útil, ao nível nacional, a directiva relativa aos serviços de pagamento, a fim de facilitar o processo de transição; RECONHECE a importância de encontrar uma solução viável para garantir que não seja interrompida a validade legal dos mandatos de débito directo vigentes, consoante as necessidades; RECONHECE o importante papel de catalizador que os serviços públicos podem desempenhar para impulsionar o processo de transição; 5372/08 (Presse 11) 14

INCENTIVA as autoridades públicas a optarem rapidamente pelos instrumentos de pagamento SEPA, sob reserva do princípio de que não deverá haver deterioração relativamente às características nacionais de desempenho dos produtos e aos preços, tendo em conta o contributo positivo que o SEPA pode dar para a modernização da administração pública e o Plano de Acção "Administração em linha", bem como a considerável mais-valia que o SEPA representa para a economia europeia em geral, nomeadamente graças a serviços de valor acrescentado como a facturação electrónica; CONVIDA os Ministérios das Finanças dos Estados-Membros a, em colaboração com os bancos centrais nacionais, continuarem a acompanhar o progresso do SEPA a nível nacional, em especial no que diz respeito à adopção do SEPA pelas autoridades públicas; e CONVIDA a Comissão a, em colaboração com o BCE, elaborar, no final de cada ano e, em todo o caso, no final de 2008, 2009 e 2010, um relatório da situação sobre o avanço da transição para o SEPA, analisando, se necessário, os preços dos instrumentos SEPA e o aumento da concorrência dentro desse espaço, bem como outras alterações associadas ao SEPA, até que se tenha concluído com êxito a transição de um número determinante de instrumentos de pagamento." 5372/08 (Presse 11) 15

REUNIÕES À MARGEM DO CONSELHO Eurogrupo Os Ministros dos Estados-Membros da zona "euro" participaram em 21 de Janeiro numa reunião do Eurogrupo. Reunião ministerial ao pequeno-almoço Os Ministros reuniram-se ao pequeno-almoço com o novo Director-Geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, a fim de debaterem a reforma do FMI. * * * Os Ministros foram durante o almoço informados pelo Presidente do Eurogrupo sobre a reunião do Eurogrupo realizada em 21 de Janeiro e debateram a situação económica, com particular enfoque para a recente evolução dos mercados financeiros. 5372/08 (Presse 11) 16

OUTROS PONTOS APROVADOS TRIBUTAÇÃO Alemanha/Polónia Imposto sobre o valor acrescentado O Conselho aprovou a Decisão mediante a qual autoriza a Alemanha e a Polónia a aplicarem uma medida especial para efeitos da construção e manutenção das pontes fronteiriças sobre os rios Oder e Lausitzer Neisse (16447/07). Para efeitos de tributação do fornecimento e aquisição de bens destinados às referidas pontes, são na Decisão determinados os territórios a que pertencem. Esta medida constitui uma derrogação da Directiva 2006/112/CE, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado. NOMEAÇÕES Comité Científico e Técnico do Euratom O Conselho aprovou a Decisão que nomeia os membros do Comité Científico e Técnico do Euratom (CCT) para um período de cinco anos (15047/2/2007 + 16067/07 ADD 1). O Conselho nomeara em 2004 os membros do CCT para o período de 1 de Maio de 2004 a 30 de Abril de 2009. Todavia, com a adesão da Bulgária e da Roménia à UE tornou-se necessária uma nova decisão de nomeação de membros para o referido Comité (41 após a adesão). 5372/08 (Presse 11) 17