35.1 Objetivo e Campo de Aplicação

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Transcrição:

35.1 Objetivo e Campo de Aplicação 35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. 3

35.1 Objetivo e Campo de Aplicação 35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. Considerar a altura para acesso e saída do trabalho Não significa que abaixo de 2,00m não precisa de medidas de controle. 4

Acidentes com menos de 2m de altura Ao tentar acessar o andaime, pé escorregou batendo a face no piso 5

Acidentes com menos de 2m de altura Ao fazer pega do equipamento sobre o caminhão, escorregou caindo de costas, fraturando a clavícula 6

Acidentes com menos de 2m de altura Uso inadequado da escada provocou queda do usuário. 7

35.2 Responsabilidades 35.2.1 Cabe ao empregador: a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma; b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT; O tipo de análise de risco depende da determinação do empregador, podendo ser: HAZOP, FEMEA, ATR, APR, etc. 9

35.2 Responsabilidades c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura; Procedimentos para atividades habituais, independente da frequência, desde que estas atividades façam parte dos processos de trabalho da empresa. Nestes casos são aplicáveis o desenvolvimento dos procedimentos operacionais. Os procedimentos deverão ser oficialmente estabelecidos aos envolvidos em trabalhos em altura. 10

35.2 Responsabilidades d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis; Visa identificação e antecipação de riscos de acidentes, não passíveis de previsão nas análises de riscos realizadas ou não identificados nos procedimentos escritos Deve ser realizada no local do trabalho 11

35.2 Responsabilidades e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas; Fundamental integração de terceiros para alinhamento de requisitos Estabelecer mecanismo para informação na fase de contratação 12

35.2 Responsabilidades f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle; Novos riscos e procedimentos operacionais determinam reciclagem 13

35.2 Responsabilidades g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma; h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível; 14

35.2 Responsabilidades i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura; Sistema de controle de autorizados (planilha de controle) Sistema de abrangência da autorização Registros das abrangências no prontuário 15

35.2 Responsabilidades j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade; k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma. Procedimentos, PETs, Registros de Autorizados, etc., serão disponíveis a qualquer momento para fiscalização. 16

35.2 Responsabilidades 35.2.2 Cabe aos trabalhadores: a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador; b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma; 17

35.2 Responsabilidades c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis; d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho. 18

35.3 Capacitação e treinamento 35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal (reciclagem a cada 02 anos de 08 horas) e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações (eventual): A carga horária do treinamento eventual deverá ter sua carga horária determinada em função da situação que o motivou conforme previsto nos itens a, b, c e d a seguir: 20

35.3 Capacitação e treinamento a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; Determina necessidade de treinamento caso implique alteração nas situações de riscos. b) evento que indique a necessidade de novo treinamento; Acidentes ou incidentes ocorridos na empresa ou em outra empresa com atividade similar. c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias; 21

35.3 Capacitação e treinamento d) mudança de empresa. Destina-se ao trabalho em altura onde as atividades são diferentes das desenvolvidas na empresa anterior, inclusive ambiente de trabalho diverso daquele que normalmente está exposto. Interfere diretamente em empresas contratadas, onde a contratante deverá promover a ambientação aos novos riscos em altura promovendo treinamento eventual. A carga horária será conforme a necessidade da adequação 22

35.3 Capacitação e treinamento 35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo empregador. 35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas a, b, c e d, a carga horária e o conteúdo programático devem atender a situação que o motivou. 23

35.3 Capacitação e treinamento 35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir: Deve atender o conteúdo programático e carga horária prevista. Treinamentos recebidos em outras empresas poderão ser complementados desde que realizados a menos de dois anos Reemitir a certificação conforme item 35.3.7 24

35.3 Capacitação e treinamento a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; NRs, procedimentos internos e normas técnicas que interferem ou contribuem no trabalho em altura parte do programa da empresa. 25

35.3 Capacitação e treinamento b) Análise de Risco e condições impeditivas; Trabalhador deve ser capacitado a conhecer e interpretar as analises de riscos. Condições impeditivas são aquelas que criam riscos imediatos ao trabalhador, e estão fora de controle c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; 26

35.3 Capacitação e treinamento d) Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva; e) Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso; Conhecimento teórico e prático do uso de equipamentos 27

35.3 Capacitação e treinamento f) Acidentes típicos em trabalhos em altura; Acidentes comuns e específicos relacionados as atividades realizadas na empresa. g) Condutas em situações de emergência. Instrução sobre condutas pessoais em situações de emergência e noções de técnicas de resgate e primeiros socorros específicas ao tipo de trabalho. Incluir no PAE da empresa. Não capacita a compor a equipe de emergência previsto no item 35.6 28

35.3 Capacitação e treinamento 35.3.4 Os treinamentos iniciais, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa. Deverá ser observado a carga horária e conteúdo 35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho. 35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo. 29

35.3 Capacitação e treinamento 35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho. Proficiência não significa formação em curso específico, mas habilidades, experiência e conhecimentos capazes de ministrar os ensinamentos referentes aos tópicos abordados. Profissional qualificado TST ou Eng de Segurança. 30

Embasamento Legal 35.3 Capacitação e treinamento 31

35.3 Capacitação e treinamento 35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável. 32

35.3 Capacitação e treinamento 35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa. A cópia da empresa poderá ser digital 35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado. Ter registro no prontuário individual que mostre o treinamento recebido 33

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado. A autorização deverá ser formalmente estabelecida pela empresa, autorizando a pessoa a trabalhar em altura. A autorização será precedida de atendimento da capacitação e aptidão. 34

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa. 35

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que: 36

35.4 Planejamento, Organização e Execução a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados; Anamnese, exame físico e exames complementares, devendo esta sistemática ser definida no PCMSO. ECG, EEG, hemograma completo, glicemia, GamaGT, oftalmológico, audiometria, etc. 37

35.4 Planejamento, Organização e Execução b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação; A norma não estabelece a periodicidade, cabendo isto ao médico coordenador (junto ao ASO). Deverá compreender os fatores que possam causar quedas de planos elevados, os associados à tarefa a executar como: esforço físico, acuidade visual, restrição de movimentos, etc. 38

35.4 Planejamento, Organização e Execução c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais. São exemplos: problemas cardíacos graves, epilepsia, diabetes e hipertensão descompensadas, etc. (atenção ao excesso de peso + 100kg). Fatores psicossociais são estressores devido a grande exigência do trabalho, falta de recursos e medo. Avaliação recomendável mas não obrigatória. 39

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional (ASO) do trabalhador. 35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em altura autorizados (planilha de controle);. Documento impresso, crachá, cartaz, registro eletrônico, etc. 40

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia: a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução; b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma; c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado. 41

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as condições do local de trabalho já previstas na análise de risco. Clima, trânsito de veículos e pessoas, atividades de risco nas proximidades, etc. 43

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco. A NR não estabelece metodologia, devendo ser determinado no programa Recomendado APR ou ATR pela simplicidade 35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar: 44

35.4 Planejamento, Organização e Execução a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno; Redes energizadas, trânsito, inflamáveis, etc. b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; Definitivos ou temporários contra quedas ou restrição de movimentos 45

35.4 Planejamento, Organização e Execução d) as condições meteorológicas adversas; e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda; 46

35.4 Planejamento, Organização e Execução f) o risco de queda de materiais e ferramentas; Guarda-corpo e rodapé, bolsas fixas, amarração, telas e lonas, etc. g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos; Soldagem, pintura, etc. h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras; Principlamente NRs 10, 20, 33 47

35.4 Planejamento, Organização e Execução i) os riscos adicionais; Específicos dos ambiente de trabalho ou processos diretos e indiretos. Campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeiras, fauna e flora, uso de chama, agentes químicos, soterramento, etc. 48

35.4 Planejamento, Organização e Execução A avaliação primária do ambiente: Piso; Eletricidade; Produtos químicos; Veículos em movimentação; Trabalhadores não envolvidos; Intempéries; Ausência de pontos de ancoragem/estaiamento; Qualidade da estrutura / escadas / andaimes. 49

35.4 Planejamento, Organização e Execução j) as condições impeditivas; k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador; Prever cenários e situações de emergência com seus respectivos procedimentos de atendimento. l) a necessidade de sistema de comunicação; Entre trabalhadores diretos e indiretos e para emergência. m) a forma de supervisão. Definida na análise de riscos. Presencial ou não. 50

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no respectivo procedimento operacional. 35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no mínimo: 51

35.4 Planejamento, Organização e Execução a) as diretrizes e requisitos da tarefa; b) as orientações administrativas; c) o detalhamento da tarefa; d) as medidas de controle dos riscos características à rotina; e) as condições impeditivas; f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários; g) as competências e responsabilidades. 52

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho. Não requerem procedimentos operacionais. 35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão de Trabalho. A existência da PT não exclui a necessidade de análise de riscos. 53

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade. 35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter: 54

35.4 Planejamento, Organização e Execução a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos; b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco; c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações. 55

35.4 Planejamento, Organização e Execução 35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho. 56

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 35.5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda. 35.5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos adicionais. 57

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações. 35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem. 58

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções: a) na aquisição; b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados. 35.5.2.3 Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais. 59

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 35.5.3 O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem. O cinto de segurança possui validade de 05 anos. 35.5.3.1 O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco. 60

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem Pela NR-35 não poderá ser tipo Cadeirinha. A seguir, variedades de cintos de segurança tipo paraquedista 61

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 62

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 63

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 64

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem Cinto em material sintético com opção anti-chama Cinto em aramida (soldagem) 65

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 66

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 67

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 68

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda. Deve permitir a conexão antes da exposição ao risco de queda e sair do sistema após sair da exposição. 35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior. 69

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações: a) fator de queda for maior que 1; b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m. Vídeo absorvedor 70

71

Esquema do fator de queda 72

Cinto de segurança muito frouxo. Demora até o resgate Testículos foram empurrados para fora do saco escrotal. Cirurgia de 4 horas para fechar o ferimento. 73

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem 35.5.4 Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências: a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado; b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável; c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização. 74

35.5 EPIs, Acessórios e Sistemas de Ancoragem Pontos de Ancoragem São dispositivos com a finalidade da fixação de cordas e/ou cabos de aço com propósito de promover deslocamento seguro nos trabalhos verticais. 75

35.6 Emergência e Salvamento 35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura. 35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das características das atividades. Externa: SAMU, Defesa Civil, Bombeiros ou correlatos. 35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências. 76

MACA SKED OU ENVELOPE COLAR CERVICAL 03 TAMANHOS IMOBILIZAÇÃO DAS VÍTIMAS

35.6 Emergência e Salvamento 35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do plano de emergência da empresa (PAE). 35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar. 78

VOCÊ TEM PREPARO PSICOLÓGICO PARA AGIR NA SITUAÇÃO DE URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA?

ESCADAS 80

Escada de mão especificação apoio para escada acima 5 m 81

Escada de mão - especificação 82

Escada de mão - especificação 83

Escada de mão inclinação de uso 84

Escada de mão barreiras contra tombamento 85

Escada de mão barreiras contra escorregamento 86

Escada de mão barreiras poste circular 87

Escada de mão proibições 88

Escada de mão proibições 89

Escada de mão proibições 90

Escada de mão proibições 91

Escada de mão proibições 92

ANDAIME E PLATAFORMA 93

Andaimes - Piso O piso deve ser resistente a pressão que o andaime exercera após a montagem e movimentação de trabalhadores; O nivelamento é outro fator imprescindível, quando o solo não for nivelado use os calços niveladores sapatas apropriados e sempre use pranchas resistente para apoio. Após chuvas verificar se a resistência do solo não foi comprometida. Obs.: O tombamento do andaime é a maior causa dos acidentes de trabalho em altura. 94

Andaime - Eletricidade Para trabalhos próximos a redes elétrica, o ideal é a total desenergização da rede por profissional habilitado. Quando não for possível, manter distância máxima da rede levando em consideração a movimentação de ferramentas e equipamentos que possam encostar e conduzir a eletricidade para o andaime e consequentemente seus usuários. Se possível, a rede deve ser protegida para impedir contatos involuntários. Em dias com suspeição de descargas atmosféricas, os trabalhos em altura não devem ser realizados em áreas externas. 95

Andaime - Veículos Veículos em Movimentação / Trabalhadores não Envolvidos: Sempre isole e identifique a área onde os trabalhos em altura estão sendo desenvolvidos. Nunca use de escadas e/ou andaimes nas entradas e saídas de veículos, portas de emergência e saídas convencionais sem previa isolação e monitorado por trabalhador em piso. 96

Andaime com suporte apoiado 97

Andaime fixação de cinto 98

Andaime proibições 99

Andaime com suporte em balanço 100

Andaime suspenso mecanicamente 101

Andaime sem estaiamento 102

Montagem do andaime passo a passo 1- Com dois painéis e uma diagonal, inicia-se a montagem 2- Efetuada a primeira montagem, são colocados o terceiro e quarto painéis 103

Montagem do andaime passo a passo 3- Nesta ordem continua-se a montagem, até a altura desejada 4- Montar uma diagonal a cada 3m. Inverter sua posição montando em X, para travar o sistema 104

Improvisações 105

CADEIRA SUSPENSA 106

Cadeira suspensa - especificação Nos trabalhos onde não for possível a instalação de Andaimes Suspensos Mecânicos ou Balancins ou os de curta duração, como as inspeções de tanque verticais de grande altura é permitida a utilização de Cadeiras Suspensas. 107

Cadeiras suspensas 108

Cadeiras suspensas 109

Improvisações A improvisação é uma das maiores causas dos acidentes fatais relacionados a altura. 110

TRABALHO EM TELHADO 111

Trabalho em telhado - procedimento Em superfície inclinada, o cinto de segurança (paraquedista) deve ser fixado em um cabo de aço firmemente conectado a pontos da estrutura da edificação, de forma a resistir o esforço resultante da queda de um trabalhador. O local sob o qual o trabalho esteja sendo realizado deve ser isolado com avisos proibindo a circulação. O isolamento das áreas vizinhas ao telhado deve ter uma largura mínima de 2m. 112

Trabalho em telhado - procedimento Não é permitido o Trabalho sob chuva ou vento forte. A umidade diminui significativamente a resistência mecânica das telhas de fibrocimento. Não concentre cargas sobre as telhas. O trabalho sobre as mesmas só deve ser permitido após um período mínimo de 3 dias sem chuvas. 113

Vídeo 1: Proteção Contra Quedas Trabalho em Altura Vídeo 2: Trabalho em altura Andaimes