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Transcrição:

Centro Educacional Brasil Central Nível: Educação Básica Modalidade: Educação de Jovens e Adultos a Distância Etapa: Ensino Médio Índice APOSTILA DE BIOLOGIA Módulo I - Composição Química das Células - Célula - Divisão Celular - A reprodução e o desenvolvimento dos seres humanos - A biodiversidade - O reino animal - A energia e os seres vivos - Os hormônios e suas ações - Introdução a Ecologia - As relações bióticas e o fluxo de matéria e energia nos ecossistemas - Os Ecossistemas Módulo II - Anelídeos - Moluscos - Os dominadores do mundo: artrópodes - Equinodermos - Cordados - Vertebrados - As grandes funções dos vegetais - As grandes funções dos animais - Inimigos Invisíveis: Vírus Módulo III - O sistema nervoso e seu funcionamento - A transmissão da herança biológica - A herança dos grupos sanguíneos - A herança do sexo - Pleiotropia e interação gênica - Linkage (Ligamento ou lincagem)

Centro Educacional Brasil Central Modalidade: Educação de Jovens e Adultos- a Distância Etapa: Ensino Médio Disciplina: Biologia MÓDULO I 1 ANO Composição Química das Células A estrutura da célula resulta da combinação de moléculas organizadas em uma ordem muito precisa. Os componentes químicos da célula são classificados em inorgânicos (água e minerais) e orgânicos (ácidos nucléicos, carboidratos, lípides e proteínas). Deste total, 75 a 85% corresponde a água, 2 a 3% sais inorgânicos e o restante são compostos orgânicos, que representam as moléculas da vida. Água: é um dos compostos mais importantes, bem como o mais abundante, sendo vital para os organismos vivos. Sua função principal é dissolver os demais compostos característicos dos seres vivos. A água também possui a função de auxiliar a manutenção da temperatura corporal desses seres. Os sais minerais: constituem 5 a 6% do corpo humano, sempre em quantidade variável e função específica. Os sais de cálcio constituem o principal componente dos esqueletos; os sais de sódio e potássio controlam a permeabilidade às substâncias que entram e saem do organismo, assim como os impulsos elétricos que percorrem os nervos. Carboidratos: são substâncias orgânicas, vulgarmente chamado de açúcar. Os açúcares, como a glicose, a frutose e a sacarose são os carboidratos mais conhecidos. Mas também existem carboidratos de moléculas muito grandes (macromoléculas) como a celulose e o amido. Os alimentos ricos em carboidratos produzem a energia necessária para o funcionamento do organismo de quase todos os seres vivos. É com a energia obtida dos carboidratos que temos força para trabalhar, correr, andar e também brincar, etc. A energia dos carboidratos é importante para manter nossa temperatura estável. Por isso, os alimentos ricos em carboidratos são chamados alimentos combustíveis. Lipídios: são substâncias orgânicas insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos, como o álcool, benzina, éter e clorofórmio. Lipídio é gordura, portanto alguns alimentos ricos em lipídios são: presunto, lingüiça, carnes gordas, manteiga, queijo amarelo, leite integral e requeijão. A falta desse composto no nosso corpo pode resultar em raquitismoe o excesso em doenças cardiovasculares. Eles fazem parte da estrutura dos seres vivos, fornecendo energia. Proteínas: As proteínas são as moléculas orgânicas mais abundantes e importantes nas células. Na natureza são encontras em muitos alimentos como leite, carne, ovos, legumes e vários outros. As proteins juntamente com os açucares e lipídios constituem a alimentação básica dos animais. Ácidos Nucléicos: são substâncias orgânicas constituídas de fosfato, açúcar do tipo pentose e base nitrogenadas. São dois tipos de ácidos nucléicos: DNA ou ácido desoxirribonucléico e RNA ou ácido ribonucléico. Célula É a unidade mínima de um organismo, ela é capaz de atuar de maneira autônoma. Alguns organismos microscópicos, como bactérias e protozoários, são células únicas, enquanto os animais e plantas são formados por muitos milhões de células organizadas em tecidos e órgãos. Pode-se classificá-las em células procarióticas e eucarióticas. As primeiras, que incluem bactérias e celula verde-azuladas, são células pequenas, de 1 a 5 µm de diâmetro, e de estrutura simples. O material genético (ADN) não está rodeado por nenhuma membrana que o separe do resto da célula. As células eucarióticas, que formam os demais

organismos vivos, são muito maiores (medem entre 10 a 50 µm de comprimento) e têm o material genético envolto por uma membrana que forma um órgão esférico importante chamado de núcleo. Divisão Celular A divisão celular é um processo que leva os organismos plurecelulares ao crescimento. Todas as células de qualquer planta ou animal surgiram a partir de uma única célula inicial o óvulo fecundado por um processo de divisão. O óvulo fecundado divide-se e forma duas célulasfilhas idênticas, cada uma das quais contém um jogo de cromossomos igual ao da célula parental. Depois, cada uma das células-filhas volta a se dividir, e assim continua o processo. Nesta divisão, chamada de mitose, duplica-se o número de cromossomos (ou seja, o ADN) e cada um dos jogos duplicados constituirá a dotação cromossômica de cada uma das duas células-filhas em formação. Na formação dos gametas, acontece uma divisão celular especial das células germinais, chamada de meiose, na qual se reduz à metade sua dotação cromossômica; só se transmite a cada célula nova um cromossomo de cada um dos pares da célula original. A reprodução e o desenvolvimento dos seres humanos A reprodução é uma característica de todos os seres vivos. Ela é fundamental para a manutenção do número de indivíduos de uma espécie. São vários os tipos de reprodução que os seres vivos apresentam, mas todos eles podem ser agrupados em duas grandes categorias: a reprodução assexuada e a sexuada. Reprodução Assexuada: os indivíduos que surgem por essa reprodução são geneticamente idênticos entre si, formando o que se chama de clone. Reprodução Sexuada: está relacionada com processos que envolvem troca e mistura de material genético entre indivíduos de uma mesma espécie. Os indivíduos que surgem por essa reprodução assemelham-se aos pais, mas não são idênticos a eles. A biodiversidade Reino da moneras (ou reino Monera) - Engloba todos os seres unicelulares e procariontes, isto é, que não possuem núcleo individualizado por uma membrana em suas células; o material genético desses seres encontra-se disperso no citoplasma. São as bactérias e as cianofíceas (também chamadas de cianobactérias e de algas azuis); Reino dos protistas (ou reino Protista) - É formado somente por seres unicelulares e eucariontes, isto é, que possuem núcleo individualizado pro uma membrana. São os protozoários e as algas unicelulares eucariontes; Reino dos fungos (ou reino Fungi) - Engloba seres vivos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares e heterotróficos; suas células possuem parede celular; Reino das plantas ou dos vegetais (ou reino Plantae ou Metaphyta) - Engloba todas as plantas. Esses seres são pluricelulares, autotróficos e possuem tecidos especializados; Reino dos animais (ou reino Animalia ou Metazoa) - Engloba todos os seres vivos pluricelulares, heterotróficos e com tecidos especializados. Suas células são possuem parede celular. O reino animal O reino animal apresenta uma grande diversidade, já que é representado atualmente por mais de um milhão de espécies. Há desde animais bem simples, como as esponjas e as águas-vivas, até os mais complexos, como os peixes, as aves, os elefantes. Uma das classificações mais antigas divida os animais em dois grupos: os invertebrados e os vertebrados. Os invertebrados incluem todos os animais sem coluna vertebral e sistema nervoso ventral. Dentre os invertebrados, os mais numerosos são os artrópodes (como insetos, aranhas, escorpiões e crustáceos) e os moluscos (como caracóis, lesmas, mariscos, lulas e polvos). Nesse grupo também incluem-

se: os poríferos (ou espongiários), os cnidários (ou celenterados), os vermes (que compreendem principalmente os platelmintos e os nematelmintos), os anelídeos e os quinodermos. Os vertebrados possuem uma coluna de vértebras na região dorsal garantindo-lhe a sustentação do corpo, e possuem o sistema nervoso dorsal. Entre os vertebrados estão os ciclostomados, os peixes, os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos. A energia e os seres vivos Energia é a capacidade que os corpos têm de desenvolver uma força, a capacidade de produzir trabalho. A energia é que dá movimento às coisas, ao vento, às ondas do mar, às marés, nos permite respirar. A respiração é um conjunto de processos cuja a finalidade é a liberação de energia de moléculas de compostos orgânicos existentes nas células. Os hormônios e suas ações Substância secretada por determinadas células e por glândulas endócrinas (hipófise, tireóide, paratireóides, etc). os hormônios circulam pelo sangue. Introdução a Ecologia Os organismos da Terra não vivem isolados. Interagem uns com os outros e com o meio. A ecologia é o estudo dessas interações na "casa" em que moram os seres vivos, ou seja, a Terra. - População é o nome dado ao conjunto formado pelos organismos de determinada espécie, que vivem em um lugar perfeitamente delimitado. - Comunidade é o conjunto de todas as populações que se encontram em interação num determinado meio. É a parte biótica do meio. - Ecossistema é o conjunto formado por uma comunidade e pelos componentes abióticos do meio com os quais ela interage. A comunidade de um ecossistema costuma ser formada por três tipos de seres: - Produtores de alimentos - representados pelos autótrofos; - Consumidores de alimentos - diferentes tipos de seres vivos heterótrofos (parasitas, predadores etc.); - Decompositores - heterótrofos representados por bactérias e fungos. 10. As relações bióticas e o fluxo de matéria e energia nos ecossistemas Os seres vivos de um ecossistema mantêm relações recíprocas que contribuem para a manutenção do equilíbrio da comunidade. Algumas relações são benéficas e outras prejudiciais, elas podem ocorrer entre indivíduos da mesma espécie ou entre indivíduos de espécies diferentes. Relações harmônicas: Colônias: Agrupamento de indivíduos da mesma espécie que revelam profundo grau de interdependência e se mostram ligados uns aos outros, sendo-lhes impossível a vida quando isolados dos conjuntos, podendo ou não ocorrer divisão do trabalho. Sociedades: agrupamentos de indivíduos da mesma espécie que têm plena capacidade de vida isolada mas preferem viver na coletividade. Os indivíduos de uma sociedade têm independência física uns dos outros. Pode ocorre, entretanto, um certo grau de diferenciação de formas entre eles e de divisão de trabalho, como sucede com as formigas, as abelhas e os térmitas ou cupins. Mutualismo: é uma interação ecológica interespecífica harmônica obrigatória na qual há vantagens recíprocas para as espécies que se relacionam. Inquilinismo: é uma relação ecológica intra-específica harmônica em que apenas uma das partes obtém benefício, sem prejuízo da outra. Comensalismo: é uma das relações harmônicas interespecíficas (entre indivíduos de espécies diferentes), caracterizada por ser benéfica para uma das partes, sem causar prejuízo para a outra parte, em situações que envolvam alimentos, tais como restos de alimentos ou do metabolismo. É denominado comensal, a espécie que se alimenta dos restos da outra espécie. Relações negativas ou desarmônicas: Amensalismo: é a relação onde uma espécie, denominada inibidora, secreta substâncias que inibem o crescimento

e o desenvolvimento de outra, denominada amensal. O principal exemplo de amensalismo que temos é o caso dos antibióticos. Produzidas pelos fungos, essas substâncias impedem a multiplicação das bactérias. Parasitismo: e a relação é onde uma espécie (parasita) vive de forma dependente e passiva de outra (hospedeiro), ou seja, às custas de uma espécie diferente da sua. Nesse caso, não há morte imediata do hospedeiro, visto que o parasita necessita dele para se desenvolver. Existem vários exemplos de parasitismo, como a relação entre piolho e homem, pulga e cachorro, lombriga e homem, etc. Predatismo: é uma relação ecológica interespecífica desarmônica na cadeia alimentar em que os animais de uma espécie, alocados em um nível trófico superior (predadores / caçadores), capturam e matam animais de um nível trófico inferior (presa), para deles se alimentarem. Competição: é a interação de indivíduos da mesma espécie ou espécie diferentes (humana, animal ou vegetal) que disputam algo. Mata Atlântica Pantanal Mato-Grossense Campos do Sul (Pampas) Mata de Araucárias (Região dos Pinheirais) Ecossistemas costeiros e insulares Os Ecossistemas Ecossistema (grego oykos, casa + σύστηµα, sistema onde se vive) designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades. Divide-se em dois grupos: terrestre e aquático. Nos ecossitemas terrestres estão as Florestas, Tundras, Cerrados, Caatingas, entre outros. Nos ecossistemas aquáticos estão os Mares e Oceanos, Lagos, Lagoas e Lagunas, entre outros. O Manguezal é um importante ecossistema aquático, que é de transição entre o ecossistema de águas salgadas e doces. É um ecossistema cheio de nutrientes e, por essa razão, é considerado um berçário de peixes. Ecossistemas brasileiros Amazônia Semi-árido (Caatinga) Cerrado

Centro Educacional Brasil Central Modalidade: Educação de Jovens e Adultos- a Distância Etapa: Ensino Médio Disciplina: Biologia MÓDULO II 2 ANO Os animais de corpo mole: Anelídeos e Moluscos Anelídeos Anelídeos são animais pluricelulares de corpo mais ou menos cilíndrico e alongado que se apresenta, ao longo de seu eixo maior, que é subdividido, tanto externa como internamente, em anéis ou metâmeros. Os anelídeos são, desta forma, vermes mais evoluídos que os platelmintos e nematelmintos, que são ametaméricos. Muito comuns nas hortas e terrenos úmidos, as minhocas estão entre os mais conhecidos anelídeos. Sistema digestório: completo com boca e ânus. Sistema circulatório: fechado com vasos ventral e dorsal. Sistema respiratório: ausente. Os terrestre realizam as trocas gasosas pela pele, os aquáticos utilizam os parapódios que funcionam como brânquias. Sistema excretor: possuem nefrídios. Sistema nervoso: do tipo ganglionar. Moluscos Os moluscos têm uma composição frágil, são animais de corpo mole, mas a maioria deles possui uma concha que protege o corpo. Nesse grupo, encontramos o caracol, o marisco e a ostra. Há também os que apresentam a concha interna e reduzida, como a lula, e os que não têm concha, como o polvo e a lesma, entre outros exemplos. Sistema digestório: completo, com boca e ânus. Nos pelecípodes, como as brânquias são ciliadas, elas filtram as partículas de alimentos que por ela deslizam até a boca onde são absorvidas pelos palpos labiais. Sistema circulatório: aberto, como coração e vasos que se abrem em lacunas (cavidades). Sistema respiratório: branquial (nos aquáticos); os terrestres respiram pela cavidade palial (caracóis) e outras pela pele (lesmas). Sistema excretor: possuem rins primitivos (metanefrídios). Sistema nervoso: do tipo ganglionar. Os dominadores do mundo: artrópodes Os artrópodes agrupam mais de 800 mil espécies, quantidade que supera todos os demais filos reunidos. São adaptáveis em diferentes ambientes, tem uma grande capacidade de reprodução, é muito eficiente em suas funções naturais e no caso das abelhas, formigas e cupins tem uma perfeita organização social. Os artrópodes são invertebrados que possuem patas articuladas, tem uma carapaça protetora externa, que é o seu esqueleto. Ao crescer, eles fazem a muda que nada mais é do que abandonar o esqueleto velho e pequeno e fabricar outro, novo e maior. Este fenômeno ocorre várias vezes para que o animal possa chegar a fase adulta. Os artrópodes, no entanto, não possuem apenas patas articuladas, mas sim todas as suas e extremidades, como as antenas e as peças bucais. Os seus membros inferiores são formados por partes que se articulam, ou seja, que se movimentam umas em relação às outras: os seus pés se articulam com suas pernas, que se articulam também com suas coxas, que também se articulam com os ossos do quadril. Os diversos grupos de artrópodes Os artrópodes são subdivididos em classes de acordo com alguns critérios, como a divisão do corpo e o número de apêndices apresentados (por exemplo: número de patas, antenas etc.). Entre as classes de artrópodes, podemos citar: crustáceos, aracnídeos,

quilópodes, diplópodes e insetos. A seguir, vamos conhecer melhor cada uma delas. Os animais com endoesqueleto Equinodermos Estes animais de epiderme e esqueleto interno calcários são triblásticos, celomados, sem metameria e deuterostômios, podendo apresentar espinhos. De hábito exclusivamente marinho, podem viver livres ou presos por pendúnculo, na região bentônica. No estágio larval, possuem simetria bilateral e, quando adultos, simetria radial. O sistema digestório é completo, com digestão extracelular. O sistema circulatório pode ser ausente ou reduzido, dependendo da espécie, sendo as substâncias predominantemente distribuídas via celoma. O sistema respiratório pode ser reduzido ou ausente. No primeiro caso, a respiração é branquial. Não há sistema excretor: as excreções são lançadas diretamente no sistema hidrovascular. O sistema nervoso é composto por um anel nervoso que circunda a boca, local onde estão os nervos radiais. Podem existir olhos simples, células táteis e olfativas. A reprodução é sexuada. Os animais, dióicos, liberam os gametas na água. Após a fecundação, há o desenvolvimento de um ou mais tipos de larva, até que atinjam a idade adulta. Possuem excelente capacidade de regeneração. Cordados Os animais desse filo apresentam três características básicas: - Notocorda ou corda dorsal: estrutura de sustentação do corpo funcionando como um endoesqueleto. - Tubo nervoso dorsal. - Fendas branquiais na faringe, pelo menos na fase embrionária (que se destinam à filtração dos alimentos e à respiração). Eles animais são encontrados nos meios aquático, terrestre e aéreo. Esse filo Chordata inclui animais tão diversos como as ascídeas, os peixes, rãs, aves e o homem. Vertebrados Os animais vertebrados são os seres vivos que possuem o organismo mais avançado em nosso planeta. Eles possuem como característica principal: medula espinhal e coluna vertebral (formada por vértebras). Esses animais podem respirar por brânquias ou pulmões e, ainda, pela pele. Excretam amônia, uréia ou ácido úrico. Os vertebrados constituem um subfilo de animais cordados, compreendendo os ágnatos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. As grandes funções dos vegetais As plantas são seres pluricelulares e eucarionetes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos; entretanto, têm uma característica que as distingue desses seres - são autotróficas. Como já vimos, seres autotróficos são aqueles que produzem o próprio alimento pelo processo da fotossíntese. Fotossíntese É o processo de conversão de água (H2O) é dióxido de carbono (CO2) em glicose (C6H12O6) e em oxigênio (O2), formando-se também a água. A fotossíntese é processo onde as plantas absorvem gás carbônico. A luz do Sol auxilia as plantas na produção de nutrientes na fotossíntese. As grandes funções dos animais O Sistema Digestivo é formado pelo tubo digestivo e suas glândulas anexas e tem como função retirar dos alimentos ingeridos os nutriente necessários para o desenvolvimento e a manutenção do organismo, isto é, o tubo digestivo tem a função de transformar alimento em nutrientes e absorvê-lo,mantendo, ao mesmo tempo, uma barreira entre o meio interno e o meio externo do organismo. O primeiro passo deste complexo ocorre na boca, onde o alimento é triturado pelos dentes na

mastigação e umedecido pela saliva. Nesta região se inicia a digestão, do alimento, processo que se continua no estômago e termina no intestino delgado, onde o alimento é transformado em seus componentes básicas,que são assim absorvidos.no intestino grosso há absolvição de água,e consequentemente as fezes tornam-se semi-sólidas. Digestão dos Ruminantes: O estômago desses animais (veado, carneiro, boi, girafa e outros) é divido em 4 compartimentos: rúmen, retículo, omaso e abomaso. Circulação A circulação nos animais pode ser fechada ou aberta. Circulação fechada: o sangue não abandona os vasos saindo do coração pelas artérias e voltando ao coração pelas veias. Circulação aberta: o sangue abandona os vasos e cai num sistema de cavidades ou lacunas. A circulação nos vertebrados também pode ser simples (quando pelo coração passa um só tipo de sangue) ou dupla (quando o coração recebe dois tipos de sangue: o arterial e o venoso). A circulação dupla pode ser incompleta (quando os sangues arterial e venoso misturam-se no ventrículo) e completa (quando não há mistura desses sangues). Inimigos Invisíveis: Vírus O vírus é um organismo biológico com grande capacidade de automultiplicação, utilizando para isso sua estrutura celular. É um agente capaz de causar doenças em animais e vegetais.

Centro Educacional Brasil Central Modalidade: Educação de Jovens e Adultos- a Distância Etapa: Ensino Médio Disciplina: Biologia MÓDULO III 3 ANO O sistema nervoso e seu funcionamento O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso. As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia. A transmissão da herança biológica Religioso e botânico austríaco Gregor Jonhann Mendel (1822-1884), trabalhou com a espécie Pisum sativum (ervilha). Essa planta da família de leguminosas, ela pode ter o porte alto ou baixo, sua flores podem ser brancas ou coloridas, na extremidade do caule ou ao longo do eixo, os frutos podem ser inflados ou achatados, com sementes amarelas ou verdes e que podem ter a superfície lisa ou rugosa. Leis de Mendel Princípios da transmissão hereditária das características físicas. Foram formulados em 1865 pelo monge agostiniano Gregor Johann Mendel. Ao realizar experimentos com sete características diferentes de variedades puras de ervilhas, Mendel deduziu a existência de unidades hereditárias, que atualmente chamamos de genes, os quais expressam, freqüentemente, caracteres dominantes ou recessivos. Seu primeiro princípio (a lei da segregação), afirma que os genes se encontram agrupados em pares nas células somáticas e que se separam durante a formação das células sexuais (gametas femininos ou masculinos). Seu segundo princípio (a lei da segregação independente) afirma que a atuação de um gene, para determinar uma característica física simples, não recebe influência de outras características. As leis de Mendel forneceram as bases teóricas para a genética moderna e a hereditariedade. A herança dos grupos sanguíneos Estudos bioquímicos revelaram no sangue humano dois tipos de aglutinogênios, A e B, e dois tipos de aglutininas, anti-a e anti-b. O fator Rh é o conjunto de substancias encontrado no sangue de uma espécie de macacos chamados rhesus. O fator Rh obedece às leis da hereditariedade, o fator Rh positivo é dominante sobre o fator Rh negativo. A herança do sexo Quando os genes estão nos cromossomos sexuais, a sua expressão depende do sexo do indivíduo considerado. Se a manifestação de uma certa característica é influenciada pelo sexo do indivíduo, dizemos se tratar de um caso de herança relacionada com o sexo. Basicamente, há duas evidências

que permitem suspeitar de um caso de herança relacionada com o sexo: 1º) Quando o cruzamento de um macho afetado com uma fêmea não afetada gera uma descendência diferente do cruzamento entre um macho não afetado com uma fêmea afetada. 2º) Quando a proporção fenotípica entre os descendentes do sexo masculino forem nitidamente diferentes da proporção nos descendentes do sexo feminino. Habitualmente, classificam-se os casos de herança relacionada com o sexo de acordo com a posição ocupada pelos genes, nos cromossomos sexuais. Para tanto, vamos dividi-los em regiões: A porção homóloga do cromossomo X possui genes que têm correspondência com os genes da porção homóloga do cromossomo Y. Portanto, há genes alelos entre X e Y, nessas regiões. Os genes da porção heteróloga do cromossomo X não encontram correspondência com os genes da porção heteróloga do cromossomo Y. Logo, não há genes alelos nessas regiões, quando um cromossomo X se emparelha com um cromossomo Y. Pleiotropia e interação gênica Pleiotropia: Quando um único gene ou par de genes anormal produz efeitos fenotípicos diversos, diz-se que sua expressão é pleitrópica. Como exemplo, podemos citar a Síndrome de Bardet- Bield, que é um raro distúrbio autossômico recessivo caracterizado por retardamento mental, obesidade, polidactilia, hipogenitalismo e retinite pigmentosa. Linkage (Ligamento ou lincagem) Há cãsos em que dois ou mais pares de alelos estão localizados no mesmo par de cromossomos homólogos. Nesse caso, a segregação dos genes não é independentes e não obedece a 2ª Lei de Mendel. Quando os genes estão localizados no mesmo cromossomo, na formação de gametas, estes genes tendem a viajar junto a não ser que uma permuta ( crossing-over) venha a separá-los. Considerando por exemplo, um indivíduo AaBb, sendo que os genes A e B estão em um dos cromossomos homólogos e os genes a e b estão no outro cromossomo estão no outro cromossomo homólogo, caso não ocorra permuta serão formados apenas os gametas: AB (50%) e ab (50%). Por outro lado, se os genes A e b estiverem em um dos cromossomos homólogos e os genes a e B estiverem no outro, serão formados apenas: Ab (50%) e ab (50%), caso não haja permuta. Interação gênica Dois ou mais pares de genes alelos diferentes se associam na determinação de uma única característica. Podemos considerar a interação gênica como o inverso da pleiotropia.