O Parlamento Europeu, a Comissão e o Tribunal de Justiça, agindo em nome das Instituições e dos Órgãos das Comunidades Europeias, por um lado;

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Transcrição:

CONVENÇÃO QUE FIXA AS CONDIÇÕES DE TRABALHO E O REGIME PECUNIÁRIO DOS AGENTES INTÉRPRETES DE CONFERÊNCIA 1 CONTRATADOS PELAS INSTITUIÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA anotada em 13 de Outubro de 2004 na sequência da adopção do Regulamento (CE, Euratom) n.º 723/2004 do Conselho, de 22 de Março de 2004, que altera o Estatuto dos Funcionários das Comunidades Europeias e o Regime aplicável aos outros agentes (R.A.O.A.) das Comunidades Europeias, que entrou em vigor em 1 de Maio de 2004 O Parlamento Europeu, a Comissão e o Tribunal de Justiça, agindo em nome das Instituições e dos Órgãos das Comunidades Europeias, por um lado; A Associação Internacional dos Intérpretes de Conferência (AIIC), mandatada pelas associações profissionais de intérpretes reconhecidas como representativas na acepção do convite à apresentação de propostas, por outro lado; Considerando os resultados do convite à apresentação de propostas publicado no Jornal Oficial das Comunidades Europeias C 256, de 14 de Agosto de 1998; Considerando os mandatos de negociação atribuídos pelos agentes intérpretes de conferências (AIC) acreditados pelas Instituições e pelas associações profissionais de intérpretes reconhecidas como representativas na acepção do convite à apresentação de propostas; Sublinhando a continuidade dos Acordos concluídos entre a AIIC e as Instituições desde 1 de Janeiro de 1969, nomeadamente no que respeita às cláusulas em matéria de protecção social, Considerando a forma como os AIC contribuem para cobrir, desde 1952, as necessidades das Instituições, Considerando que os AIC estão sujeitos ao imposto comunitário em aplicação do Regulamento n.º 260/68 do Conselho, Considerando o disposto no artigo 90.º 2 do Regime aplicável aos outros agentes, Acordam no seguinte: Artigo 1º: Âmbito de aplicação da Convenção A presente Convenção aplica-se, independentemente do seu local de afectação, aos AIC contratados pelo Parlamento Europeu, pela Comissão ou pelo Tribunal de Justiça, por conta própria e por conta das outras Instituições e Órgãos da União Europeia, bem como pelos 1 Devido às disposições dos artigos 78.º (aplicável até 31 de Dezembro de 2006) e 90.º (aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2007), do Regime aplicável aos outros agentes, as menções «i.a.s.» («intérprete auxiliar de Sessão») e «i.f.l.» («intérprete free-lance») são substituídas por «AIC» («agente intérprete de conferência»). 2 Artigo 78.º, até 31 de Dezembro de 2006.

organismos regidos pelo direito comunitário, criados pelos Tratados ou por um acto comunitário de direito derivado (a seguir denominados «Instituições»). A contratação faz-se nas condições estipuladas na regulamentação relativa aos AIC aplicável à Instituição em que estes efectuam as suas prestações. A presente Convenção é de alcance geral e não está limitada por qualquer consideração de ordem geográfica. Todas as partes signatárias, no âmbito das suas respectivas competências, velam pelo respeito de todas as cláusulas, bem como pela sua correcta execução. Título I: Condições gerais de contratação dos AIC Artigo 2.º: Condições de contratação Qualquer AIC principiante 3, acreditado após a entrada em vigor da revisão da Convenção e contratado nos termos do segundo parágrafo do artigo 1º da presente Convenção, deve efectuar 250 dias de trabalho para as Instituições antes de lhe ser reconhecida a qualificação de intérprete experiente. Artigo 2.ºA: Cláusula de confidencialidade Os AIC devem respeitar, de forma total e absoluta, o sigilo profissional. O sigilo deve ser observado em relação a qualquer pessoa e refere-se a tudo o que foi ouvido no exercício da profissão por ocasião de reuniões não públicas. Artigo 3.º: Interpretação consecutiva Dado que a capacidade para realizar interpretação consecutiva constitui um elemento essencial da profissão de intérprete de conferência, os AIC devem praticar essa forma de interpretação nas reuniões das Instituições. Esta obrigação não existe em caso de deficiência física devidamente comprovada. Artigo 4.º: Aperfeiçoamento profissional e linguístico Os AIC que trabalham continuadamente para as Instituições podem participar nos cursos de aperfeiçoamento profissional e linguístico (nomeadamente para a utilização de meios informáticos de acesso às bases de dados terminológicas) organizados pelas Instituições em benefício dos seus funcionários e agentes, desde que tal participação seja compatível com as exigências de bom funcionamento dos serviços. 3 Consultar em anexo a decisão tomada de comum acordo, em 20 de Junho de 2001, pelos representantes do Parlamento Europeu, da Comissão, do Tribunal de Justiça e da Associação Internacional dos Intérpretes de Conferência em relação à interpretação da noção de intérprete «principiante», subentendendo-se que as excepções referidas no penúltimo parágrafo da referida decisão dizem respeito à cobertura de todas as línguas deficitárias. O anexo é parte integrante da presente Convenção. 2

Os AIC têm acesso a bolsas de formação nas condições estabelecidas por cada Instituição. Estas condições são comunicadas aos AIC pelos meios adequados. Artigo 5º: Política de recrutamento No interesse das duas partes, as Instituições esforçar-se-ão, na medida do possível, por manter uma certa estabilidade nas suas políticas de contratação, por assinar contratos directos e individuais e por evitar qualquer cessação brusca de contrato. Título II: Regime pecuniário Artigo 6º: Remuneração diária O montante da remuneração por dia de trabalho para os AIC experientes fica indexado à remuneração de um funcionário de grau AD12, escalão 5 4, com afectação em Bruxelas. Esse montante é fixado em um vigésimo do vencimento de base de um funcionário desse grau multiplicado pelo coeficiente 0,9392638. O montante da remuneração por dia de trabalho do AIC principiante é fixado em 72% da remuneração de um AIC experiente. A Direcção-Geral de Interpretação informará imediatamente as outras partes signatárias da presente Convenção de quaisquer adaptações da remuneração que resultem do disposto supra. Artigo 7.º: Subsídio de viagem fixo O montante do subsídio de viagem fixo é igual a metade do montante da remuneração diária. As condições de concessão deste subsídio figuram nas Normas de execução. Artigo 7.ºA: Subsídio de compensação fixo O montante do subsídio de compensação fixo é igual a metade do montante da remuneração diária. Este subsídio é devido em caso de viagem de longa duração ou de missão itinerante. Artigo 8.º: Imposto A remuneração paga aos AIC está sujeita a um imposto comunitário em aplicação do Regulamento n.º 260/68 do Conselho e, no âmbito de aplicação do artigo 13.º do Protocolo relativo aos Privilégios e Imunidades, está isenta do imposto nacional. 4 Grau A*12, escalão 5, até 30 de Abril de 2006. 3

Artigo 9.º: Ajudas de custo Os AIC afectados fora da sua zona local, isto é, a mais de 60 km do respectivo domicílio profissional, recebem uma ajuda igual às ajudas de custo de missão dos funcionários da Instituição em que foram recrutados. Os AIC, mediante apresentação da factura do hotel, são reembolsados das suas despesas de hotel até ao limite máximo para eles fixado. Se for caso disso, os AIC recebem ajudas de custo adicionais. Artigo 10.º: Reembolso das despesas de viagem Os AIC residentes fora da zona local organizam a sua viagem em função da melhor relação custo/eficácia. O reembolso das despesas de viagem necessárias incorridas é efectuado mediante apresentação dos documentos comprovativos previstos. Se houver pagamento a título de adiantamento, este será feito na moeda em que foi pago o título de transporte. Artigo 11.º: Dias sem trabalho Sempre que o intervalo (no máximo, três dias) entre duas prestações sucessivas não permita ao AIC regressar ao seu domicílio profissional, são-lhe pagos, por cada dia sem trabalho, dois terços da remuneração prevista no artigo 6.º, bem como as ajudas de custo previstas no artigo 9.º. Desde que os montantes previstos no parágrafo precedente não ultrapassem o preço do bilhete de viagem e as respectivas ajudas de custo, o mesmo regime pode ser aplicado a qualquer AIC que prefira permanecer no local de afectação. O pedido de aplicação deste artigo deve ser anunciado ao(s) serviço(s) contratante(s) pelo AIC que prefira permanecer no local de afectação antes do início dos dias sem trabalho. Artigo 12.º: Viagens de longa duração e missões fatigantes Estão previstas compensações para estas missões especiais. As compensações figuram nas Normas de execução de determinadas disposições da Convenção. Artigo 13.º: Domicílio profissional Para fins de aplicação do presente título, os AIC não podem ter simultaneamente mais de um domicílio profissional. Esse domicílio profissional é declarado, o mais tardar, aquando da celebração do primeiro contrato; qualquer alteração deve ser notificada por escrito e deve incidir obrigatoriamente em períodos contínuos de, pelos menos, seis meses. O domicílio profissional é, em princípio, o local de partida e/ou de chegada do AIC com destino ao e/ou em proveniência do seu local de afectação. 4

O domicílio profissional dos AIC 5 figura na versão do respectivo CV acessível aos utilizadores da SCICnet 6. Artigo 14.º: Anulação Se o contrato para o qual foi contratado o AIC for anulado com, pelo menos, 60 dias de antecedência relativamente à data prevista, o AIC não tem direito a qualquer remuneração ou indemnização. Qualquer anulação por parte do serviço contratante que ocorra menos de 60 dias antes da data de execução do contrato dá direito a uma remuneração completa por cada dia de contrato anulado, excluindo qualquer outro reembolso. Título III: Assistência Artigo 15.º: Assistência na velhice e por morte A contratação de AIC dá origem a contribuições a título da assistência na velhice e por morte. Para este efeito, os AIC inscrevem-se junto de um organismo acreditado pela Comissão. As contribuições são compostas por dois elementos: - o primeiro, a cargo da Instituição que contrata o AIC, é de 16,50% da remuneração diária e, se for caso disso, do subsídio de viagem fixo; - o segundo é de 8,25% da remuneração diária e, se for caso disso, do subsídio de viagem fixo, sendo deduzido deste último. No caso de o AIC devidamente notificado não ter dado conhecimento à Comissão do organismo que escolheu para efeitos das contribuições devidas a título de assistência na velhice e por morte, o montante da contribuição para essa assistência é pago a uma caixa de previdência escolhida pela Comissão. Artigo 16.º: Seguro de doença e acidentes A Comissão subscreve um contrato de seguro para cobrir os AIC contra os riscos de acidente e de doença, e da consequente perda de rendimento, que ocorram durante os dias de trabalho e de viagem prestados por conta da União Europeia, bem como durante os dias sem trabalho referidos no artigo 11.º 7. 5 O AIIC declara que, no que diz respeito aos seus membros, o seu domicílio profissional é o publicado na base de dados da Associação, acessível através da Internet. 6 A comunicação eventual deste domicílio não pode infringir as regras sobre o acesso aos dados pessoais (Regulamento CE n.º 45/2001). 7 A cobertura durante os dias sem trabalho referidos no artigo 11.º só entrará em vigor em 1 de Março de 2005. 5

As Instituições pagam uma contribuição para o custo do seguro por cada dia em que o AIC esteja sob contrato. A apólice de seguro permite aos AIC que o pretendam ficar seguros, sem contribuição financeira das Instituições, relativamente aos dias em que não trabalham para a União. A Comissão consulta todas as partes signatárias da presente Convenção acerca da parte operacional dos concursos que lançar com vista à subscrição ou renovação das apólices de seguro. Título IV: Modalidades de pagamento Artigo 17.º: Utilização do euro O pagamento dos montantes devidos aos AIC, ou por sua conta, é efectuada em euros por via de transferência. No caso de os pagamentos efectuados em euros levantarem dificuldades num dado país, a Comissão esforçar-se-á por resolver o assunto diligentemente e, na pendência de uma solução, utilizará a divisa que utiliza habitualmente nas suas relações financeiras com esse país. Artigo 18.º: Prazos de pagamento Os pagamentos são liquidados 1) no prazo de quatro semanas a contar do sábado da semana durante a qual é prestado o último dia de trabalho, no que diz respeito à remuneração, às ajudas e às despesas, após dedução da contribuição a pagar ao organismo de assistência no qual está inscrito o AIC, da parte do AIC no prémio de seguro de doença e acidentes e, se for caso disso, da parte dos subsídios e despesas de tomada a cargo por uma outra Instituição ou um terceiro; 2) no prazo de oito semanas a contar do sábado da semana durante a qual foi prestado o último dia de trabalho, para os pagamentos a título de assistência na velhice e por morte. A Comissão efectua, no terceiro dia útil da primeira semana seguinte àquela em que foram efectuadas as prestações, o pagamento de adiantamentos por conta das remunerações, até ao limite de 80%. Título V: Relações entre partes signatárias Artigo 19.º: Revisão da Convenção e consulta Sempre que estiver previsto alterar a Convenção ou os seus anexos, será efectuada uma consulta entre as partes. As alterações só entrarão em vigor a partir do dia em que tenham sido objecto de acordo escrito sob forma de cláusula adicional. A pedido de qualquer das partes, são organizadas consultas para examinar as modalidades de aplicação da presente Convenção e permitir um intercâmbio de informações. 6

Sempre que for solicitada ou estiver prevista uma consulta, cada uma das partes comunica à outra a composição da delegação que a representa. As delegações reúnem-se o mais tardar 6 semanas após a notificação do pedido. As partes comprometem-se a adoptar todas as disposições necessárias para procurar alcançar um acordo o mais rapidamente possível. Artigo 20º: Delegações profissionais Junto de cada Instituição signatária é designada uma delegação profissional, mandatada para acompanhar a execução da Convenção. Esta delegação comunica a cada Instituição a lista dos seus membros. As Instituições facilitam o trabalho destas delegações, nomeadamente indicando o interlocutor competente para o caso a tratar. As reuniões são organizadas a pedido da delegação ou da Instituição em causa. Artigo 21.º: Garantias sindicais As Instituições signatárias da presente Convenção comprometem-se a evitar qualquer discriminação de contratação em relação a membros da delegação de negociação e das delegações profissionais, ou a qualquer AIC que ocupe qualquer outra função de representação. Artigo 22.º: Interpretação da Convenção Qualquer diferendo relativo à interpretação da presente Convenção, que não tenha sido resolvido no âmbito das consultas a título do artigo 19.º, é sujeito a arbitragem. Para esse efeito, cada uma das partes designa um árbitro no prazo de 4 semanas a contar da notificação do pedido de uma das partes de recorrer ao procedimento de arbitragem, sem prejuízo da presente Convenção e dos seus anexos. Estes dois árbitros designam, no prazo de 3 semanas, um terceiro árbitro que não tenha nem tenha tido qualquer relação com uma das partes. Esses três árbitros constituem o colégio arbitral, que dispõe de um prazo de 10 semanas a contar da sua constituição para dirimir o diferendo segundo os procedimentos que considerar mais adequados. Caso não tenha sido designado um árbitro nos prazos indicados no presente artigo, o Presidente do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias procede à sua designação. Título VI: Resolução dos diferendos individuais Artigo 23.º: Vias de recurso Em aplicação do artigo 117º do RAOA 8, os diferendos individuais estão sujeitos às vias de recurso previstas no Título VII do Estatuto. 8 Artigo 73.º, até 31 de Dezembro de 2006. 7

Título VII: Condições de trabalho Artigo 24.º: Regras de afectação e composição das equipas As regras de afectação dos AIC e as regras que regem a composição das equipas são as aplicáveis aos intérpretes funcionários da Instituição por conta da qual tenham sido contratados, sob reserva das disposições relativas ao último dia do contrato. As Instituições determinam e gerem o recrutamento e o programa de afectação dos AIC, de forma a garantir a qualidade e limitar o número de relais. O disposto nos segundo e terceiro parágrafos do artigo 19.º é plenamente aplicável em caso de alteração do regime linguístico da União Europeia ou das regras que regem a afectação dos intérpretes permanentes. Artigo 25.º: Local de afectação O local de afectação do AIC é fixado no contrato inicial. Se as necessidades de serviço o impuserem, as Instituições reservam-se a possibilidade, após consulta do intérprete, de alterar o local de afectação mencionado no contrato. O AIC pode ser afectado ao local do seu domicílio profissional no caso de uma afectação fora do domicílio ser anulada. Artigo 26.º: Documentação As Instituições colocam à disposição dos AIC afectados às suas reuniões toda a documentação disponível necessária para o seu trabalho. Artigo 27.º: Instalações técnicas Em caso de construção ou de melhoramento das instalações técnicas, as Instituições comprometem-se a respeitar as normas e especificações ISO e CIE e, se for caso disso, as normas e especificações aprovadas de comum acordo com os órgãos representativos tanto dos intérpretes permanentes como dos AIC. As instituições esforçar-se-ão por respeitar as mesmas normas e especificações no que respeita às reuniões realizadas fora dos seus edifícios. Paralelamente, os AIC recusarão trabalhar nas instalações que as Instituições recusarem por não conformidade com tais normas e especificações. No que diz respeito às novas tecnologias, sem prejuízo do disposto no artigo 27.º-A, as partes signatárias velarão, na medida do possível, pelo cumprimento do «Código de utilização das novas tecnologias em matéria de interpretação de conferência». 8

Artigo 27.º-A: Teleinterpretação As disposições do Acordo interinstitucional relativo às disposições aplicáveis à teleinterpretação, celebrado entre os representantes das Administrações do Tribunal de Justiça e do Parlamento Europeu e os representantes da Comissão Europeia por um lado, os representantes dos intérpretes funcionários e Agentes Intérpretes de Conferência do Tribunal de Justiça e do Parlamento Europeu e, no que diz respeito à Comissão, as OSP e os representantes dos AIC por outro, são aplicáveis de pleno direito. Artigo 27.º-B: Protecção dos direitos dos AIC e cláusula de exoneração de responsabilidade Sempre que a interpretação for gravada e posta à disposição do público ou difundida, as Instituições devem indicar no meio de comunicação de difusão e, em especial, no caso de difusão por Internet, uma declaração precisando que a interpretação tem por objectivo facilitar a comunicação e que não pode ser considerada como uma reconstituição autêntica dos debates. Incluem igualmente uma cláusula de exoneração de responsabilidade indicando que o intérprete declina toda a responsabilidade quanto a eventuais erros ou omissões que possam ocorrer durante a interpretação, quanto ao conteúdo do discurso original ou das informações em que se apoia, ou quanto aos danos que a utilização da interpretação possa causar. Título VIII: Disposições finais Artigo 28.º: Duração da Convenção A presente Convenção é concluída por duração indeterminada. Pode ser denunciada por qualquer das partes, com pré-aviso de doze meses. Em caso de denúncia, procede-se obrigatoriamente às consultas previstas no artigo 19.º. Artigo 29.º: Adaptação da regulamentação Cada Instituição adapta a sua regulamentação relativa aos AIC em conformidade com a presente Convenção. Artigo 30.º: Documentos e declaração anexos As modalidades de aplicação de certas disposições da Convenção e a Declaração comum das Instituições signatárias da Convenção sobre a concessão de assistência técnica em matéria de interpretação, bem como a Decisão de 20 de Junho de 2001 que define a noção de intérprete principiante, que figuram em anexo, são parte integrante da presente Convenção. Artigo 31.º: Entrada em vigor da Convenção A Convenção entra em vigor em 1 de Setembro de 1999. 9

Feito em quatro exemplares em Bruxelas, em 28 de Julho de 1999 Pelas Instituições e Órgãos das Comunidades Europeias Pela AIIC, mandatada pelas associações profissionais reconhecidas como Representativas na acepção do convite à apresentação de propostas: Pelo Parlamento Europeu: Julian PRIESTLEY Secretário-Geral Malick SY Presidente da AIIC Pela Comissão: Carlo TROJAN Secretário-Geral Pelo Tribunal de Justiça: Roger GRASS Secretário A assinatura da Convenção pelo Representante do Tribunal não pode, em nenhuma circunstância, afectar a sua posição enquanto instituição jurisdicional. 10