Aula Prof. Rodrigo Sodero Monitora: Priscila Machado * .: PENSÃO POR MORTE

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Continuação... PENSÃO POR MORTE Art. 201, V, da CF: o fato gerador da concessão do benefício é a morte do segurado. PRESSUPOSTOS DE CONCESSÃO: Morte do segurado Art. 78 da LB previsão de concessão do benefício em caso de morte presumida (reconhecida após 6 meses da ausência Exceção para o prazo de 6 meses: desaparecimento em consequência de acidente, desastre ou catástrofe. Ex.: o avião caiu e o segurado estava no avião, não precisa esperar os 6 meses para termos a morte presumida) Qualidade de dependente do requerente O requerente deve ser dependente do segurado. Antes era possível que o segurado fizesse a identificação de seus dependentes junto à autarquia previdenciária (a Lei 9.032/95 acabou com essa possibilidade de designação de dependentes. Hoje, em regra, os dependentes estão indicados no art. 16 e art. 76, p.2 da Lei 8.213/91. O falecido deve ter qualidade de segurado no momento do óbito. Em regra, o segurado precisa ter qualidade de segurado à época do óbito. Lembrando que quem está em período de graça mantém a qualidade de segurado assim como aquele que está em gozo de benefício previdenciário (ou aquele que deveria estar em gozo de benefício previdenciário). Exceção: Não será necessário que o falecido esteja com qualidade de segurado à época do óbito em uma situação: quando tiver preenchido os pressupostos de concessão de aposentadoria (art. 102, p.2 da LB). Art. 102, 2º, da Lei n 8.213/91. Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria na forma do parágrafo anterior. Carência O benefício não possui carência mínima para sua concessão. Porém, se tiver vertido menos de 18 contribuições, a pensão ficará limitada a 4 meses no caso de cônjuge e companheiro

DEPENDENTES: Art. 16 da Lei n 8.213/91 e Art. 76, p. 2 da Lei n 8.213/91 Esse rol em principio é taxativo. Mas a jurisprudência faz algumas adaptações para que outros dependentes possam receber o benefício em situações excepcionais. Alguns dependentes tem a dependência econômica presumida, outros devem comprovar a dependência econômica. A dependência NÃO PRECISA SER EXCLUSIVA. Ou seja, o dependente pode ter renda própria. Ex.: Costureira com renda de R$ 1.000 por mês. Ela, porém, não consegue arcar com suas despesas e o filho todo mês complementa em R$ 2.000 a renda dela. Existe dependência econômica? Sim! Apesar da mãe ter renda, ela depende da renda do filho para arcar com suas despesas, ela depende economicamente do dele. A lei de benefícios divide os dependentes em classes. Temos a primeira classe no inciso I do art. 16 da LB e no art. 76, p.2 da LB. São ainda dependentes de primeira classe: o enteado, menor tutelado, menor sob guarda e guarda de fato. A segunda classe está no inciso II e a terceira classe no inciso III. Dependentes 1 Classe Cônjuge, Companheiro (a), filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, enteado, menor tutelado, menor sob guarda, guarda de fato e o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que dependia economicamente do falecido à época do óbito. 2 Classe Os pais Não precisam comprovar a dependência econômica: cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave 3 Classe O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave

As classes seguem uma regra de prioridade na concessão do benefício. Os dependentes de classe superior, excluem os dependentes de classe inferior. Se tiver dependente de primeira classe, os de segunda e terceira ficam excluídos. E os dependentes de segunda classe excluem os dependentes de terceira classe. Ex.: Se tiver cônjuge, os pais não tem direito a concessão do benefício (mesmo que o cônjuge que recebe a pensão venha a falecer, a pensão não será direcionada para os pais). Existindo dependentes de uma mesma classe, a pensão é rateada em partes iguais. Se um dos dependentes perder a qualidade de dependente, o valor que ele estava recebendo é direcionada para os outros dependentes. O dependente pode se habilitar para o recebimento da pensão por morte a qualquer tempo. Não tem um prazo para isso. Em regra, os dependentes de primeira classe têm a dependência econômica presumida. Mas temos exceções. São dependentes de primeira classe que precisam comprovar a dependência econômica (ex.: enteado, menor tutelado, menor sob guarda e guarda de fato). Existe a possibilidade de prorrogar a pensão por morte para o filho universitário? NÃO É POSSÍVEL! Súmula 37 da TNU e Resp. Repetitivo do STJ 1.369.832/SP Se o dependente deficiente físico tiver atividade remunerada ele perde o direito a receber a pensão por morte? Não! Ele pode trabalhar, pode inclusive ser MEI. O cônjuge que possui renda elevada pode ter seu benefício negado por esse motivo? Ex.: viúva com renda de R$ 25 mil. A grande maioria da jurisprudência entende que a dependência do cônjuge é presumida e absoluta. Mas se procurarmos, vamos achar alguns julgados dizendo que a cônjuge não faz jus ao beneficio devido ao seu salário elevado. Prova da união estável: O INSS exige 3 documentos que comprovem a existência da união estável, mesmo se tiver a certidão de união estável do cartório. Não podem ser 3 documentos da mesma espécie (Ex.: 3 certidões de nascimento de filhos). Se faltar

documento pode fazer prova através de JA (Justificação administrativa - para ouvir testemunhas). Mas para abrir a JA, você precisa ter pelo menos um documento. No administrativo existe também a possibilidade de pedir diligência externa para comprovação da união estável. Na diligência externa, o servidor vai até o local de moradia dos companheiros ouvir os vizinhos sobre a existência da união estável. Mas a JA fica mais sob nosso controle, já que indicamos as testemunhas. Ex. de documentos.: Certidão de nascimento de filhos em comum, prova do mesmo domicílio, conta corrente conjunta, dependência no plano de saúde, no imposto de renda, no clube OBS.: NÃO É PRECISO abrir uma ação cível para discutir a existência da união estável para só depois pegar essa decisão e levar para o âmbito previdenciário. Podemos ingressar com a ação judicial de concessão de pensão por morte e dentro dessa ação fazer a prova da existência de união estável para fins previdenciários. Até a MP 871/19 não tínhamos nenhuma limitação probatória quanto a união estável, a prova podia inclusive ser exclusivamente testemunhal. A MP 871/19 incluiu no art. 16 o p.5 que passou a dispor: 5º A prova de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento. Ou seja, passou a ser necessário inicia de prova material contemporânea. Essa alteração foi uma resposta as decisões judiciais que indicavam que a IN não poderia criar restrições que a lei não cria, ou seja, se a lei não impedia que a prova fosse exclusivamente testemunhal, esse meio de prova poderia para configuração da união estável, ser o único meio de prova. Dessa forma, se a morte ocorreu antes da MP, é possível requerer a comprovação só com prova testemunhal. Súmula 63 da TNU (anterior a MP): A comprovação de união estável para efeito de concessão de pensão por morte prescinde de início de prova material. Art. 22 da LB. A inscrição do dependente do segurado será promovida quando do requerimento do benefício a que tiver direito, mediante a apresentação dos seguintes documentos:

I - para os dependentes preferenciais: a) cônjuge e filhos - certidões de casamento e de nascimento; b) companheira ou companheiro - documento de identidade e certidão de casamento com averbação da separação judicial ou divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou de óbito, se for o caso; e c) equiparado a filho - certidão judicial de tutela e, em se tratando de enteado, certidão de casamento do segurado e de nascimento do dependente, observado o disposto no 3º do art. 16; II - pais - certidão de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos; e III - irmão - certidão de nascimento. 3º Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados no mínimo três dos seguintes documentos: (Redação dada pelo Decreto nº 3.668, de 2000) I - certidão de nascimento de filho havido em comum; II - certidão de casamento religioso; III - declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; IV - disposições testamentárias; VI - declaração especial feita perante tabelião; VII - prova de mesmo domicílio; VIII - prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada; X - conta bancária conjunta; XI - registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; XII - anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; XIII - apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária; XIV - ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável; XV - escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; XVI - declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou XVII - quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. 4º O fato superveniente que importe em exclusão ou inclusão de dependente deve ser comunicado ao Instituto Nacional do Seguro Social, com as provas cabíveis.

6º Somente será exigida a certidão judicial de adoção quando esta for anterior a 14 de outubro de 1990, data da vigência da Lei nº 8.069, de 1990. 9º No caso de dependente inválido, para fins de inscrição e concessão de benefício, a invalidez será comprovada mediante exame médico-pericial a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social. 10. No ato de inscrição, o dependente menor de vinte e um anos deverá apresentar declaração de não emancipação. (Redação dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002) 12. Os dependentes excluídos de tal condição em razão de lei têm suas inscrições tornadas nulas de pleno direito. 13. No caso de equiparado a filho, a inscrição será feita mediante a comprovação da equiparação por documento escrito do segurado falecido manifestando essa intenção, da dependência econômica e da declaração de que não tenha sido emancipado. (Incluído pelo Decreto nº 4.079, de 2002) Não existe nenhuma distinção quando pensamos em união homoafetiva Filho Inválido: A lei diz que filho inválido de qualquer idade tem direito a pensão por morte. O INSS entende que a invalidez tem que ter surgido antes dos 21 anos de idade. Mas a invalidez não precisa ter surgido antes dos 21 anos de idade!!! Não precisa estar interditado. O decreto apenas pode regulamentar o que a lei determina. Não havendo previsão na lei para a deficiência tenha surgido antes dos 21 anos, o Decreto não pode trazer essa previsão! (Art. 84, inciso 4 da CF/1988) DEPENDENTES DE PRIMEIRA CLASSE QUE PRECISAM COMPROVAR DEPENDENCIA ECONOMICA À ÉPOCA DO ÓBITO 1) Enteada Precisa provar que arca com pelo menos parte dos gastos desse enteado. Ex.: paga o plano de saúde, dependente no clube, paga a escola etc.

2) Menor Tutelado Também precisa provar que o falecido arca com pelo menos parte de seus gastos. 3) Menor Sob Guarda O STJ entendeu que também tem direito ao recebimento da pensão por morte. Em 1997 foi editada uma lei que exclui o menor sob guarda do rol de dependentes para fins previdenciários. Então desde 1997, o menor sob guarda não consta na lista de dependentes previdenciários. Por outro lado, a CF traz toda uma proteção especial ao menor. Além disso o art. 33, p.3 do ECA diz: 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. Então realizando aqui uma interpretação sistemática, o STJ entendeu que o menor sob guarda continua sendo dependente para fins previdenciários, mesmo após da sua retirada do rol de dependentes da pela Lei de 1997. O STF vai julgar a ADI 4878 sobre o tema (discute se seria constitucional ou não a exclusão do menor sob guarda do rol de dependentes). Guarda de fato: E se a guarda for de fato, ou seja, a guarda não estiver formalizada, terá direito ao benefício previdenciário? Ex.: A avó que cria o neto. A jurisprudência tem entendido que sim. Ex.: TRF4, AG 5057513-90.2017.4.04.0000. 4) Ex-cônjuge e Ex-Companheiro Obs.: A separação de fato quebra o vínculo previdenciário! Mesmo que esteja ainda casado no papel. O ex-cônjuge pode receber pensão por morte! Basta comprovar a dependência econômica. E como é dependente de primeira classe, vai ratear a pensão com os demais dependentes de primeira classe, inclusive com a nova cônjuge. Se o falecido pagar pensão alimentícia, não há discussão! É dependente para fins previdenciários! Desde 2015 temos limitação de tempo para concessão de pensão por morte para o cônjuge ou companheiro. A lei não prevê essa limitação para o ex-cônjuge!!!!! A MP 871/19 diz que se ficar estipulada uma data para cessação do pagamento da pensão civil (pensão alimentícia), o pagamento da pensão por morte cessará na mesma data em que cessaria a pensão civil. Antes não havia essa limitação, era vitalícia. Se a

pensão alimentar civil for vitalícia, a pensão por morte será vitalícia, pois a pensão para ex-cônjuge não tem a limitação de tempo previsto na lei como no caso do cônjuge ou companheiro. Vamos imaginar uma pensão alimentícia civil que foi concedida para ex-cônjuge com prazo para término. Quando chega perto desse prazo, se a pessoa ainda tem a necessidade de recebimento, ela pode entrar com uma ação revisional e buscar a pensão alimentícia por mais tempo. Professor acredita que após a MP 871/19, nos moldes da pensão alimentícia, possamos ter uma espécie de ação revisional para prorrogação dessa pensão por morte para o ex-cônjuge, buscando comprovar que a pessoa continua com a dependência econômica, equipando ao que ocorreria se o cônjuge estivesse vivo. A jurisprudência hoje aceita que mesmo não estando sendo paga a pensão alimentícia, se o ex-cônjuge comprovar a necessidade econômica superveniente à época do óbito, o benefício deve ser pago também para esse ex-cônjuge. Isso mesmo se o cônjuge tiver renunciado à pensão civil. Súmula 336 do STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente. 5) Concubinato O STF vai julgar a questão. Ainda não temos um resultado da discussão sobre se o concubino tem ou não direito a pensão por morte. Essa matéria está pendente de julgamento no STF STF vai julgar especificamente o concubinato de longa duração. Mas a priori, o que temos é que o concubino não tem direito ao recebimento da pensão por morte. Poliamor: Ex.: Catra -Temos que acompanhar como a jurisprudência vai se posicionar. 6) Cônjuge ausente O cônjuge ausente não exclui da pensão por morte o companheiro ou a companheira. Precisa comprovar a dependência econômica.

DEPENDENTES DE SEGUNDA CLASSE - Os pais. Precisa comprovar dependência econômica. Depois da MP 871/19 é preciso início de prova material. REsp 1.574.859/SP quem tem direito são os pais e não pode ser estendido de forma indiscriminada para os avós. Mas no caso dessa jurisprudência, os avós criaram o neto. Eles que efetivamente foram os seus pais, tendo assim sido decidido pelo seu direito ao recebimento da pensão por morte. DEPENDENTES DE TERCEIRA CLASSE - Irmãos menores de 21 anos não emancipados ou inválidos de qualquer idade ou portadores de deficiência mental, intelectual ou grave. Precisa comprovar dependência econômica. Depois da MP 871/19 é preciso início de prova material. INSCRIÇÃO OU FILIAÇÃO POST MORTEM - NÃO É POSSÍVEL FAZER INSCRIÇÃO FILIAÇÃO POST MORTEM! A JURISPRUDÊNCIA É PACÍFICA NESSE SENTIDO! O art. 17 da LB foi alterado pela MP 871/19 para trazer essa previsão de forma expressa, mas isso já era pacífico na jurisprudência. 7º Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual e de segurado facultativo. RATEIO DO VALOR DO BENEFÍCIO. Todos os dependentes vão receber em partes iguais. Mesmo que a ex-cônjuge recebesse pensão civil inferior à sua cota parte, não importa! O rateio será igual (e nesse exemplo, ela receberá mais na pensão por morte do que na pensão alimentícia). Cessando o benefício de algum dos dependentes, a sua cota-parte é revertida em benefício dos demais.

CESSAÇÃO DA COTA INDIVIDUAL DA PENSÃO POR MORTE * No óbito do dependente. * Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave Aqui se paga até os 21 anos incompletos. Fez 21 anos, deixa de receber * Para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez. * Para o cônjuge ou companheiro inválido ou com deficiência, a cota individual da pensão por morte deixará de ser paga em razão da cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos fixados em lei * Pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira. Até 2015 a pensão por morte era vitalícia para cônjuge ou companheiros. Hoje, será cessada em 4 meses se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 contribuições mensais OU se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 02 anos antes do óbito do segurado. Cumprido os dois critérios anteriores vamos para a tabela abaixo: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. Essas idades podem aumentar de acordo com a expectativa de vida do brasileiro. Se o óbito ocorrer por acidente de qualquer natureza, não temos a limitação dos 4 meses, cairemos direto na tabela da idade.