PARTICIPAÇÃO DAS DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO E INFECTOPARASITÁRIAS NA MORTALIDADE DA BAHIA NO PERÍODO DE 2000 A 2009

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Transcrição:

338 PARTICIPAÇÃO DAS DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO E INFECTOPARASITÁRIAS NA MORTALIDADE DA BAHIA NO PERÍODO DE 2000 A 2009 Fernanda Silva de Souza - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA. nandy_souza@hotmail.com Polianna Alves Andrade Rios - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA. polianauesb@yahoo.com.br Alda Brito Almeida - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA. aldarizzo@hotmail.com Alecia Nunes Souza - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA. alecia.10@hotmail.com Giuliany Sousa Rodrighero - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA. giuliany@hotmail.com Hanna Gabriela Elesbão Cezar Bastos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA. hannacezar@yahoo.com.br Jarede Souza Silva - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA. jarede_morena@hotmail.com INTRODUÇÃO Nos últimos 70 anos, o perfil de mortalidade da população brasileira passou por mudanças importantes com grande aumento das doenças crônicas, sendo as doenças do aparelho circulatório o principal grupo de causa de mortes no Brasil desde 1970. Contribuíram para isso a redução da mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias e o aumento da expectativa de vida e da prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares, como alcoolismo, dislipidemia, obesidade, sedentarismo e tabagismo (SERRANO JUNIOR et al, 2009). A maioria dos países em desenvolvimento tem passado por mudanças no perfil de adoecimento e morte de suas populações, resultado de um conjunto de transformações demográficas, sociais e econômicas. Este processo é conhecido como transição epidemiológica. Caracteriza-se pela rápida substituição das causas de morbidade e mortalidade de uma população, com declínio das doenças transmissíveis e aumento das doenças não transmissíveis e causas externas (SERRANO JUNIOR et al, 2009). Em várias populações, em especial em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, uma transição linear desses processos não foi observada, verificando-se, na realidade, uma sobreposição desses perfis (transição incompleta), permanecendo endêmicas em diversas regiões, como a hanseníase, a tuberculose, as leishmanioses, as esquistossomoses, entre outras, assim como condições emergentes nas últimas décadas, como a infecção pelo HIV/AIDS (PONTE et al, 2010). MATERIAL E MÉTODOS Caracteriza-se por um estudo ecológico de série temporal (agregado, observacional, longitudinal). Foram utilizados dados da mortalidade por doenças do aparelho circulatório e infectoparasitárias na Bahia, no período de 2000 a 2009.

339 A população do estudo é composta pelos óbitos ocorridos na Bahia por DAC e DIP encontrados no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), obtido no DATASUS, fornecido pelo Ministério da Saúde. A metodologia utilizada partiu inicialmente de dados extraídos do SIM. Estes foram novamente tabelados da seguinte forma: de cada variável foram elencados os óbitos por doenças do aparelho circulatório e por doenças infectoparasitárias dentro de suas caracterizações (ex.: variável: nível de escolaridade, caracterização: nenhuma, de 1 a 3 anos, 4 a 7 anos, 8 a 11 anos, mais de 12 anos e ignorados). Foi realizada a soma de todos os valores dos anos em estudo para assim traçar proporções de caracterização em relação ao número de óbitos totais por doenças do aparelho circulatório e doenças infectoparasitárias no período de 2000-2009, e depois somou-se todas as categorias juntas para obter a porcentagem e fazer comparações entre os intervalos, e por fim para o cálculo mortalidade proporcional por DIP e DAC específica dividiu-se o número de óbitos da variável específica pelo total de óbitos por todas as causas da mesma variável. Os dados sobre população residente foram obtidos a partir do censo disponibilizado pelo DATASUS no Sistema de Informação de Saúde (SIS). RESULTADOS E DISCUSSÃO Percebe-se que, na Bahia, no que diz respeito as DAC, o sexo teve um valor equivalente entre masculino e feminino, sendo que do total de óbitos que foi de 154.476, o sexo masculino constituiu 51% dos óbitos enquanto que o sexo feminino foi de 49% e o ignorado foi de 0,03%. Quanto a faixa etária, os dados encontrados revelam que a idade que mais acomete a população por DAC é a de 60 a 79 anos, num total de 67.830, o que equivale a 44% dos óbitos por faixa etária e o menor é a de menor de 1 ano, com 254 óbitos (0,2%). De acordo com a escolaridade, aqueles declarados com nenhuma ano de escolaridade foram os mais acometidos, constituindo um total de 38.259 (25%), seguido de 1 a 3 anos com 25.959 do total de óbitos (17%) e os menos acometidos são os que tem 12 ou mais de escolaridade, com 3.768 óbitos (2%). A partir dos dados encontrados, no que se refere as DAC, pode-se concluir que pessoas do sexo masculino (51%), entre a faixa etária de 60 a 79 anos (44%) e pessoas com nenhuma escolaridade são as mais acometidas, necessitando de uma atenção maior das políticas de saúde, no que se refere aos fatores de risco para essas doenças. Em relação às mortes por DIP na Bahia, no período de 2000 a 2009, registrou-se um total de 32.953 óbitos, onde o número de pessoas do sexo masculino que foram a óbito foi de 18.803 (58%), enquanto que o sexo feminino foi de 13.430 (42%). No que diz respeito à faixa etária, a mais acometida foi a de 40 a 59 anos com um total de 8.916 óbitos, equivalendo a 27%, em relação às demais. Em relação à escolaridade, as pessoas declaradas com nenhum ano de escolaridade contribuíram com 6.424 óbitos, correspondendo a 20% e as pessoas com 12 anos e mais foram as menos acometidas com 384 óbitos, o que equivale a 1%. De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que pessoas do sexo masculino, com a faixa etária entre 40 e 59 anos e nenhum grau de escolaridade apresentaram um número mais elevado de óbitos por DIP na Bahia no período estudado.

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341 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir do estudo realizado, percebe-se que é necessário refletir sobre medidas preventivas e assistenciais no que diz respeito às DIP e DAC, que deveriam ser adotadas pela estratégia de Saúde da Família, bem como desenvolver políticas abrangentes de melhoria das condições socioeconômicas. É de fundamental importância perceber que a evolução da mortalidade por essas patologias está diretamente relacionado com o aumento dos casos de sedentarismo, tabagismo, dislipidemia, obesidade, que são considerados fatores de risco para as DIC e DAC. Sendo assim,

342 torna-se fundamental ressaltar a importância de implementação de saneamento básico, universalização da educação e ações que visem diminuir os fatores de risco associados a essas patologias, visando assim à redução da mortalidade por estas doenças. PALAVRAS-CHAVE: Circulatório, infecciosas, parasitárias, mortalidade, evolução. EIXO: Epidemiologia REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS: informações de saúde. Disponível em <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10ba.def>. Acesso em 12/12/2011 CAMPELO, Viriato; GONÇALVES, Maria Alice Guimarães; DONADI, Eduardo Antonio. Mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias no Município de Teresina-PI (Brasil) 1971-2000. Rev Bras Epidemiol 2005; 8(1): 31-40. Disponível em <www.scielosp.org/pdf/rbepid/v8n1/05.pdf> Acesso em 09/02/2012. CARVALHO, Brígida Gimenez. Doenças Cardiovasculares antes e após o Programa Saúde da Família, Londrina, Paraná. Arq Bras Cardiol 2009; 93(6) : 645-650. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0066-782x2009001200014>. Acesso em 19/02/2011. CESSE, Eduarda Ângela Pessoa et al. Tendência da Mortalidade por doenças do Aparelho Circulatório no Brasil: 1950 a 2000. Arq Bras Cardiol 2009; 93(5) : 490-497. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0066-782x2009001100009> Acesso em 08/02/2012. FERRAZ, Sarita de Sales. Mortalidade por doenças do aparelho circulatório e condição de vida na cidade do Recife. 2006 131f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) CPqAM/FIOCRUZ/MS, Recife. 2006. Disponível em <www.cpqam.fiocruz.br/bibpdf/2006ferraz-ss.pdf> Acesso em 06/02/2012 FRANCIOZI, Tânia Maria Marsulo et al. Presença de fatores de risco para doenças cardiovasculares em usuários de transporte fretado entre os municípios de Jundiaí e São Paulo, Brasil. Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. Disponível em <http://www.efdeportes.com/efd163/doencas-em-usuarios-de-transporte-fretado.htm> Acesso em 12/12/2011 LATADO, Adriana Lopes et al. Tendência da mortalidade por insuficiência cardíaca em Salvador, Bahia, Brasil. Arq. Bras. Cardiol. vol.85 no.5 São Paulo Nov. 2005. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script =sci_arttext&pid=s0066-782x2005001800005> Acesso em 01/02/2012. MANSUR, Antonio de Pádua et al.transição Epidemiológica da Mortalidade por doenças Circulatórias no Brasil. Arq. Bras. Cardiol. vol.93 no.5 São Paulo Nov. 2009. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0066-782x2009001100011> Acesso em 19/12/2011 OLIVEIRA, Gláucia M. M. de; KLEIN, Carlos H.; SILVA, Nelson A. de Souza e. Mortalidade por doenças cardiovasculares em três estados do Brasil de 1980 a 2002. Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health 19(2), 2006. Disponível em <www.scielosp.org/pdf/rpsp/v19n2/30302.pdf> Acesso em 19/12/2011. OLIVEIRA, Gláucia Maria Moraes; SILVA, Nelson Albuquerque Souza e; KLEIN, Carlos Henrique. Mortalidade Compensada por Doenças Cardiovasculares no Período de 1980 a 1999 Brasil.

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