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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO 9ª Vara do Trabalho de Campinas 9a VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS PROCESSO Nº. 0011940-44.2015.5.15.0114 RTSum RECLAMANTE: MARILZA SANTANA VIEIRA BOTAN RECLAMADO: CARREFOUR COMERCIO E INDUSTRIA LTDA SENTENÇA Considerando que o valor da causa é inferior a quarenta salários mínimos, a reclamada não foi citada por edital e não se trata de procedimento especial, proceda a Secretaria à retificação da autuação, para constar como natureza da ação RTSum. Relatório dispensado, nos termos do artigo 852-I, da CLT. FUNDAMENTAÇÃO DA INSALUBRIDADE - DA PERICULOSIDADE A reclamante juntou duas cópias do mesmo laudo pericial e não dois laudos periciais produzidos em processos diferentes, ao contrário do que afirmou em sua inicial. Em que pese o quanto exposto retro, o laudo pericial juntado pela reclamante teve por objeto prestação de serviços de empregado que exercia a mesma função e no mesmo local de trabalho da autora, tendo sido reconhecida a ocorrência de insalubridade por exposição ao calor e periculosidade.

A diligência da qual resultou o laudo pericial juntado pela reclamada foi realizada em unidade da ré na cidade de São Paulo, local completamente diverso daquele da prestação de serviços da autora, não se prestando minimamente a corroborar as alegações defensivas. Não constitui fato impeditivo ou extintivo do direito da autora a pactuação em convenção coletiva restringindo o adicional de insalubridade ou periculosidade a determinadas funções. Diante de todo o exposto, faz jus a reclamante ao adicional de insalubridade em grau médio (20%) e adicional de periculosidade. O recebimento cumulativo de ambos os adicionais encontra vedação legal (art. 193, 2º, da CLT). Assim sendo, deverá o reclamante optar por um dos dois adicionais, após a regular liquidação de sentença. da CLT). O adicional de periculosidade deverá ser apurado sobre o salário-base (art. 193, 1º, 192, da CLT. Quanto à base de cálculo do adicional de insalubridade, aplica-se o disposto no artigo O próprio STF, em decisão que determinou a suspensão da súmula 228, do C.TST, nos autos da Reclamação n.6.266-mc/df estabeleceu que: "(...)À primeira vista, a pretensão do reclamante afigura-se plausível no sentido de que a decisão reclamada teria afrontado a Súmula Vinculante n. 4 desta Corte: Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Com efeito, no julgamento que deu origem à mencionada Súmula Vinculante n 4 (RE 565.714/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Sessão de 30.4.2008 - Informativo nº 510/STF), esta Corte entendeu que o adicional de insalubridade deve continuar sendo calculado com base no salário mínimo, enquanto não superada a inconstitucionalidade por meio de lei ou convenção coletiva. Dessa forma, com base no que ficou decidido no RE 565.714/SP e fixado na Súmula Vinculante n 4, este Tribunal entendeu que não é possível a substituição do salário mínimo, seja como base de cálculo, seja como indexador, antes da edição de lei ou celebração de convenção coletiva que regule o adicional de insalubridade. Logo, à primeira vista, a nova redação estabelecida para a Súmula n 228/TST revela aplicação indevida da Súmula Vinculante n 4, porquanto permite a substituição do salário mínimo pelo salário básico no cálculo do adicional de insalubridade sem base normativa. Ante o exposto, defiro a medida liminar para suspender a aplicação da Súmula n 228/TST na parte em que permite a utilização do salário básico para calcular

o adicional de insalubridade. Comunique-se, com urgência, e, no mesmo ofício, solicitem-se informações.(...)" (sem grifos no original). Assim, até que sobrevenha lei estabelecendo base de cálculo diversa, o adicional de insalubridade continua a ser calculado sobre o salário mínimo. Nos termos dos artigos 141 e 492, ambos do CPC, compete à parte e não ao Juízo especificar os pedidos. Por tal motivo, fica rejeitado o pedido de reflexos, eis que não especificados. DO DANO MORAL Não é minimamente razoável admitir a existência de dano moral indenizável pelo simples fato de a reclamante ter que pedir para guardar sua bolsa em instalações da loja da própria reclamada contíguas à do posto de gasolina em que trabalhava. Fica rejeitado o pedido formulado sob tal fundamento. Por outro lado, com relação às condições de trabalho, o sr. perito, ao elaborar o laudo pericial juntado pela reclamante caracterizou a temperatura dentro do local de trabalho como insuportável, sendo que eram frequentes problemas de mal funcionamento do equipamento de ar-condicionado, havia acúmulo de água decorrente de condensação, o local era preenchido por odor do combustível e era impossível sequer permitir a ventilação dentro da cabine, por medida de segurança contra furtos. Evidencia-se que a reclamada era extremamente negligente com o bem-estar de seus empregados, sujeitando-os, inclusive a reclamante, a condições desumanas de trabalho, não demonstrando preocupação com sua saúde em sequer uma fração daquela dispensada à segurança de seu patrimônio; pelo contrário, agravando a condição já penosa a que estavam submetidos a fim de minimizar riscos de furtos. Com a finalidade de compensar a ofensa sofrida e desestimular novas práticas pela parte agressora, considerando-se o grau de culpa, nível sócio econômico do empregado, porte econômico do empregador, e por força do princípio da razoabilidade, acolhe-se o pedido e fixa-se o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

DA GRATUIDADE Por preenchidos os requisitos contidos na Lei 1060/50, defere-se a gratuidade de justiça, já que consta da inicial declaração feita pela autora de que não dispõe de meios para custear o processo. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Presentes os requisitos da Lei 5584/70, procede o pedido de honorários, no importe de 15% sobre o valor da condenação, devendo reverter em favor da entidade sindical interveniente. adotada pelo julgador. Demais argumentos não são, nem em tese, capazes de infirmar a conclusão Atentem as partes para o disposto no artigo 1026, 2º, do CPC. Desde já deixa o juízo registrado o entendimento de que o magistrado não está obrigado a rebater um a um os argumentos trazidos pelas partes e que não são admitidos Embargos Declaratórios para fins de prequestionamento na primeira instância. Registra-se, ainda, que nos termos dos artigos 141 e 492, do CPC é ônus da parte especificar todos os pedidos, de modo que fatos indicados na causa de pedir sem pedido correspondente não estão sujeitos à análise pelo Juízo. DISPOSITIVO Posto isto, decide-se ACOLHER EM PARTE os pedidos formulados por MARILZA SANTANA VIEIRA BOTAN em face de CARREFOUR COMERCIO E INDUSTRIA LTDA, para condenar a reclamada a pagar à reclamante as seguintes verbas: a) adicional de insalubridade ou periculosidade, conforme opção da autora após

liquidação de sentença; b) indenização por danos morais; c) honorários advocatícios ao sindicato interveniente, no importe de 15% sobre o valor da condenação, tudo nos termos da fundamentação supra, que fica fazendo parte integrante deste dispositivo. Os montantes acima referidos serão apurados em liquidação de sentença. A fim de coibir o enriquecimento ilícito, serão deduzidos os valores comprovadamente pagos sob idênticas rubricas, sendo considerados apenas aqueles documentos já existentes nos autos quando da prolação da sentença e de cunho trabalhista (Súmula 18, do TST). Os juros deverão ser calculados a partir da propositura da ação. Registra-se que, conforme OJ 400 da SDI-I do TST, os juros de mora não integram a base de cálculo do imposto de renda, independentemente da natureza jurídica da obrigação adimplida. A correção monetária deve ser computada observando-se as épocas próprias, assim considerados os vencimentos de cada parcela (Súmula 381, do TST). No caso da indenização por danos morais, os juros de mora e a correção monetária deverão observar o disposto na Súmula 439 do TST. fevereiro de 2011. Com relação ao imposto de renda, deverá ser observada a IN-RFB 1127, de 07 de Quanto às contribuições previdenciárias, deverão ser observados o artigo 43, da Lei 8212/91 e o Provimento 02/03, da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho. Além disto, a reclamada deverá recolher as contribuições (inclusive a devida pela reclamante) e o imposto de renda, na forma da condenação, facultando-se-lhe deduzir do crédito do autor os valores relativos aos débitos tributários a este imputáveis, mediante comprovação do recolhimento. Para os efeitos do artigo 832, parágrafo 3, da CLT, acrescido pela Lei 10.035/2000, serão consideradas de natureza remuneratória as parcelas integrantes do salário-de-contribuição, conforme o disposto na Lei 8212/91, excluindo-se aquelas expressamente relacionadas no parágrafo 9 do mesmo dispositivo legal, em consonância com o artigo 214, do Decreto 3048/99.

Custas pela reclamada, no valor de R$ 500,00, calculadas sobre o valor da condenação, ora arbitrado em R$ 25.000,00. Intimem-se as partes. Nada mais. Campinas, 27 de agosto de 2016. MARIA FLAVIA RONCEL DE OLIVEIRA ALAITE JUÍZA DO TRABALHO SUBSTITUTA Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: [MARIA FLAVIA RONCEL DE OLIVEIRA ALAITE] 16041311392815500000033574612 https://pje.trt15.jus.br/primeirograu/processo /ConsultaDocumento/listView.seam