Relatório Executivo do Programa Mensal de Operação PMO de Abril 2016 Semana Operativa de 23/04/2016 a 29/04/2016 1. APRESENTAÇÃO No fim da semana de 16 a 22/04/2016 ocorreu chuva fraca nas bacias dos rios Jacuí e Uruguai e em pontos isolados do Iguaçu e Paranapanema. Na semana de 23 a 29/04/2016 deve ocorrer chuva fraca a moderada nas bacias hidrográficas do subsistema Sul e no Paranapanema. No fim da semana deve ocorrer chuva fraca nas bacias dos rios Tietê e Grande. Na Revisão 3 do PMO de abril/2016, o valor médio semanal do Custo Marginal de Operação CMO dos subsistemas SE/CO, Sul e Norte passou de R$ 39,62/MWh para R$ 40,08/MWh; e no subsistema NE passou de R$ 276,13/MWh para R$ 277,23/MWh. 2. NOTÍCIAS Em 27/04/2016 será realizada a Reunião de Definição de Premissas e Escopo do PEN 2016, de 14h00min às 18h00min, no auditório do Escritório Central do ONS. Em 28 e 29/04/2016 será realizada a reunião de elaboração do PMO Maio de 2016 no auditório do Escritório Central do ONS. 3. INFORMAÇÕES CONJUNTURAIS PARA ELABORAÇÃO DO PMO 3.1.1. Condições Antecedentes A atuação de um sistema de alta pressão manteve a condição de céu claro e ausência de precipitação nas bacias hidrográficas do SIN. O avanço de uma frente fria pelos estados da região Sul no fim da semana operativa ocasionou chuva fraca nas bacias dos rios Jacuí e Uruguai e em pontos isolados do Iguaçu e Paranapanema (Figura 1). 1 Figura 1 - Precipitação observada (mm) no período de 16/04/2016 a 22/04/2016
A Tabela 1 apresenta as energias naturais afluentes das semanas recentes. São apresentados os valores verificados na semana de 09 a 15/04/2016 e os estimados para fechamento da semana de 16 a 22/04/2016. Tabela 1 Tendência hidrológica das ENAs na revisão 3 do PMO de abril/2016 Rev.4 do PMO de ABRIL/2016 - ENAs Subsistema 9/4 a 15/4/2016 16/4 a 22/4/2016 MWmed %MLT MWmed %MLT SE/CO 37.072 72 32.316 63 S 9.750 148 8.462 128 NE 2.957 25 2.543 21 N 8.375 52 8.421 53 3.1.2. Previsão para a próxima semana Uma nova frente fria avança pelos estados da região Sul ocasionando chuva fraca a moderada nas bacias hidrográficas do subsistema Sul e no Paranapanema. A frente deve alcançar os estados de São Paulo e Rio de Janeiro no fim da semana ocasionando chuva fraca nas bacias dos rios Tietê e Grande (Figura 2). Cabe ressaltar que nas bacias dos rios Paranapanema, Grande, Paranaíba, e Iguaçu e parte das bacias dos rios São Francisco, Uruguai e Paraná esta previsão é utilizada como insumo nos modelos do tipo chuva-vazão, para a previsão de afluências para a próxima semana. Em comparação com os valores estimados para a semana em curso, prevê-se para a próxima semana operativa elevação nas afluências do subsistema Sul, e recessão nas afluências dos subsistemas Sudeste, Nordeste e Norte. A revisão da previsão para as afluências médias mensais do mês de abril indica a ocorrência de afluências acima da média para o subsistema Sul, e abaixo da média para os subsistemas Sudeste, Nordeste e Norte. A Tabela 2 apresenta os resultados da previsão de ENAs para a próxima semana e para o mês de abril. Tabela 2 Previsão de ENAs da revisão 4 do PMO de abril/2016 Revisão 4 do PMO de ABRIL/2016 - ENAs previstas Subsistema 23/4 a 29/4/2016 Mês de ABRIL MWmed %MLT MWmed %MLT SE/CO 31.310 61 37.022 72 S 10.385 157 9.621 146 NE 1.999 17 2.808 23 N 8.285 52 8.623 54 As figuras a seguir ilustram as ENAs semanais previstas na revisão 4 do PMO de abril/2016. 2 Figura 3 - Energias Naturais Afluentes ao Subsistema Sudeste/Centro-Oeste PMO de Abril/2016 Figura 2 - Precipitação acumulada prevista pelo modelo ETA (CPTEC/INPE) para o período de 23/04/2016 a 29/04/2016
Figura 4 - Energias Naturais Afluentes ao Subsistema Sul PMO de Abril/2016 Figura 7 - Amplitude dos Cenários de ENA para o Subsistema Sudeste, em %MLT, para o PMO abril/2016 Figura 5 - Energias Naturais Afluentes ao Subsistema Nordeste PMO de Abril/2016 Figura 8 - Função de Distribuição Acumulada dos Cenários para o Subsistema Sudeste para o PMO abril/2016 3 Figura 6 - Energias Naturais Afluentes ao Subsistema Norte PMO de Abril/2016 Figura 9 - Amplitude dos Cenários de ENA para o Subsistema Sul, em %MLT, para o PMO abril/2016 3.2. Cenários de ENAs para o PMO de Abril/2016 As figuras a seguir apresentam as características dos cenários de energias naturais afluentes gerados até a revisão 4 do PMO de abril/2016, para acoplamento com a FCF do mês de maio/2016. São mostradas, para os quatro subsistemas, as amplitudes e as Funções de Distribuição Acumulada dos cenários de ENA. Figura 10 - Função de Distribuição Acumulada dos Cenários para o Subsistema Sul para o PMO abril/2016
Os valores da MLT (Média de Longo Termo) das energias naturais afluentes para os meses de abril e maio são apresentados na tabela a seguir. Tabela 3 MLT da ENA nos meses de abril e maio Figura 11 - Amplitude dos Cenários de ENA para o Subsistema Nordeste em %MLT, para o PMO abril/2016 MLT das ENAs (MWmed) Subsistema ABRIL SE/CO 51.392 S 6.602 NE 11.993 N 15.959 MAIO 37.531 8.598 7.265 10.863 Figura 12 - Função de Distribuição Acumulada dos Cenários para o Subsistema Nordeste para o PMO abril/2016 3.3. Limites de Intercâmbio entre Subsistemas Os limites elétricos de intercâmbio de energia entre subsistemas são de fundamental importância para o processo de otimização energética, sendo determinantes para a definição das políticas de operação e do CMO para cada subsistema. Estes limites são influenciados por intervenções na malha de transmissão, notadamente na 1ª Semana Operativa. O diagrama a seguir ilustra os fluxos notáveis do SIN e os limites aplicados no PMO. 4 Figura 13 - Amplitude dos Cenários de ENA para o Subsistema Norte, em %MLT, para o PMO abril/2016 Figura 14 - Função de Distribuição Acumulada dos Cenários para o Subsistema Norte para o PMO abril/2016
Tabela 4 - Limites de intercâmbio de energia considerados no PMO abril/2016 3.4. Previsão de Carga O crescimento da carga nos subsistemas Sudeste/Centro- Oeste e Sul, de 7,4% e 8,1%, respectivamente, levam em consideração a perspectiva de baixo nível de precipitação e a ocorrência de elevadas temperaturas, bastante acima da média nas regiões ao longo do mês, superiores às temperaturas amenas registradas no mesmo período do ano anterior. Em contrapartida, observa-se ainda o baixo desempenho da indústria e a redução no nível de atividade do setor de comércio e serviços. Além disso, no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, os valores verificados em abril/2015 foram impactados de forma expressiva pela elevação das tarifas de energia elétrica ocorrida em 2015, em função da revisão tarifária extraordinária em vigor a partir de março/2015, que se refletiu nas contas de consumo a partir de abril/2015. O crescimento de 0,3% da carga do subsistema Nordeste reflete o baixo desempenho da indústria e a redução no nível de atividade do setor de comércio e serviços. No subsistema Norte, a taxa de crescimento da carga prevista para o mês de abril/2016, de 4,1%, está influenciada pela interligação do sistema Macapá, que, a partir do mês de outubro/2015, já se encontra totalmente interligado ao SIN. 5 Os valores de carga global referentes ao ano de 2015 foram ajustados em função da atualização da parcela de geração de usinas não despachadas centralizadamente pelo ONS. Tabela 5 - Evolução da carga no PMO de abril/2016 (A) (B) (C) (D) (E) Itacaiúnas(DJs) - Colinas(DJs) 500 kv / BCS Colinas-R.Gonça C2 Itacaiúnas(DJs) - Colinas(DJs) 500 kv BCS-1 Samambaia 500 kv SB B Foz 765 + C2 Foz Ivaiporã / SB B Foz 765 + C1 Foz Ivaiporã CV5 Ibiuna 3.5. Potência Hidráulica Total Disponível no SIN O gráfico a seguir mostra a disponibilidade hidráulica total do SIN, para o mês de abril, de acordo com o cronograma de manutenção informado pelos agentes para o PMO abril/2016.
4.2. Custo Marginal de Operação CMO A figura a seguir apresenta os Custos Marginais de Operação, em valores médios semanais, para as semanas operativas que compõem o mês de abril. Figura 15 Potência hidráulica disponível no SIN Figura 16 CMO do mês de abril em valores médios semanais 3.6. Armazenamentos Iniciais por Subsistema Tabela 6 - Armazenamentos iniciais, por subsistema, considerados no PMO abr/16 A tabela a seguir apresenta o custo marginal de operação, por subsistema e patamar de carga, para a próxima semana operativa. Tabela 7- CMO para 5ª semana operativa do mês abril/2016 6 A primeira coluna da tabela acima corresponde ao armazenamento previsto na revisão 3 do PMO de Abril/2016, para a 0:00 h do dia 23/04/2016. A segunda coluna apresenta os armazenamentos obtidos a partir dos níveis de partida informados pelos Agentes de Geração para seus aproveitamentos com reservatórios. 4.3. Energia Armazenada O processo de otimização realizado pelo programa DECOMP indicou os armazenamentos mostrados na figura a seguir para as próximas semanas operativas do mês de abril/2016. 4. PRINCIPAIS RESULTADOS 4.1. Políticas de Intercâmbio Para a semana operativa de 23/04/2016 a 29/04/2016, está prevista a seguinte política de intercâmbio de energia entre regiões: Região SE/CO Importadora de energia; Região Sul Intercâmbio dimensionado em função do fechamento do balanço energético do SIN; Região NE Importadora de energia; Região Norte Exportadora de energia. Figura 17 Energias Armazenadas nas semanas operativas do mês de abril/2016
Os armazenamentos da figura anterior estão expressos em percentual da Energia Armazenável Máxima de cada subsistema, que são mostrados na tabela a seguir. Tabela 8 Energia Armazenável Máxima por subsistema no PMO de abril/2016 ENERGIA ARMAZENÁVEL MÁXIMA (MWmed) Subsistema ABRIL MAIO SE/CO S NE N 203.298 19.957 51.808 15.020 203.298 19.957 51.808 15.051 5. GERAÇÃO TÉRMICA O gráfico a seguir apresenta, para cada subsistema do SIN, o despacho térmico por modalidade, para a semana operativa de 23/04/2016 a 29/04/2016. (1) Comandado o despacho antecipado por ordem de mérito de custo nesse patamar (2) NÃO foi comandado o despacho antecipado por ordem de mérito de custo nesse patamar Ressalta-se que, embora as UTEs LUIZORMELO e SANTA CRUZ não estejam despachadas antecipadamente por ordem de mérito de custo, o ONS comanda seus despachos antecipados, para a semana de 25/06/2016 a 01/07/2016, por garantia energética. 6. ESTIMATIVA DE ENCARGOS OPERATIVOS Não há expectativa de custo de despacho térmico por restrição elétrica para a semana operativa de 23/04/2016 a 29/04/2016. 7. RESUMO DOS RESULTADOS DO PMO As figuras a seguir mostram um resumo dos resultados do PMO para as semanas do mês abril/2016 e os valores esperados para o mês de maio/2016, relacionando Energia Natural Afluente (ENA), Energia Armazenada (EAR) e Custo Marginal de Operação (CMO) nos quatro subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN). 7 Figura 18 - Geração térmica para a 5ª semana operativa do mês abril/2016 Ressalta-se que o montante de despacho térmico indicado para o subsistema Norte considera a geração de 543 MW de UTEs dos Sistemas Manaus e Macapá. Além disso, ressalta-se que os montantes definidos para geração térmica por garantia energética constituem uma estimativa, a título de sensibilidade, com base na geração que vem sendo vislumbrada nas etapas de Programação Diária e Operação em Tempo Real. Indicação de despacho antecipado por ordem de mérito de custo para a semana 25/06/2016 a 01/07/2016: Tabela 9 UTEs com contrato de combustível GNL Figura 19 Resumo abril/2016 para o Subsistema Sudeste Figura 20 Resumo abril/2016 para o Subsistema Sul
CMO Médio Semanal 4ª semana operativa 16/04 a 22/04/2016 CMO Médio Semanal 5ª semana operativa 23/04 a 29/04/2016 SE/CO, Sul e Norte - CMO (R$/MWh) 39,62 39,96 40,93 41,26 40,91 41,01 39,18 40,08 0,34 0,97 0,33-0,35 0,10-1,83 0,90 Figura 21 Resumo abril/2016 para o Subsistema Nordeste Sem.4 Sem.5 Carga Partida Vazões RE Conjunt. (1º Est.) Expansão Demais Atualiz. Figura 23 - Análise da variação do CMO nos subsistemas SE/CO, Sul e Norte CMO Médio Semanal 4ª semana operativa 16/04 a 22/04/2016 CMO Médio Semanal 5ª semana operativa 23/04 a 29/04/2016 Nordeste - CMO (R$/MWh) Figura 22 Resumo abril/2016 para o Subsistema Norte 8. ANÁLISE DA VARIAÇÃO SEMANAL DOS CUSTOS MARGINAIS DE OPERAÇÃO A análise da variação semanal dos custos marginais de operação, em função da atualização dos dados de planejamento desta revisão do PMO de abril foi realizada a partir de seis estudos. O caso inicial foi construído a partir dos dados de planejamento da revisão 3, excluída a semana operativa de 16/04 a 22/04/2016. Nos demais estudos foram atualizados, sequencialmente, os seguintes blocos de dados: previsão de carga, partida dos reservatórios, previsão de vazões e restrições de limites sobre os fluxos de intercâmbio de energia entre os subsistemas. Nesta revisão, foi elaborado um estudo adicional (expansão) referente a entrada em operação da primeira unidade geradora da UHE Belo Monte (611,11 MW). O valor médio do CMO indicado nos resultados de cada estudo foi reproduzido, graficamente, a seguir. 276,13 271,32 271,32 271,32 271,32 277,32 277,32 277,32-4,81 0,00 0,00 0,00 6,00 0,00 0,00 Sem.4 Sem.5 Carga Partida Vazões RE Conjunt. (1º Est.) Figura 24 - Análise da variação do CMO no subsistema Nordeste Ressaltamos que o valor do CMO nos estudos é decorrente da escolha da sequência de atualização dos dados, conforme detalhado anteriormente. 9. ARMAZENAMENTOS OPERATIVOS Expansão Demais Atualiz. De forma a permitir uma melhor avaliação de diversos cenários hidrometeorológicos, notadamente, aqueles de curto prazo e suas influências nas previsões de vazões para as regiões SE/CO e NE, os resultados deste PMO continuarão a contemplar cenários de afluências visando melhor representar a ocorrência de precipitação e, consequentemente, seus efeitos sobre as afluências e armazenamentos. 8
Logo, além dos resultados sistemáticos associados ao valor esperado das previsões de afluências, as simulações operativas também serão realizadas com os limites superior e inferior das previsões de afluências. Para pronta referência, apresentamos os resultados obtidos com a aplicação dos referidos cenários de afluência. Newave do PMO de abril de 2016, considerando a configuração de usinas para cada estágio do período de estudo. Tabela 11 Energias Naturais Afluentes (%MLT) Foi utilizada a previsão de carga da revisão de 22/03/2016, cenário PMO 04-2016. Tabela 12 Carga (MWmed) Tabela 13 Custos Marginais de Operação (R$/MWh) 10. ESTUDO PROSPECTIVO - MAIO/16 A ABRIL/17 O estudo prospectivo apresentado neste documento tem por objetivo efetuar uma prospecção dos CMOs, através de simulações a usinas individualizadas. 9 Para o cálculo dos custos marginais, o ONS procedeu a execução do modelo DECOMP em base mensal, considerando a Função de Custo Futuro para o Programa Mensal de Operação PMO, para o mês de abril, utilizando os cortes mensais desta função para o período junho/16 a maio/17. Deve-se destacar que este estudo considerou o valor esperado das previsões de afluências elaboradas pelo modelo PREVIVAZ-M do CEPEL, com base nos resultados da Revisão 2 do PMO de abril de 2016. Tabela 10 Energias Naturais Afluentes (MWmed) 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os percentuais da Tabela 11 são calculados com a MLT publicada no arquivo de saída parp.dat do modelo Esclarecimentos adicionais, se necessário, através do contato da Gerência de Programação Energética GPD1, pelo e-mail pmo@ons.org.br.