PROCESSO CIVIL IV SATISFAÇÃO DO CREDOR - MEIOS DE EXPROPRIAÇÃO

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Transcrição:

PROCESSO CIVIL IV SATISFAÇÃO DO CREDOR - MEIOS DE EXPROPRIAÇÃO Após a penhora e avaliação, caminha-se para a expropriação do patrimônio penhorado, para que o exequente tenha finalmente satisfeito o seu direito. Passada a penhora e a avaliação, o executado terá oportunidade para apresentar a sua defesa chamada de impugnação. Se a ela não for outorgado efeito suspensivo, os atos de expropriação em todas as suas modalidades devem ocorrer normalmente. A expropriação consiste em adjudicação, alienação, apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens. Essa expropriação só cabe quando o que for dado para extinguir a execução não seja dinheiro. I. Adjudicação: é uma consequência processual da dação em pagamento {no caso da dação em pagamento, o negocio vai ser regido como se fosse um contrato compra e venda - tem garantia pela evicção, por vício redibitório}. Se o crédito for inferior ao valor do bem, o exequente tem que depositar a diferença {senão seria enriquecimento sem causa}. Se a parte não tem dinheiro para pagar não adjudica {art. 190 CPC}. As quotas tem que ser igualadas, no final. Trata-se de forma de pagamento da dívida executada pelo qual há transferência direta de patrimônio do devedor para o credor. O exequente não é obrigado a se contentar com o valor obtido a partir da alienação judicial do bem, podendo incorporá-lo ao seu patrimônio ou vende-lo na forma que lhe aprouver, sem a presença da jurisdição. Não pode ser adjudicado o bem por valor menor do que o estabelecido na avaliação. Não pode ser pedida a adjudicação no começo do processo, porque ainda não foi feita a avaliação {que é feita no momento da penhora}. Se não quiser adjudicar e não quiser vender por iniciativa particular, vai ser feito o leilão, que é uma alienação residual {quem escolhe como será feito é o executado}. Ela tem preferência sobre os demais mecanismos. A. Forma preferencial: é muito mais econômico a parte ficar com o bem do que promover uma alienação judicial. Há, portanto, a possibilidade de ficar com o bem do devedor para extinção da dívida. Aceita-se uma coisa diversa do que o que o credor estava devendo. B. Procedimento: começa com um requerimento simples do legitimado em que deve constar o calor oferecido pelo bem penhorado. Se o legitimado for o exequente, outro credor com penhora sobre o bem, ou ainda algum credor com garantia real, o crédito deverá ser compensado com o valor atribuído ao bem pela avaliação {tendo que depositar imediatamente a diferença caso ofereça menos e ficando com um saldo caso o valor do crédito seja maior do que o da avaliação}. Se for feito por 1

parentes do executado, estará condicionado ao imediato depósito do valor oferecido pelo bem que não poderá ser inferior ao da avaliação. 1. Havendo mais de um interessado na adjudicação do bem, será feito uma licitação, de modo que a pessoa que oferecer o maior preço poderá adjudica-lo. C. Auto de adjudicação: é lavrado pelo juiz. Serve como documento hábil de transferencia do bem. É o modo como será homologado o ato de adjudicação. É o último documento que é assinado, transferindo a posse e propriedade para quem o adjudicou {existe o prazo de 5 dias depois da ultima intimação porque pode ter embargo de terceiros, embargo de adjudicação}. Lavrado e assinado esse auto, a adjudicação e torna perfeita e irretratável, só se desfazendo por vício de nulidade ou por insubsistência da execução. 1. A par do auto de adjudicação, será expedido em favor do adjudicante carta de adjudicação ou mandado de entrega da coisa. D. Impugnação e adjudicação: é possível que após a realização da adjudicação, seja julgada procedente a impugnação em função de avaliação errônea. A adjudicação então será desfeita, embora o bem continue afetado pela penhora. Fixada nova avaliação qualquer um dos legitimados passa a ter a possibilidade de requerer a adjudicação, desde que não ofertem preço inferior ao da nova avaliação. II. Alienação: ela pode se dar por iniciativa particular ou do Judiciário. E ambas as técnicas são subsidiárias, ou seja, só acontecerão se não houver interesse ou de qualquer legitimado em proceder à adjudicação do bem. A. Por iniciativa particular/ extrajudicial {art. 880}: a pessoa que vai vender o carro vai ter que prestar contas ao juiz, terá que seguir as orientações do juiz e terá que respeitar o valor da avaliação. Apenas o credor exequente ter legitimidade para postular a alienação extrajudicial da coisa. Efetivada a alienação, nos moldes e limites estabelecidos pelo juiz, será formalizada por termo nos autos. Concluída a alienação com as assinaturas do termo, expedir-se-á em favor do adquirente carta de alienação ou mandado de entrega, conforme se trate de bem imóvel ou móvel, respectivamente. A procedência da impugnação não conduz ao desfazimento da alienação, pois é necessária a proteção a terceiros; então terá o executado apenas direito de indenização contra o exequente. B. Alienação em Leilão Judicial leilão {art. 881}: é muito caro e é a ultima forma. Pode ser presencial ou eletrônico. Não quebra a boa-fé afastar a possibilidade de garantia de vício redibitório em bens comprados em hasta pública. 1. Indicação do leiloeiro {art. 883}: pode ser indicado tanto pelo juiz quanto pelo exequente. 2

a) Deveres do leiloeiro {art. 884}: publicar o edital, dar publicidade ao edital 2. Edital de leilão: a) Requisitos {art. 886}: 3. Publicidade do leilão {art. 887}: 4. Redesignação do leilão NÃO iniciado {art. 888}: não tem como fazer o leilão por motivos fortuitos. Há uma questão de responsabilização de quem der causa à redesignação {caso comprovada a má-fé - conduta dolosa} por meio de multa. 5. Prosseguimento em outro dia {art. 890}: prosseguimento do leilão em outro dia se faz quando a atividade do leilão ultrapassa o limite da atividade forense. 6. Intimação {art. 889}: a) Ausência de intimação = nulidade do leilão {art. 903 1º}: para quem não foi intimado no prazo de 10 dias, não vai acontecer nada {dormiu no ponto}. 7. Legitimidade {art. 890}: todo mundo que estiver na livre adminsitração de seus bens pode participar do leilão {o tutor não pode dar lances sobre os bens do tutelado}, mas juiz, o próprio advogado, o defensor público, o inventariante não podem participar 8. Preço vil {art. 891}: não pode ser pago menos do que 50% do valor de avaliação do bem. Mas há uma margem de discricionariedade por parte do juiz, analisando as circunstâncias. EXECUÇÃO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇAM OBRIGAÇÕES DE FAZER/ NÃO FAZER E ENTREGAR COISA {CERTA OU INCERTA} I. Prestação de fazer/ não fazer {art. 536} A. Medidas de cumprimento = rol exemplificativo outras medidas B. Litigância de má-fé {art. 77, IV e 2º; art. 536, 3º art. 81} C. Defesa do executado = impugnação ao cumprimento de sentença {o início do tempo para o acusado se defender é o momento após o prazo para cumprimento voluntário} 3

D. Multa = art. 537: possibilidade de o juiz impor medidas coercitivas para obrigar a parte a cumprir o que a sentença ordenou. Depende da natureza da sentença e da analise feita pelo julgador. Se não houver a observância dos preceitos judiciais, vai ser considerado como litigância de má-fé. É um incentivo ao cumprimento judicial. astreintes. II. Entregar coisa {art. 538} III. Entregar coisa incerta {art. 498} I. Execução por quantia certa: EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL A. Início: petição inicial nos termos do artigo 798 CPC B. Fixação de honorários advocatícios {art. 827} não tem multa, mas existe uma sanção premial. Os honorários podem chegar a 20%. Se a pessoa pagar nos prazos de 3 dias, é reduzido o honorário advocatício pela metade. C. Citação do devedor para pagar no prazo de 3 dias D. Arresto executivo {pré-penhora} {ocorre quando o oficial de justiça chega na casa da pessoa e não a encontra, então vai fazer o arresto executivo para que sejam identificados bens a serem penhorados caso o devedor não pague} {a efetivação da penhora só vai se dar se não for pago em 3 dias após a citação} {feito o arresto, tem 10 dias para a citação da pessoa} {art. 830}. Quando passam os 3 dias sem resposta, não vai ser obrigatório fazer o arresto dos bens indicados, podem ser de outros. II. Execução das obrigações de fazer ou não fazer {art. 814 e ss.} III. Execução de entregar coisa certa: o possuidor de boa fé tem direito de indenização dos frutos colhidos, o possuidor de má fé responde pelos riscos integrais das coisas só vai ter direito de indenização em relação às benfeitorias necessárias. A. Art. 806 - citação do executado no prazo de 15 dias. B. Prosseguimento da execução quanto aos frutos e danos. C. Alienação da coisa litigiosa - fraude {art. 808} D. Indenização de benfeitorias {art. 810} 4

E. Coisa incerta {art. 811} a escolha cabe ao devedor - executado. Se a escolha cabe ao exequente, vai ser especificado na inicial portanto não seria coisa incerta. A parte que tem o direito de escolha não pode ser demandada, compelida, obrigada em escolher nem a coisa de melhor qualidade e nem a de pior qualidade se tiverem vários, terá que escolher a de qualidade média {termo médio}. IV. Execução da obrigação de fazer {art. 815 e ss.} se a obrigação é fungível, significa que ela pode ser feita por terceiros o credor vai mandar executar à conta do devedor. O exequente adiantara as quantias previstas na proposta {ouvidas as partes e aprovado pelo juiz}. A. Quando satisfeita por terceiro a saída é transformar em execução de quantia. V. Execução da obrigação de não fazer: na pratica, a obrigação de não fazer é vazia, pois muitas vezes já foi praticada converter em perdas e danos, indenização {execução por quantia certa - art. 817}. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS PAUTADA EM TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS Art. 528 a 533 Tais alimentos podem ser de vínculo de parentesco entre as partes, ou como prestação de ato ilícito {quebra de direito geral de cuidado}. O debito de alimentos tem uma característica especial para sua cobrança, mas a penhora de bens ainda pode ser aplicada aqui {sejam de origem familiar, seja de ato ilícito, sejam definitivos ou provisórios}. Para haver execução precisa de título + inadimplemento {demorou um dia, já pode ter execução, protesto e prisão}. O foro competente será do domicílio da pessoa que recebe os alimentos. I. Requerimento do credor intimação do credor. Se entra com uma ação de alimentos, não pode esperar a sentença, pedindo antecipação de tutela {alimentos provisórios porque ainda não foram confirmados por meio de sentença}. Tanto para esses alimentos, quanto para os confirmados por sentença, a forma e os artigos que se aplicam são os mesmos. A única coisa que muda é a repercussão processual disso no caso de provisórios bem como dos definitivos em autos apartados é art. 531 1º terão que ser feitos em autos apartados. II. Defesa do executado {3 dias para justificar ou pagar integralmente após a decisão} impossibilidade absoluta justificar a impossibilidade de pagar os alimentos para afastar a execução, neste caso afasta-se a prisão. A mera existência de possibilidade financeira não serve como argumento de defesa para afastar a execução {a execução ser maior até mesmo que o salário da pessoa não tem opção de não pagar, mas pode ser rediscutido o valor a ser pago pode reduzir liminarmente}. A impossibilidade absoluta afasta a possibilidade de prisão, mas nunca vai afastar o pagamento! 5

III. Protesto e prisão civil {1 a 3 meses em regime fechado - o preso civil obrigatoriamente tem que ficar separado do preso criminal}. Esse mecanismo existe por ser entendida a ameaça de prisão como uma medida coercitiva para incentivar o indivíduo a pagar. A prisão do devedor não substitui o débito e o pagamento parcial não afasta a prisão. A apelação da sentença não tem efeito suspensivo. Até 3 parcelas não pagas vão justificar a prisão civil por dívida, as parcelas que excederem isso vão ser pagas por meio de penhora de objetos e dinheiro {mas as 3 parcelas supracitadas também terão que ser pagas vai ser prisão + pagamento}. Se, durante o processo, forem sendo vencidas outras parcelas, vão sempre ser as 3 últimas parcelas que serão prisão + pagamento, sendo as anteriores passando a ser apenas pagamento. Mas, pode ser feito o pagamento sem a prisão pode ser só por pagamento não é uma situação em que a pessoa quer se colocar e colocar a outra. Não é um regime obrigatório. A. O protesto da decisão, em regra, pode ser feito apenas quando houver trânsito em julgado mas em relação a divida de alimentos, pode ser feito protesto até de decisão interlocutória. B. Ex: O sujeito foi condenado a pagar R$1000,00 por mês de pensão e não paga desde janeiro de 2016, dá pra executar já e pode ser pedida a prisão da pessoa devedora {a prisão é permitida até as 3 ultimas parcelas não pagas o resto será relacionado a pagamento}. IV. Meios de expropriação de bens e desconto em folha {art. 529}: se for alguém que tenha registro dos seus ganhos, o desconto do pagamento da prisão pode ser feito na fonte. Isso se dará por meio de requerimento do exequente. Em tese, não pode ter mais que 50% do salário descontado, mas se a pessoa já estiver devendo mais do que isso de meses antigos, pode penhorar direto da conta débito alimentar pode penhorar tudo {não pode alegar impenhorabilidade}. Neste caso, tem uma antinomia. V. Constituição de renda {art. 553} 1/3 do salário da pessoa era para suas necessidades básicas, 1/3 era para um padrão de vida médio e os outros 1/3 eram para pagar dívidas, digamos. Mas, não se usa mais essa lógica. VI. Alimentos derivados de ato ilícito {art. 533} constituição de capital pessoa jurídica: não é obrigação alimentar decorrente de parentesco indenização por queda de renda. A forma menos gravosa para o executado é a implementação na folha de pagamento mas é perigosa porque a empresa pode quebrar, pode ser vendida EXECUÇÃO DE ALIMENTOS PAUTADA EM TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS I. Art. 911 e seguintes: o executado será chamado para, em 3 dias, responder a execução. O cumprimento de sentença se usa que nem os pautados em títulos judiciais. Se a parte não paga no prazo de 3 dias e não justifica, o juiz manda prender e o exequente não pode protestar. A prisão, portanto cabe e o protesto não {o parágrafo do artigo 911 diz que apenas será incluso do 2º ao 7º excluindo o protesto}. 6

II. Possibilidade de prisão: art. 528. {1 a 3 meses em regime fechado - o preso civil obrigatoriamente tem que ficar separado do preso criminal}. Esse mecanismo existe por ser entendida a ameaça de prisão como uma medida coercitiva para incentivar o indivíduo a pagar. A prisão do devedor não substitui o débito e o pagamento parcial não afasta a prisão. A apelação da sentença não tem efeito suspensivo. Até 3 parcelas não pagas vão justificar a prisão civil por dívida, as parcelas que excederem isso vão ser pagas por meio de penhora de objetos e dinheiro {mas as 3 parcelas supracitadas também terão que ser pagas vai ser prisão + pagamento}. Se, durante o processo, forem sendo vencidas outras parcelas, vão sempre ser as 3 últimas parcelas que serão prisão + pagamento, sendo as anteriores passando a ser apenas pagamento. Mas, pode ser feito o pagamento sem a prisão pode ser só por pagamento não é uma situação em que a pessoa quer se colocar e colocar a outra. Não é um regime obrigatório. III. Desconto dos valores em folha de pagamento: quando o artigo 912 fala dessa possibilidade, só cabe para servidor público, militar e pessoas submetidas à CLT isso pode acarretar de incidência no crime de desobediência da Pessoa Jurídica, se não o fizer {mesmo se já tiver fechado a folha de pagamento da empresa nesse caso, tem que ser justificado no processo} o desconto vai ser realizado no próximo mês da folha de pagamento. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA A Fazenda Pública tem um benefício, que é o prazo em dobro para os atos processuais. Em execução contra a Fazenda, não há penhora {bens públicos não são penhoráveis} e os embargos dela terão efeito suspensivo. Se a Fazenda Pública não pagar no prazo, ela não deverá multa de 10%, tendo em vista que ela paga mediante precatório e títulos da dívida publica {art. 100 - CF}. Pode caber impugnação parcial e embargos parciais, seja relativo a título judicial ou extrajudicial a parcela incontroversa já poderá ser objeto de execução mas nunca mediante penhora. Em tese, tem possibilidade de imposição de astreintes para a pessoa gestora pública, para o agente público, gestor público. I. Título extrajudicial: nada impede que haja um título executivo extra contra a Fazenda. Na execução desse tipo, a Fazenda será chamada para opor embargos em 30 dias. Se não forem eles acolhidos ou então se não forem feitos, expedir-se-á precatório ou RPV. A. Art. 910. B. Efeito suspensivo dos embargos {art 913}. C. Ver Súmulas 144 STJ e 655 STF II. Sentença não sujeita a remessa necessária: 7

III. Título Judicial {art. 534 e 535} a pessoa pública será intimada para no prazo de 30 dias, impugnar, se quiser. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO Prescrição intercorrente - nenhuma relação jurídica é eterna. O código não trouxe exceções para a natureza da dívida - se não acha bens do devedor, pede a suspensão do processo. Mesmo que haja referência a obrigação alimentar. Ausência de bens penhoráveis Segue o mesmo racional das execuções fiscais Súmula 314 STJ em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis suspendese o processo por um ano findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente o arquivo provisório dura 1 ano e após esse prazo se inicia o prazo da prescrição intercorrente. O prazo de prescrição da pretensão é o mesmo da execução. No dia que termina o prazo de um ano surge o prazo da prescrição intercorrente. Súmula 150 STF Suspensão por moratória - art. 922 Proibição prática de atos = art. 923 Extinção art 924 - a petição inicial for indeferida {execução de título extrajudicial}; quando a obrigação for satisfeita {extinção total da dívida}; quando o exequente renuniar o crédito e se houver prescrição intercorrente {antes da sua declaração, é obrigatório o contraditório}. A natureza a decisão que extingue é sentença! 8