TABELA PERIÓDICA Propriedades periódicas e aperiódicas



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Transcrição:

TABELA PERIÓDICA Propriedades periódicas e aperiódicas De um modo geral, muitas propriedades dos elementos químicos variam periodicamente com o aumento de seus números atômicos (portanto, ao longo dos períodos da Tabela Periódica), atingindo valores máximos e mínimos em colunas bem definidas da Classificação Periódica, sendo então chamadas de Propriedades Periódicas. Como exemplos, podemos citar a densidade absoluta, o volume atômico, as temperaturas de fusão e de ebulição, etc. Raio atômico É difícil medir o raio de um átomo, pois a nuvem de elétrons que o circula não tem limites bem definidos. Costuma-se então medir, com o auxilio de raio X, a distância (d) entre dois núcleos vizinhos e dizer que o raio atômico (r) é a metade dessa distância. De um modo mais completo, dizemos que o Raio Atômico de um elemento é a metade da distância internuclear mínima que dois átomos desse elemento pode apresentar sem estarem ligados quimicamente. O raio dos elementos é uma propriedade periódica, pois seus valores variam periodicamente (isto é, aumentam e diminuem seguidamente) com o aumento do número atômico. Na Tabela Periódica, note que na vertical os raios atômicos aumentam de cima para baixo por que os átomos têm, nesse sentido, um número crescente de camadas eletrônicas. Na horizontal, os raios atômicos diminuem da esquerda para a direita porque o mesmo número de camadas eletrônicas vai sendo atraído cada vez mais pela carga elétrica positiva crescente dos núcleos atômicos.

Volume atômico Chama-se volume atômico de um elemento o volume ocupado por 1 átomograma (6,02 x 10 23 átomos) do elemento no estado sólido. Observe que o volume atômico não é o volume de um átomo, mas o volume de um conjunto (6,02 x 10 23 ) de átomos; consequentemente, no volume atômico inflem não só o volume individual de cada átomo como também o espaço existente entre os átomos. Podemos concluir que o volume atômico também varia periodicamente com o aumento do número atômico. Na Tabela Periódica notamos, que os elementos de maior volume atômico estão situados na parte inferior e nas extremidades da tabela. Nas colunas da tabela a variação do volume atômico é semelhante à do raio atômico; nos períodos à esquerda, o volume atômico acompanha o raio atômico; já à direita da linha pontilhada a variação é oposta porque, nos elementos aí situados (principalmente nos não-metais), o espaçamento entre os átomos passa a ser considerável. Densidade absoluta Chama-se Densidade Absoluta (d) ou massa específica de um elemento o quociente entre sua massa (m) e seu volume (v). d = m/v

A variação da densidade absoluta, no estado sólido, é também uma propriedade periódica dos elementos químicos. Os elementos mais densos situam-se no centro e na parte inferior da tabela. Exemplo: ósmio (d = 22,5 g/cm) e irídio (d = 22,4g/cm). Pontos de fusão e de ebulição As temperaturas nas quais os elementos entram em fusão ou em ebulição são, também, funções periódicas de seus números atômicos. É interessante notar que os elementos de menores pontos de fusão e de ebulição são aqueles que podem se apresentar no estado líquido, ou até mesmo gasoso, em condições ambientes. Com exceção do hidrogênio, esses elementos estão situados à direita e na parte superior da tabela.

Potencial de ionização Chama-se Potencial ou Energia De Ionização a energia necessária para arrancar um elétron de um átomo isolado no estado gasoso. Essa energia é, um geral, expressa em elétron-volt (ev), que é a energia ou trabalho necessário para deslocar um elétron contra um diferença de potencial de 1 volt. Na pratica, o mais importante a ser considerado é o 1º. Potencial de ionização, isto é, a energia necessária para arrancar o primeiro elétron da camada mais externa do átomo. O primeiro potencial de ionização aumenta da seguinte maneira:

Eletroafinidade ou afinidade eletrônica Chama-se Eletroafinidade ou Afinidade Eletrônica a energia liberada quando um elétron é adicionado a um átomo neutro no estado gasoso. Essa energia é também expressa, em geral, em elétron-volt (ev) e mede força com que o átomo segura esse elétron adicional. Esquematicamente temos: Esta propriedade é muito importante nos não-metais. Entre eles, os elementos com maiores eletroafinidades são os halogêneos e o oxigênio. Conclui-se que a Classificação Periódica é o trabalho mais perfeito e mais usado na química hoje em dia, foi durante muito tempo um instrumento encalhado, mais a medida que as informações contidas foram aumentando conforme o tempo e o estudo dos cientistas foram se aperfeiçoando e aumentando cada vez mais o número de usuários e a classe deles, passou de cientistas químicos a simples estudantes do primeiro grau. A Classificação Periódica reúne todos os elementos em uma seqüência lógica e contínua. Eletronegatividade É a forca de atração exercida sobre os elétrons de uma ligação. A eletronegatividade dos elementos não é uma grandeza absoluta, mas, sim, relativa. Ao estudá-la, na verdade estamos comparando estamos comparando a força de atração exercida pelos átomos sobre os elétrons de uma ligação. Essa força de atração tem uma relação com o RAIO ATÔMICO: Quanto menor

o tamanho de um átomo, maior será a força de atração, pois a distância núcleo-elétron da ligação é menor. Também não é definida para os gases nobres. Eletropositividade ou caráter metálico Eletropositividade é a capacidade de um átomo perder elétrons, originando cátions. Os metais apresentam elevadas eletropositividades, pois uma de suas características é a grande capacidade de perder elétrons. Entre o tamanho do átomo e sua eletropositividade, há uma relação genérica, uma vez que quanto maior o tamanho do átomo, menor a atração núcleo-elétron e, portanto, maior a sua facilidade em perder elétrons. Também não está definida para os gases nobres.