2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA. 3. O CENTRO DE PRODUÇÃO DE SOUSELAS 3.1 Evolução Histórica 3.2 Produtos 5. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL



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Transcrição:

Índice 1. INTRODUÇÃO 2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA 3. O CENTRO DE PRODUÇÃO DE SOUSELAS 3.1 Evolução Histórica 3.2 Produtos 4. POLÍTICA DO AMBIENTE 5. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 6. PROCESSO DE FABRICO DE CIMENTO NO CPS ENTRADAS/SAÍDAS 7. ASPECTOS E IMPACTES AMBIENTAIS 7.1 Identificação de Aspectos Ambientais e Avaliação da sua Significância 7.2 Impactes Ambientais Significativos 7.3 Minimização de Impactes Ambientais e Melhores Técnicas Disponíves 8. OBJECTIVOS E METAS AMBIENTAIS 9. DESEMPENHO AMBIENTAL 9.1 Emissões para a Atmosfera 9.1.1 Partículas 9.1.2 Óxidos de Azoto (NO x ) 9.1.3 Dióxido de Enxofre (SO 2 ) 9.1.4 Monóxido de Carbono (CO) 9.1.5 Dióxido de Carbono (CO 2 ) 9.1.6 Autocontrolo das Emissões Atmosféricas de Fontes Fixas 9.1.7 Emissões Difusas de Partículas 9.2 Abastecimento e Utilização de Água 9.3 Águas Residuais 9.4 Ruído 9.5 Gestão de Resíduos 9.6 Energia 9.7 Exploração da Pedreira 9.8 Impacte Visual das Instalações Fabris 10. OUTRAS QUESTÕES AMBIENTAIS 10.1 Participação dos Trabalhadores 10.2 Comunicação e Relações Externas 10.3 Sistema Integrado de Saúde Ocupacional 10.4 Gestão de Situações de Emergência 10.5 Responsabilidade Ambiental 11. PROGRAMA AMBIENTAL DO CPS PARA 2010 12. GLOSSÁRIO 13. IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS 14. VALIDAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2 3 6 6 7 8 9 10 15 15 17 19 20 22 22 22 23 24 25 25 26 29 32 34 35 38 40 42 44 46 46 46 47 49 49 50 52 54 55

INDÚSTRIA DE CIMENTOS, S.A. 02 1. Introdução 1. Introdução Em 24 de Janeiro de 2006 foi atribuído, com o n.º PT-000043, o registo no EMAS (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria) ao Centro de Produção de Souselas (CPS) da CIMPOR - Indústria de Cimentos, S.A., que passou a ser a terceira cimenteira nacional, a seguir aos Centros de Produção de Loulé e Alhandra, a obter esse registo, como confirmação, por parte das autoridades competentes, da postura do Centro relativamente aos compromissos ambientais assumidos superiormente: Implementação e manutenção do seu Sistema de Gestão Ambiental Avaliação sistemática e periódica do Sistema implementado Formação e aperfeiçoamento profissional dos seus colaboradores de modo a estimular o seu envolvimento activo na melhoria do desempenho ambiental do Centro Informação periódica do comportamento e desempenho ambientais do Centro, numa postura de diálogo com todas as partes interessadas. Foi assim publicada em inícios de 2006 a primeira Declaração Ambiental (DA), relativa ao desempenho no ano de 2003, comprometendo-se o Centro de Produção de Souselas, para além de assegurar o cumprimento de toda a legislação e outros requisitos ambientais aplicáveis à sua actividade, a também promover a melhoria contínua do seu desempenho ambiental e divulgá-lo a todas as partes interessadas. Conforme previsto pelo Regulamento EMAS, foram elaboradas, validadas e publicadas as Declarações Ambientais Intercalares referentes a 2004 e 2005, procedendo a uma actualização relativamente ao desempenho ambiental e à conformidade com as obrigações legais aplicáveis em matéria de ambiente nesses períodos. Do mesmo modo, entre 2006 e 2008, decorreu um novo ciclo de 3 anos, relativamente ao qual foram publicadas e validadas a segunda Declaração Ambiental, de 2006, e as Declarações Intercalares de 2007 e 2008. Procede-se agora à emissão de uma nova Declaração Ambiental completa, referente ao ano 2009, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 761/2001 (EMAS II) e para a qual foram já considerados alguns requisitos do ponto B do Anexo IV do novo Regulamento (CE) n.º 1221/2009 (designado EMAS III), publicado em finais de 2009. De referir que é mantida referência a algumas questões que se mantêm inalteradas em relação ao estipulado nas Declarações Ambientais anteriores. Centro de Produção de Souselas 2003 Declaração Ambiental Assim, a presente Declaração Ambiental, a terceira publicada pelo CPS, num total de sete, se se incluírem neste número as Declarações Ambientais Intercalares, tem como objectivo proporcionar a todas as partes interessadas informações sobre o Sistema de Gestão Ambiental implementado, desempenho e compromissos ambientais assumidos, dentro do espírito de transparência e abertura que caracteriza as relações deste Centro de Produção com a comunidade envolvente e restantes partes interessadas, pretendendo também estimular ao mesmo tempo a determinação de todos os colaboradores no prosseguimento dos objectivos ambientais sustentados dos quais justificadamente nos orgulhamos e que suportam esta Declaração. A próxima Declaração Ambiental EMAS será publicada em 2013, relativa ao desempenho ambiental no ano de 2012, sendo que até lá serão publicadas as actualizações da presente Declaração Ambiental (DA), referentes aos anos 2010 e 2011.

2. Descrição da Empresa 03 2. Descrição da Empresa A CIMPOR Indústria de Cimentos, S.A., faz parte integrante do Grupo CIMPOR, como empresa responsável pela produção e comercialização, no território nacional, de cimento e cal hidráulica. O Grupo CIMPOR O Grupo CIMPOR é o maior Grupo cimenteiro Português desenvolvendo em finais de 2009 actividades em doze países (Portugal, Espanha, Marrocos, Tunísia, Brasil, Moçambique, Egipto, África do Sul, Cabo Verde, Turquia, China e Índia) nas áreas de produção e comercialização de cimento, cal hidráulica, betão e agregados, prefabricação de betão e argamassas secas. CIMPOR - Cimentos de Portugal, SGPS, S.A. Capacidade instalada (1) : 44 Milhões toneladas de cimento /ano 12 Países 4 Continentes Volume de Negócios 2 085,5 Ano Cash Flow operacional (EBITDA) 605,9 2009 Resultados Operacionais (EBIT) 376,9 Resultado Líquido do Grupo 237,0 (1) Capacidade anual de produção de cimento com clínquer próprio (31 Dez). Milhões de euros

USA Mexico Spain Brazil Portugal Ireland India Germany Switzerland Italy France Spain Portugal India The Siam Cement Group, Thailand Japan Greece Brazil World Business Council for Sustainable Development 04 2. Descrição da Empresa A Iniciativa para a Sustentabilidade do Cimento (CSI) Na sequência da sua adesão, em 1997, ao World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), a CIMPOR integrou o núcleo inicial de 10 empresas cimenteiras mundiais, que lançaram, em 1999, a Iniciativa para a Sustentabilidade do Cimento (CSI). No âmbito da CSI, foi apresentado, em Julho de 2002, um Plano de Acção Our Agenda for Action que se desenvolve por 6 áreas-chave, para as quais foram definidas acções que permitam contribuir para a sustentabilidade da indústria cimenteira: Protecção climática e gestão de emissões de CO 2 Utilização responsável de combustíveis e matérias-primas Segurança e saúde dos trabalhadores Monitorização e reporting de emissões Impactes ao nível do uso do solo e das comunidades locais Sistemas de gestão internos e outras ferramentas Para cada uma destas áreas foram constituídos Grupos de Trabalho, com representantes da CIMPOR que levaram a cabo os projectos definidos, tendo as empresas aderentes a responsabilidade da execução das acções respectivas. Em 2008 foi publicado um Relatório de Progresso (Full Online Progress Report), no qual foi dado conhecimento da evolução dos compromissos assumidos no Plano de Acção acima referido (www.csiprogress2007.org) A Iniciativa prossegue os seus trabalhos, especialmente no âmbito da Sustentabilidade e Protecção Climática, podendo mais informações ser obtidas no site www.wbcsdcement.org e também nos Relatórios de Sustentabilidade da CIMPOR (disponíveis em www.cimpor.pt > Entrada > Sustentabilidade). Cement At the foundation Cement, the glue that holds concrete together, is a key ingredient of economic development. Concrete becomes our offices, factories, homes, schools, hospitals and roads, as well as our underground water and drainage pipes, bricks and blocks, and the mortar that bonds them together. The cement industry plays a major role in The Cement Sustainability Initiative meeting society s needs for housing and basic infrastructure. However, its production is also energy-intensive: it accounts for around 5% of global manmade carbon dioxide (CO2) emissions, and affects a wide range of sustainability issues, including climate change, pollution, natural resource depletion and worker health and safety. In simple terms, cement is made by crushing and blending limestone and other materials containing the right proportions of calcium, silicon, aluminum and iron oxides. The blended substance is then heated to about 1,500 C in a kiln, where the components react and partially fuse. This reaction produces an intermediate product called clinker, which is then cooled and ground with a small proportion of gypsum and other additives to produce cement. Mixing cement with sand, gravel, and water produces concrete.

2. Descrição da Empresa 05 A CIMPOR INDÚSTRIA, que assegurou em 2009 o abastecimento de cerca de 55% do mercado nacional de cimento, dispõe de três Centros de Produção de cimento (Alhandra, Loulé e Souselas), uma Fábrica de cal hidráulica (Cabo Mondego) e diversos entrepostos de distribuição, dos quais se destaca o Entreposto da Maia, pela sua dimensão e volume de cimento movimentado. Os três Centros de Produção de cimento têm uma capacidade de produção conjunta de cerca de 7 milhões de toneladas de cimento por ano. Por seu lado, a Fábrica de Cal Hidráulica do Cabo Mondego tem uma capacidade de produção de cerca de 200 000 t/ano de cal hidráulica. A CIMPOR INDÚSTRIA dispõe de um Sistema de Gestão da Qualidade certificado de acordo com NP EN ISO 9001:2008 para a produção e comercialização de cimentos e cal hidráulica natural, de produção própria, e comercialização de cimento branco e argamassas secas. Tem também, certificado, de acordo com os requisitos das Normas NP 4397:2008/OHSAS 18001:2007, um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no trabalho (Sistema Integrado de Saúde Ocupacional SISO), implementado de forma a responder às necessidades de toda a organização em termos de planeamento, controlo e monitorização das actividades com efeito sobre a segurança e saúde dos trabalhadores, directos ou indirectos. Por outro lado, os Centros de Produção de Alhandra, Loulé e Souselas dispõem também de Sistemas de Gestão Ambiental certificados desde finais de 2003, que se encontram implementados, de acordo com os requisitos da NP EN ISO 14001:2004 e que, no ano 2009, iniciaram uma fase de unificação. Principais dados económicos da CIMPOR INDÚSTRIA (milhões de euros) Volume de negócios Valor acrescentado bruto (VAB) Cash flow operacional (EBITDA) Resultados operacionais (EBIT) Resultado líquido N.º de trabalhadores em 31 de Dezembro 2007 2008 2009 380,7 142,8 126,3 103,5 80,0 651 382,5 64,5 124,9 103,3 3,2 627 308,4 110,4 105,1 87,5 82,8 600 CPS

06 3. O Centro de Produção de Souselas 3. O Centro de Produção de Souselas O Centro de Produção de Souselas (CPS) fica localizado em Souselas, 12 km a Norte de Coimbra, junto ao IP3. Por esta via tem acesso rodoviário ao interior centro e ao Norte do país e ligação ao IC2, à A1 e à A14. Está ainda ligado à linha de caminho de ferro do Norte, possuindo um ramal ferroviário próprio. No mesmo local anexa à instalação existe a pedreira de calcário da Serra do Alhastro, que fornece esta matéria-prima essencial ao fabrico do cimento. O Centro de Produção cobre uma área total de 240 ha dos quais 127 ha correspondem à área ocupada pela pedreira. 3.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA Em 1972 iniciaram-se as obras de construção do CPS, arrancando a exploração da primeira linha de produção em 1974 e em 1975 a segunda. Em 1982, devido ao aumento do consumo e à expansão do mercado no Norte do país, foi instalada a 3.ª linha de fabrico e foi construído o Entreposto da Maia, directamente ligado ao CPS. O estatuto da empresa foi alterado em 1991, passando a designar-se CIMPOR Cimentos de Portugal, S.A.. Em 1996, o CPS foi integrado na CIMPOR Indústria de Cimentos, S.A.. No ano de 2001, a linha 3 sofreu uma alteração profunda, com a instalação de um sistema de pré-calcinação no Forno e substituição do arrefecedor de satélites por um moderno arrefecedor de grelhas. Actualmente possui três linhas de produção de clínquer em funcionamento e tem uma capacidade de 2,4 milhões t/ano de clínquer dispondo das tecnologias mais modernas utilizadas pela Indústria Cimenteira. Emprega actualmente 170 trabalhadores (final de 2009), funcionando em laboração contínua, com três turnos diários nas actividades relacionadas com a fabricação de cimento. O CPS recorreu ainda a serviços prestados em regime de outsourcing por um total anual de 237 trabalhadores contratados. Em Maio de 2007 a instalação obteve a Licença Ambiental n.º 43/2006, de 15 de Novembro, no âmbito da legislação sobre Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), para a actividade principal de fabrico de cimento com uma capacidade licenciada de 2 900 000 t/ano. Em Janeiro de 2008, foi obtida a Licença de Exploração para a operação de co-incineração de resíduos perigosos (RIP) no queimador principal do Forno 3 nos termos do Decreto-Lei n.º 85/2005, de 28 de Abril. A 12 de Fevereiro de 2009, a CIMPOR Indústria de Cimentos, S.A., por acórdão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, foi objecto de providências cautelares sob a Licença Ambiental e Licença de Exploração supra referidas, tendo para este efeito sido suspensa a co-incineração de resíduos perigosos. Posteriormente, a 2 de Dezembro de 2009, o Supremo Tribunal Administrativo julgou improcedente o pedido de suspensão de eficácia dos actos em causa. Na sequência dessa decisão foi retomada a operação de co-incineração.

3. O Centro de Produção de Souselas 07 3.2 PRODUTOS O cimento é um ligante de origem mineral constituído essencialmente por silicatos e aluminatos de cálcio que se apresenta sob a forma de pó fino. Devido à sua natureza hidráulica, quando amassado com água, forma uma pasta que faz presa, endurece e conserva a sua resistência mecânica e estabilidade mesmo debaixo de água. O CPS tem como actividade principal o fabrico e expedição dos seguintes tipos de cimento, obtidos a partir da moagem de diferentes proporções de clínquer, gesso (regulador de presa) e outros constituintes: Cimento Portland EN 197-1 CEM I 42,5 R; Cimento Portland de calcário EN 197-1 CEM II / A-L 42,5 R; Cimento Portland de calcário EN 197-1 CEM II / B-L 32,5 N. O clínquer, produto da cozedura, pode também ser expedido como produto final. Em 2009 a quantidade de clínquer enviada para o exterior do CPS ascendeu às 74 669 toneladas, representando cerca de 5% da produção. As Fichas de Dados de Segurança referentes aos produtos fabricados são divulgadas aos utilizadores finais, encontrando-se também disponíveis em www.cimpor-portugal.pt na consulta aos Produtos.

08 4. Política do Ambiente 4. Política do Ambiente O Centro de Produção de Souselas segue a Política do Ambiente da CIMPOR INDÚSTRIA a qual, em virtude da obtenção do Registo no EMAS dos três Centros de Produção, e considerando as oportunidades de melhoria das últimas auditorias, foi sujeita a reformulações no decorrer do exercício de 2006. A versão actualmente em vigor foi aprovada pelo Conselho de Administração em 22 de Novembro de 2006. Política do Ambiente da CIMPOR INDÚSTRIA A CIMPOR - Indústria de Cimentos, S.A., (CIMPOR INDÚSTRIA), empresa líder nacional na fabricação de cimento, consciente das implicações ambientais da sua actividade industrial, pretende contribuir para o desenvolvimento sustentável, através de uma estratégia responsável e consequente em matéria de ambiente, assegurando a melhoria contínua do seu desempenho. Tendo em conta a relevância de alguns impactes ambientais característicos da sua actividade, a CIMPOR INDÚSTRIA continuará a modernizar tecnologicamente as suas instalações industriais, no sentido de compatibilizar os princípios da protecção do ambiente com a competitividade da sua actividade industrial, indispensável ao desenvolvimento e progresso da economia do país. É este posicionamento que fundamenta a opção da CIMPOR INDÚSTRIA pela manutenção de Sistemas de Gestão Ambiental, de acordo com a Norma NP EN ISO 14001:2004, nos seus Centros de Produção de Souselas, Alhandra e Loulé, bem como pelo registo no Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS) dessas suas unidades industriais de produção de cimento. No respeito destes princípios, a CIMPOR INDÚSTRIA compromete-se a: 1. Cumprir todos os requisitos legais aplicáveis, bem como quaisquer outros requisitos, nomeadamente os resultantes de decisões voluntárias da empresa relativos aos seus aspectos ambientais. 2. Assegurar a aplicação das boas práticas de gestão ambiental, no sentido de garantir: a avaliação dos impactes ambientais da sua actividade, a definição e revisão periódica dos objectivos e metas ambientais dos seus Centros de Produção, a melhoria contínua do seu desempenho ambiental, tendo em conta os princípios da prevenção da poluição e as Melhores Técnicas Disponíveis, minimizando as suas emissões e os seus consumos de energia, a melhoria contínua da utilização de matérias-primas e recursos naturais, a minimização dos riscos ambientais da sua actividade e uma correcta gestão de resíduos. 3. Promover a formação e sensibilização dos seus colaboradores, internos e externos, em matéria de ambiente, estimulando a sua participação no processo de melhoria contínua. 4. Divulgar a todos os níveis da empresa, ao público e a outras partes interessadas, os seus compromissos, desempenho e aspectos ambientais, mantendo ao mesmo tempo uma abordagem activa e aberta no que diz respeito ao diálogo com as mesmas. 5. Disponibilizar os meios humanos, técnicos e financeiros necessários para atingir os objectivos traçados.

5. Sistema de Gestão Ambiental 09 5. Sistema de Gestão Ambiental O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) do Centro de Produção de Souselas, actualmente em fase de unificação com os SGA s dos restantes Centros de Produção, é um sistema estabelecido, documentado e mantido como meio para garantir que a protecção ambiental constitua de forma sistemática e contínua um dos importantes elementos de gestão quotidiana das suas operações. Foi desenvolvido atendendo aos requisitos do Regulamento EMAS que contempla a Secção 4 da EN ISO 14001 Sistemas de Gestão Ambiental: Requisitos e linhas de orientação para a sua utilização. A sua efectiva implementação decorreu durante o ano de 2002, tendo sido sujeito, a partir de Dezembro desse ano, a auditorias por um organismo de certificação, que culminou, em Novembro de 2003, com certificação ambiental do SGA, de acordo com os requisitos da NP EN ISO 14001:1999. Com a publicação da nova versão da norma de referência e após a necessária adaptação do SGA do CPS, foi realizada em Novembro de 2006 a Auditoria de Renovação para a NP EN ISO 14001:2004, tendo sido obtida a certificação do seu SGA, segundo este novo referencial, para a produção de cimento e exploração da Pedreira do Alhastro. Em 2009 iniciou-se a integração dos três SGA s num sistema único, pelo que em resultado da Auditoria de Renovação/Extensão realizada nesse ano, o CPS e a pedreira de calcário associada passaram a estar abrangidos num certificado de conformidade único que incorpora os âmbitos dos SGA s dos três Centros de Produção. Até à conclusão efectiva da referida integração, tem sido mantida a estrutura organizacional e de documentação apresentada na DA 2006. Deste modo, o CPS tem obtido o reconhecimento do esforço contínuo em melhorar o seu desempenho ambiental, consequência de uma gestão sustentável na qual são identificados, controlados e minimizados os impactes ambientais mais significativos das suas actividades, produtos e serviços. O SGA assegura uma estratégia de envolvimento e sensibilização de todos os níveis hierárquicos da Empresa para os compromissos resultantes da adopção da Política do Ambiente. A Equipa do Ambiente do CPS colabora anualmente na revisão do SGA, avaliando o grau de cumprimento dos objectivos e metas específicos do CPS, o desempenho ambiental e a conformidade com os requisitos aplicáveis, de modo a assegurar, em coerência com o compromisso de melhoria contínua, a sua adequação ao cumprimento da Política do Ambiente. Além disso, de modo a garantir a eficácia do SGA e recorrendo a colaboradores técnicos pertencentes à bolsa de auditores internos da CIMPOR INDÚSTRIA com a devida formação para o efeito, são realizadas, pelo menos três vezes por ano em cada Centro de Produção, auditorias internas aos requisitos da norma de referência, dando-se especial atenção aos procedimentos de avaliação da conformidade e aos criados no âmbito do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) de Gases com Efeito de Estufa.

10 6. Processo de Fabrico de Cimento no CPS - Entradas/Saídas 6. Processo de Fabrico de Cimento no CPS - Entradas/Saídas O diagrama seguinte esquematiza as diferentes operações unitárias que representam o processo de produção de cimento do CPS. Perfuração Pedreira de calcário Britagem Pré-Homogeneização Homogeneização e Armazenamento de Cru Matéria-Prima (mistura) Moagem de Cru Aditivos Torre de Ciclones Forno Carvão Moagem de Carvão Carvão Pulverizado Arrefecedor Clínquer - Armazenagem Moagem de Clínquer Aditivos Gesso Clínquer Ensacagem e Expedição Ensilagem de Cimento Sacos Granel

6. Processo de Fabrico de Cimento no CPS - Entradas/Saídas 11 Extracção da matéria-prima A matéria-prima principal para a produção de cimento é o calcário, o qual é obtido na pedreira localizada na Serra do Alhastro. A extracção é feita por desmonte com utilização de explosivos. Britagem Para se obter a composição química pretendida para a produção de clínquer, o calcário é depois britado em duas instalações de britagem juntamente com outras matérias- -primas tais como areia, calcário de alto teor, cinzas de pirite e outras, dando origem ao que se denomina por mistura, que é armazenada em dois parques de pré-homogeneização em pilhas de 20 000 t e 30 000 t. A composição química das pilhas é controlada por dois analisadores on-line localizados no transportador proveniente de cada um dos britadores. Vista geral da pedreira Preparação da matéria-prima À saída dos parques de homogeneização a mistura tem uma granulometria ainda apreciável (20-50 mm). Para que as operações subsequentes de homogeneização e cozedura se possam processar, é fundamental que a mistura tenha uma granulometria e humidade adequadas, permitindo uma melhor homogeneização e cozedura. Estas operações são realizadas em três instalações de moagem (uma por cada linha de produção de clínquer) sendo constituídas por moinhos de bolas em circuito fechado, no caso das linhas 1 e 2 e um moinho vertical de galgas para a linha 3. No processo de secagem são aproveitados os gases quentes provenientes dos fornos. Instalação de pré-homogeneização O produto resultante da moagem - a farinha ou cru - é armazenado e homogeneizado em 6 silos com uma capacidade total de 41 600 t. Preparação dos combustíveis Os combustíveis normalmente usados na cozedura são o coque de petróleo e o carvão, sendo utilizado o fuelóleo no aquecimento do forno após paragens prolongadas. O CPS dispõe de 4 silos e um parque para armazenagem de combustíveis sólidos e de um tanque para armazenagem do fuelóleo. A preparação dos combustíveis sólidos, antes de serem injectados nos queimadores dos fornos ou do pré-calcinador do forno 3, é realizada em duas instalações de moagem, constituídas por moinhos de bolas ventilados em circuito fechado, com secagem utilizando os gases dos fornos. No caso do fuelóleo, este é pré-aquecido a 120ºC antes de ser injectado nos queimadores principais dos fornos. O CPS procede também à valorização energética de resíduos industriais perigosos (fundamentalmente óleos, lamas e resíduos de hidrocarbonetos) que são recebidos em camiões cisterna, numa instalação móvel, sendo injectados directamente para o queimador principal do forno 3. O sistema de injecção associado à plataforma, tem uma série de encravamentos automáticos que asseguram o corte imediato da alimentação de resíduos no caso de se verificar alguma das condições previstas no Decreto-Lei n.º 85/2005 (abaixamento de temperatura do forno, instabilidade do forno, ultrapassagem de VLE s, etc ). Moinho de cru Moinho de carvão Instalação para valorização de RIP s

12 6. Processo de Fabrico de Cimento no CPS - Entradas/Saídas Clinquerização (cozedura) Um tratamento térmico adequado transforma a farinha num produto intermédio - o clínquer. Este tratamento térmico desenvolve-se nas seguintes etapas: A farinha moída e previamente seca (com uma humidade final residual na ordem dos 0,5%) é pré-aquecida em torres de ciclones de 4 andares, em contra-corrente com os gases dos fornos, até à temperatura de 850ºC à entrada dos fornos. Nas torres de ciclones, ocorrem as fases de secagem final, calcinação e início da descarbonatação da farinha. Na torre da Linha 3 está montado um pré-calcinador, que recebe ar quente para a combustão (ar terciário) a partir do arrefecedor, onde é queimado até 60% do combustível, permitindo aumentar substancialmente o grau de descarbonatação da farinha (a cerca de 90%) antes da sua entrada no forno. Torres de ciclones dos fornos 1 e 2 A farinha pré-aquecida e descarbonatada entra no forno, tendo aí lugar as reacções de clinquerização a temperaturas muito elevadas, da ordem dos 1 450 1 500 ºC. À saída dos fornos encontram-se os arrefecedores onde o clínquer é submetido a um arrefecimento brusco por uma corrente de ar frio. O calor libertado neste arrefecimento é recuperado, sendo utilizado como ar secundário de combustão no forno e, no caso da Linha 3, também como ar terciário para combustão no pré-calcinador. Armazenagem de clínquer O clínquer produzido é armazenado em seis silos com capacidade conjunta de 24 000 t e em dois parques circulares cobertos (Stocks polares) com capacidade de 55 000 t cada. Stock polar n.º 3 Moagem de cimento O cimento é produzido a partir da moagem de clínquer e de gesso, com adição de outros materiais (filler calcário) para a produção dos diferentes tipos de cimento. No CPS existem quatro moagens de cimento (moinho de bolas) em circuito fechado, estando todas as moagens, excepto a moagem de cimento 2, equipadas com separadores dinâmicos de alta eficiência de 3.ª geração. A armazenagem dos diferentes tipos de cimento faz-se em silos separados, existindo 12 silos com capacidade total de 64 500 t. O gesso é armazenado em dois silos de 850 t cada. Moinho de cimento Embalagem e expedição O cimento produzido é expedido em saco (de 35 kg) e a granel, por rodovia e ferrovia. A ensacagem processa-se através de quatro máquinas de ensacar automáticas. Os sacos podem ser carregados sobre camião, segundo dois modos: em paletes de madeira reutilizáveis envolvidas em filme plástico, através de duas paletizadoras e um empilhador; em pacotão, com invólucro de plástico, através de uma paletizadora/empacotadora e um empilhador.

6. Processo de Fabrico de Cimento no CPS - Entradas/Saídas 13 O carregamento a granel por rodovia processa-se em seis postos a funcionar em sistema de self-service, enquanto que o carregamento a granel em ferrovia se processa em três postos. A expedição de clínquer é realizada numa instalação própria de carregamento a granel rodovia. O diagrama da página seguinte expressa as quantidades dos principais recursos utilizados nas actividades do CPS durante o ano 2009, comparando-as com as registadas nos dois anos anteriores. Como alterações em relação à última actualização da DA, apontam-se as seguintes: Paletizadora de sacos de cimento em palete plastificada inclusão de dados referentes ao último período de três anos (em vez de dois); apresentação de um Indicador Principal de eficiência energética («utilização total directa de energia», expressa em GJ) a comunicar de forma agregada de acordo com o especificado no novo Regulamento EMAS III; indicação da quantidade de águas superficiais recolhidas da nova bacia de retenção de águas pluviais da pedreira que foram utilizadas, sendo este valor estimado para o período de Janeiro a Agosto, mês a partir do qual entrou em funcionamento um novo contador. São também indicadas as quantidades de clínquer e cimento produzidos (bem como a quantidade de clínquer incorporado nesse cimento), materiais de embalagem do cimento colocado no mercado e saídas em termos dos poluentes atmosféricos mais relevantes, produção de resíduos e descarga de águas. Em 2009, o processo de fabrico de cimento foi responsável por 94% da energia total consumida no CPS (maioritariamente nas moagens de cru e de cimento) e 87% do total de água consumida (essencialmente no condicionamento dos gases dos fornos).

14 6. Processo de Fabrico de Cimento no CPS - Entradas/Saídas Entradas/Saídas - Anos 2007, 2008 e 2009 Centro de Produção de Souselas Emissões Atmosféricas Matérias-primas 2007 2008 2009 Calcário 3 593 000 3 467 303 2 484 944 t Areia 73 810 63 520 33 383 t Gesso 101 790 81 191 77 776 t Cinzas de Pirite 13 930 8 614 14 769 t M.p. secundárias 15 955 18 196 25 799 t 2007 2008 2009 CO 2 1 774 847 1 668 430 1 125 539 t NO x 3 542 1 537 1 444 t CO 3 000 2 418 1 591 t SO 2 1 232 977 772 t Partículas (chaminés) 63,0 37,6 10,3 t Partículas (difusas) 57,7 56,6 51,1 t Produtos 2007 2008 2009 Clínquer produzido 2 104 286 2 031 291 1 359 591 t (Clínquer incorp.) 1 760 017 1 537 097 1 345 472 t Cimento produzido 2 279 177 2 028 627 1 803 582 t Energia 2007 2008 2009 Electricidade 236 030 220 118 169 318 MWh Carvão 63 533 58 211 14 414 t Petcoque 182 185 168 979 132 277 t Comb. alternativos 7,4 1 318 142 t Fuelóleo 667 731 501 t Gasóleo 1 153 1 172 876 m 3 Gás Propano 71,3 79,0 56,3 t TOTAL ENERGIA 902 185 845 710 648 667 GJ Água descarregada 2007 2008 2009 (*) Águas residuais 476x10 3 440x10 3 399x10 3 m 3 Material de embalagem Água 2007 2008 2009 Rede pública 10,6x10 3 16,0x10 3 18,5x10 3 m 3 Águas subterrâneas 498x10 3 568x10 3 494x10 3 m 3 Águas superficiais --- --- 56,0x10 3 m 3 (bacia de retenção) 2007 2008 2009 Sacos de papel 1 949 1 907 1 615 t Filme plástico 170 396 312 t Matérias-primas subsidiárias e de consumo 2007 2008 2009 Lubrificantes 51,3 51,8 38,5 t Refractários 1 175 1 399 760 t Adjuvantes moagem 936 1 101 891 t Corpos moentes 137 162 97,5 t Explosivos 195 184 116 t Amónia (em água a 24-25%) 42,5 2 304 2 019 t Agentes absorventes de SO 2 47 008 39 600 21 149 t Sulfato ferroso 776 565 279 t Sacos de papel 1 860 1 940 1 623 t Filme plástico 460 376 347 t Resíduos 2007 2008 2009 Valorizados 4 087 4 312 4 435 t Eliminados 170 185 86,2 t (*) Deste valor, 95% correspondem a águas pluviais. Nota: Valores inferiores a 100 unidades, apresentados com uma casa decimal.

7. Aspectos e Impactes Ambientais 15 7. Aspectos e Impactes Ambientais Entende-se por aspectos ambientais todas as formas possíveis de a empresa interagir com o ambiente, ou seja, todos os consumos de recursos naturais e/ou energia, bem como a produção de efluentes líquidos e gasosos, de resíduos, ou a emissão de ruído para o exterior da instalação. No caso da indústria cimenteira, esta apresenta ao longo das várias etapas do processo de fabrico de cimento, diversos impactes no Ambiente, como resultado dos seus aspectos ambientais, sendo os mais significativos a emissão de poluentes atmosféricos, as emissões de ruído, a utilização de combustíveis fósseis e os efeitos resultantes da exploração das pedreiras, sendo todos eles considerados e avaliados no âmbito do SGA. 7.1 IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS AMBIENTAIS E AVALIAÇÃO DA SUA SIGNIFICÂNCIA No início do processo de concepção e implementação do SGA, o CPS procedeu à identificação e avaliação dos aspectos ambientais directos e indirectos associados às suas actividades, produtos e serviços, tendo-se incluído essa informação no Levantamento Ambiental realizado em Setembro de 2000, de acordo com os requisitos do EMAS. Posteriormente, em consequência dos trabalhos desenvolvidos pela Equipa do Ambiente, a nível local, e pela Comissão de Coordenação do Ambiente, a nível central, assim como dos resultados das auditorias realizadas, essa identificação e avaliação tem sido sujeita a melhorias que permitem ao CPS manter actualizada essa informação na forma de um registo criado para o efeito.

16 7. Aspectos e Impactes Ambientais A avaliação da significância dos aspectos ambientais identificados é realizada de forma a serem determinados aqueles que têm, ou possam ter, um impacte ambiental significativo. Para tal, e a partir de um conjunto de critérios previamente estabelecidos está definida uma metodologia que segue o procedimento esquematizado na figura. 1A. Severidade - Impactes negativos Critérios (classificados em 0 ou 1): - Existência/conformidade com requisitos legais - Efeitos na saúde (trabalhadores/comunidade) - Danos no Ambiente (reversível ou não) - Preocupação das partes interessadas/imagem - Utilização de recursos naturais não renováveis 1B. Benefício - Impactes positivos Critérios (classificados em 0 ou 1): - Reintegração/reciclagem/recuperação - Optimização de consumos/recursos - Redução da Poluição Classificação em 3 classes: Pouco Grave Grave Muito Grave Classificação em 3 classes: Pouco Benéfico Benéfico Muito Benéfico 2. Magnitude da Severidade Classificação em 3 classes: Reduzida Média Elevada (influência directa do aspecto ambiental em termos de relevância sobre o impacte ambiental em análise) 4A. Intensidade Matriz: Magnitude x Severidade (2x1A ou 1B) Classificação 1 a 9 3. Frequência Classificação em 3 classes: Pouco Frequente Frequente Muito Frequente (n.º de ocorrências reais/estimadas do impacte durante um ano) 4B. Significância Matriz: Intensidade x Frequência (4Ax3) Classificação 1 a 9 O impacte é considerado significativo se o valor for _> 4

7. Aspectos e Impactes Ambientais 17 7.2 IMPACTES AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS Para efeitos desta Declaração Ambiental, são apresentados no quadro seguinte, de forma resumida e agregada, os aspectos ambientais directos e indirectos associados a impactes ambientais significativos (negativos) resultantes das actividades do CPS. Para cada aspecto ambiental significativo é ainda referida a sua relação com a definição de objectivos e metas referidos no ponto 8 desta DA e com a existência de actividades de controlo no âmbito do SGA. Aspectos e impactes ambientais significativos ASPECTO AMBIENTAL ACTIVIDADE IMPACTE AMBIENTAL OBJ. 1. Ar Emissões de partículas nas chaminés principais D Fornos e arrefecedores, moagens de combustível e cimento (desgaste e ruptura de mangas e outros disfuncionamentos) Acréscimo de concentração de partículas no ar ambiente e deposição na envolvente fabril 1 Emissão de NO x D Fornos (queima de combustíveis, situações de arranque/paragem e de mau funcionamento) Poluição atmosférica (nevoeiro fotoquímico, chuvas ácidas) Potenciais efeitos na saúde 2 Emissão de SO 2 D Fornos (utilização de matérias-primas com teor de S elevado, situações de mau funcionamento) Poluição atmosférica (chuvas ácidas) Potenciais efeitos na saúde 3 Emissão de CO D Fornos (acendimento dos fornos, mau funcionamento/combustão incompleta) Poluição atmosférica Potenciais efeitos na saúde Emissão de CO 2 D I Fornos (descarbonatação das matérias primas, queima dos combustíveis) Produção de energia eléctrica (indirecto) Potencial aumento do efeito de estufa (Aquecimento global) 4 Emissões difusas de partículas 2. Água D Despoeiramento (ruptura de mangas); pré aquecedores (encravamento de ciclones); armazenagem de clínquer no exterior e descarga de clínquer (Linha 3) Acréscimo de concentração de partículas no ar ambiente e deposição na envolvente fabril Consumo de água 3. Águas Residuais D Captação de águas subterrâneas para uso doméstico, uso industrial, rega e aspersão automática de percursos na pedreira Diminuição de disponibilidades hídricas 6 Eventual descarga de águas residuais deficientemente tratadas D Tratamento de águas residuais e pluviais ETAR s, decantadores, separadores de óleos. (mau funcionamento ou falta de limpeza/manutenção) Poluição dos cursos de água 4. Ruído e Vibrações Emissão de ruído impulsivo (onda sonora aérea) e vibrações D Desmontes na pedreira com a utilização de explosivos Incomodidade para a vizinhança por vibração aérea, aumento do nível de ruído ambiente e efeitos em edificações Emissão de ruído para o exterior (e nos locais de trabalho) D Funcionamento de máquinas e equipamentos (britagens, moagens, ventiladores, salas de compressores/supressores, bombas) Incomodidade para os trabalhadores e vizinhança Risco de doenças profissionais 7

18 7. Aspectos e Impactes Ambientais ASPECTO AMBIENTAL ACTIVIDADE IMPACTE AMBIENTAL OBJ. 5. Resíduos Produção de resíduos (óleos e refractários usados, sucatas, telas, cabos eléctricos,...) D Diversas áreas/instalações fabris (operações de manutenção, lubrificação e desmantelamento de equipamentos) Acréscimo na produção de resíduos. Ocupação do solo. Potencial contaminação de solos e águas 6. Energia Consumo de combustíveis (carvão, petcoque, gasóleo, fuelóleo, gás propano e energia eléctrica) D I Fornos (queima de combustíveis), embalagem, infra-estruturas sociais (balneários, refeitório), movimentação de veículos Diminuição das disponibilidades em recursos energéticos 8 Consumo de energia eléctrica D Funcionamento máquinas e equipamentos, iluminação da fábrica Diminuição das disponibilidades em recursos energéticos 9 7. Recursos Naturais Consumo de calcário e outras matérias-primas D I Extracção de matérias-primas em pedreiras (pertencente ao CPS e exteriores) Diminuição de disponibilidades das jazidas minerais Consumo de combustíveis fósseis D Fornos, caldeiras, veículos Diminuição de disponibilidades 10 8. Impacte Visual Alteração da paisagem natural D Extracção de calcário da pedreira, matérias-primas e aditivos de moagem Degradação paisagística; intrusão visual 9. Biota Alteração de áreas naturais não exploradas e deposição de partículas sobre a vegetação e o solo D Extracção e transporte de matérias-primas da pedreira Funcionamento da fábrica Degradação de habitats Pressão sobre a flora e fauna locais 10. Produto Emissões difusas de poeiras D Utilização do cimento (situação de não utilização de protecção respiratória e/ou das mãos) Riscos para a saúde dos utilizadores D - Aspecto ambiental directo; I - Aspecto ambiental indirecto OBJ. - Aspecto ambiental para o qual estão definidos objectivos e metas (indicado o n.º correspondente no quadro do ponto 9) Todos os aspectos ambientais significativos, mesmo os não associados a objectivos e metas, são sujeitos a actividades de controlo operacional no âmbito do SGA. O objectivo da Gestão Ambiental por intermédio das actividades de controlo previstas no SGA, é garantir, através de uma adequada gestão dos aspectos ambientais, a prevenção da ocorrência e minimização dos impactes ambientais significativos.

7. Aspectos e Impactes Ambientais 19 7.3 MINIMIZAÇÃO DE IMPACTES AMBIENTAIS E MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS Para minimizar os impactes ambientais da sua actividade, a indústria cimenteira tem, desde há longa data, investido em conhecimento e em tecnologias que lhe permitam assegurar um comportamento responsável e correcto relativamente ao ambiente e à sociedade em que se encontra inserida. Nas diversas alterações, modernizações tecnológicas e melhoramentos que foi experimentando ao longo do tempo, o CPS seguiu sempre o princípio de aplicar, sempre que possível, as técnicas mais eficazes, em condições económica e tecnicamente viáveis, de modo a minimizar os impactes ambientais resultantes da sua actividade. Ou seja, mesmo ainda antes de essas técnicas terem sido classificadas como Melhores Técnicas Disponíveis (MTD s), como uma consequência do desenvolvimento da legislação comunitária sobre Prevenção e Controlo Integrados da Poluição a partir de 1996, a maior parte dessas técnicas já eram aplicadas na instalação. Essas MTD foram descritas e enumeradas num Documento de Referência para o sector publicado pela Comissão Europeia, o chamado BREF 2001, cuja primeira revisão foi concluída em 2009, não tendo ainda sido adoptado oficialmente pela Comissão Europeia. Tendo o CPS implementado já um grande número das MTD identificadas no BREF 2001, algumas das quais desde o início da sua laboração, e tendo essa identificação sido já efectuada na DA anterior, uma nova enumeração da implementação das MTD s identificadas no novo BREF a aprovar será apresentada na próxima DA 2012.

20 8. Objectivos e Metas Ambientais 8. Objectivos e Metas Ambientais Apresentam-se no quadro seguinte os Objectivos e Metas ambientais definidos para o ano 2009, o grau de cumprimento obtido, assim como as principais acções ambientais desenvolvidas para a prossecução dos mesmos. N.º ASPECTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS OBJECTIVOS E METAS ACÇÕES REALIZADAS 1 Emissões de partículas nas chaminés principais (poluição atmosférica) Garantir emissões específicas de partículas 34% inferiores à meta estabelecida para 2008 ( 0,025 kg / t cimento equivalente) Optimização da manutenção dos equipamentos de despoeiramento principais, incluindo substituição de mangas, em fim de vida, nos filtros do arrefecedor do forno 2 e da moagem de carvão 41. Nova bomba de água para a Torre de Condicionamento de Gases do forno 3. (Nota: acção também associada ao Obj. 6) 2 Emissões de NO x nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica) Garantir emissões específicas de NO x 14% inferiores à meta estabelecida para 2008 ( 1,10 kg NO x / t clínquer) Optimização do sistema de controlo da injecção de amónia nas linhas 1 e 2. ( ) 3 Emissões de SO 2 nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica) Garantir emissões específicas de SO 2 4% inferiores à meta estabelecida para 2008 ( 0,65 kg SO 2 / t clínquer) Continuação dos trabalhos de ampliação e optimização das instalações de doseamento de hidróxido de cálcio/cal hidráulica na alimentação dos fornos. ( ) (Concluída a instalação de novo silo e sistemas de alimentação às linhas 1 e 2). Arranque dos trabalhos preparativos para o estudo de viabilidade para a instalação de um lavador de gases do forno 3. ( ) 4 Emissões de CO 2 (Aquecimento global) Reduzir as emissões específicas de CO 2 produzido nos fornos, em 2%, face ao calculado para 2003, de acordo com o Protocolo CO 2 ( 830 kg CO 2 / t clínquer) Ainda se aguarda resposta aos pedidos de autorização para a valorização energética de combustíveis alternativos derivados de resíduos não perigosos (CDR). O arranque da valorização de biomassa vegetal está dependente da construção dessas instalações. ( ) Aumentada a tipologia e quantidade de matérias-primas secundárias (percentagem de incorporação em 2009 foi de 1,2% em comparação com 0,6% no ano anterior). ( ) ( ) 2010 5 Gases que afectam a camada de ozono Eliminar a utilização de equipamentos com CFC s e outras substâncias depletoras da camada de ozono Substituição de todos os equipamentos de refrigeração contendo CFC s. No âmbito da implementação do plano 2008-2010 de substituição/ reformulação de todos os equipamentos contendo HCFC s, foram retiradas em 2009, sete unidades de ar condicionado/refrigeração, das quais 5 foram substituídas. ( ) Foi revisto o planeamento para substituir/reformular todos os equipamentos de contendo HCFC s até 2015. ( ) ( ) 2010 6 Consumo de água Manter o consumo específico de água, excluindo a água para regra da pedreira e dos acessos fabris registados em 2008 ( 0,212 m 3 / t cimento eq) Utilização da água acumulada na bacia de retenção de águas pluviais da pedreira para regas. ( ) Instalação de contador para controlo do consumo de água proveniente da bacia. 7 Ruído Não ultrapassar os níveis de ruído, para o exterior, obtidos na campanha de medições realizada em 2008. (Lden 61 db(a) e Ln 55 db(a)) Adjudicados os trabalhos, de instalação de atenuadores sonoros nos 26 ventiladores axiais do Forno 3; Insonorização dos portões do lado poente da moagem de cru 3 e insonorização do circuito de ar primário do forno da linha 3. ( ) Insonorização dos sistemas de ventilação de 11 variadores de velocidade instalados na Sala Eléctrica n.º 5 (linha 3). Conclusão dos trabalhos de insonorização do edifício da sala de compressores de carvão, sala de compressores da linha 3 e sala do grupo gerador da linha 3. ( ) 2013

8. Objectivos e Metas Ambientais 21 N.º ASPECTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS OBJECTIVOS E METAS ACÇÕES REALIZADAS 8 Consumo de energia eléctrica Não aumentar em mais de 6% o consumo específico de energia eléctrica obtido em 2008 ( 96,75 kwh/t cimento) Concluídos os trabalhos previstos no âmbito da optimização da rede de iluminação fabril, com a reformulação dos circuitos eléctricos para instalação de comandos programados nas zonas do forno e arrefecedor da linha 3. Substituição de motores eléctricos com potência inferior a 22 kw por motores de alto rendimento (55 novos motores de classe EFF1 para a zona de transporte de clínquer do forno 3 e moagem de cimento 3). ( ) Substituição de placas e revestimentos (2.ª câmara do moinho de cimento 4). Instalação de suavizadores de arranque (em 6 elevadores da Expedição/Embalagem e para ventilador de admissão de gases à moagem de carvão 41). Extensão da rede de contagem e gestão de energia eléctrica Novos motores de Baixa Tensão para britador de clínquer e separador dinâmico do moinho de cru 3. 9 Consumo de energia térmica Reduzir o consumo específico de energia térmica em 1,3% face ao valor obtido em 2008 ( 811 kcal/t clínquer) Foi adiada a prevista substituição do sistema pericial de condução automática dos fornos (controlo do processo) das linhas 1 e 2 Para este objectivo também contribuem as acções especificadas no Objectivo Emissões de CO 2. 10 Valorização energética de resíduos Valorização energética de combustíveis alternativos no forno 3 (taxa de substituição térmica 10%) A actividade de co-incineração de RIP esteve suspensa judicialmente durante praticamente todo o ano, obtendo-se uma taxa de substituição térmica de apenas 0,04%. ( ) 2011 ( ) continuidade para o ano seguinte objectivo/meta atingido objectivo/meta não atingido objectivo a atingir em ano posterior a 2009 Dos 10 objectivos estabelecidos para 2009, tendo em conta que a avaliação do grau de cumprimento de 4 deles só será efectuada em anos posteriores, foram atingidos integralmente 4, ao que corresponde uma percentagem de cumprimento de 67%. No final desta Declaração Ambiental (ponto 11) é apresentado o programa ambiental do CPS para o ano 2010 com indicação dos objectivos e acções previstas. As metas associadas a esses objectivos são incluídas, sempre que aplicável, nos gráficos de evolução dos indicadores de desempenho ambiental apresentados de seguida.

22 9. Desempenho Ambiental 9. Desempenho Ambiental Nos pontos seguintes é apresentado um resumo dos dados disponíveis sobre o desempenho ambiental do CPS relativamente aos seus objectivos e metas, bem como a avaliação da conformidade com as principais disposições legais aplicáveis no que se refere aos impactes ambientais significativos. Os dados relativos aos indicadores apresentados reflectem o desempenho no período entre 2006 (ano a que se referiu a segunda DA EMAS) e 2009 e constituem um complemento às informações do diagrama de entradas e saídas do ponto 6. 9.1 EMISSÕES PARA A ATMOSFERA Os poluentes atmosféricos mais relevantes resultantes do processo de fabricação de cimento são as partículas provenientes de fontes fixas e difusas, os óxidos de azoto (NO x ), o dióxido de enxofre (SO 2 ), o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de carbono (CO 2 ) emitidos essencialmente nas chaminés dos fornos. Existem outros poluentes a considerar tais como compostos orgânicos (COT) e, ainda, metais pesados e dioxinas/furanos que não são significativos por serem emitidos em muito pequenas quantidades. 9.1.1 PARTÍCULAS As principais fontes fixas de emissão de partículas são as chaminés dos fornos, as chaminés dos arrefecedores de clínquer e as chaminés das moagens de cimento e de combustíveis sólidos. Contando com estas fontes, existem instalados no CPS um total de 189 filtros de mangas de vários tipos e dimensões para o despoeiramento das diversas fontes de emissão de poeiras existentes ao longo do processo de fabrico. Emissões específicas de partículas - Todas as fontes principais (kg/t Ceq) 0,06 0,04 0,041 0,02 0,023 0,014 0,025 0,015 0,00 0,006 2006 2007 2008 2009 2010 Emissões Metas

9. Desempenho Ambiental 23 Em relação ao conjunto de fontes fixas principais, foi obtido em 2009 um valor de 0,006 kg de partículas por tonelada de cimento equivalente, dando cumprimento à meta estabelecida e representando uma redução de 57,1% face ao ano anterior. Esta redução resultou do bom desempenho global de todos os filtros de mangas que já se vinha a verificar em anos anteriores e das melhorias introduzidas com as acções de substituição de mangas nos filtros do arrefecedor do forno 2 (substituição integral das 1 440 mangas) e moagem de carvão 41, no qual foram ainda realizados testes para a utilização de um novo tipo de mangas filtrantes. O valor obtido em 2009 representa o melhor desempenho verificado nos últimos anos. Para 2010, prevendo-se um funcionamento normal dos filtros, é estabelecida uma meta de 0,015 kg/t Ceq que corresponde a uma redução de 40% relativamente à meta para 2009. 9.1.2 ÓXIDOS DE AZOTO (NO x ) Em termos de MTD s associadas às emissões de NO x, e para além dos tipos de processo utilizados (fornos de via seca com pré-aquecimento em etapas e com pré- -calcinação, no caso do forno 3, que permite também a MTD de combustão faseada através da introdução no pré-calcinador, de parte do combustível e ar terciário proveniente do arrefecedor), estão implementadas na instalação: Todas as medidas primárias gerais (sistema informático de controlo automático do processo, recuperação de calor dos gases de exaustão, homogeneização de matérias-primas aos fornos, e sistemas gravimétricos de alimentação de combustíveis sólidos aos fornos); A medida primária dos queimadores de baixo teor de NO x em todos os queimadores principais e também no queimador do pré-calcinador do forno 3; A medida primária de arrefecimento da chama através de sistemas de injecção de água nos queimadores principais dos fornos 1 e 2; A medida secundária, designada SNCR (Selective Non-Catalytic Reduction), através de sistemas automatizados de injecção de amónia, cuja instalação definitiva foi concluída em 2008, na conduta de gases à saída da câmara de fumos num dos pisos inferiores das torres de pré-aquecimento de cada um dos três fornos. Emissões específicas de NO x - Fornos (kg/t clínquer) 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 1,88 1,68 0,76 1,06 1,10 1,10 0,00 2006 2007 2008 2009 2010 Emissões Metas