EDITAL nº 001/2014. Convocação de Audiência Pública sobre A Situação Atual do Bioma da Mata Atlântica e o Papel do MP.



Documentos relacionados
EDITAL CDDF nº 02/2015. Convocação de Audiência Pública sobre A Situação Atual da Zona Costeira / Bioma Mata Atlântica e o Papel do MP.

EDITAL nº 05/2015. Convocação de Audiência Pública sobre A Situação Atual do Bioma da Caatinga e o Papel do MP.

EDITAL Nº 01, de 18 de março de 2015.

EDITAL CDDF nº 02/2015. Convocação de Audiência Pública sobre A Situação Atual da Zona Costeira / Bioma Mata Atlântica e o Papel do MP.

EDITAL nº 03/2015. Convocação de Audiência Pública sobre A Situação Atual do Bioma do Pantanal e o Papel do MP.

EDITAL nº 001/2013. Convocação de Audiência Pública

Legislação Pesqueira e Ambiental. Prof.: Thiago Pereira Alves

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC REGULAMENTO DO ESTÁGIOS CURRICULARES OBRIGATÓRIOS E NÃO- OBRIGATÓRIOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNISC

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

ANEXO 1 REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM CAPÍTULO I DA NATUREZA, FINALIDADE, SEDE E FORO

DECRETO Nº 6.040, DE 7 DE FEVEREIRO DE Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA

GABINETE DO CONSELHEIRO SÉRGIO RICARDO DE SOUZA JUSTIFICATIVA

SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. Regimento Interno do Conselho de Administração

Art. 6 o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições:

Representante: Instauração ex officio. Representado: SABESP

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E JUDICIÁRIA DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO TÍTULO I DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E JUDICIÁRIA

REGULAMENTO DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DAS FACULDADES OSWALDO CRUZ

Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se

REGIMENTO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO CANTUQUIRIGUAÇU - CONDETEC CAPÍTULO I DA NATUREZA

PORTARIA Nº 79, 26 DE maio DE 2015

NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA

RECOMENDAÇÃO CONJUNTA Nº 09/2015

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROVIMENTO N. 23/2015-CM

REGIMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS URBANOS - NEURB CAPÍTULO I DA CONSTITUIÇÃO E FINALIDADE

O SUAS e rede privada na oferta de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais

Marco legal. da política indigenista brasileira

RESOLUÇÃO Nº 425/2003 (Revogada pela Resolução nº 522/2007)

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES INICIAIS

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

PODER EXECUTIVO. Publicado no D.O de DECRETO Nº DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013

PROGRAMA MUNICÍPIO ECOLEGAL: GESTÃO PARA O MEIO AMBIENTE

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado)

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE EXTENSÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO CHOÇA ESTADO DA BAHIA

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

O PREFEITO CONSTITUCIONAL DO MUNICÍPIO DE TAVARES, ESTADO DA PARAÍBA, usando das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município;

CAPÍTULO I DO APOIO A GESTÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE CAPÍTULO II DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE

DECRETO Nº 533, DE 02 DE SETEMBRO DE 1991.

COMUNICADO DE PROCESSO SELETIVO SENAI DR/ES N

RESOLUÇÃO Nº 279, DE 27 DE JUNHO DE 2001

LEI Parágrafo único - São consideradas atividades do Agente Comunitário

O PREFEITO MUNICIPAL DE XINGUARA, Estado do Pará, faz saber que a câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte lei.

a) Órgãos Superiores Conselho de governo, servindo para assessorar ao Presidente da República sobre assuntos que tratam do Meio Ambiente.

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA Comitê Gestor do SIBRATEC. Resolução Comitê Gestor SIBRATEC nº 003, de 9 de abril de 2008.

REGULAMENTO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS INGLÊS.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Portaria nº 335, de 30 de maio de 2006 D.O.U de 31/05/2006

ESTATUTO DA BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE BRASIL CAPITULO I. Da Apresentação

O COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais; e

ATO-CGDP N o 001, DE 24 DE FEVEREIRO DE PUBLICADA NO DIÁRIO Nº DE 02 DE MARÇO DE 2015.

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PAUTA. CRE-Guará Instruções para Eleição de Conselho Escolar. Eleição Data: 16/09/15. Conselho Escolar PAUTA. Competências - Conselho Escolar

MANUAL DE NORMAS Ato: Resolução Nº 012/2011- CONSUP

RESOLUÇÃO N 54/2009/CONEPE. O CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, no uso de suas atribuições legais,

REGULAMENTO DO ESTÁGIO DE PRÁTICA JURÍDICA DO CURSO DE DIREITO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS APLICADAS DO ARAGUAIA - FACISA

COMPANHIA DE SEGUROS TRANQUILIDADE, S.A. PROVEDOR DO CLIENTE

PREFEITURA DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Estadual de Educação Ambiental e dá outras providências.

MINUTA DA RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DAS 30 HORAS SEMANAIS DO CEFET-MG

REGULAMENTO DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA) DA FACULDADE DE INTEGRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR DO CONE SUL (FISUL) 2014

Nota Técnica nº 446/2010/COGES/DENOP/SRH/MP. ASSUNTO: Averbação de tempo de serviço. Referência: Processo Administrativo nº

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO, ESTUDOS E PESQUISAS AMBIENTAIS E DIREITO SANITÁRIO - NEPADIS REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL BRASIL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTRELA Rua Julio de Castilhos, 380 Centro Estrela/RS Fone:

RESOLUÇÃO Nº 17/2004

PREFEITURA MUNICIPAL DE JURANDA Estado do Paraná LEI Nº 558/2003

Lei Ordinária Nº de 13/12/2005 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

11E6 - Implantação de Sistema Integrado de Gestão da Informação Jurisdicional no Poder Judiciário (e-jus) Unidade de Medida:

RESOLUÇÃO Nº 08/03-COUN

REGULAMENTO INSTITUCIONAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO E NÃO OBRIGATÓRIO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ GESTOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO / SP.

das demais previsões relativas ao estágio previstas no Projeto Pedagógico do Curso, no Regimento Interno e na Legislação.

NORMAS REGIMENTAIS BÁSICAS PARA AS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Considerando a importância da divulgação de imagens das unidades de conservação para sensibilização da sociedade sobre o tema;

DECRETO N , DE 08 DE MARÇO DE 2007

Estado da Paraíba PREFEITURA MUNICIPAL DE TAVARES GABINETE DO PREFEITO

CONSIDERANDO que a moradia é um direito social expressamente reconhecido pela Constituição, bem como que é competência comum da União, dos

REGIMENTO INTERNO DA FUNDEPE (Aprovado pelo Conselho Curador em 23 de junho de 2009)

COMDICAS Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente Sumaré - SP

RESOLUÇÃO Nº 3, DE 14 DE OUTUBRO DE CÂMARA DE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS XII / GUANAMBI BA REGIMENTO INTERNO

SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

CÓPIA MINISTÉRIO DA FAZENDA Conselho Administrativo de Recursos Fiscais

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

SECRETARIA DE ESTADO DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE

GABINETE DO CONSELHEIRO FÁBIO GEORGE CRUZ DA NÓBREGA PARECER

FACITEC - Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas

RESOLUÇÃO Nº 11, DE 23 DE FEVEREIRO DE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS, no uso das suas atribuições legais e regimentais,

Transcrição:

EDITAL nº 001/2014 Convocação de Audiência Pública sobre A Situação Atual do Bioma da Mata Atlântica e o Papel do MP. O Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), no exercício da competência fixada no artigo 130-A, 2º, incisos I e II, da Constituição Federal, com arrimo nos arts. 2º, incs. I e II, 30 e 147, inciso I, da Resolução nº 92, de 13/03/2013 (Regimento Interno do CNMP), na Resolução nº 82 do CNMP, de 29/02/2012, e no que consta do Procedimento Interno de Comissão n. 0.00.000.001139/2014-84; CONSIDERANDO que, nos termos do art. 130-A, 2º, da Constituição da República, compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o exercício do controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros; zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; além de receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com

subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; CONSIDERANDO que, como decorrência hermenêutica da normatividade constitucional, da topografia constitucional do CNMP e por definição do Mapa Estratégico Nacional do CNMP, construído após ampla pesquisa e diálogos com todos os ramos e unidades do Ministério Público brasileiro, o Conselho Nacional do Ministério Público tem por missão Fortalecer e aprimorar o Ministério Público brasileiro, assegurando sua autonomia e unidade, para uma atuação responsável e socialmente justa, e como visão de futuro a de Ser o órgão de integração e desenvolvimento do Ministério Público brasileiro ; CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, cabendo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, conforme art. 127 da Constituição da República; CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a efetiva defesa, judicial e extrajudicial, dos direitos fundamentais da sociedade, nos termos dos arts. 127, caput e 129, ambos da Constituição da República; CONSIDERANDO que, dentre essas incumbências, avulta a de promover medidas judiciais e extrajudiciais para a efetiva defesa do direito fundamental ao meio ambiente (art. 129, inc. III, da Constituição da República); CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988 tem um compromisso profundo e visceral com a defesa do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, tendo o próprio Constituinte Originário imposto ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá-lo para as presentes e futuras gerações (art. 225, da Constituição da República) CONSIDERANDO que, para assegurar a efetividade desse direito, a Constituição e a legislação infraconstitucional e regulamentar consagram os mais variados instrumentos processuais e extraprocessuais na perspectiva de conferir-lhe uma tutela ampla e adequada; CONSIDERANDO que, dentre esses instrumentos, as audiências públicas realizadas pelo Ministério Público e pelo Conselho Nacional do Ministério Público se apresentam como um dos mais eficazes mecanismos pelos quais o cidadão, a sociedade organizada, os movimentos sociais e os órgãos públicos estatais, de forma democrática, transparente, dialética e plural, colaboram com o exercício de suas finalidades relacionadas ao zelo do interesse público e à defesa dos direitos e interesses fundamentais de modo geral; CONSIDERANDO, por outro lado, que a Mata Atlântica, bioma de floresta tropical que abrange a costa leste, sudeste e sul do Brasil, além do leste do Paraguai e a província de Misiones, na Argentina, vem sofrendo intensa redução em razão do desmatamento regular e irregular decorrente do desenvolvimento de atividades e empreendimentos de tipologias diversas, além da expansão da ocupação populacional, ocupando atualmente cerca de 7% de sua área original; CONSIDERANDO que referido bioma possui rica biodiversidade, com vegetação heterogênea que vai desde campos abertos em regiões montanhosas até florestas tropicais perenes nas terras baixas do litoral, abrigando várias espécies endêmicas de fauna, como o mico-leão-dourado e a onça-pintada, e flora, sendo por isso mesmo decretada Reserva da Bioesfera pela Unesco e Patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1988; CONSIDERANDO que, apesar da intensa devastação, o Bioma Mata Atlântica

ainda abriga uma quantidade significativa de espécies tanto de animais quanto de vegetais, compreendendo mais de 6 mil exemplares de plantas endêmicas (grande variedade de epífitas: orquídeas e briófitas), 160 espécies de mamíferos e 253 de anfíbios identificados e catalogados; CONSIDERANDO que muitos dos animais e plantas brasileiros ameaçados de extinção são endêmicos da Mata Atlântica e dependem da conservação e recuperação do Bioma, além de outras ações preservacionistas, para recuperarem suas populações; CONSIDERANDO que a área do Bioma efetivamente protegida por unidades de conservação ocupa menos de 2% de seu território, nas quais ocorre deficiência de infraestrutura e fiscalização, além de conflitos fundiários de diversas naturezas; CONSIDERANDO o relevante papel do Ministério Público na defesa e conservação do Bioma Mata Atlântica, através da exigência de cumprimento de seu regime jurídico de proteção, instituído pela Lei Federal nº 11.428/2006, Decreto Federal n. 6.660/2008 e respectivos regulamentos infralegais; CONSIDERANDO, por fim, que a Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais do CNMP possui em sua composição um Grupo de Trabalho específico sobre proteção ao meio ambiente, formado por promotores e procuradores da República e do Trabalho especialistas na matéria, que, no curso de procedimento interno (PI) instaurado com essa finalidade, deliberou pela premente necessidade de buscar elementos de avaliação das condições atuais do referido bioma, ouvir sobre a questão as comunidades locais e entidades que têm em suas finalidades a sua proteção, além do setor produtivo e órgão estatais correlatos, de sorte a permitir que o Ministério Público, como órgão agente e autoridade com poder de decisão, possa melhor avaliar, subsidiar e otimizar a atuação dos órgãos de seus órgãos de execução, inclusive para ter subsídios mais detalhados sobre o atual estágio de

proteção dos biomas que compõem o meio ambiente brasileiro em virtude da utilização e exploração de seus recursos ambientais ao longo dos anos; RESOLVE convocar AUDIÊNCIA PÚBLICA no âmbito deste Conselho Nacional do Ministério Público destinada a avaliar, subsidiar e otimizar a atuação dos órgãos do Ministério Público sobre as mais relevantes questões ambientais do Bioma da Mata Atlântica, possibilitando, a partir da coleta das diversas concepções sobre o tema, do acervo de experiências técnicas e dos relatos de representantes ou lideranças das populações nativas, dos movimentos sociais e do setor produtivo sobre os problemas que mais ameaçam sua preservação, a adoção de eventuais providências dos órgãos de execução do Ministério Público brasileiro e a maior sensibilização dos demais órgãos integrantes do sistema de justiça para as graves consequências decorrentes da exploração ambiental predatória do referido bioma. Como regras para a convocação e disciplinamento da Audiência Pública, DETERMINO: I A audiência pública será realizada no dia 19/08/2014, a partir das 9 horas, na cidade de Belo Horizonte/MG, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais, localizada à Av. Álvares Cabral, 1690 - Lourdes - Belo Horizonte MG, e terá por objeto a discussão sobre a situação atual do Bioma da Mata Atlântica e a atuação do Ministério Público no que diz respeito aos seguintes tópicos: desmatamento, proteção da biodiversidade e das comunidades tradicionais e espaços protegidos (deficiências e falta de efetividade), temas definidos pelo Grupo de Trabalho de Proteção ao Meio Ambiente da Comissão de Acompanhamento da Atuação do Ministério Público na Defesa dos Direitos Fundamentais.

II A abertura da audiência pública será realizada pelo Presidente da Comissão de Acompanhamento da Atuação do Ministério Público na Defesa dos Direitos Fundamentais, o qual presidirá a audiência e coordenará os trabalhos, auxiliado pelos demais componentes da Mesa Diretora, por ele designados. III A Mesa Diretora será responsável pelo bom andamento dos trabalhos, diligenciando para assegurar a ordem e a paz do ambiente, a fim de garantir a palavra e a liberdade de expressão de todos os participantes inscritos, podendo, ainda, intervir nos debates, sempre que necessário. IV Serão convidados a participar do ato público, dentre outros, os seguintes órgãos, entes, autoridades, movimentos, organizações e lideranças: 1. Conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público; 2. Conselho Nacional de Justiça (CNJ); 3. Procurador-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais e Procuradores-Chefes dos ramos do Ministério Público da União no Estado de Minas Gerais; 4. Todas as unidades e ramos do Ministério Público, e, especificamente, os seus órgãos de defesa do Meio Ambiente; 5. Conselho Nacional de Procuradores Gerais (CNPG); 6. Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP) 7. Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR); 8. Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT); 9. Associações representativas da Magistratura; 10. Conselho Federal da OAB; 11. Lideranças de Movimentos Sociais diretamente interessadas na discussão; 12. Ministério do Meio Ambiente;

13. Ministério da Integração Nacional; 14. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais; 15. Diretores de Foro das Justiças Federal e do Trabalho em Belo Horizonte/MG; e 16. Setor Produtivo. V Cada um dos órgãos e autoridades convidados presentes na Audiência Pública poderá se manifestar oralmente da tribuna por até 5 (cinco) minutos, impreterivelmente, mediante ordem das inscrições, facultado à Mesa Diretora a adequação necessária para a boa dinâmica dos debates. VI Independentemente do número de convidados representantes de órgãos ou entidades presentes na Audiência Pública, fica limitada a manifestação ou fala, com posicionamento oficial, de apenas um deles, impreterivelmente. VII Não será possível uma nova manifestação pelos participantes representantes de órgãos ou entidades, salvo se deliberado pela Mesa Diretora e de acordo com a disponibilidade de tempo. VIII Não será concedida oportunidade para manifestação de participantes não inscritos previamente, podendo a Mesa Diretora, para os fins de adequação do espaço físico do auditório, garantir o acesso exclusivamente dos representantes dos órgãos, entidades e autoridades convidados. IX As inscrições de outros órgãos, entidades, institutos, movimentos, organismos ou lideranças, em número máximo de 30 (trinta) além dos convidados, deverão feitas exclusivamente pelo site do CNMP (www. cnmp.mp.br) até o dia 15/08/2014.

X As conclusões e/ou posicionamentos de cada um dos órgãos e autoridades convidadas serão, oportunamente, compilados e impressos, sob a responsabilidade da Mesa Diretora e Assessoria de Comunicação Social do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP, de modo a serem encaminhados a cada um dos participantes pelo Presidente da Comissão de Direitos Fundamentais do CNMP, sem prejuízo de sua utilização (resultados) para o aprofundamento dos estudos em curso no âmbito do Grupo de Trabalho dessa mesma Comissão, para subsidiar a futura adoção de providências por parte dos órgãos de execução do Ministério Público brasileiro, bem como para sensibilizar os demais órgãos integrantes do sistema de justiça como um todo para os graves problemas que assolam o meio ambiente brasileiro, com a necessária conscientização dos integrantes de semelhante sistema para a adoção de medidas efetivas capazes de promover sua defesa adequada para as presentes e futuras gerações. XI A publicação do presente Edital de Convocação no sítio eletrônico do CNMP com antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis da data da audiência, sem prejuízo de sua afixação na sede deste Conselho com a mesma antecedência, na forma do artigo 3º, da Resolução nº 82, de 29 de fevereiro de 2012, do CNMP, aplicável por analogia. Brasília, 4 de agosto de 2014. RODRIGO JANOT MONTEIRO DE BARROS Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público