Reis e rainhas de Portugal - II. hmarques 1

Documentos relacionados
Portugal nos séculos XV e XVI

CAMINHO. Portugal encoberto e restaurado

Manuel Villas-Boas OS MAGALHÃES SETE SÉCULOS DE AVENTURA. referência/editorial estampa

AULA DADA, AULA ESTUDADA!!!

MONARQUIAS ABSOLUTISTAS A CONSTRUÇÃO DO ABSOLUTISMO

1 Assinala com um X a afirmação verdadeira: Ao conjunto de 206 ossos do corpo humano ligados uns ao outros e nas suas corretas posições chamamos

REIS & PRESIDENTES DE PORTUGAL

Capítulo 05 * Portugal na Baixa Idade Média * A expansão comercial e marítima europeia * O período Pré-Colonial. Profª Maria Auxiliadora 1º Ano

DESCOBRIMENTO DO CEARAÁÁ

EXPANSÃO MARÍTIMA OU GRANDES NAVEGAÇÕES Foi um movimento de expansão e conquistas pelo Atlântico Período Início da Idade Moderna Europa século XV XVI

ATIVIDADES ESTRATÉGIAS

A Europa na época das Grandes Navegações

A expansão portuguesa do século XV

Expansão e Mudança Sécs. XV e XVI

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS TEMPO. Identificar e localizar os elementos geométricos da esfera terrestre numa rede cartográfica;

KEURELENE CAMPELO PAZ NA ESCOLA. História Moderna: As Grandes Navegações HISTÓRIA

rei de Portugal, Primeira, Segunda, Terceira e Quarta Dinastias 4º ANO DE ESCOLARIDADE Professor Luzia Lagoa

AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2013/2014 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL- 5º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL

Renascimento, Reformas, Grandes Navegações, Mercantilismo e Colonialismo

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2016/2017 PLANIFICAÇÃO ANUAL

Reis e Rainhas de Portugal. hmarques 1

Dinastias de Portugal

A centralização do poder na Idade Moderna: novas formas de fazer política e economia. Profª Ms. Ariane Pereira

Expansão Portuguesa Sécs. XV e XVI

Expansão Marítima Européia.

A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS. Professor: Eustáquio

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PADRE ALBERTO NETO 2011/2012

PLANIFICAÇÃO ANUAL DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL 5º ANO História e Geografia de Portugal

HISTÓRIA DO BRASIL INTRODUÇÃO. EXPANSÃO ULTRA MARÍTIMA & BRASIL PRÉ COLONIAL

EXPANSÃO ULTRAMARINA EUROPEIA E MERCANTILISMO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA QUINTA DO CONDE Escola Básica Integrada/JI da Quinta do Conde. Departamento de Ciências Humanas e Sociais

A Expansão Portuguesa. Portugal e o Mundo nos séculos XV e XVI

HISTÓRIA Marcelo Lameirão

CONTRA-REFORMAS. Concílio de Trento ( ) Liderada pelo Papa Paulo III, reafirmar os Dogmas da Igreja e conter o avanço do protestantismo:

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

EXAME DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA ANO LETIVO 2011/2012 MATRIZ DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

Transforma os anos em séculos.

DE HENRIQUE DE BORGONHA A DOM AFONSO HENRIQUES NASCIMENTO DE UM NOVO REINO

A REFORMA PROTESTANTE- MOVIMENTO INICIADO POR MARTINHO LUTERO NO SÉCULO XVI.

TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL. Boa Sorte! Grupo I (A Expansão Marítima Portuguesa)

Expansão Marítima: Fatores e Ciclo Oriental. Módulo 1

Família real portuguesa no Brasil

Sumário. Introdução 11. O que faz dos portugueses, portugueses 15

PROF. ME. ANDERSON APARECIDO GONÇALVES DE OLIVEIRA HISTÓRIA TÓPICOS ESPECIAIS. "Aooooooooos mininoooooo!!!" INÍCIO DA COLONIZAÇÃO / EFETIVA OCUPAÇÃO

O Expansionismo Europeu

FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS

TEMA F.1 O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL

HISTÓRIA. aula Conquista e colonização da América

1ª Dinastia Afonsina ou Borgonha

Transição da Idade Média

ESTADO NACIONAL ABSOLUTISMO EXPANSÃO MARÍTIMA PROF. SORMANY ALVES

Principais Monumentos Manuelinos

1. O Século XIV foi uma época de grandes dificuldades. Assinala com X, as causas dessa crise:

PREPARATÓRIO ESPCEX HISTÓRIA GERAL. Aula 6 A expansão marítima europeia

Nome: Ano: Turma: N.º:

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2º CICLO

CENTRO CULTURAL DE BELÉM. PALESTRAS SOBRE HISTÓRIA DE PORTUGAL Janeiro Março de Segunda Parte Época Moderna

CAPÍTULO UM De Portugal para Inglaterra CAPÍTULO DOIS Depois do Casamento CAPÍTULO TRÊS Guerra, Praga e Fogo... 69

As#Grandes#Navegações# Professor:#Ricardo#Ishiyama#Mar;ns!

Fragmentos, Cartas para el-rei, maço 3

Idade Moderna. 1º ano História Fabrício Pereira

O Ceitil. Prof. Tonyan

Ano Letivo 2018/2019

O ESTADO MODERNO SÃO AS GRANDES NAÇÕES EUROPÉIAS ( países da Europa hoje )

NAPOLEÃO BONAPARTE. mcc

P de PORTUGUESA da moeda de 1920

Processos inquisitoriais contra membros da família Mendes Seixas.

D. Afonso Henriques O Conquistador ( )

Nome: Data: 1 A Península Ibérica. Observo e investigo

Livros Recomendados. Apoio a projetos História de Portugal. Autores Títulos Editoras ISBN

Idade Moderna Parte I

1. A Geografia cultural europeia de Quatrocentos e Quinhentos

PORTUGAL E OS DESCOBRIMENTOS NA MAXIMAFILIA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CUBA Escola Básica Integrada c/ Jardim de Infância Fialho de Almeida, Cuba Ano Lectivo 2007/2008

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 PLANIFICAÇÃO ANUAL

IDADE MODERNA O ABSOLUTISMO. Absolutismo ANA CRISTINA.

História, 8.º ano Prof. Carlos Pinheiro

Nome: Ano: Turma: N.º:

Lista de exercícios de História - 2º Bimestre. Lista de exercícios

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS AGUALVA MIRA SINTRA

REVISÃO PARA RECUPERAÇÃO FINAL 7 ANO

Guia de exploração pedagógico-didático dos PowerPoint (amostra)

FEIRA DO LIVRO N.º dez MAIS NAS OBRAS QUE NAS PALAVRAS

BANDEIRA DA FUNDAÇÃO. D. Afonso Henriques. ( ) Fundador de Portugal

Coordenação de Ana Maria S. A. Rodrigues, Manuela Santos Silva e Isabel dos Guimarães Sá

A Presença Estrangeira no Período Colonial. História C Aula 04 Prof. Thiago

Preparatório EsPCEx História Geral. Aula 3 Os Estados Nacionais europeus da Idade Moderna

Nome: Ano: Turma: N.º:

Processo de Desenvolvimento do Capitalismo

DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES

DOM JOÃO VI. vida atribulada sofreu

A VIAGEM DE VASCO DA GAMA À ÍNDIA

ÁRVORE GENEALÓGICA DE FRANCISCO DE MORAES. (2)Isabel Jácome Viúva em Sebastião de Moraes (Valcacer?) Gonçalo de Moraes (Cabral)

"Porquanto nas imagens das moedas e suas inscrições se conserva a memória dos tempos mais que em nenhum outro monumento"

A empresa açucareira e o Brasil holandês Prof. Maurício Ghedin Corrêa

P L A N I F I C A Ç Ã O A M É D I O P R A Z O

ESBOÇO DO PROGRAMA DO XV SIMPÓSIO DE HISTÓRIA MARÍTIMA

ÁRVORE GENEALÓGICA DE FRANCISCO DE MORAES. (2)Isabel Jácome Viúva em Sebastião de Moraes (Valcacer?) Gonçalo de Moraes (Cabral)

A PADEIRA DE ALJUBARROTA

Nome: Ano: Turma: N.º :

Transcrição:

Reis e rainhas de Portugal - II 1

Reis da Dinastia de Avis ou Joanina D. João I, o de Boa Memória D. Duarte, o Eloquente D. Afonso V, o Africano D. João II, o Príncipe Perfeito D. Manuel I, o Venturoso D. João III, o Piedoso D. Sebastião, o Desejado Cardeal D. Henrique, o Casto D. António, prior do Crato 2

D. João I Era filho ilegítimo do rei D. Pedro I e de D. Teresa Lourenço foi armado cavaleiro e investido no cargo de Mestre da Ordem de Avis quando tinha apenas 6 anos, sendo necessário fazer uma armadura em miniatura para este príncipe. Em 1385, com a ajuda de Nuno Álvares Pereira, venceu os castelhanos na batalha de Aljubarrota. 3

D. João I Como agradecimento pela vitória em Aljubarrota, mandou construir o Mosteiro de Santa Maria da Vitória ou Mosteiro da Batalha. gótico 4

D. João I Durante o seu reinado, em 1415, foi conquistada a cidade de Ceuta, no Norte de África 1- América do Norte 2 América do Sul 3 África 4 Europa 5 Ásia 6 Oceano Atlântico 1 6 9 3 4 5 8 7 Oceano Índico 8 Oceano Pacífico 8 2 7 9 Mar Mediterrâneo Seta azul indica Portugal; seta vermelha indica Ceuta 5

D. Duarte Era filho de D. João I. Casou com D. Leonor, tendo estado casado 10 anos e tendo 9 filhos. Seguiu a política de descobertas e conquistas do pai e tentou conquistar a cidade de Tânger, vizinha de Ceuta. No entanto, os mouros defenderam-se e aprisionaram-lhe o irmão, D. Fernando o Infante Santo, que ficou como refém enquanto Portugal não fizesse a entrega da cidade de Ceuta. Foi preciso esperar a decisão das Cortes e estas demoraram tanto tempo a aceitar a entrega de Ceuta que, entretanto, o irmão de D. Duarte foi torturado e morto. 6

D. Afonso V Tinha 6 anos quando o pai, D. Duarte, morreu. Até poder governar (aos 14 anos) foi regente a sua mãe e depois o seu tio, D. Pedro (filho de D. João I e irmão de D.Duarte). Casou aos 15 anos com a prima Isabel,filha do tio D. Pedro. Aos 16 anos dispensou os serviços de D. Pedro e aos 17 anos combateu contra o tio (e sogro) na Batalha de Alfarrobeira, onde D. Pedro foi morto (não permitiu que ele fosse enterrado, destino cruel dado aos traidores, e só ao fim de 3 dias é que a esposa, filha de D. Pedro, conseguiu que o mesmo fosse sepultado). Durante o seu reinado foi instalada a primeira tipografia em Portugal, na cidade de Leiria, em 1480. 7

D. João II Era filho primogénito do rei D. Afonso V. A prioridade do seu reinado foi o avanço do caminho marítimo para a Índia. Mesmo antes do seu pai morrer, já o príncipe dedicava grande atenção ao evoluir das caravelas, ultrapassando-se medos, perigos e dificuldades. Bartolomeu Dias dobrou o terrível Cabo das Tormentas. No seu reinado, mas a mando de Castela, Cristovão Colombo chegou às Antilhas (América Central). 8

As embarcações na época dos Descobrimentos portugueses Nau 9

Piratas e corsários rios No século XV e XVI os ataques aos navios eram usuais. Eram organizados por piratas e corsários. Qual é a diferença entre um pirata e um corsário? Pirata é o nome dado a ladrões do mar, que roubavam navios e riquezas por conta própria, sulcando o oceano para assaltar navios e pilhar riquezas. Também atacavam povoações costeiras, onde roubavam tudo o que pudesse ter valor. Os Corsários eram ladrões que atacavam por mando de reis ou pessoas superiores a eles. Faziam exactamente a mesma coisa que os piratas, só que tinham de prestar contas, entregando uma parte dos produtos roubados. No seu país eram considerados heróis. Nos outros países eram considerados bandidos da pior espécie. Francis Drake é o exemplo de um corsário da rainha inglesa do séc. XVI. 10

D. Manuel I Era primo e cunhado de D. João II, devido à morte acidental do herdeiro D. Afonso. Casou 3 vezes e desses casamentos nasceram 13 filhos. Durante o seu reinado, em 1498, Vasco da Gama chegou à Índia (através do mar) e em 1500, Pedro Álvares Cabral atingiu o Brasil. 11

D. Manuel I Mandou construir a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos 12

D. João III Era filho do rei D. Manuel I. Reinou durante 36 anos. Para festejar o seu nascimento, entrou nos aposentos reais um pastor com um cabritinho e começou em verso a saudar a mãe e o filho. Era Gil Vicente, o fundador do teatro em Portugal. 13

D. João III Um aspecto negativo do seu reinado foi o início do Tribunal da Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Protestantes e judeus foram perseguidos, julgados e condenados à fogueira. Vejamos 3 exemplos de casos julgados por este tribunal religioso: 14

Inquisição 20 de Setembro de 1533 António Correia denunciou Duarte Fernandes por não comer toucinho. 12 de Janeiro de 1554 Diogo Antunes, estudante dos Jesuítas, disse que foi a casa de um calceteiro e que este tinha na parede uma estampa com um santinho com teias de aranha. 30 de Agosto de 1557 Compareceu Catarina Rodrigues, que denuncia Botelho, cristã-nova, por ter tido relações sexuais com o demónio. (Nota do senhor inquisidor: Por não se dar crédito à testemunha arquivou-se o processo. 15

D. Sebastião Neto de D. João III, ficou herdeiro do trono com 3 anos, mas foi coroado aos 14 anos, tendo sido regente durante esse período a avó e depois o cardeal D. Henrique. Aos 18 anos fascinou-se pelo Norte de África. Com 24 anos partiu para Alcácer-Quibir, protegido pela espada de D. Afonso Henriques. A verdade é que aí desapareceu e como ninguém o tivesse visto, vivo ou morto, após a batalha surgiu a crença do sebastianismo. 16

Cardeal D. Henrique Filho de D. Manuel I e da sua segunda mulher, quase foi eleito Papa (faltaram-lhe apenas 15 votos). Foi regente de Portugal durante a infância de D. Sebastião e rei após o seu desaparecimento em Alcácer-Quibir. Morreu sem ter assegurado a sucessão ao trono português. 17

D. António, nio, prior do Crato Reinou entre Junho e Agosto de 1580. Era neto de D. Manuel I. Foi derrotado pelo exército espanhol em Alcântara tendo que fugir para a Inglaterra. Quando regressou a Portugal desembarcou em Peniche, mas os ingleses não o apoiaram em Peniche, daí a expressão amigos de Peniche, quando alguém deixa um amigo desamparado no meio das dificuldades. Teve que fugir de Portugal. 18

O poderoso exército de D. Filipe de Espanha invadiu Portugal. Começava uma nova dinastia: dinastia filipina (1580-1640). A independência de Portugal só se iria dar a 1 de Dezembro de 1640. Fim 19