A História dos Computadores e da Computação

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Transcrição:

A História dos Computadores e da Computação Hoje em dia, os computadores estão presentes em nossa vida de uma forma nunca vista anteriormente. Sejam em casa, na escola, na faculdade, na empresa ou em qualquer outro lugar, eles estão sempre entre nós. Ao contrário do que parece, a computação não surgiu nos últimos anos ou décadas, mas sim há mais de 7 mil anos. Por este motivo, desenvolvemos este artigo que conta a história e a evolução da computação e dos computadores em geral, desde a antiguidade até os dias de hoje. Desta maneira, você poderá ficar por dentro das principais formas de computação utilizadas pela humanidade. O texto está dividido em quatro partes e vai abordar temas diversos, como ábaco, Máquina de Pascal, Lógica de Boole, computadores mainframes, Steve Jobs e Bill Gates, entre vários outros. Para começar, vamos falar sobre uma forma de calcular muito simples, mas que também foi muito útil nas culturas antigas: o ábaco. Ábaco, a primeira calculadora da História Fonte: http://ibxk.com.br/materias/abacorusso.jpg?w=1040

Muitos povos da antiguidade utilizavam o ábaco para a realização de cálculos do dia a dia, principalmente nas áreas de comércio de mercadorias e desenvolvimento de construções civis. Ele pode ser considerado como a primeira máquina desenvolvida para cálculo, pois utilizava um sistema bastante simples, mas também muito eficiente na resolução de problemas matemáticos. É basicamente um conjunto de varetas de forma paralela que contém pequenas bolas que realizam a contagem. Seu primeiro registro é datado do ano de 5.500 a.c., pelos povos que constituíam a Mesopotâmia. Contudo, o ábaco também foi usado posteriormente por muitas outras culturas: Babilônia, Egito, Grécia, Roma, Índia, China, Japão etc. Cada um desses povos possui uma versão de específica dessa máquina, entretanto, preservando a sua essência original. Seu nome na Roma Antiga era "Calculus", termo de onde a palavra cálculo foi derivada. O fato deste instrumento ter sido difundido entre todas essas culturas se deve principalmente a dois fatores. O contato entre povos distintos é o primeiro deles, o que fez com que o ábaco fosse copiado de um lugar para vários outros no mundo. Por outro lado, a necessidade da representação matemática fez com que os sistemas de contagem utilizados no cotidiano fossem implementados de forma mais prática. Sobre as operações matemáticas, ele é bastante útil para a soma e subtração. Já para a multiplicação e divisão, o ábaco comum não é muito recomendado, somente algumas versões mais complexas que a padrão. Régua de Cálculo Durante vários séculos, o ábaco foi sendo desenvolvido e aperfeiçoado, se tornando a principal ferramenta de cálculo por muito tempo. Entretanto, os principais intelectuais da época do Renascimento precisavam descobrir maneiras mais eficientes de efetuar cálculos. Logo, em 1638 depois de Cristo, um padre inglês chamado William Oughtred, criou uma tabela muito interessante para a realização de multiplicações muito grandes. A base de sua invenção foram as pesquisas sobre logaritmos, realizadas pelo escocês John Napier.

Fonte: http://ibxk.com.br/materias/slide_rule_cursor.jpg?w=1040 Até o momento, a multiplicação de números muito grandes era algo muito trabalhoso e demorado de ser realizado. Porém, Napier descobriu várias propriedades matemáticas interessantes e deu a elas o nome de logaritmos. Após o fato, multiplicar valores se tornou uma tarefa mais simples. O mecanismo consistia em uma régua que já possuía uma boa quantidade de valores pré-calculados, organizados de forma que os resultados fossem acessados automaticamente. Uma espécie de ponteiro indicava o resultado do valor desejado. Máquina de Pascal Apesar da régua de cálculo de William Oughtred ser útil, os valores presentes nela ainda eram pré-definidos, o que não funcionaria para calcular números que não estivessem presentes na tábua. Pouco tempo depois, em 1642, o

matemático francês Bleise Pascal desenvolveu o que pode ser chamado de primeira calculadora mecânica da História, a Máquina de Pascal. Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/maquinapascalina.jpg?w=1040 Seu funcionamento era baseado no uso de rodas interligadas que giravam na realização dos cálculos. A ideia inicial de Pascal era desenvolver uma máquina que realizasse as quatro operações matemáticas básicas, o que não aconteceu na prática, pois ela era capaz apenas de somar e subtrair. Por esse motivo, a tecnologia não foi muito bem acolhida na época. Alguns anos após a Máquina de Pascal, em 1672, o alemão Gottfried Leibnitz conseguiu o que Pascal não tinha conseguido: criar uma calculadora que efetuava a soma e a divisão, além da raiz quadrada. A programação funcional Em todas as máquinas e mecanismos mostrados, as operações já estavam previamente programadas, não sendo possível inserir novas funções. Contudo, no ano de 1801, o costureiro Joseph Marie Jacquard desenvolveu um sistema muito interessante nesta área. A indústria de Jacquard atuava no ramo de

desenhos em tecidos, tarefa que ocupava muito tempo de trabalho manual. Vendo esse problema, Joseph construiu a primeira máquina realmente programável, com o objetivo de recortar os tecidos de forma automática. Tal mecanismo foi chamado de Tear Programável, pois aceitava cartões perfuráveis com entrada do sistema. Dessa maneira, Jacquard perfurava o cartão com o desenho desejado e a máquina o reproduzia no tecido. A partir desse momento, muitos esquemas foram influenciados pelo tear, incluindo o que vamos explicar logo abaixo. A Máquina de Diferenças e o Engenho Analítico No ano de 1822, foi publicado um artigo científico que prometia revolucionar tudo o que existia até então no ramo do cálculo eletrônico. O seu autor, Charles Babbage, afirmou que sua máquina era capaz de calcular funções de diversas naturezas (trigonometria, logaritmos) de forma muito simples. Esse projeto possuía o nome de Máquina de Diferenças. Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/800px-difference_engine_scheutz.jpg?w=1040 Houve um grande boom na época por causa disso, pois as ideias aplicadas no projeto estavam muito à frente do seu tempo. Devido a limitações técnicas e financeiras, a Máquina de Diferenças só pôde ser implementada muitos anos depois.

Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/engenhoanalitico.jpg?w=1040 Após um período, no ano de 1837, Babbage lançou uma nova máquina, chamada de Engenho Analítico (Máquina Analítica). Ela aproveitava todos os conceitos do Tear Programável, como o uso dos cartões. Além disso, instruções e comandos também poderiam ser informados pelos cartões, fazendo uso de registradores primitivos. A precisão chegava a 50 casas decimais. Novamente, ela não pôde ser implementada naquela época, pelo mesmo motivo de limitações técnicas e financeiras. A tecnologia existente não era avançada o suficiente para a execução do projeto. Contudo, a contribuição teórica de Babbage foi tão grande que muitas de suas ideias são usadas até hoje.

A Teoria de Boole Se Babbage é o avô do computador do ponto de vista de arquitetura de hardware, o matemático George Boole pode ser considerado o pai da lógica moderna. Boole desenvolveu, em 1847, um sistema lógico que reduzia a representação de valores através de dois algarismos: 0 ou 1. Em sua teoria, o número 1 tem significados como: ativo, ligado, existente, verdadeiro. Por outro lado, o 0 representa o inverso: não ativo, desligado, não existente, falso. Para representar valores intermediários, como mais ou menos ativo, é possível usar dois ou mais algarismos (bits) para a representação. Por exemplo: 00 desligado 01 carga baixa 10 carga moderada 11 carga alta Todo o sistema lógico dos computadores atuais, inclusive o do qual você está usando, usa a teoria de Boole de forma prática. Máquina de Hollerith O conceito de cartões desenvolvidos na máquina de Tear Programável também foi muito útil para a realização do censo de 1890, nos Estados Unidos. Nessa ocasião, Hermann Hollerith desenvolveu uma máquina que acelerava todo o processo de computação dos dados. Em vez da clássica caneta para marcar X em sim e não para perguntas como sexo e idade, os agentes do censo perfuravam essas opções nos cartões. Uma vez que os dados fossem coletados, o processo de computação da informação demorou aproximadamente 1/3 do comum. Foi praticamente uma revolução na maneira de coleta de informações.

Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/maquinacenso1890.jpg?w=1040 Aproveitando todo o sucesso ocasionado por sua máquina, Hollerith fundou sua própria empresa, a Tabulation Machine Company, no ano de 1896. Após algumas fusões com outras empresas e anos no comando do empreendimento, Hoolerith veio a falecer. Quando um substituto assumiu o seu lugar, em 1916, o nome da empresa foi alterado para Internacional Business Machine, a mundialmente famosa IBM. Computadores pré-modernos Na primeira metade do século XX, vários computadores mecânicos foram desenvolvidos, sendo que, com o passar do tempo, componentes eletrônicos foram sendo adicionados aos projetos. Em 1931, Vannevar Bush implementou

um computador com uma arquitetura binária propriamente dita, usando os bits 0 e 1. A base decimal exigia que a eletricidade assumisse 10 voltagens diferentes, o que era muito difícil de ser controlado. Por isso, Bush fez uso da lógica de Boole, onde somente dois níveis de voltagem já eram suficientes. A Segunda Guerra Mundial foi um grande incentivo no desenvolvimento de computadores, visto que as máquinas estavam se tornando mais úteis em tarefas de desencriptação de mensagens inimigas e criação de novas armas mais inteligentes. Entre os projetos desenvolvidos nesse período, o que mais se destacou foi o Mark I, no ano de 1944, criado pela Universidade de Harvard (EUA), e o Colossus, em 1946, criado por Allan Turing. Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/800px-harvard_mark_i_computer_- _Left_Segment.jpg?w=1040

Sendo uma das figuras mais importantes da computação, Allan Turing focou sua pesquisa na descoberta de problemas formais e práticos que poderiam ser resolvidos através de computadores. Para aqueles que apresentavam solução, foi criada a famosa teoria da Máquina de Turing, que, através de um número finito de operações, resolvia problemas computacionais de diversas ordens. A máquina de Turing foi colocada em prática através do computador Colosssus, citado acima. Computação moderna A computação moderna pode ser definida pelo uso de computadores digitais, que não utilizam componentes analógicos com base de seu funcionamento. Ela pode ser dividida em várias gerações. Primeira geração (1946 1959) A primeira geração de computadores modernos tinha como principal característica o uso de válvulas eletrônicas, possuindo dimensões enormes. Eles utilizavam quilômetros de fios, chegando a atingir temperaturas muito elevadas, o que frequentemente causava problemas de funcionamento. Normalmente, todos os programas eram escritos diretamente na linguagem de máquina. Existiram várias máquinas dessa época, contudo, vamos focar no ENIAC, que foi a mais famosa de todas. ENIAC No ano de 1946, ocorreu uma revolução no mundo da computação com o lançamento do computador ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator), desenvolvido pelos cientistas norte-americanos John Eckert e John Mauchly. Esta máquina era em torno de mil vezes mais rápida que qualquer outra que existia na época.

Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/pedacoeniac.jpg?w=1040 A principal inovação nesta máquina é a computação digital, muito superior aos projetos mecânicos-analógicos desenvolvidos até então. Com o ENIAC, a maioria das operações era realizada sem a necessidade de movimentar peças de forma manual, mas sim pela entrada de dados no painel de controle. Cada operação podia ser acessada através de configurações-padrão de chaves e switches. As dimensões desta máquina são muito grandes, com aproximadamente 25 metros de comprimento por 5,50 metros de altura. O seu peso total era de 30 toneladas. Esse valor representa algo como um andar inteiro de um prédio.

Segunda geração (1959 1964) Na segunda geração, houve a substituição das válvulas eletrônicas por transístores, o que diminui em muito tamanho do hardware. A tecnologia de circuitos impressos também foi criada, evitando que os fios e cabos elétricos ficassem espalhados por todo lugar. É possível dividir os computadores desta geração em duas grandes categorias: supercomputadores e minicomputadores. IBM 7030 Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/ibm7030.jpg?w=1040

O IBM 7030, também conhecido por Strech, foi o primeiro supercomputador lançado na segunda geração, desenvolvido pela IBM. Seu tamanho era bem reduzido comparado com máquinas como o ENIAC, podendo ocupar somente uma sala comum. Ele era utilizado por grandes companhias, custando em torno de 13 milhões de dólares na época. Esta máquina executava cálculos na casa dos microssegundos, o que permitia até um milhão de operações por segundo. Dessa maneira, um novo patamar de velocidade foi atingido. Comparado com os da primeira geração, os supercomputadores, como o IBM 7030, eram mais confiáveis. Várias linguagens foram desenvolvidas para os computadores de segunda geração, como Fortran, Cobol e Algol. Assim, softwares já poderiam ser criados com mais facilidade. Muitos mainframes (modo como as máquinas dessa época são chamadas) ainda estão em funcionamento em várias empresas nos dias de hoje, como na própria IBM. PDP-8 PDP-8 foi um dos minicomputadores mais conhecidos da segunda geração. Basicamente, foi uma versão mais básica do supercomputador, sendo mais atrativo do ponto de vista financeiro (centenas de milhões de dólares a menos). Eram menores do que os supercomputadores, mas mesmo assim ainda ocupavam um bom espaço no cômodo.

Terceira geração (1964 1970) Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/ibm360-paineldecontrole.jpg?w=1040 Os computadores desta geração foram conhecidos pelo uso de circuitos integrados, ou seja, permitiram que uma mesma placa armazenasse vários circuitos que se comunicavam com hardwares distintos ao mesmo tempo. Desta maneira, as máquinas se tornaram mais velozes, com um número maior de funcionalidades. O preço também diminuiu consideravelmente.

Um dos principais exemplos da terceira geração é o IBM 360/91, lançado em 1967, sendo um grande sucesso em vendas na época. Esta máquina já trabalhava com dispositivos de entrada e saída modernos, como discos e fitas e armazenamento, além da possibilidade de imprimir todos os resultados em papel. O IBM 360/91 foi um dos primeiros a permitir programação da CPU por microcódigo, ou seja, as operações usadas por um processador qualquer poderiam ser gravadas através de softwares, sem a necessidade do projetar todo o circuito de forma manual. No final deste período, houve uma preocupação com a falta de qualidade no desenvolvimento de softwares, visto que grande parte das empresas estava só focada no hardware. Quarta geração (1970 até hoje) A quarta geração é conhecida pelo advento dos microprocessadores e computadores pessoais, com a redução drástica do tamanho e preço das máquinas. As CPUs atingiram o incrível patamar de bilhões de operações por segundo, permitindo que muitas tarefas fossem implementadas. Os circuitos acabaram se tornando ainda mais integrados e menores, o que permitiu o desenvolvimento dos microprocessadores. Quanto mais o tempo foi passando, mais fácil foi comprar um computador pessoal. Nesta era, os softwares e sistemas se tornaram tão importantes quanto o hardware. Altair 8800 O Altair 8800, lançado em 1975, revolucionou tudo o que era conhecido como computador até aquela época. Com um tamanho que cabia facilmente em uma mesa e um formato retangular, também era muito mais rápido que os computadores anteriores. O projeto usava o processador 8080 da Intel, fato que propiciou todo esse desempenho.

Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/altair8800.jpg?w=1040 Com todo o boom do Altair, um jovem programador chamado Bill Gates se interessou pela máquina, criando a sua linguagem de programação Altair Basic. O Altair funcionava através de cartões de entradas e saída, sem uma interface gráfica propriamente dita.

Apple, Lisa e Macintosh Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/macintoshjobs.jpg?w=1040 Vendo o sucesso do Altair, Steve Jobs (fundador da Apple) sentiu que ainda faltava algo no projeto: apesar de suas funcionalidades, este computador não era fácil de ser utilizado por pessoas comuns. Steve sempre foi conhecido por ter um lado artístico apurado, portanto, em sua opinião, um computador deveria representar de maneira gráfica o seu

funcionamento, ao contrário de luzes que acendiam e apagavam. Por isso, o Apple I, lançado em 1976, pode ser considerado como o primeiro computador pessoal, pois acompanhava um pequeno monitor gráfico que exibia o que estava acontecendo no PC. Como o sucesso da máquina foi muito grande, em 1979 foi lançado o Apple II, que seguia a mesma ideia. Seguindo na mesma linha, os computadores Lisa (1983) e Macintosh (1984) foram os primeiros a usar o mouse e possuir a interface gráfica como nós conhecemos hoje em dia, com pastas, menus e área de trabalho. Não é um preciso dizer que esses PCs tiveram um sucesso estrondoso, vendendo um número enorme de máquinas. Microsoft e os processadores Intel Paralelamente à Apple, Bill Gates fundou a Microsoft, que também desenvolvia computadores principiais. No começo de sua existência, no final dos anos 70 e até meados dos anos 80, Gates usou as ideias contidas nas outras máquinas para construir a suas próprias. Utilizando processadores 8086 da Intel, o primeiro sistema operacional da Microsoft, MS-DOS, estava muito aquém dos desenvolvidos por Steve Jobs. Por esse motivo, Bill Gates acabou criando uma parceria com Jobs e, após algum tempo, copiou toda a tecnologia gráfica do Macintosh para o seu novo sistema operacional, o Windows. Desta forma, em meados dos anos 80, O Machintosh e o Windows se tornaram fortes concorrentes. Com a demissão de Steve Jobs da Apple, a empresa acabou muito enfraquecida. Assim, a Microsoft acabou se tornando a líder do mercado de computadores pessoais. Desde aquela época, vários processadores da Intel foram lançados, acompanhados de várias versões de Windows. Entre os modelos da Intel, podemos citar: 8086, 286, 386, 486, Pentium, Pentium 2, Pentium 3, Pentium 4, Core 2 Duo e i7. A AMD entrou no ramo de processadores em 1993, com o K5, lançando posteriormente o K6, K7, Athlon, Duron, Sempron, entre outros.

Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/processadorespentium.jpg?w=1040 Todos os computadores pessoais que são lançados atualmente são bastante derivados das ideias criadas pela Apple e pela Microsoft. Multi-core Uma das principais tendências dos últimos anos do mercado de desktops é a chamada multi-core, que consiste em vários processadores trabalhando paralelamente. Assim, as tarefas podem ser divididas e executadas de maneira mais eficiente. No início da década de 2000, os transístores usados no processador já estavam muito pequenos, causando um aquecimento maior que o normal. Desta maneira, foi necessário dividir a CPU em vários núcleos.

Computação de bolso e tablets Fonte: http://img.ibxk.com.br/materias/iphoneinterface.jpg?w=1040 Finalizando este artigo, vamos falar sobre a computação de bolso, que está cada vez mais presente nas nossas vidas. De alguns anos para cá, cada vez mais computadores móveis são lançados no mercado, os quais podem ser carregados dentro do bolso por isso o seu nome. Entre esses dispositivos, podemos citar primeiramente os celulares, que cada vez mais executam funções existentes nos computadores, possuindo sistemas operacionais completos, além de palmtops, pendrives, câmeras fotográficas, TVs portáteis entre outros. Na verdade, a principal tendência do futuro, que já está ocorrendo agora, é a união de muitas funcionalidades em um mesmo aparelho. Por isso, após alguns

anos, vai ser muito comum que as pessoas tenham somente um único dispositivo portátil, que vai executar todas as tarefas desejadas. A chegada dos tablets ao mercado foi outro grande passo para que isso se tornasse realidade. Por Gabriel Gugik - 06 mar 2009-17h 27

Hardware I Conceitos Iniciais Hardware: São dispositivos físicos, que podemos tocar; Software: São as partes lógicas, os programas; Peopleware: São os usuários; Firmware: São programas armazenados em chip. Processamento de Dados Alguns conceitos básicos ajudam-nos a compreender a expressão processamento de dados. - Dados: Algum tipo desorganizado de informação que não significa nada isoladamente.

- Informação: É o resultado da transformação dos dados em algo útil e organizado para o usuário. Exemplo: Se eu entrar na sala de aula gritando sete (7). Eu estou apresentando um dado. O Sete não tem significado nenhum. Agora, se eu ao invés de gritar sete, gritasse na página sete, da apostila, temos algumas questões de prova. Então estaria passando uma informação. Processar dados significa transformar informações iniciais (chamadas de dados iniciais ou de entrada) em resultados (chamadas de dados finais ou de saída), através de procedimentos pré-definidos. Processar dados significa muito mais do que apenas calcular. Pode ser considerado um cálculo, uma ordenação de informações, uma classificação de forma conveniente, uma comparação, uma listagem (relatório) e entre outros. O computador realiza quatro operações básicas com dados: 1. Entrada (Input); 2. Processamento (Processing); 3. Saída (Output); 4. Armazenamento (Storage).

Etapas do processamento dos dados, como no exemplo abaixo, ajuda a entender como é realizada a entrada, a organização de dados e a saída de informação. O processamento dos dados é feito na UCP, ou CPU (Unidade Central de Processamento). A entrada de dados é feita por intermédio de dispositivos especiais que coletam informações externas (Exemplo: teclado, mouse e entre outros) e os enviam para a Unidade Central de Processamento. Após processado o dado, a informação pode ser armazenada em um dispositivo de armazenamento ou enviada para o usuário através de dispositivos de saída de dados ou informação (Exemplo: Monitor, impressora e entre outros). Hardware É tudo aquilo que compõe as partes físicas de um computador. Exemplo: Processador, Placa-Mãe, Disco Rígido, Placa de Som, Placa de Vídeo, Memórias e entre outros. Além de todos os periféricos. Vocês podem me dar um exemplo de periférico? Periférico É um equipamento conectado ao computador. Os periféricos são as peças que permitem ao ser humano interagir com o computador. São chamados equipamentos de (Input) entrada e (Output) saída (I/O) porque servem para o usuário fornecer as informações necessárias ao processamento

(ou seja, fazer a entrada de dados) e obter as informações já processadas, ou seja, os resultados desejados (saída de dados). São classificados em: Entrada; Saída; Entrada e Saída. Periféricos de Entrada São os periféricos que possibilitam somente a entrada de dados. Por exemplo: Teclado; Mouse; Microfone; Webcam ou Câmeras IP; Scanner; Leitor de Códigos de Barras e Cartões Magnéticos; Leitor de Impressões Digitais; Mesa ou Caneta Digitalizadora. Teclado Periférico que permite o utilizador inserir dados através de diversas teclas, inclusive com combinações. Mouse Periférico que permite ao utilizador posicionar uma seta, através da interface gráfica dos aplicativos.

Scanner Periférico de entrada, também conhecido como digitalizador de imagens. Captura imagens impressas (fotos, livros e documentos) através da decodificação de reflexos gerados por impulsos luminosos. Webcam Periférico de entrada que captura imagens estáticas e em movimento. Contudo é utilizado para vídeo conferências. Periféricos de Saída São periféricos que possibilitam somente a saída de dados. Por exemplo: Caixas de som; Monitores; Projetores; Impressoras. Caixas de Som São periféricos que permitem ao utilizador receber sons a partir de um computador. Monitor Principal periférico de saída, exibe ao utilizador as principais informações do sistema. Impressora

As impressoras são periféricos que permitem passar o trabalho feito no computador para o papel (ou acetato). Periféricos de Entrada / Saída Transmitem ou recebem informações do computador, ou para o computador. Monitor Touchscreen; Modem; Placa de Rede; Drives e Suportes (Disquete, CD-ROM). Monitor Touchscreen É um tipo de tela sensível à pressão, dispensando assim a necessidade de outro periférico de entrada de dados, como o teclado. Modem Permitem a comunicação (troca de informação) entre computadores (nos dois sentidos) através da linha telefônica. Placa de Rede Uma placa de rede é um dispositivo de hardware responsável pela comunicação entre os computadores de uma rede. Drives e Suportes Permitem a entrada ou saída de informação, através dos suportes correspondentes.

Exemplo: Disquete, CD-ROM. Recursos de Proteção de Energia Alguns componentes externos de hardware desempenham um papel muito importante: garantir a qualidade da energia que alimentará todas as outras peças. Entre eles estão o Estabilizador, o Nobreak e o filtro de linha. Protegem contra sobrecarga e curtos-circuitos. Evitam choques e passagem de tensão ao usuário. Impedem a interrupção do fluxo de corrente (No-Break)

Referências Bibliográficas http://www.tecmundo.com.br/tecnologia-da-informacao/1697-a-historia-doscomputadores-e-da-computacao.htm