RELATÓRIO MENSAL SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO - Dez Anos -

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Transcrição:

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI) DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE) PROGRAMA OSASCO DIGITAL OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO RELATÓRIO TEMÁTICO RELATÓRIO MENSAL SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO - Dez Anos - 1997 A 2007

EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO Prefeito: Emídio Pereira de Souza Secretária: Dulce Helena Cazzuni Subsecretário: Luis Mansur Szajubok Coordenadores(as): Marisa Campos Programa Juventude Talita Bottas Programa Osasco Inclui Ronnie Aldrin Programa Osasco Digital Rosa Maria Alves de Almeida Programas Redistributivos Sandra Fae Praxedes Programa Osasco Solidária Jussara Dias Programa de Capacitação Ocupacional Programa Osasco Digital

EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio Diretor Técnico Ademir Figueiredo Coordenador de Estudos e Desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira Coordenador de Relações Sindicais Francisco José Couceiro de Oliveira Coordenador de Pesquisas Nelson de Chueri Karam Coordenador de Educação Cláudia Fragozo dos Santos Coordenadora Administrativa e Financeira Coordenação Geral do Projeto Ademir Figueiredo Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Angela Maria Schwengber Supervisor dos Observatórios do Trabalho Marcos Aurélio Souza Técnico Responsável pelo Projeto Equipe Executora DIEESE DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Ministro Godói, 310 Parque da Água Branca São Paulo SP CEP 05001-900 Fone: (11) 3874 5366 Fax: (11) 3874 5394 E-mail: en@dieese.org.br http://www.dieese.org.br

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 5 ANÁLISE DO EMPREGO FORMAL EM OSASCO 6 ANÁLISE DO RENDIMENTO MÉDIO REAL EM OSASCO 12 ANÁLISE DO EMPREGO FORMAL EM OSASCO SEGUNDO ATRIBUTOS PESSOAIS 15 ANEXOS 18 4

APRESENTAÇÃO O presente relatório visa apresentar um quadro geral do mercado de trabalho formal em Osasco, no período de 1998 a 2007. Para esta finalidade, serão utilizados os dados do Registro Anual de Informações Sociais RAIS, registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego MTE. O perfil destes postos de trabalho será apresentado a partir da identificação dos elementos relevantes do estoque do emprego formal em Osasco, por setores de atividade econômica, além das características dos trabalhadores e das vagas, como gênero, grau de instrução, idade, faixa de rendimentos, entre outras.. 5

ANÁLISE DO EMPREGO FORMAL EM OSASCO No período de 1998 a 2007, em Osasco, o estoque de empregos aumentou 52,3%. Observa-se que, no município, houve evolução positiva do estoque desde 1997 até 2001, quando se inicia um movimento de queda do trabalho formal até 2003, ano em que a curva do estoque de Osasco retoma seu crescimento. Entre os anos de 2005 e 2006, observa-se nova diminuição do estoque. A partir de 2006, o município apresenta recuperação do mercado de trabalho formal, chegando a 2007 com nível de estoque um pouco abaixo do estoque apresentado pelo Brasil (Gráfico 1). 180,0 Gráfico 1 Evolução no do emprego formal - Brasil e Osasco (1997=100) 160,0 140,0 154,7 152,3 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Osasco Brasil Na análise por qüinqüênio, as taxas de crescimento do período 2003-2007 foram superiores às do qüinqüênio anterior (1998-2002) tanto para Osasco como para o Brasil. Em Osasco, a taxa de crescimento do emprego formal do qüinqüênio 2003-2007 foi 31,5% contra 8,0% entre 1998 e 2002. No Brasil, as mesmas taxas foram 27,3% (2003-2007) contra 17,1% (1998-2002) (Gráfico 2). 6

Gráfico 2 Taxa de crescimento do emprego formal por qüinqüênio Osasco e Brasil (em %) 1998/2002 / 2003/2007 35,0 31,5 30,0 27,3 25,0 20,0 17,1 15,0 10,0 8,0 5,0 0,0 Osasco Brasil 1º Quinquenio 2º Quinquenio Em relação ao total de empregos formais gerados, divididos por qüinqüênios, entre 1998/2002 e 2003/2007, observa-se que, em Osasco, 73,0% desses empregos foram criados no segundo qüinqüênio. No Brasil foi observado um estoque um pouco menor (66%) para o mesmo (Gráfico 3). 7

Gráfico 3 Empregos formais gerados - % por qüinqüênio Osasco e Brasil 1998/2002 / 2003/2007 120% 100% 80% 60% 73% 66% 40% 20% 0% Osasco Brasil 1º Quinquenio 2º Quinquenio Por setores econômicos, a comparação entre 1998 e 2007 mostra que o setor de serviços se manteve como o setor que mais emprega formalmente em Osasco. Do estoque total de empregos formais em 2007, 37% eram empregos do setor de Serviços. Em 1998, a participação do setor de Serviços era um pouco maior, atingindo 41% do estoque de vagas formais. Nesse mesmo período, o setor do Comércio teve sua participação ampliada no estoque total de empregos do município, passando de 19% para 25% (Gráfico 4). 8

Gráfico 4 Emprego formal por setores econômicos em Osasco 1998 e 2007 1998 12% 25% 3% 41% 19% Indústria Construção Civil Comércio Serviços Administração Pública 2007 13% 22% 3% 37% 25% Indústria Construção Civil Comércio Serviços Administração Pública Na análise da evolução dos setores econômicos em Osasco, observa-se que a curva do índice de evolução do estoque de emprego no setor da Construção Civil mostrou que, a partir de 2001, houve um movimento mais acentuado de afastamento das demais curvas (da Indústria, dos Serviços, do Comércio e da Administração Pública). Em 2003, o setor da Construção Civil tinha um estoque próximo a 60% do que possuía em 1997. A partir de 2003, se inicia um processo de recuperação e em 2007 este setor já apresentava estoque de trabalhadores mais de 40,0% superior ao do início da série (Gráfico 5). 9

Gráfico 5 Evolução do emprego formal por setores econômicos Osasco (1997=100) 200,0 180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Indústria Construção Civil Comércio Serviços Administração Pública Por tamanho do estabelecimento 1 percebe-se que, entre 1998 e 2007, a distribuição do estoque, em Osasco, de empregados entre os micro e pequenos estabelecimentos cresceu de 37,8% para 41,1%. No Brasil, essa distribuição permaneceu estável. O estoque nos estabelecimentos médios, tanto no Brasil quanto em Osasco, permaneceu estável. Em 1998, no Brasil, participavam com 20,9% do estoque total de empregos formais. Em 2007 passou para 21,9%. Neste mesmo período, em Osasco, o estoque passou de 20,5% para 21,9%. Por outro lado, os grandes estabelecimentos no município de Osasco passaram a ocupar menos empregos formais entre 1998 e 2007, diminuindo sua participação no total de empregos de 41,7%, em 1998, para 37,0%, em 2007 (Tabela 1). Tabela 1 Empregos formais (%) - por tamanho do estabelecimento Brasil e Osasco 1998 e 2007 1998 2007 1998 2007 Micro e Pequenos Estabelecimentos (1 a 99 empregados) 44,9 44,9 37,8 41,1 Estabelecimentos Médios (100 a 499 empregados) 20,9 19,3 20,5 21,9 Grandes Estabelecimentos (500 ou mais empregados) 34,3 35,8 41,7 37,0 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 Brasil Osasco 1 Considerando micros e pequenos estabelecimentos aqueles com até 99 empregados, médios estabelecimentos aqueles com 100 a 499 empregados e grandes estabelecimentos os que possuem 500 ou mais empregados. 10

Analisando a distribuição dos empregos segundo setor econômico e tamanho do estabelecimento, observa-se que nos micro e pequenos estabelecimentos mais de 70% do estoque de empregos está localizado nos setores de Serviços e Comércio. Nos estabelecimentos médios e grandes, mais de 50% do estoque, com exceção dos grandes estabelecimentos no ano de 2007 (46,0%), está concentrado nos setores de Serviços e Comércio (Tabela 2). Tabela 2 Participação dos setores Serviços e Comércio nos empregos formais, segundo tamanho do estabelecimento (%) Osasco* 1998 e 2007 Osasco Tamanho do Estabelecimento 1998 2007 1 - Micro e Pequenos Estabelecimentos 73,4% 78,9% 2 - Estabelecimentos Médios 56,3% 58,9% 3 - Grandes Estabelecimentos 51,5% 46,0% *Valores referentes à soma do setor de serviço e do comércio 11

ANÁLISE DO RENDIMENTO MÉDIO REAL EM OSASCO A evolução dos rendimentos médios reais mostra que a Indústria e o Comércio registraram comportamento parecido. Houve uma queda entre 1998 e 2002, seguida de uma recuperação entre 2002 e 2007. Nos setores da Construção Civil e dos Serviços ocorreu uma permanente perda do poder salarial, sendo que em 2007 o rendimento médio real do conjunto dos trabalhadores desses setores foi inferior ao de 1998. Na Agricultura, os rendimentos médios cresceram entre 1998 e 2002 e ficaram estáveis entre 2002 e 2007 (Gráfico 6). 2.500 Gráfico 6 Remuneração média real* por setor econômico, Osasco 1998 / 2002 / 2007 2.000 1.500 1.000 500 2.124 1.635 1.727 1.241 1.040 958 1.154 1.029 1.126 2.205 1.858 1.774 1.195 1.354 1.338 1.955 1.611 1.581 - Indústria Construção Civil Comércio Serviços Agricultura Total 1998 2002 2007 *Rendimento Médio Real (R$ Janeiro 2009) / INPC Analisando a evolução da massa salarial real do Brasil e Osasco (RAIS) e a taxa de crescimento da massa salarial por qüinqüênio (RAIS), pode-se observar que, notadamente é a partir de 2002 que estes indicadores apresentam maior crescimento (Gráficos 7 e 8). 12

Gráfico 7 Evolução da massa salarial real*, Brasil e Osasco 1997=100 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 152 126 Osasco Brasil *Rendimento Médio Real (R$ Janeiro 2009) Gráfico 8 Taxa de crescimento da massa salarial real* - % por qüinqüênio Brasil e Osasco 1998 a 2007* 50% 45% 40% 30% 31% 20% 10% 5% 0% -10% -4% Osasco Brasil *Rendimento Médio Real (R$ Janeiro 2009) 1º Quinquenio 2º Quinquenio 13

Quando se observa a trajetória do rendimento por faixas de salário mínimo, em Osasco, verifica-se que os postos de trabalho foram se concentrando nas faixas entre 1,01 a 2,0 SM. Em 1998 essa faixa de rendimento representava 27,5% dos empregos. Em 2007 passou a representar 46,5%, indicando que a maior parcela dos empregos estava concentrada nas faixas de renda mais próximas do salário mínimo. Todas as faixas de renda acima de 2,01 SM apresentaram queda em 2007 em comparação a 1998 (gráfico 9). A análise do rendimento por faixas salariais a partir dos setores econômicos revela que esta distribuição salarial se repete em todos os demais setores de atividade econômica de Osasco. Registre-se, no entanto, que no setor da Indústria a queda na faixa de remuneração entre 2,01 a 5,0 SM foi bem menor que nos demais setores e que na Agricultura observa-se crescimento nos rendimentos entre 5,01 a 10,0 SM (ver anexo). 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% Gráfico 9 Rendimento dos empregos formais por faixa de salário mínimo - Osasco 1998 / 2002 / 2007 0,0% Até 1,0 1,01 a 2,0 2,01 a 5,0 5,01 a 10,0 10,01 a 20,0 Mais de 20,0 1998 0,5% 27,5% 50,9% 24,4% 12,0% 6,6% 2002 0,7% 39,3% 51,0% 20,4% 8,2% 4,2% 2007 1,3% 46,5% 42,1% 13,6% 4,7% 1,7% 14

ANÁLISE DO EMPREGO FORMAL EM OSASCO SEGUNDO ATRIBUTOS PESSOAIS Em relação à escolaridade, a comparação entre Brasil e Osasco mostra que em ambos aumentou o grau de instrução exigido dos trabalhadores. Em 1998, 35,6% dos trabalhadores formalmente empregados no Brasil tinham ensino fundamental incompleto e 21,2% ensino médio completo, o que totalizava 56,9% do total de formalmente ocupados. Em 2007, esta estrutura praticamente se inverteu, crescendo para 36,8% os trabalhadores ocupados que tinham o ensino médio completo, e caindo para 19,4% os que tinham o ensino fundamental incompleto. Em Osasco, verificou-se igual tendência. Em 1998, 33,3% dos trabalhadores possuíam ensino fundamental incompleto e 21,2% possuíam ensino médio completo. Em 2007, 36,8% dos empregados possuíam ensino médio completo e 19,4% o ensino fundamental incompleto. Convém ressaltar que, tanto no nível nacional quanto municipal ocorreu aumento no número de trabalhadores ocupados com superior completo (Tabela 3). Tabela 3 Distribuição dos empregos formais, segundo faixa de escolaridade Brasil e Osasco (em %) 1998 e 2007 Brasil Grau de Escolaridade Ano 1998 2007 Analfabeto 2,4 0,7 Fundamental Incompleto 35,6 19,4 Fundamental completo 17,4 15,0 Ensino Médio Incompleto 8,0 8,5 Ensino Médio Completo 21,2 36,8 Superior Incompleto 3,3 4,2 Superior Completo 12,0 15,5 Grau de Escolaridade 1998 2007 Analfabeto 1,2 0,3 Fundamental Incompleto 33,3 14,7 Fundamental completo 18,3 14,3 Ensino Médio Incompleto 12,1 8,9 Ensino MédioCompleto 18,1 39,9 Superior Incompleto 7,6 5,9 Superior Completo 9,2 15,9 Osasco 15

A análise por grande setor de atividade mostra que, na Indústria e nos Serviços, entre 1998 e 2007, aumentou a exigência de escolaridade dos trabalhadores. Enquanto houve redução do número de empregados com ensino fundamental incompleto na Indústria, de 41,8% para 17,9%, e nos Serviços, de 26,5% para 12,7%, aumentou a proporção de trabalhadores com ensino médio completo: 14,2% para 40,1%, na Indústria; e de 11,9% para 34,4%, nos Serviços. Cabe destacar o expressivo aumento no número de ocupados com superior completo no setor de Serviços, que no período em análise passou de 12,3% para 25,3% (Tabela 4). Tabela 4 Distribuição dos empregos formais, segundo faixa de escolaridade na Indústria e nos Serviços Osasco (em %) 1998 e 2007 Indústria Osasco Grau de Escolaridade Ano 1998 2007 Analfabeto 2,0 0,6 Fundamental Incompleto 41,8 17,9 Fundamental completo 20,0 20,0 Ensino Médio Incompleto 9,5 8,8 Ensino MédioCompleto 14,2 40,1 Superior Incompleto 3,6 3,6 Superior Completo 9,0 9,0 Serviços Osasco Grau de Escolaridade Ano 1998 2007 Analfabeto 0,9 0,2 Fundamental Incompleto 26,5 12,7 Fundamental completo 15,3 11,1 Ensino Médio Incompleto 15,3 7,9 Ensino MédioCompleto 11,9 34,4 Superior Incompleto 11,9 8,4 Superior Completo 12,3 25,3 Por gênero, em Osasco, a maior parte das ocupações ainda é preenchida por homens. Observa-se, na comparação entre os anos de 1998 e 2007, houve mudança leve na composição dos empregos, com os homens ocupando 63% das vagas em 1998 e 60%, em 2007. No mesmo período, as mulheres passaram de 37% para 40% (Gráfico 8). 16

Gráfico 8 Participação no emprego formal, segundo gênero Osasco (em %) 1998 e 2007 Masculino 1998 2007 60 63 Feminino 1998 2007 37 40 0 10 20 30 40 50 60 70 Com respeito à faixa etária, verifica-se que em 2007, em comparação com 1998, os empregos em Osasco continuam predominantemente ocupados por trabalhadores na faixa etária de 25 a 49 anos, com pequena elevação dessa participação, subindo de 68,0% para 69,1%. Ressalte-se que os trabalhadores com idade entre 50 a 64 anos apresentaram um aumento na participação do estoque total de empregos, crescendo de 7,3% em 1998 para 10,6% em 2007 (gráfico 9). Gráfico 9 Distribuição dos empregos formais, segundo faixa etária Osasco (em %) 1998 e 2007 80,0 70,0 68,0 69,1 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 22,1 18,7 10,6 7,3 2,1 1,1 0,5 0,5 10 a 17 18 a 24 25 a 49 50 a 64 65 e mais 1998 2007 17

ANEXO 18

Gráfico 1 Emprego formal na Indústria por faixa de salário mínimo Osasco 1998 / 2002 / 2007 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Até 1,0 1,01 a 2,0 2,01 a 5,0 5,01 a 10,0 10,01 a 20,0 Mais de 20,0 1998 0,3% 1,6% 49,7% 26,9% 13,4% 7,7% 2002 0,3% 16,4% 48,4% 22,3% 8,6% 4,0% 2007 0,7% 31,1% 42,0% 16,1% 5,6% 1,9% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% Gráfico 2 Emprego formal na Construção Civil por faixa de salário mínimo Osasco 1998 / 2002 / 2007 0,0% Até 1,0 1,01 a 2,0 2,01 a 5,0 5,01 a 10,0 10,01 a 20,0 Mais de 20,0 1998 0,1% 2,2% 71,3% 21,5% 3,7% 0,7% 2002 1,5% 6,7% 73,6% 14,3% 3,3% 0,3% 2007 1,8% 37,8% 51,4% 4,9% 0,3% 0,0% 19

Gráfico 3 Emprego formal no Comércio por faixa de salário mínimo Osasco 1998 / 2002 / 2007 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% Até 1,0 1,01 a 2,0 2,01 a 5,0 5,01 a 10,0 10,01 a 20,0 Mais de 20,0 1998 0,4% 5,0% 72,9% 15,5% 4,4% 1,3% 2002 0,4% 16,9% 67,5% 11,3% 3,0% 0,7% 2007 1,1% 45,2% 43,0% 6,4% 1,6% 0,5% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% Gráfico 4 Emprego formal nos Serviços* por faixa de salário mínimo Osasco 1998 / 2002 / 2007 0,0% Até 1,0 1,01 a 2,0 2,01 a 5,0 5,01 a 10,0 10,01 a 20,0 Mais de 20,0 1998 0,6% 6,8% 42,5% 26,7% 14,5% 8,3% 2002 1,0% 14,3% 44,8% 23,5% 10,4% 5,8% 2007 1,6% 30,7% 41,3% 16,5% 6,0% 2,2% *Incluindo Administração Pública 20

Gráfico 5 Emprego formal na Agricultura por faixa de salário mínimo Osasco 1998 / 2002 / 2007 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% Até 1,0 1,01 a 2,0 2,01 a 5,0 5,01 a 10,0 10,01 a 20,0 Mais de 20,0 1998 0,0% 14,3% 71,4% 0,0% 14,3% 0,0% 2002 0,0% 0,0% 75,0% 25,0% 0,0% 0,0% 2007 0,0% 29,4% 47,1% 23,5% 0,0% 0,0% 21