EPUSP Avaliação da influência de fibras de polipropileno na resistência de aderência de revestimentos de argamassa Renata Monte Doutoranda, Escola Politécnica, USP - Brasil Mercia Maria Bottura Barros Professora Doutora, Escola Politécnica, USP - Brasil Antonio Domingues de Figueiredo Professor Doutor, Escola Politécnica, USP - Brasil Universidade de São Paulo - Escola Politécnica Departamento de Engenharia de Construção Civil
Introdução Requisitos dos revestimentos de argamassa Resistência à fissuração Aderência à base Responsáveis pelo desempenho da fachada estanqueidade e estético problemas de segurança pessoal e patrimonial que o desprendimento de revestimento em edifícios pode causar.
Introdução Introdução das fibras Reduzir o comportamento frágil do revestimento Características reológicas da argamassa são alteradas Não pode comprometer a aderência do revestimento
Objetivo Avaliar a influência do teor de fibra no comportamento mecânico das argamassas com especial atenção à sua aderência ao substrato
Metodologia - Duas argamassas (cimento, cal e areia; cimento, areia e aditivo incorporador de ar) - 1 fibra de polipropileno - 6 mm - 3 teores Designação da argamassa Cimento (kg) Cal (kg) Areia (kg) Aditivo (%) Água/materiais secos (%) Consumo de fibra (g/m³) Madt-0 1-5,4 0,008 15 0 Madt-1000 1-5,4 0,008 15 1000 Madt-2000 1-5,4 0,008 15 2000 Madt-3000 1-5,4 0,008 15 3000 Mcal-0 1 0,45 8,2-19 0 Mcal-1000 1 0,45 8,2-19 1000 Mcal-2000 1 0,45 8,2-19 2000 Mcal-3000 1 0,45 8,2-19 3000
Metodologia Aplicação do chapisco com rolo de textura. Gabarito com lateriais chapiscadas (restrição). Projeção mecânica a ar comprimido. Sarrafeamento. Corte com serra copo de bancada. Ensaio de resistência de aderência à tração.
Teor de ar (%) Resultados Teor de ar das argamassas 30 R² = 0,98 25 20 15 10 5 Mcal Madt R² = 0,96 0 0 1000 2000 3000 Teor de fibras (g/m³) Aumento no teor de ar das argamassas Alteração na reologia
Resistência à tração na flexão (MPa) Resultados Tração na flexão X teor de ar 0,80 0,75 Mcal sem fibras 0,70 0,65 R² = 0,98 1000g/m³ 2000g/m³ 0,60 3000g/m³ 0,55 0,50 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Teor de ar (%) Maior teor de fibras maior teor de ar menor resistência
Resistência à tração na flexão (MPa) Resultados Tração na flexão X teor de ar 1,10 Madt sem fibras 1,00 1000g/m³ 0,90 2000g/m³ 0,80 0,70 0,60 R² = 0,98 3000g/m³ 0,50 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Teor de ar (%) Maior teor de fibras maior teor de ar menor resistência
Resistência de aderência à tração (MPa) Resultados Resistência de aderência 1,2 Madt Mcal 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Resistência mínima exigida para revestimentos de argamassa de fachada - 0,3 MPa (NBR 13749) 0 1000 2000 3000 Teor de fibras (g/m³) Revestimentos superam a aderência exigida pela norma Maior variabilidade nos revestimentos com M-adt
Resultados Resistência de aderência H0 : 1 2 3 4 H : pelo menos uma das médias diferentes 1 ANOVA para avaliar o efeito da incorporação das fibras. M-cal M-adt Argamassa com cal Argamassa com incorporador de ar (P=0,458>0,05) Aceita-se a hipótese - Efeito não significativo (P=0,000<0,05) Rejeita-se a hipótese - Efeito significativo M-cal com teores de até 3000 g/m³ não tem influência significativa na aderência
Resultados Resistência de aderência Comparações de Tukey (testes dois a dois entre os teores de fibra). M-adt Sem fibra x 1000 g/m³ de fibra Sem fibra x 2000 g/m³ de fibra Sem fibra x 3000 g/m³ de fibra (P=0,1147>0,05) Aceita-se a hipótese Efeito não significativo (P=0,0346<0,05) Rejeita-se a hipótese Efeito significativo (P=0,000<0,05) Rejeita-se a hipótese Efeito significativo M-adt teores acima de 2000 g/m³ tem influência significativa na aderência
Percentual de ruptura (%) Resultados Forma de ruptura 100 90 80 Adesiva Coesiva 70 60 50 40 30 20 10 0 Mcal-0F Mcal-1000F Mcal-2000F Mcal-3000F Composições Fibras aumentam as rupturas coesivas, favorecendo a segurança.
Percentual de ruptura (%) Resultados Forma de ruptura 120 100 Adesiva Coesiva 80 60 40 20 0 Madt-0F Madt-1000F Madt-2000F Mardt-3000F Composições Matriz mais porosa a influência das fibras na forma de ruptura é menor.
Conclusões As fibras aumentaram o teor de ar e reduziram a resistência à tração, mas sem perda significativa de resistência de aderência do revestimento à base. As fibras provocaram mudança na forma de ruptura do corpo de prova, reduzindo o percentual de ruptura adesiva e aumentando o de ruptura coesiva. A ruptura coesiva é sempre favorável às condições de segurança de utilização do revestimento, minimizando a possibilidade de queda por perda de aderência.
Obrigada!!! Contatos: Renata Monte Doutoranda - renata.monte@poli.usp.br Mercia Maria Bottura Barros Professora Doutora - mercia.barros@poli.usp.br Antonio Domingues de Figueiredo Professor Doutor antonio.figueiredo@poli.usp.br