Guião Terceira Sessão Infeções Sexualmente Transmissíveis



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Transcrição:

Guião Terceira Sessão Infeções Sexualmente Transmissíveis SLIDE 1 Introdução do trabalho: Bom dia, estamos aqui para falar a cerca das infeções sexualmente transmissíveis, os problemas associados e o modo de transmissão. O nosso objetivo é que vocês conheçam algumas destas doenças e as formas de transmissão das mesmas. Alguém sabe quais são as IST s? SLIDE 3 As IST`s, ou infeções sexualmente transmissíveis, são infeções contagiosas cuja forma mais frequente de transmissão é através das relações sexuais (vaginais, orais ou anais). As IST s podem ser curáveis - Sífilis, Cancro mole, Candidíase, Gonorreia, Chlamydia, Não curáveis Herpes, HPV (papiloma humano), HBV (hepatite B), HIV. SLIDE 4 IST s: -São infeções que vão causar doenças e que têm como modo de transmissão mais frequente o contato sexual; - Transmitem-se pelo contato com uma pessoa infetada que pode não ter sinais exteriores de doença; - O ambiente que existe nos órgãos sexuais é ideal para o desenvolvimento dos microrganismos; - Algumas IST s têm cura se forem bem tratadas como: Sífilis, Cancro mole, Candidíase, Gonorreia, Chlamydia, - Outras são mais difíceis de tratar ou ficam mesmo toda a vida no nosso corpo. A estas chamamos de infeções crónicas. SLIDE 5 Infeções é diferente de Doenças. As infeções são a invasão dos nossos tecidos corporais por microrganismos capazes de provocar doenças.

Doença é um distúrbio das funções de um órgão ou do organismo como um todo que está associado a sinais e sintomas específicos. SLIDE 6 As infeções são causadas pela entrada e multiplicação de micróbios no nosso corpo; O Homem é o alvo preferido de muitos micróbios por isso estamos todos os dias suscetíveis a contrair doenças infeciosas. Existe um período de tempo em que podemos transmitir o micróbio a outras pessoas, que é quando a infeção está ativa no nosso corpo. Podem afetar um local específico do nosso corpo ou então podem afetar vários sistemas corporais. Algumas infeções podem permanecer connosco toda a vida! SLIDE 7 Fatores de risco Elevado número de parceiros, Troca de parceiros com frequência, Ritmo intenso de contactos sexuais com novos parceiros, Práticas sexuais específicas, Relações ocasionais com parceiros de momento, consumo de álcool e drogas Fatores biológicos, psíquicos e sociais podem aumentar a vulnerabilidade dos adolescentes às IST s. Do ponto de vista biológico, o epitélio cilíndrico do colo do útero na adolescência encontra se mais exposto, tanto as clamídeas como os gonococos. A baixa idade da menarca pode levar a um início precoce da atividade sexual, aumentando a probabilidade de contaminação. No âmbito psíquico, a adolescência é uma fase de definição da identidade sexual, onde os adolescentes querem experimentar muita coisa e têm tendência a ter muitos parceiros. O pensamento abstrato nos adolescentes faz com que se sintam superiores, e exponham-se a riscos sem prever suas consequências. São instáveis e suscetíveis a influências dos grupos. Na meio social, o baixo nível escolar e socioeconômico estão associados às IST s. A ingestão frequente de álcool e drogas que na maioria das vezes leva à incapacidade de tomar decisões conscientes. O uso de drogas recreativas que envolva a utilização de agulhas é um fator de risco conhecido para doenças sexualmente transmissíveis como a hepatite C e o VIH. SLIDE 8 E 9 Quanto aos modos de transmissão, estes podem ocorrer por via sexual, sanguínea ou de mãe para filho (transmissão por via vertical). A transmissão por via sexual é possível sempre que

exista uma relação sexual, homo ou heterossexual, desprotegida e com troca de secreções genitais, com uma pessoa infetada. O risco é maior em relações sexuais com parceiros múltiplos, ocasionais ou desconhecidos. De modo a prevenir a transmissão por esta via, recomenda-se o uso do preservativo em todas as relações sexuais, pois basta uma relação não protegida para transmitir uma infeção. Basta fazer sexo desprotegido uma vez com alguém infetado para que o vírus seja transmitido. Muitas vezes os sinais de infeção não se manifestam e as próprias pessoas nem sabem que estão infetadas pois isso só se descobre através de um exame médico. Desta forma todos estamos sujeitos a contrair uma IST se não tivermos cuidados aquando de uma relação sexual e se tivermos comportamentos considerados de risco. SLIDE 10 Existe uma grande variedade de IST s, que podem ser provocadas por vírus, bactérias, fungos e parasitas. Bactérias Gonorreia (A doença pode provocar inflamação na uretra, na próstata e no útero. O homem sente dor e ardência na região genital e elimina uma secreção branca ou amarelada ao urinar.) Clamídia (Afeta os órgãos genitais masculinos ou femininos. Pode produzir esporos, o que torna sua dispersão mais fácil.) Sífilis (Após um período de incubação de 10 a 90 dias após a relação sexual, surge uma lesão indolor e dura no local infetado (pénis, vagina, reto ou boca. A sífilis, se não for logo tratada pode evoluir para uma fase secundária e terciaria, causando assim graves problemas no sistema nervoso central e no coração. A sífilis é tratável através da administração de antibióticos e é importante iniciar o tratamento o mais cedo possível) Ulcera mole (A úlcera mole, também conhecida como cancro mole, é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Haemophilus ducreyi e caracteriza-se pelo aparecimento de úlceras nas zonas genitais quer do homem quer da mulher.) Vírus Herpes genital (No herpes genital os sinais de infeção surgem nos primeiros 7 dias após a relação sexual que provocou o contágio. Surgem pequenas vesículas e bolhas à superfície da pele, que depois se fundem e rebentam, originando úlceras dolorosas. Estas lesões apresentam potencial infecioso até desaparecerem completamente, cerca de 15 dias mais tarde. A infeção pode manifestar-se através de febre e mal-estar geral. Até agora não se encontrou cura para esta doença pelo que, mesmo após o desaparecimento das úlceras, o vírus permanece no organismo num estado de inatividade, podendo manifestar-se de novo.)

Hepatite B (A hepatite é uma infeção viral que ataca o fígado, podendo permanecer assintomática. Apesar disso, a infeção pode prolongar-se e evoluir para cirrose e, mais raramente, para tumor maligno do fígado. Em relação à hepatite B, um dos tipos mais perigosos, o contágio pode ocorrer através da via parental, sexual ou vertical (de mãe para filho). HPV (vírus do papiloma humano) (O vírus do papiloma humano é um vírus que infecta as células do tecido epitelial da pele ou as mucosas, e possui mais de 200 variações diferentes. A maioria dos subtipos está associada a lesões benignas, tais como verrugas, mas certos tipos são frequentemente encontrados em determinadas neoplasias como o cancro do colo do útero, do qual se estima que sejam responsáveis por mais de 90% de todos os casos verificados.) HIV/SIDA (O VIH (vírus da imunodeficiência humana) é um vírus que ataca o sistema imunitário, destruindo a capacidade de defesa dos microrganismos patogénicos.) Fungos/ Parasitas Pediculose púbica (A pediculose é provocada pela infestação ou estabelecimento na pele, cabelos ou pelos do corpo de insetos de reduzidas dimensões, que se alimentam especialmente de sangue humano, de modo a sobreviverem e a se reproduzirem. Tricomoníase urogenital Candidíase genital (A candidíase genital é uma infeção causada por uma levedura (fungo) que afeta a vagina ou o pénis e é habitualmente causada por candida albicans. Provoca nas mulheres prurido e irritação, e nos homens quando não são circuncisados pode causar irritação e dor.) SLIDE 11 Os três sinais mais comuns que sugerem a presença de uma infeção sexual são: dores difusas no baixo-ventre, dor ou sensação de queimadura ao urinar, sensação de dor ou queimadura durante uma relação sexual, corrimento vaginal anormal e com mau cheiro, corrimento uretral, febre e presença de vermelhidão, bolhas verrugas ou vesículas nos órgãos genitais e espaço circundante. Importa referir que estes sinais não são necessariamente causados por infeções sexuais, portanto apenas o médico poderá fazer o diagnóstico correto do caso. Estas doenças podem, por outro lado, apresentar-se assintomáticas. A melhor forma de prevenção é o uso de preservativo. SLIDE12

O agente infecioso pode manter-se no organismo de uma pessoa durante anos, sem a mesma se aperceber que é portadora podendo, assim, infetar outra pessoa sem sequer saber. Por isso, é muito importante ter confiança e conhecermos bem o nosso parceiro sexual sempre que pensamos ter uma relação sexual. SLIDE 13 HPV (vírus do papiloma humano) - O vírus do papiloma humano é um vírus que infecta as células do tecido epitelial da pele ou as mucosas, e são as infeções de transmissão mais comuns nos adolescentes e jovens adultos. Estes vírus possui mais de 200 variações diferentes e manifesta-se pelo aparecimento de verrugas na pele, condilomas e verrugas genitais. Quando não há deteção e tratamento precoce das lesões do vírus este pode evoluir para cancro do colo do útero. O preservativo não protege totalmente contra esta infeção, pois o HPV também ataca os testículos que como não são protegidos pelo preservativo se tornam um excelente local de transmissão do vírus. SLIDE 14 As infeções por HPV podem ser transmitidas por: via sexual, contacto com a pele ou mucosas e também (embora seja mais raro) durante o parto ou por contacto orogenital. SLIDE 15 Como modo de prevenção do HPV, existe uma vacina que faz parte do Plano Nacional de Vacinação que protege contra 4 tipos de HPV (6,1,16 e 18) correspondentes a 70% dos casos de cancro do colo do útero e cancros genitais. Esta vacina é tomada nos centros do saúde e segundo a nova lei (que entrou em vigor em Outubro deste ano), devem ser tomadas duas doses da vacina com um intervalo de 6 meses. A vacina deve ser tomada pelas meninas entre os 10 e os 13 anos pois considera-se que nesta idade ainda não tenham começado uma vida sexual ativa. SLIDE 16 A hepatite é uma infeção viral que ataca o fígado, podendo permanecer assintomática e se não for tratada provocar a morte. Esta infeção pode prolongar-se e evoluir para cirrose e, mais raramente, para tumor maligno do fígado.

Não há tratamento eficaz para a Hepatite B, no entanto o plano Nacional de Vacinação fornece uma vacina de prevenção, a Vacina HBV. SLIDE 17 O herpes é provocado por um vírus (HSV-1 e HSV-2) que invade as células cutâneas para se reproduzir. A infeção pelo vírus Herpes Simplex está entre as infeções virais crónicas mais observadas na população geral. No herpes genital os sinais de infeção surgem nos primeiros 7 dias após a relação sexual que provocou o contágio. Surgem pequenas vesículas e bolhas à superfície da pele, que depois se fundem e rebentam, originando úlceras dolorosas. Estas lesões apresentam potencial infecioso até desaparecerem completamente, cerca de 15 dias mais tarde. A infeção pode manifestar-se através de febre e mal-estar geral. Até agora não se encontrou cura para esta doença pelo que, mesmo após o desaparecimento das úlceras, o vírus permanece no organismo num estado de inatividade, podendo manifestar-se de novo. Os antivirais reduzem a propagação do vírus a partir das lesões, diminuindo o risco de contágio e reduzindo também a gravidade dos sintomas. Contudo, mesmo o tratamento precoce e a proteção com o preservativo durante a relação sexual não evita as recorrências e a transmissão da infeção, pois esta manifesta-se nas zonas circundantes às áreas em que é possível proteger com o preservativo. SLIDE 18 A 21 VIH/SIDA O VIH (vírus da imunodeficiência humana) é um vírus que ataca o sistema imunitário, destruindo a capacidade de defesa dos microrganismos patogénicos Uma pessoa VIH positiva pode não ter quaisquer sinais ou sintomas, aparentando um estado saudável e levando uma vida normal durante um período de tempo que pode durar vários anos. No entanto, essa pessoa está infetada e, porque o vírus está presente no seu organismo (é seropositiva), pode, durante todo esse tempo, transmiti-lo a outra pessoa. Com o passar do tempo, o organismo vai-se deteriorando cada vez mais devido à destruição dos linfócitos CD4, conduzindo à SIDA (síndrome de imunodeficiência adquirida). Na fase da SIDA, o organismo já está muito enfraquecido e, por isso, não é capaz de resistir a infeções e tumores que surgem como consequência da falta de defesas que eram anteriormente proporcionadas pelo sistema imunitário.

Quanto à transmissão do VIH, esta pode ocorrer por via sexual, sanguínea ou de mãe para filho (transmissão por via vertical). A transmissão por via sexual é possível sempre que exista uma relação sexual, homo ou heterossexual, desprotegida e com intercâmbio de secreções genitais, com uma pessoa infetada. O risco é maior em relações sexuais com parceiros múltiplos, ocasionais ou desconhecidos. De modo a prevenir a transmissão por esta via, recomenda-se o uso do preservativo em todas as relações sexuais, pois basta uma relação não protegida para o VIH se poder transmitir. O vírus pode, também, transmitir-se através da reutilização de agulhas ou seringas contaminadas com sangue infetado. Outros objetos que lesem a pele e mucosas, como máquinas de barbear, lâminas depilatórias ou escovas de dentes podem também servir como veículo de transmissão quando são partilhados. Atualmente, o risco de transmissão por meio de transfusões de sangue é reduzido, uma vez que nos países desenvolvidos os produtos sanguíneos são sujeitos a um controlo sistemático e rigoroso. Desta forma, é de evitar a partilha de seringas, agulhas e qualquer objeto de uso pessoal passível de estar contaminado com sangue, mesmo que já esteja seco. Além disto, uma mulher infetada pelo VIH pode transmitir o vírus ao seu bebé durante a gravidez, parto ou amamentação. Assim sendo, qualquer mulher deve consultar o médico antes de engravidar.