CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 14 de Dezembro de 2005 (06.01) (OR. en) 15629/05 LIMITE CRIMORG 157

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ANNEX ANEXO. Proposta de Decisão do Conselho

Transcrição:

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 14 de Dezembro de 2005 (06.01) (OR. en) 15629/05 LIMITE CRIMORG 157 NOTA DE ENVIO de: Delegações Austríaca, Finlandesa, Grega, Húngara, Lituana, Luxemburguesa e Eslovaca data: 29 de Novembro de 2005 Assunto: Decisão do Conselho relativa à criação de uma Rede Europeia Anti-Corrupção Junto se envia, à atenção das delegações, a iniciativa das Delegações Austríaca, Finlandesa, Grega, Húngara, Lituana, Luxemburguesa e Eslovaca referida em epígrafe. 15629/05 mpm/jfs/rf 1

DECISÃO DO CONSELHO de [ ] relativa à criação de uma Rede Europeia Anti-Corrupção ANEXO O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado da União Europeia, nomeadamente o artigo 29.º, o n.º 1 do artigo 30.º, o artigo 31.º e a alínea c) do n.º 2 do artigo 34.º, Tendo em conta a criação do Organismo Europeu de Luta Anti-Fraude, Tendo em conta a iniciativa da República da Áustria, da República da Finlândia, da República Helénica, da República da Hungria, da República da Lituânia, do Grão-Ducado do Luxemburgo e da República Eslovaca, Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu, Considerando o seguinte: 1) O artigo 29.º do Tratado da União Europeia estabelece que o objectivo da União neste domínio deve ser atingido prevenindo e combatendo a corrupção e a fraude, organizada ou não. 2) No Plano de Acção contra a Criminalidade Organizada 1, o Conselho sublinhou a importância de melhorar a transparência na administração pública e no sector empresarial e de prevenir a utilização de práticas de corrupção pela criminalidade organizada. 1 Plano de Acção contra a Criminalidade Organizada, adoptado pelo Conselho em 28 de Abril de 1997; JO C 251/01 de 15.08.1997, p. 1. 15629/05 mpm/jfs/rf 2

3) O Plano de Acção de Viena 1 apelou a uma abordagem igualmente eficaz no combate aos comportamentos criminosos graves. Tal aplica-se em particular aos domínios em que a União desenvolveu políticas comuns, bem como aos domínios com fortes implicações transfronteiras, tais como a corrupção e a fraude. 4) O Conselho Europeu de Tampere, de 15 e 16 de Outubro de 1999, apontou a corrupção como um dos domínios de particular importância, tendo concluído pela necessidade de elaborar definições, incriminações e sanções comuns. 5) A Estratégia da União Europeia, para o início do novo milénio, sobre a prevenção e o controlo da criminalidade organizada 2 salientou a necessidade de uma aproximação das legislações nacionais e a elaboração de uma política pluridisciplinar da UE face à corrupção. 6) A Estratégia Europeia em Matéria de Segurança, "Uma Europa segura num mundo melhor", de Dezembro de 2003, salienta que a corrupção é um dos principais factores do fracasso dos Estados, que mina a boa governação e contribui para a instabilidade regional. 7) A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, assinada em Dezembro de 2003 no México, estipula que os países devem prever infracções, penais e outras, por forma a abranger um vasto leque de actos de corrupção, se estes não forem já considerados como infracções penais ao abrigo da legislação nacional. Nalguns casos, os Estados são legalmente obrigados a prever tais infracções; noutros casos, a fim de ter em conta as diferenças existentes nas legislações nacionais, é-lhes solicitado que considerem a possibilidade de o fazer. 1 2 Plano de Acção do Conselho e da Comissão sobre a melhor forma de aplicar as disposições do Tratado de Amesterdão relativas à criação de um espaço de liberdade, de segurança e de justiça Texto adoptado pelo Conselho (Justiça e Assuntos Internos) de 3 de Dezembro de 1998. Prevenção e controlo da criminalidade organizada: Estratégia da União Europeia para o início do novo milénio (JO C 124 de 03.05.2000, p.1). 15629/05 mpm/jfs/rf 3

8) O Conselho Europeu congratula-se se com o desenvolvimento, no Programa da Haia (ponto 2.7) 1, de um conceito estratégico relativo à forma de abordar, a nível da UE, o crime organizado transfronteiras, e convida o Conselho e a Comissão a aprofundar este conceito e a torná-lo operacional, em articulação com outros parceiros, como a Europol, a Eurojust, o Grupo Operacional dos Chefes das Polícias, a REPC e a CEPOL. Neste contexto, haverá que examinar as questões relativas à corrupção e as ligações entre esta e a criminalidade organizada. 9) Os chefes e os principais representantes dos organismos de controlo e inspecção da polícia reuniram-se com os chefes e os principais representantes do serviços anti-corrupção em Novembro de 2004 em Viena, no âmbito da Conferência AGIS sobre o reforço da cooperação operacional na luta contra a corrupção na União Europeia. Nesse contexto, salientaram a importância de reforçar ainda mais a sua cooperação, nomeadamente através de reuniões profissionais anuais, e acolheram favoravelmente a ideia de uma Rede Europeia Anti-Corrupção com base nas estruturas existentes. 10) Na sua Resolução de 14 de Abril de 2005 sobre uma política global da UE contra a corrupção, que está relacionada com a Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu e ao Comité Económico e Social Europeu sobre uma política global da UE contra a corrupção, o Conselho congratula-se com a Comunicação da Comissão e reafirma a importância do papel e do trabalho dos Estados Membros no desenvolvimento de uma política global e multifacetada contra a corrupção, tanto no sector público como no privado, em parceria com todos os intervenientes pertinentes da sociedade civil e das empresas. 11) É necessário empenhar toda a sociedade no desenvolvimento de uma parceria entre autoridades públicas nacionais, locais e regionais, organizações não governamentais, sector privado e cidadãos. A corrupção é um perigo social para a estabilidade e segurança das sociedades, pois mina as instituições e os valores da democracia, os valores éticos e a justiça, e põe em risco o desenvolvimento sustentável e o Estado de direito. Tem um impacto devastador sobre o desenvolvimento económico e social e provoca a degradação de serviços tais como a saúde, a educação, os transportes públicos ou o policiamento a nível local de que dependem sobretudo os membros mais carecidos da sociedade. 1 Programa da Haia: reforço da liberdade, da segurança e da justiça na União Europeia, JO C 53 de 03.03.2005, p. 1. 15629/05 mpm/jfs/rf 4

12) Entre os principais factores que contribuem para a corrupção contam-se a fragilidade das administrações públicas e das políticas de desenvolvimento, o colapso das instituições, a inadequação dos mecanismos de controlo, o subdesenvolvimento da sociedade civil, a fraqueza do sistema judicial, o desajustamento das remunerações dos funcionários públicos e a falta de responsabilização e de transparência. As causas da criminalidade são múltiplas e devem, por conseguinte, ser enfrentadas com medidas tomadas a diferentes níveis e por diferentes grupos da sociedade, em parceria com intervenientes com competências e experiências diversas, nomeadamente, e antes de mais, a sociedade civil e os meios de comunicação social livres e independentes. 13) A luta contra a corrupção abrange todas as medidas destinadas a reduzir ou a contribuir para reduzir a corrupção, quer através de actividades directamente operacionais, quer através de políticas e intervenções destinadas a reduzir o potencial de corrupção e as suas causas. Inclui o contributo dos governos, das autoridades competentes, dos serviços de justiça criminal, de autoridades locais e de associações especializadas que criaram na Europa, de sectores privados e voluntários, bem como de investigadores e do público, com o apoio de meios de comunicação social livres e independentes. 14) O reforço da cooperação internacional é um elemento fundamental na luta contra a corrupção. Ao manter uma cooperação efectiva, promover oportunidades, trabalhar em conjunto, partilhar boas práticas e desenvolver elevados padrões profissionais, será melhorada a luta contra todos os tipos de corrupção, em particular a corrupção e qualquer conduta incorrecta (criminosa) nos serviços de aplicação da lei. 15629/05 mpm/jfs/rf 5

DECIDE: Artigo 1.º Objectivo 1. É criada uma Rede Europeia Anti-Corrupção, a seguir designada "Rede". 2. O correcto funcionamento da Rede, nos termos da presente decisão, é assegurado por representantes nacionais na Rede e por um secretariado. Artigo 2.º Composição da Rede 1. A Rede é composta por pontos de contacto designados por cada Estado-Membro. 2. Cada Estado-Membro designa, no máximo, três pontos de contacto. 3. Esses pontos de contacto incluem representantes dos organismos de controlo e inspecção da polícia, mas também de outros serviços anti-corrupção pertinentes. 4. O Organismo Europeu de Luta Anti-Fraude (OLAF) designa igualmente um ponto de contacto. A Comissão, a Europol e a Eurojust serão associadas às actividades da Rede. Poderão ser associados aos trabalhos outros órgãos relevantes. 5. Cada Estado Membro assegura que os respectivos pontos de contacto disponham de conhecimentos suficientes de uma outra língua oficial da União, pelo menos, para poderem comunicar com os pontos de contacto dos outros Estados Membros. 15629/05 mpm/jfs/rf 6

Artigo 3.º Atribuições da Rede 1. A Rede contribui para desenvolver os diferentes aspectos da luta contra a corrupção a nível da União e apoia as acções de luta anti-corrupção a nível nacional. 2. Em particular, a Rede deve, numa base voluntária e sem prejuízo da legislação nacional: a) facilitar a cooperação, os contactos e as trocas de informações e de experiências entre os Estados Membros e entre os organismos nacionais, bem como entre os Estados Membros e o OLAF, outras instâncias da Comissão, o Conselho e outros grupos de peritos e redes especializadas em questões de luta contra a corrupção; b) promover uma intensificação da cooperação internacional através de diversas medidas práticas. Estas podem incluir, nomeadamente: reuniões regulares anuais dos chefes e principais representantes dos organismos nacionais de controlo e inspecção da polícia, bem como dos chefes e principais representantes dos serviços anti-corrupção de um Estado-Membro da Rede; acordos sobre intercâmbios de pessoal entre os organismos pertinentes dos Estados- -Membros tendo em vista incentivar a aprendizagem e a partilha de informações, e organização desses intercâmbios; conferências, seminários, reuniões e outras acções destinadas a promover a reflexão sobre estas questões específicas e a divulgar os seus resultados; criação e permanente actualização de um "Catálogo de Contactos" que abranja os dados e os pontos de contacto de todos os organismos nacionais de controlo e inspecção da polícia e dos serviços anti-corrupção nacionais; intercâmbio recíproco e programas comuns de formação entre as unidades e o público em geral, e desenvolvimento de boas práticas, códigos de conduta e manuais comuns; investigação sobre as potencialidades de um modelo de formação e qualificação profissional comum para as pessoas envolvidas no combate à corrupção, em particular as que se ocupam do controlo e inspecção da polícia; elaboração de programas normalizados de recrutamento e formação; publicação e intercâmbio de documentos analíticos, tais como relatórios gerais e específicos sobre temas relacionados com este domínio e relatórios e estatísticas anuais; 15629/05 mpm/jfs/rf 7

definição de normas mínimas para um Código de Deontologia Profissional para a polícia e os funcionários dos serviços de aplicação da lei encarregados das questões ligadas à luta anti-corrupção; apresentação de propostas tendentes à criação de bases de dados e redes comuns e à partilha de informações; apresentação de propostas tendentes ao lançamento de iniciativas de parceria entre o sector público e o sector privado no domínio da luta contra a corrupção; definição de normas mínimas destinadas a assegurar a responsabilização e a transparência em todos os aspectos. c) recolher e analisar as informações relativas às acções de luta anti-corrupção, à sua avaliação e à análise das melhores práticas; d) colocar a sua competência ao serviço do Conselho e da Comissão, sempre que necessário e a pedido destes, assistindo-os em todas as questões relacionadas com a corrupção; e) apresentar anualmente ao Conselho um relatório sobre as suas actividades, através das estruturas competentes, e indicar as áreas de acção prioritárias do seu programa de trabalho para o ano seguinte; solicitar ao Conselho que tome nota do relatório e proceda à sua aprovação e à sua transmissão ao Parlamento Europeu; f) desenvolver a cooperação com os países candidatos à adesão, com os países terceiros e com organismos e instâncias internacionais. Artigo 4.º Funcionamento da Rede Para a realização das suas atribuições, a Rede: a) privilegia uma abordagem multidisciplinar; 15629/05 mpm/jfs/rf 8

b) estabelece uma relação estreita, através dos pontos de contacto, com os serviços de aplicação da lei e a sociedade civil, bem como com os institutos de investigação e as organizações não governamentais dos Estados Membros; c) cria e mantém um sítio na Internet, onde inclua as informações pertinentes sobre os pontos de contacto e as actividades da Rede; d) empenha se em utilizar e promover os resultados pertinentes em matéria de luta contra a corrupção obtidos graças a actividades financiadas no âmbito dos programas da União; e) reúne-se pelo menos uma vez por semestre, por convocação do Estado-Membro que exerce a Presidência do Conselho. Artigo 5.º Representantes Nacionais 1. Em conjugação com as reuniões da Rede, os Representantes Nacionais na Rede, que serão um representante de cada Estado-Membro designado nos termos do n.º 3 do artigo 2.º, reúnem-se para decidir sobre as matérias referidas no n.º 3 do artigo 5.º, pelo menos uma vez em cada Presidência. A reunião dos Representantes Nacionais na Rede é presidida pelo representante do Estado-Membro que assegura a Presidência do Conselho. 2. Os Representantes Nacionais na Rede elaboram o regulamento interno, que deve ser aprovado por unanimidade. 3. Os Representantes Nacionais na Rede decidem do programa anual da Rede. Determinam, nomeadamente: os domínios prioritários a examinar, as principais acções específicas a realizar, tais como seminários e conferências, estudos e investigações e programas de formação. 15629/05 mpm/jfs/rf 9

4. Os Representantes Nacionais na Rede elaboram ainda o relatório anual de actividades da Rede. 5. As decisões dos Representantes Nacionais na Rede são aprovadas por unanimidade. Artigo 6.º Secretariado 1. O secretariado da Rede é assegurado pelos Estados-Membros. 6. O secretariado da Rede e as suas actividades são financiados pelos Estados-Membros. 7. O secretariado é responsável pela redacção do programa anual da Rede e do relatório anual de actividades da Rede. Assegura as actividades correntes da Rede, nomeadamente a comparação, análise e divulgação da informação em associação com os pontos de contacto nacionais. Assiste os membros da Rede na concepção, formulação e implementação de projectos. Cria e mantém o sítio Internet da Rede. O secretariado exerce as suas funções em estreita colaboração com os Representantes Nacionais na Rede. Artigo 7.º Notificações Os pontos de contacto nacionais e todas as alterações que lhes digam respeito são notificados ao Secretariado-Geral do Conselho no prazo de [ ]. 15629/05 mpm/jfs/rf 10

Artigo 8.º Entrada em vigor A presente decisão entra em vigor a partir do dia seguinte ao da sua aprovação/publicação. Feito em Bruxelas, [ ] Pelo Conselho O Presidente [ ] 15629/05 mpm/jfs/rf 11