ALGODÃO HERBÁCEO + AMENDOIM

Documentos relacionados
AVALIAÇÃO DO CONSÓRCIO ALGODÃO COLORIDO + FEIJÃO MACASSAR EM SISTEMA ORGÂNICO

COMPONENTES DE PRODUÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA ORDEM DOS RACEMOS NO RENDIMENTO DA MAMONEIRA CONSORCIADA COM FEIJÃO-CAUPI E AMENDOIM

CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis) EM DIFERENTES POPULAÇÕES

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 12

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES ARRANJOS DE PLANTAS EM CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO NA REGIÃO AGRESTE DO ESTADO DE ALAGOAS

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

AGRONOMIC TRAITS OF BRS 201 HERBACEOUS COTTON IN DIFFERENT PLANT ARRANGEMENTS, WITH AND WITHOUT PLANT GROWTH REGULATOR

POPULAÇÃO DE PLANTAS NO CONSÓRCIO MAMONEIRA / CAUPI.

COMPETIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS E ADUBAÇÃO NITROGENADA NO CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis)

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

ADUBAÇÃO NITROGENADA E QUALIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO E SEUS EFEITOS NA PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO *

QUALIDADE DA FIBRA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE PLANTIO DA SEMENTE DE ALGODÃO LINTADA, DESLINTADA E DESLINTADA E TRATADA *

ADENSAMENTO DE SEMEADURA EM TRIGO NO SUL DO BRASIL

POPULAÇÃO DE PLANTAS NO CONSÓRCIO MAMONEIRA / MILHO.

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS EM CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO SUBMETIDAS A DIFERENTES POPULAÇÕES DE PLANTAS. (*)

TEOR DE ÓLEO E RENDIMENTO DE MAMONA BRS NORDESTINA EM SISTEMA DE OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

RENDIMENTO E USO EFICIENTE DA TERRA DO CONSÓRCIO DA MAMONEIRA COM FEIJÃO- CAUPI E AMENDOIM.

DESEMPENHO AGRONÔMICO DO ALGODÃO EM CONSÓRCIO COM CULTURAS ALIMENTARES E OLEAGINOSAS 1 INTRODUÇÃO

POPULAÇÃO DE PLANTAS E ÌNDICE DE USO DE EFICIÊNCIA DA TERRA NO CONSÓRCIO DO ALGODOEIRO SEMIPERENE/MILHO

DESBASTE CONTROLADO DOS RAMOS LATERAIS E POPULAÇÃO DE PLANTAS NA CULTURA DA MAMONEIRA

POPULAÇÃO DE PLANTAS, USO DE EFICIÊNCIA DA TERRA E ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO CONSÓRCIO MAMONEIRA / MILHO.

EFEITO DO ESPAÇAMENTO E DENSIDADE DE PLANTAS SOBRE O COMPORTAMENTO DO ALGODOEIRO (*)

Consórcio Algodão Herbáceo + Gergelim: Fatores, Época Relativa de Plantio e Configurações, Efeitos no Gergelim

POPULAÇÃO DE PLANTAS, USO DE EFICIÊNCIA DA TERRA E ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DO CONSÓRCIO MAMONEIRA / SORGO

PARCELAMENTO DA COBERTURA COM NITROGÊNIO PARA cv. DELTAOPAL E IAC 24 NA REGIÃO DE SELVÍRIA-MS

EFFECT OF PLANTS ARRANGEMENTS AND GROWTH REGULATOR MEPIQUAT CHLORIDE IN THE YIELD AND RESISTANCE FIBER IN THE SERTÃO REGION OF ALAGOAS STATE

QUALIDADE DA FIBRA DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO HERBÁCEO EM DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NITROGENADA NO AGRESTE DO ESTADO DE ALAGOAS

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

TAXAS DE CRESCIMENTO EM DIÂMETRO CAULINAR DA MAMONEIRA SUBMETIDA AO ESTRESSE HÍDRICO-SALINO(*)

ARRANJO DE FILEIRAS NO CONSÓRCIO MAMONA/MILHO

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO INICIAL DE HÍBRIDOS DE MAMONEIRA COM SEMENTES SUBMETIDAS AO ENVELHECIMENTO ACELERADO

Viabilidade produtiva de cenoura em cultivo solteiro e consorciado com rúcula e alface em Mossoró-RN.

QUALIDADE DE SEMENTES DE ALGODOEIRO, CULTIVARES BRS VERDE E CNPA 7H, ARMAZENADAS EM CÂMARA SECA

PRODUTIVIDADE DA CULTIVAR BRS ENERGIA EM FUNÇÃO DA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO E POPULAÇÕES DE PLANTAS

CRESCIMENTO INICIAL E DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE GERGELIM EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO Apresentação: Pôster

AVALIAÇÃO DA FITOMASSA E COMPRIMENTO DAS RAÍZES DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA INFLUENCIADOS PELA FERTILIZAÇÃO ORGÂNICA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1047

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

AVALIAÇÂO DO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DO ALGODOEIRO SUBMETIDO A ADENSAMENTO E MANEJO DE REGULADOR DE CRESCIMENTO* INTRODUÇÃO

FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO SUBMETIDO À ADUBAÇÃO SILICATADA

EFEITO DA COMBINAÇÃO DE ESPAÇAMENTO X POPULAÇÃO DE PLANTA X NÍVEL DE ADUBAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO E RENDIMENTO DO ALGODOEIRO

COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA EM TERESINA PIAUÍ EM MONOCULTIVO E CONSORCIADOS COM FEIJÃO-CAUPI*

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 888

ÉPOCAS DE SEMEADURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA *

ANÁLISE DE CRESCIMENTO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO, CULTIVAR BRS 201

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE PATOS-PB

FONTES ORGÂNICAS DE NUTRIENTES E SEUS EFEITOS NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA*

RESPOSTA DE MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis À ADUBAÇÃO, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE PLANTIO DA SEMENTE DE ALGODÃO LINTADA, DESLINTADA E DESLINTADA E TRATADA *

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

ADUBAÇÃO DA MAMONEIRA DA CULTIVAR BRS ENERGIA.

EFICIÊNCIA COMPARATIVA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA NO CRESCIMENTO E NA PRODUÇÃO DO ALGODOEIRO CULTIVADO NO MUNICÍPIO DE SALGADO DE SÃO FÉLIX - PB

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE CAMPINA GRANDE-PB

ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E RENDIMENTO DE GRÃOS DE MILHO SOB DO CULTIVO CONSORCIADO COM ADUBOS VERDES. Reges HEINRICHS. Godofredo César VITTI

RENDIMENTO E QUALIDADE DE FIBRA E FIO DO ALGODÃO COLORIDO BRS 200 CONSORCIADO COM FEIJÃO MACASSAR EM SISTEMA ORGÂNICO 1

ARRANJO DE PLANTAS PARA LINHAGENS E CULTIVAR DE ALGODOEIRO NO ESTADO DE GOIÁS

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIA EM SEMEADURA TARDIA

Gessi Ceccon, Giovani Rossi, Marianne Sales Abrão, (3) (4) Rodrigo Neuhaus e Oscar Pereira Colman

ÍNDICE DE ESPIGAS DE DOIS HÍBRIDOS DE MILHO EM QUATRO POPULAÇÕES DE PLANTAS E TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NA SAFRINHA

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA EM AMBIENTES E POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIAS

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 637

ARRANJOS ESPACIAIS NO CONSÓRCIO DA MANDIOCA COM MILHO E CAUPI EM PRESIDENTE TANCREDO NEVES, BAHIA INTRODUÇÃO

RENDIMENTO DE GRÃOS DE FEIJÃO-CAUPI EM SISTEMA CONSORCIADO COM SORGO IRRIGADO NO NORTE DE MINAS GERAIS

REGULADORES DE CRESCIMENTO E ADUBAÇÃO NITROGENADA EM VARIEDADES DE DIFERENTES PORTES DE ALGODOEIRO HERBÁCEO

DESEMPENHO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUL MARANHENSE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MA TO GRO S SO DO SUL

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE SEMEADURA, NO MUNÍCIPIO DE SINOP-MT

FITOMASSA DA MAMONEIRA (Ricinus cumunnis L.) CULTIVAR BRS ENERGIA ADUBADA ORGANICAMENTE

ESPAÇAMENTOS REDUZIDOS NA CULTURA DO ALGODOEIRO: EFEITOS SOBRE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS *

ADEQUAÇÃO DE POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIA EM CONSÓRCIO COM MILHO SAFRINHA EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

Épocas relativas de plantio e adubação nitrogenada: índices agroeconômicos do algodoeiro consorciado com gergelim 1

INFLUÊNCIA DA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO E POPULAÇÃO DE PLANTAS EM COMPONENTES DE PRODUÇÃO DA MAMONA CULTIVAR BRS ENERGIA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1213

Desempenho do Consórcio Milho-braquiária: Populações de Plantas e Modalidades de Semeadura de Urochloa brizantha cv. Piatã

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 593

RESPOSTA DE HÍBRIDOS DE MILHO AO NITROGÊNIO EM COBERTURA

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUDOESTE PIAUIENSE

Produção e renda bruta da cenoura Brasília e do almeirão Folhas Amarelas, em cultivo solteiro e consorciado

INFLUÊNCIA DE DOSES E TIPOS DE ADUBOS NO DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1599

NUTRIÇÃO DA MAMONEIRA CONSORCIADA COM FEIJÃO COMUM EM FUNÇÃO DO PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA


Instituto de Ensino Tecnológico, Centec.

MANEJO DE PLANTIO E ORDEM DO RACEMO NO TEOR DE ÓLEO E MASSA DE SEMENTES DA MAMONEIRA

l«x Seminário Nacional

PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA DO MILHO HÍBRIDO AG7088 VT PRO3 CULTIVADO SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO NA PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO/MG

EFEITOS DE DIFERENTES QUANTIDADES DE ÁGUA DE IRRIGAÇÃO E DE DENSIDADES POPULACIONAIS NA CULTURA DA MAMONA

EFEITOS DE DIFERENTES NÍVEIS DE ENCHARCAMENTO DO SOLO NO CRESCIMENTO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO - PARTE 2

DESENVOLVIMENTO DO ALGODÃO HERBÁCEO cv. BRS 201 SOB IRRIGAÇÃO NO CARIRI CEARENSE

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 726

ENSAIO REGIONAL DE LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO DO NORDESTE

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 341

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

SELETIVIDADE DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (RICINUS COMMUNIS L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA

Transcrição:

INDICADORES Indicadores AGROECONÔMICOS agroeconômicos na NA avaliação AVALIAÇÃO do consórcio... DO CONSÓRCIO ALGODÃO HERBÁCEO + AMENDOIM 1467 Agroeconomic indicators on the evaluation of cotton + peanut intercropping Afrânio César de Araújo 1, Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão 2, Martival dos Santos Morais 3, Jussiara de Lima Oliveira Araújo 4, Jorge Luiz Xavier Lins Cunha 5, Stênio Lopes Paixão 5 RESUMO Objetivou-se estudar a influência de cultivares de algodão e amendoim e épocas relativas de semeadura em consórcio, verificando-se as relações de competitividade entre as duas culturas. O experimento foi conduzido no município de Missão Velha, CE, Brasil, no campo experimental da Embrapa Algodão, no ano agrícola de 2002. Foram analisados 20 tratamentos com 4 repetições, em delineamento estatístico de blocos ao acaso, em esquema de análise fatorial 2 x 2 x 4 + 2 + 2, cujos fatores foram duas cultivares de algodão (BRS 186 precoce 3 e BRS 201), duas cultivares de amendoim (L7 e BR-1), quatro épocas de semeadura (0; 7; 14 e 21 dias) mais as testemunhas isoladas das duas cultivares de algodoeiro e amendoim.considerando os resultados obtidos para renda bruta, renda líquida e taxa de retorno, considerou-se que não houve vantagem econômica para o produtor quando o algodão foi semeado em consórcio com o amendoim, já que os valores referentes ao consórcio foram menores do que os cultivos isolados. Termos para indexação: Indicadores econômicos, competição, UET. ABSTRACT One aimed with this work to study the influence of cotton and peanut cultivars and relative planting times as intercropping, being verified the relationships of competitiveness among the two cultures. The experiment was carried out in Missão Velha, Ceará State, Brazil, at Cotton Experimental Field of Embrapa in the agricultural year of 2002. Twenty treatments were tested with 4 repetitions, in a randomized block with 2 x 2 x 4 + 2 + 2 factorial, the factors being two cultivars of cotton (BRS 186 precocious 3 and BRS 201), two cultivars of peanut (L7 and BR-1), four planting times (0; 7; 14 and 21 days) plus the isolated controls of the two cultivars of cotton and peanut crops. Considering the results obtained for rude income, surrender liquid and rates of return, one considered that there was not economical advantage for the producer when the cotton was planted in intercrop with the peanut, since the referring values to the intercrop were smaller than the isolated cultivations. Index terms: Economical pointers, competition, LER. (Recebido em 23 de março de 2007 e aprovado em 2 de janeiro de 2008) INTRODUÇÃO A prática de consórcios, em especial, de oleaginosas com culturas alimentares como cereais e leguminosas vem sendo utilizada pelo pequeno produtor como maneira de solucionar problemas relacionados às irregularidades climáticas no semi-árido (BELTRÃO et al., 1984). Por apresentarem maior diversidade cultural, os agrossistemas consorciados podem representar, de certa forma, um retorno ao ambiente natural, tendo portanto, maior estabilidade. Consórcios são também bastante utilizados de modo a beneficiar tanto a dieta quanto a receita econômica do produtor, que fica menos sujeito a perdas totais da produção devido a estresse hídrico, ataque de pragas ou prejuízos decorrentes da oscilação de preço no mercado. Os principais inconvenientes dos consórcios são as dificuldades na utilização de tecnologia de alto nível, principalmente operações mecanizadas relacionadas à capinas, aplicação de inseticidas, fungicidas, herbicidas, adubação e irrigação, além de sombreamento e esgotamento de solo, por conta da intensa utilização da área (PORTES, 1996). Em função do seu valor nutricional e das variadas formas de consumo, o amendoim (Arachis hypogaea L.) é uma oleaginosa bastante cultivada no Brasil. O seu alto 1 Biólogo, Mestre Centro de Ciências Agrárias/CECA Departamento de Fitossanidade Universidade Federal de Alagoas/UFAL Br 104, Km 85 Campos Delza Gitai 57100-000 Rio Largo, AL afraniobiologo@hotmail.com 2 Engenheiro Agrônomo, Doutor Departamento de Manejo Cultural/MC Embrapa Algodão Rua Osvaldo Cruz, 1143 Centenário Cx. P. 174 58107-720 Campina Grande, PB napoleao@cnpa.embrapa.br 3 Biólogo, Mestre Departamento de Biologia/DB Universidade Aberta Vida/UNAVIDA Rodovia Br 230, s/n 58037-000 João Pessoa, PB martivalcg@bol.com.br 4 Graduanda em Biologia Centro de Ciências Biológicas e da Saúde/CCMS Departamento de Biologia Universidade Estadual da Paraíba/UEPB Avenida das Baraúnas, 351 Campus Universitário Bodocongó 58109-753 Campina Grande, PB jussiaralima@hotmail.com 5 Engenheiros Agrônomos, Mestrandos em Agronomia Centro de Ciências Agrárias/CECA Departamento de Fitossanidade Universidade Federal de Alagoas/UFAL Br 104, Km 85 Campos Delza Gitai 57100-000 Rio Largo, AL jlxlcunha@yahoo.com.br; stenio_lopes@ig.com.br

1468 ARAÚJO, A. C. de et al. poder de adaptação às mais variadas condições contribui também para a sua grande distribuição no País. Na Paraíba, embora essa não seja uma cultura tradicional, o ciclo curto e a fácil comercialização que essa leguminosa apresenta impulsionam o seu cultivo. Embora já tenha sido utilizado como alimento animal, o amendoim é hoje uma importante fonte nutritiva, em vários países em desenvolvimento (SILVA & BELTRÃO, 1998). Tanto o algodão quanto o amendoim já são cultivados em consórcio com várias culturas. No entanto, a literatura envolvendo a associação entre estes dois vegetais é praticamente inexistente no Brasil. O algodão (Gossypium hirsutum L. r) é bastante resistente à seca embora seja exigente em sais minerais. O amendoim, por sua vez, além de ser uma importante fonte nutritiva para o homem, sendo uma leguminosa, estabelece uma relação simbiótica com bactérias fixadoras de nitrogênio. O consórcio entre esses dois vegetais merece ser melhor estudado já que há a possibilidade de uma produção satisfatória para ambas as culturas, quando associadas. Nos últimos anos foram realizados alguns trabalhos envolvendo a consorciação entre algodão e a também oleaginosa gergelim (Sesamum indicum L.). Beltrão et al. (2001a,b) estudaram o comportamento dos fatores cultivares e configurações de plantio, em quatro épocas relativas de plantio (0; 7; 14; 21 dias), no consórcio gergelim x algodão. A avaliação dos agrossistemas consorciados deve envolver indicadores econômicos e agroeconômicos, tais como: índice de uso eficiente da terra (UET), índice de agressividade, coeficiente relativo populacional, vantagem monetária e renda líquida, que parece ser a variável econômica mais indicada para a avaliação de consórcios comparando-os ao monocultivo. Se bem equilibrados e definidos, principalmente em relação à cultivares, configurações de plantio e arranjo de plantas, os sistemas consorciados apresentam quase sempre vantagem monetária (BELTRÃO, 2001a). Objetivou-se, com este trabalho, avaliar a influência de cultivares de algodão e amendoim e épocas relativas de semeadura em consórcio, a partir de indicadores agroeconômicos que podem ser utilizados em confrontações de agroecossistemas consorciados e solteiros, visando a eleição dos sistemas mais vantajosos. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em condições de sequeiro, no Campo Experimental da EMBRAPA da cidade de Missão Velha, CE, região do Cariri, a 7 42 07" de latitude e 39 24 18" de longitude, altitude de 360 m. A precipitação pluviométrica total, no período de condução do experimento (fevereiro a julho) foi de 490,6 mm. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com 4 repetições envolvendo 20 tratamentos em esquema de análise fatorial 2 x 2 x 4 + 2 + 2, cujos fatores foram: duas cultivares de algodão, duas cultivares de amendoim em quatro épocas de semeadura, sendo a leguminosa plantada ao mesmo tempo, 7, 14 e 21 dias após a malvácea, mais as culturas isoladas. O espaçamento no monocultivo foi de 1,0 x 0,2 m para o algodão e 0,5 x 0,2 m para o amendoim. No consórcio, o amendoim foi semeado entre as fileiras do algodão, à uma distância de 0,5 m, em relação à malvácea. Utilizaram-se as cultivares BRS 186-Precoce 3 e a BRS 201 para o algodão e as L7 e BR-1, para o amendoim. A adubação NPK foi realizada nas quantidades: 10 kg ha -1 de N, 80 kg ha -1 de P 2 O 5 e 60 kg ha -1 de K 2 O, apresentando como fontes sulfato de amônio, superfosfato triplo e cloreto de potássio, respectivamente, aplicados em função das exigências nutricionais segundo recomendações de Mendes (1965). O solo do local é de textura arenosa e classificado como Neossolo Regolítico (EMBRAPA, 1999). Foram analisadas as seguintes variáveis: índice de uso eficiente da terra (UET), que corresponde à área relativa da terra, sob condições de plantio isolado, e é utilizada para delinear os rendimentos alcançados no consórcio; índice de agressividade, que refere-se primordialmente às relações de competitividade (quando seu valor é zero, tem-se o indicativo de que as duas espécies serão iguais em relação à força de competição, quando seu valor é diferente de zero, as forças de competição são diferentes, sendo que a de sinal positivo predomina em relação a de sinal negativo); coeficiente relativo populacional, que relaciona-se com as relações competitivas interespecíficas em um consórcio; renda bruta, que corresponde ao valor total da produção das duas culturas envolvidas, sem considerar os custos; renda líquida, que corresponde ao valor total líquido da produção das duas culturas envolvidas; e taxa de retorno, que corresponde à relação entre a renda bruta e o total dos custos da produção. Após a efetivação da análise de variância (ANOVA), os dados obtidos foram submetidos ao teste de Tukey e regressão através de polinômios ortogonais (regressão polinomial), segundo recomendações de Gomes (1985). RESULTADOS E DISCUSSÃO Com relação ao UET houve significância apenas para o fator épocas relativas de semeadura (P< 0,01) e

Indicadores agroeconômicos na avaliação do consórcio... 1469 interações entre os fatores cultivares de amendoim x épocas relativas de semeadura (P< 0,01) e cultivares de algodão x cultivares de amendoim (P< 0,05). O efeito da interação tripla entre os três fatores trabalhados não foi significativo para nenhuma das variáveis analisadas neste trabalho. Quanto ao fator épocas relativas de semeadura, aos 7, 14 e 21 dias de semeadura do amendoim, após a semeadura do algodão, o sistema consorciado proporcionou UET abaixo de 1,00, o que implica dizer que o consórcio algodoeiro herbáceo + amendoim só proporciona vantagem biológica em relação ao monocultivo quando a leguminosa é semeada ao mesmo tempo que a malvácea (Figura 1). Mesmo assim a superioridade do consórcio foi de apenas 7%, muito pequena em função da redução da produtividade do amendoim. Além do mais, a simples avaliação de agrossistemas consorciados a partir do UET não é muito confiável, pois ele fornece apenas a dimensão física do sistema (BELTRÃO, 1984). No que toca ao efeito da interação significativa entre os fatores cultivares de algodão e cultivares de amendoim para o UET, verificou-se que, quando o consórcio envolve as cultivares BRS 201 de algodão e L7 de amendoim o índice de uso eficiente da terra se eleva. Mesmo assim, o valor ficou abaixo de 1,00, o que evidencia a desvantagem do sistema consorciado em relação ao monocultivo (Tabela 1). UET 0 0,4 0,8 UET 1,2 1,6 2 BRS 186 = 0,9275 0,0132x 0,0004x 2 (R 2 = 0,70**) BRS 201 = 1,248 0,0867x 0,0028x 2 (R 2 = 0,99**) 0 7 14 21 Épocas relativas de plantio do amendoim (Dias) Figura 1 Regressão do índice de uso eficiente de terra (UET) em função das épocas relativas de semeadura do amendoim. Épocas relativas de semeadura/algodão. Tabela 1 Desdobramento da interação significativa entre os fatores cultivares de algodão e cultivares de amendoim, para a variável uso eficiente da terra (UET). Cultivares de e algodão UET L7 BR 1 BRS 186 0,67 aa 0,79 aa BRS 201 0,85 ba 0,77 aa Médias assinaladas pela mesma letra maiúscula nas linhas e por mesma letra minúscula nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Quanto à variável índice de agressividade apenas o fator épocas relativas de semeadura foi significativo, a 1% de probabilidade. O algodoeiro foi sempre mais agressivo que o amendoim. As épocas relativas de semeadura da leguminosa constituíram elemento de fundamental importância para a avaliação do sistema, pois o índice de agressividade aumentou de modo contínuo em função das épocas de semeadura. Quando o amendoim foi semeado no mesmo dia que o algodoeiro, o valor médio para essa variável foi 0,23. Já quando semeada 21 dias após a malvácea, a leguminosa sofreu forte competição, elevando-se o índice para 0,59 (Figura 2). Percebe-se que, na medida em que se distanciou a semeadura do amendoim, a intensidade da competição imposta pelo algodoeiro foi gradualmente elevada, o que acabou por suprimir qualquer reação por parte da leguminosa, principalmente nas duas últimas épocas de semeadura (14 e 21 dias). Agressividade 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 = 0,2345 + 0,0392x 0,0011x 2 (R 2 = 0,99**) 0 0 7 14 21 Épocas relativas de plantio Figura 2 Regressão do índice de agressividade, em função das épocas relativas de semeadura.

1470 ARAÚJO, A. C. de et al. A competição por fatores de crescimento (água, nutrientes e luz) afeta o rendimento das culturas consortes, sendo a luz um dos principais, senão o principal fator limitante e que constitui importante empecilho à utilização de consórcios (PORTES, 1996; TRENBATH, 1979). A menor disponibilidade de energia luminosa, por conta do sombreamento muitas vezes verificado em consórcios provoca diminuição da taxa fotossíntética. Em conseqüência, os fatores de produção, de modo geral, são afetados. Com relação ao coeficiente relativo populacional (K), apenas para o índice Kam (amendoim) houve efeito significativo para os fatores cultivares de amendoim ((P< 0,01) e épocas relativas de semeadura (P< 0,01), bem como para a interação entre esses fatores (P< 0,01) (Tabela 2). Tabela 2 Médias dos tratamentos considerando-se a variável coeficiente relativo populacional para o algodão (Kalg.) e para o amendoim (Kam.). Fatores Kalg. Kam. Cultivares de amendoim L7 3,14 a 0,16 b BR 1 3,07 a 0,32 a Média 3,12 0,22 Médias seguidas de mesma letra em cada coluna e para cada fator não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Este indicador relaciona-se com as relações competitivas interespecíficas em um consórcio. Se uma espécie apresenta um coeficiente relativo populacional menor, igual ou maior que a unidade, significa dizer que ela produz menos, igual ou mais que a produção esperada. Avaliando-se a variável coeficiente relativo populacional de forma isolada, pode-se concluir que a cultivar BR 1 é mais resistente à competição interespecífica (Kam. de 0,32), comparando-a com a L7 (Kam. de 0,16). Na figura 3, observa-se uma queda progressiva significativa do índice Kam. ao longo das épocas de plantio do amendoim, o que culminou com Kam. igual a 0,0, nas duas últimas épocas (14 e 21 dias após a semeadura do algodão). Quanto à renda bruta, houve efeito significativo apenas para o fator cultivares de algodão (P< 0,01), para a interação significativa entre os fatores cultivares de algodão e cultivares de amendoim (P< 0,05), e para os contrastes monocultivo vs consórcio, para as duas cultivares de algodão e amendoim (P< 0,05), conforme análise de variância. Analisando-se a tabela 3, verifica-se que a cultivar BRS 201, de algodão quando consorciada com a cultivar L7 de amendoim possibilitou maior renda bruta: R$ 3.614,46, com o kg de algodão sendo cotado a R$ 1,30 e o kg de amendoim sendo cotado a R$ 1,50. Comparando as testemunhas de algodão e amendoim com o cultivo consorciado observa-se que as duas cultivares de amendoim, em cultivo solteiro foram responsáveis por uma renda bruta bem inferior ao consórcio, sendo que a cultivar L7 foi a que apresentou menor valor (Tabela 4). A renda bruta do algodão solteiro (independentemente da cultivar) foi bem maior comparada com a proporcionada pelo consórcio. Nesse caso, a redução da renda bruta chegou até 60%. Por outro lado, em trabalho no qual algodoeiro herbáceo foi consorciado com sorgo Beltrão et al. (1986b) verificaram que o monocultivo de algodão proporcionou renda bruta maior que o sistema consorciado. No consórcio algodoeiro herbáceo + feijão caupi pitiúba Beltrão et al. (1986a) observaram resultados semelhantes, ou seja, a renda bruta do sistema consorciado foi menor que a do algodão solteiro. Com relação à renda líquida, houve efeito significativo apenas para o fator cultivares de algodão (P< 0,05) e para os contrastes entre os monocultivos duas cultivares de algodão e amendoim vs o consórcio (P< 0,01), conforme análise de variância. Coeficiente relativo populacional do amendoim 2 1,6 1,2 0,8 0,4 0 L7 = 0,4395 0,051x + 0,0015x 2 (R 2 = 1,00**) BR 1 = 1,0275 0,134x + 0,0039x 2 (R 2 = 0,99**) 0 7 14 21 Épocas relativas de plantio (Dias) Figura 3 Regressão do coeficiente relativo populacional em função das épocas relativas de semeadura.. Épocas relativas de semeadura/amendoim.

Indicadores agroeconômicos na avaliação do consórcio... 1471 Tabela 3 Desdobramento da interação significativa entre os fatores cultivares de algodão e cultivares de amendoim, em sistema de consórcio para as variáveis renda bruta e taxa de retorno. Cultivares de algodão Renda Bruta (R$) Taxa de Retorno Cultivares de amendoim L7 BR 1 L7 BR 1 BRS 186 2671,73 ba 3057,08 aa 2,97 ba 3,38 aa Brs 201 3614,46 aa 3110,75 aa 3,96 aa 3,45 aa Médias assinaladas pela mesma letra maiúscula nas linhas e por mesma letra minúscula nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Tabela 4 Comparação entre as médias dos monocultivos de algodão e amendoim e o sistema consorciado, em função das variáveis renda bruta, renda líquida e taxa de retorno. Sistemas de cultivo Renda bruta (R$) Renda líquida (R$) Taxa de retorno BRS 186 Monocultivo 5056,00 a 4156,00 a 5,62a Consórcio 3113,51 b 2213,49 b 3,44 b BRS 201 Monocultivo 5390,50 a 4490,50 a 6,01 a Consórcio 3113,51 b 2213,49 b 3,44 b L7 Monocultivo 596,10 b -303,82 b 0,66 b Consórcio 3113,51 a 2213,49 a 3,44 a BR1 Monocultivo 830,99 b -69,01 b 0,92 b Consórcio 3113,51 a 2213,49 a 3,44 a Médias assinaladas pela mesma letra nas colunas e para cada fator não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. O algodoeiro BRS 201 foi o que proporcionou maior valor, tanto em consórcio quanto em cultivo isolado com redução significativa dos valores referentes a essa variável quando as duas cultivares foram consorciadas com o amendoim (Tabela 4). Para o algodoeiro BRS 201, a redução foi de 46,74 % enquanto que, para o algodoeiro BRS 286 Precoce 3, a redução foi de 50,70 %. Os resultados encontrados para o consórcio algodoeiro herbáceo e amendoim foram insatisfatórios já que a renda líquida da leguminosa, mesmo solteira, foi negativa. Portanto, o cultivo do amendoim não compensou a redução da renda líquida proporcionada pelo algodoeiro, por conta do consórcio. Quanto à variável taxa de retorno foi verificado efeito significativo, apenas para o fator cultivares de algodão (P< 0,01), para a interação entre os fatores cultivares de algodão e cultivares de amendoim (P< 0,05) (Tabela 3) e para os contrastes entre os monocultivos duas cultivares de algodão e amendoim vs o consórcio (P< 0,01), conforme análise de variância (Tabela 4). Julgando-se apenas esse índice considera-se mais eficiente o sistema algodão BRS 201 isolado, com valor de 6,01. A mesma cultivar de algodão, consorciada ao amendoim L7 possibilitou uma taxa de retorno de 3,96, maior valor encontrado para o cultivo consorciado. Verificou-se, portanto, redução significativa dos valores referentes a essa variável quando optou-se pelo consórcio entre a malvácea e a leguminosa (Tabela 4). Tal fato ocorreu, principalmente, em função das baixas produtividades do amendoim, já que esse índice refere-se à relação entre a renda bruta e o custo total da produção. Beltrão et al. (2001a) encontraram para o consórcio algodão herbáceo 186 Precoce 3 + gergelim uma taxa de retorno média de 2,17. Beltrão et al. (1986b), trabalhando com algodão herbáceo CNPA 2H, consorciado com sorgo, observou que apenas um tratamento consorciado

1472 ARAÚJO, A. C. de et al. apresentou taxa de retorno maior do que a testemunha. Já no consórcio da mesma cultivar de algodão herbáceo com feijão caupi Beltrão et al. (1986a) encontraram taxas de retorno sempre maiores, em relação ao monocultivo de algodão. CONCLUSÕES O algodão foi mais competitivo nas duas últimas épocas relativas de semeadura, quando o amendoim foi semeado 14 e 21 dias após o algodão. De acordo com o índice de uso eficiente da terra, a área foi melhor aproveitada quando o amendoim foi semeado ao mesmo tempo que o algodão, pois seus valores estiveram abaixo de 1,0 nas três últimas épocas de semeadura, sendo a malvácea muito mais competitiva. Considerando-se os indicadores econômicos renda bruta, renda líquida e taxa de retorno não houve, no caso em tela, vantagem econômica para quando o algodão foi plantado em consórcio com o amendoim, já que os valores referentes ao consórcio foram menores do que os cultivos isolados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELTRÃO, N. E. de M.; NÓBREGA, L. B. da; AZEVEDO, D. M. P. de; VIEIRA, D. J. Comparação entre indicadores agroeconômicos de avaliação de agroecossistemas consorciados e solteiros envolvendo algodão ÜPLAND e feijão CAUPI. Campina Grande: Embrapa-CNPA, 1984. 36 p. BELTRÃO, N. E. de M.; NÓBREGA, L. B. da; AZEVÊDO, D. M. P. de; VIEIRA, D. J.; CRISÓSTOMO, J. R. Algodoeiro herbáceo em consórcio com cultivares de caupi. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 21, n. 3, p. 271-284, mar. 1986a. BELTRÃO, N. E. de M.; PEREIRA, J. R.; OLIVEIRA, J. N. de. Consorciação algodoeiro herbáceo e gergelim: efeitos dos fatores cultivares, configurações de plantio e épocas relativas de plantio III: indicadores econômicos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 3., 2001, Mato Grosso do Sul. Anais... Campina Grande: Embrapa-CNPA, 2001a. p. 615-617. BELTRÃO, N. E. de M.; PEREIRA, J. R.; OLIVEIRA, J. N. de. Consorciação algodoeiro herbáceo e gergelim: efeitos dos fatores cultivares, configurações de plantio e épocas relativas de plantio IV: indicadores de competição. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 3., 2001, Mato Grosso do Sul. Anais... Campina Grande: Embrapa-CNPA, 2001b. p. 622-624. BELTRÃO, N. E. de M.; VIEIRA, D. J.; AZEVÊDO, D. M. P. de; NÓBREGA, L. B. da. Importância da configuração de plantio e da cultivar de sorgo em consórcio com o algodoeiro herbáceo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 21, n. 2, p. 173-185, fev. 1986b. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de Janeiro, 1999. 412 p. GOMES, F. P. Curso de estatística experimental. 11. ed. Piracicaba: Nobel, 1985. 466 p. MENDES, H. C. Cultura e adubação do algodoeiro. São Paulo: Instituto Brasileiro de Potassa, 1965. 471 p. PORTES, T. de A. Produção de feijão nos sistemas consorciados. Goiânia: Embrapa-CNPAF, 1996. 50 p. SILVA, M. B. da; BELTRÃO, N. E. de M. Níveis populacionais e configurações de plantio na cultura do amendoim, em regime de sequeiro na mesorregião do agreste da Borborema do Estado da Paraíba. Revista de Oleaginosas e Fibrosas, Campina Grande, v. 4, n. 1, p. 23-34, 1998. TRENBATH, B. R. Plant Interactions in mixed crop comunities. In: PAPENDICK, R. I. et al. Multiple cropping. Madison: American Society of Agronomy, 1979. p. 129-69.