UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE



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Transcrição:

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE FINANÇAS BM&F AUTORA Waldemira Claudia de S. Rezende ORIENTADORES Marco Antonio Chaves Fabiana Muniz Rio de Janeiro, RJ, setembro/2002.

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE BM&F AUTORA Waldemira Claudia de S. Rezende Trabalho Monográfico apresentado como requesito parcial para obtenção do Grau de Espcialista em Gestão de Finanças. Rio de Janeiro, RJ, setembro/2002.

Sumário: P 1. Introdução...1 e 2 2. Estrutura...3 e 4 Membro de Compensação Corretora de Mercadorias Operador Especial Socio DL Sócio DO Corretora de Mercadorias Agrícolas Corretora Especial Operador Especial de Mercadorias Agrícolas Corretor de Algodão Sócio Efetivo Sócio Honorário 3. Administração...4, 5 e 6 4. Serviços...6, 7 e 8 Pregão de Viva Voz Sistema de Registro de Operações do Mercado de Balcão Global Trading System (GTS) Sisbex Negociação Sisbex-Registro Sistema de Custódia Classificação de Café e Algodão Teleouro 5. Objetivos...8 e 9 6. Modalidades de Operações...9, 10 e 11 Mercado Futuro Mercado de Opções Opções sobre disponível Opções sobre Futuro Opções Flexíveis Termo Swaps Disponível 7. Sistema de Clearing...11 e 12 8. Fluxo de Transação / Registro na BM&F...13 9. Modelo Operacional...14 10. Contraparte...14, 15 e 16 Liquidação Financeira Liquidação Física 11. Salvaguardas da Clearing...16, 17, 18, 19, 20 e 21 Liquidação das Operações D+1 Ajustes Diários

Margem inicial e adicional de garantia Limites Operacionais Caução de Títulos Fundos Fundos Especiais de Liquidez dos Membros de Compensação Fundos de Liquidação de Operações Fundo de Garantia dos Investidores 12. Ativos aceitos como garantia...22 e 23 13. Responsabilidade dos Associados...23, 24 e 25 14. Critérios para execução de garantias...25 e 26 15. Controles...26 e 27 Cadastro e credenciamento Custódia 16. Conclusão...28 e 29 17. Bibliografia...30 18. Agradecimento...30

BM & F - Bolsa de Mercado e Futuros Introdução Empresários paulistas, ligados à exportação, ao comércio e à agricultura, criaram, em 26 de outubro de 1917, a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (BMSP). Primeira no Brasil a introduzir operações a termo, alcançou, ao longo dos anos, rica tradição na negociação de contratos agropecuários, particularmente café, boi gordo e algodão. Em julho de 1985, surge a Bolsa Mercantil & de Futuros, a BM&F. Seus pregões começam a funcionar em 31 de janeiro de 1986. Em pouco tempo, conquista posição invejável entre suas congêneres, ao oferecer à negociação de produtos financeiros em diversas modalidades operacionais. Em 9 de maio de 1991, BM&F e BMSP fecham acordo para unir suas atividades operacionais, aliando a tradição de uma ao dinamismo da outra. Surge então a Bolsa de Mercadorias & Futuros, mantendo a sigla BM&F. Em 30 de junho de 1997, ocorre novo acordo operacional, agora com a Bolsa Brasileira de Futuros (BBF), fundada em 1983 e sediada no Rio de Janeiro, com o objetivo de fortalecer o mercado nacional de commodities e consolidar a BM&F como o principal centro de negociação de derivativos do Mercosul. Em 31 de janeiro de 2000, ao completar 14 anos de atividades e inaugurar novas e modernas instalações, a BM&F ingressa na Aliança Globex, formada pelas bolsas de Chicago (Chicago Mercantile Exchange), Paris (Euronext NV, ex-parisbourse), Cingapura (Singapore Exchange- Derivatives Trading), Madri (MEFF Mercado Oficial de Futuros y Opciones Financieros) e Montreal (Montreal Exchange). O objetivo da aliança é servir de plataforma para acordos bilaterais ou multilaterais - visando acesso aos vários mercados e redução de margens por meio de sistemas mútuos de compensação -, troca de informações e outros. No dia 22 de setembro do mesmo ano, a BM&F introduz seu sistema eletrônico de negociação, o Global Trading System (GTS).. Cobrindo, portanto, os fusos horários das Américas do Norte e do Sul, da Europa e da Ásia.

Para viabilizar a interligação eletrônica entre as bolsas aliadas, a BM&F adquire o sistema francês NSC. Por meio dele, os participantes de um mercado podem negociar os produtos oferecidos em outro, 24 horas por dia, com clearing individualizado. Em 22 de abril de 2002, dá início às atividades da Clearing de Câmbio BM&F. No dia 25 do mesmo mês, adquire da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) os direitos de gestão e operacionalização das atividades da câmara de compensação e liquidação de operações com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos emitidos por instituições financeiras; e os títulos patrimoniais da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), passando a deter os direitos de administração e operacionalização do sistema de negociação de títulos públicos e outros ativos, conhecido como Sisbex. Com isso, a BM&F amplia a abrangência de sua atuação e se transforma na principal clearing da América Latina, proporcionando um conjunto integrado de serviços de compensação de ativos e derivativos, ao mesmo tempo em que oferece economias de escala, custos competitivos e segurança operacional. "Hoje é hoje com o peso de todo tempo ido, com as asas e tudo o que será amanhã, hoje é o sul do mar, a velha idade da água e a composição de um novo dia" Pablo Neruda, 1997.

Estrutura A BM&F é constituída sob a forma de associação civil, sem finalidade lucrativa. Seus títulos de sócios estão divididos nas categorias a seguir: Membro de Compensação: os detentores desse título são os responsáveis, perante a BM&F, pela compensação e pela liquidação de todos os negócios realizados em pregão de viva voz ou eletrônico. As Corretoras de Mercadorias que não são Membros de Compensação (MCs), os Operadores Especiais, os Operadores Especiais de Mercadorias Agrícolas, as Corretoras de Mercadorias Agrícolas e as Corretoras Especiais são obrigados a contratar pelo menos dois Membros de Compensação, perante os quais assumem deveres e obrigações, para o registro de suas operações. O título de Membro de Compensação pode ser adquirido por bancos múltiplos, comerciais e de investimento, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, devidamente autorizados a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Há uma categoria especial de MC, que é o Participante com Liquidação Direta (PLD). O PLD tem o privilégio de administrar suas posições e garantias, liquidando diretamente com a BM&F, e a prerrogativa exclusiva de acesso telefônico direto ao pregão de viva voz, via mesa de Corretora. Corretora de Mercadorias: garante à pessoa jurídica que o detém o direito de realizar operações em seu nome - carteira própria - e em nome de terceiros, seus clientes, em todos os mercados da BM&F. Operador Especial: pessoa física (ou firma individual) que opera diretamente, em seu nome, mas que não está autorizada a realizar operações em nome de terceiros. Pode, contudo, prestar serviços de execução de ordens às Corretoras. Sócio DL (com direito de liquidação): pessoa jurídica autorizada a efetuar a compensação e a liquidação de operações com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos emitidos por instituição financeira. Sócio DO (com direito de operação): pessoa jurídica autorizada a intermediar e registrar operações com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos emitidos por instituição financeira. Corretora de Mercadorias Agrícolas: embora com direitos semelhantes aos de uma Corretora de Mercadorias, os detentores desse título podem operar diretamente apenas as commodities agropecuárias.

Corretora Especial: título que proporciona a seu detentor o direito de registrar swaps e opções flexíveis nos sistemas correspondentes da BM&F. Operador Especial de Mercadorias Agrícolas: como o Operador Especial, está autorizado a realizar negócios em seu próprio nome, mas somente nos mercados de commodities agropecuárias. Corretor de Algodão: opera com exclusividade no mercado físico de algodão. Esse mercado não faz parte dos pregões da BM&F, mas sua regulamentação é de sua competência. Sócio Efetivo: título que assegura à pessoa física ou jurídica que o detém redução nos custos de transação. Sócio Honorário: pertencente à Bovespa, na qualidade de instituidora da BM&F. Os títulos de Corretora de Mercadorias, Membro de Compensação e Sócio Efetivo conferem a seus detentores o direito de votar e de ser votados na Assembléia Geral. É ela que elege os representantes do Conselho de Administração da Bolsa. Os títulos de Corretora de Mercadorias, Membro de Compensação e Sócio Efetivo conferem a seus detentores o direito de votar e de ser votados na Assembléia Geral. É ela que elege os representantes do Conselho de Administração da Bolsa. Administração A administração da BM&F está divida em três instâncias principais: a Assembléia Geral, o Conselho de Administração e o Diretor Geral. A Assembléia Geral, da qual participam todos os associados, é o órgão deliberativo máximo. Ela reúne-se duas vezes ao ano: em dezembro, para eleger os membros do Conselho de Administração, examinar e votar a proposta orçamentária e o programa de trabalho da instituição para o próximo período; e no primeiro trimestre, para examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras da Bolsa relativas ao ano anterior. O Conselho de Administração é composto de 17 Conselheiros e quatro Suplentes, a saber: Três Conselheiros e um Suplente indicados pelo Sócio Honorário;

cinco Conselheiros e um Suplente eleitos pelas Corretoras de Mercadorias; cinco Conselheiros e um Suplente eleitos pelos Membros de Compensação; Efetivos; três Conselheiros e um Suplente eleitos pelos Sócios o Diretor Geral. Os Conselheiros têm mandato de três anos. Anualmente, é renovado um terço dos mesmos; os Suplentes têm mandato de apenas um ano e o Diretor Geral é membro nato do Conselho. Cabe ao Conselho de Administração traçar a política geral da BM&F e zelar por sua boa execução, aprovar regulamentos e normas, definir as condições para admissão e exclusão de sócios, autorizar a negociação de contratos, aprovar a estrutura organizacional da Bolsa e fixar contribuições, taxas e emolumentos. O Conselho de Administração indica o Diretor Geral e fiscaliza sua gestão. O Presidente e o Vice- Presidente do Conselho são eleitos anualmente dentre seus membros. O Conselho de Administração pode criar Comitês Deliberativos, relativos a mercados e sistemas da Bolsa, como o Comitê Deliberativo para Assuntos de Câmbio, cujo propósito é tratar de eventuais alterações que visem o aprimoramento do Regulamento da Clearing de Câmbio BM&F, bem como dos serviços por ela prestados. Para questões nãooperacionais, o Conselho de Administração dispõe do Conselho Consultivo, formado por ex-presidentes da BM&F e por pessoas de destaque no cenário político-econômico nacional. Igualmente constituídas pelo Conselho de Administração são as Câmaras Consultivas, que se reúnem periodicamente para estudar e sugerir novos métodos e modalidades operacionais, bem como medidas para o aperfeiçoamento dos vários mercados e contratos. São várias as Câmaras Consultivas existentes: Análise de Risco; Assuntos de Câmbio; Assuntos Operacionais; Ativos Financeiros; Índices de Ações e ADRs; Energia; Boi Gordo e Bezerro; Açúcar e Álcool; Algodão; Milho e Soja; e Café. Essas câmaras também propõem ao CA a criação das Comissões de Ágio e Deságio dos preços das mercadorias e de Padronização, Classificação e Arbitramento da qualidade das respectivas mercadorias, compostas de classificadores. O Diretor Geral é membro nato de todos os comitês, câmaras e comissões. Em seu assessoramento para assuntos relacionados a risco nos mercados BM&F, conta com o Comitê de Risco, composto de executivos da instituição, que, no mínimo semanalmente, analisa o

cenário macroeconômico e seus efeitos sobre os mercados, avalia parâmetros de liquidez, fixa diretrizes de mensuração de risco de mercado, examina a política de gerenciamento de margens de garantia e acompanha o grau de alavancagem do sistema. Ao Diretor Geral, dentre outras atribuições, compete executar a política e as determinações do Conselho de Administração, praticar todos os atos necessários ao funcionamento da Bolsa, estabelecer os procedimentos a serem observados e os limites operacionais, propor a admissão de novos contratos à negociação e administrar e investir os recursos financeiros da instituição. Tem sob sua direção o corpo executivo da Bolsa, que responde pelas Clearings de Derivativos, de Câmbio e de Ativos e pelas áreas de Sistemas e Tecnologia, Operações e Desenvolvimento de Mercado, Técnica e de Planejamento, Imprensa e Mídia, Relações Institucionais e Administração, Mercados Agrícolas e Jurídica e de Auditoria, área à qual está ligada a BM&F (USA) Inc., com sede em Nova Iorque, que presta serviços aos investidores estrangeiros. Serviços Serviços realizados pela BM&F: Pregão de Viva Voz: sistema em que as operações são executadas por Operadores de Pregão, representantes das Corretoras e por Operadores Especiais, em postos de negociação predeterminados para cada ativo ou mercadoria. Sistema de Registro de Operações do Mercado de Balcão: sistema de registro, controle escritural e informação dos valores de liquidação de operações de swap e opções flexíveis, que são fechadas previamente entre as instituições por telefone e levadas a registro na Bolsa pelas Corretoras credenciadas. Global Trading System (GTS): plataforma por meio da qual os membros da Bolsa podem operar eletronicamente todos os mercados por ela oferecidos à negociação, alguns dos quais com exclusividade. Sisbex-Negociação: sistema eletrônico de negociação de títulos públicos e câmbio que conecta ampla rede de instituições financeiras detentoras de títulos de Sócio DO. As negociações ocorrem em diferentes ambientes do sistema, cujas telas podem ser programadas pelos próprios operadores. As ofertas de compra e de venda são lançadas e visualizadas por todos os participantes. A um simples comando, o sistema executa, instantaneamente, o fechamento automático de negócios contra as ofertas

disponíveis na tela. Os operadores têm à disposição, via interface amigável, uma gama de funções que lhes permitem operar nos mercados de títulos públicos e de câmbio. O sistema é processado por um computador central, a partir do qual os aplicativos são distribuídos para as estações de trabalho nas mesas de operações, por meio de links diretos com as instituições. Sisbex-Registro: serviço oferecido a todos os participantes autorizados a negociar títulos públicos, detentores ou não de títulos de Sócio DO. As operações realizadas no mercado de balcão são registradas por meio desse sistema, para liquidação pela Clearing de Ativos. O Sisbex-Registro permite a integração da liquidação de operações executadas em múltiplos sistemas de negociação em um único ambiente de processamento de instruções de liquidação, já integrado à área de retaguarda das principais instituições financeiras. Sistema de Custódia: o sistema de custódia da Bolsa fornece serviços de custódia para ativos em geral, com destaque para ouro. No caso da Custódia Fungível de Ouro, o metal é registrado em contas individualizadas, com as transferências de propriedade efetuadas por meio de lançamentos contábeis. Já a guarda do ouro negociado no mercado disponível da Bolsa está a cargo de bancos custodiantes, devidamente credenciados. O metal fica registrado em nome da BM&F junto a essas instituições. A BM&F, por sua vez, controla a posição escritural de cada cliente. Com isso, o ouro em custódia é utilizado automaticamente na garantia das posições do cliente. Classificação de Café e Algodão: serviços iniciados pela BMSP, a classificação de algodão é feita desde 1922 e a de café, desde 1978. No caso do algodão, a BM&F é o órgão oficial de classificação do Estado de São Paulo. Seu curso profissionalizante de classificador de algodão é reconhecido pelo Ministério da Agricultura. Teleouro: sistema de registro de operações e liquidação centralizada para os negócios de compra e venda de ouro realizados no mercado de balcão. O Teleouro funciona de modo interativo com os sistemas de liquidação e custódia da BM&F. A BM&F dispõe de um site de contingência, equipado conforme normas internacionais, que funciona integrado à infra-estrutura de tecnologia do edifício-sede de forma ininterrupta e em tempo real, replicando todas as suas funções e dispositivos, a fim de viabilizar uma estratégia de recuperação automática e simultânea para eventos de falha. Vale observar, por fim, que a Bolsa, em seus Estatutos Sociais, prevê a instauração do Juízo Arbitral para a solução de controvérsias oriundas de contratos celebrados em seu âmbito. Por conseguinte, mantém quadro de árbitros de reconhecida competência e especialidade nos mercados de sua atuação. Para a instauração do Juízo Arbitral, cada

uma das partes indica um árbitro e o respectivo suplente, os quais escolhem um terceiro árbitro, que será o presidente do Juízo Arbitral, e seu suplente. Os benefícios da solução de pendências por intermédio do Juízo Arbitral são, principalmente, a informalidade, a rapidez e o baixo custo, em comparação com a Justiça comum, além do fato de a sentença arbitral ter os mesmos efeitos da proferida pelo juiz. togado. Objetivos O objetivo maior da BM&F é o de efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico, bem como desenvolver, organizar e operacionalizar mercados livres e transparentes, para negociação de títulos e/ou contratos que possuam como referência ativos financeiros, índices, indicadores, taxas, mercadorias e moedas, nas modalidades a vista e de liquidação futura. Proporciona aos agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging contra as flutuações de preço de commodities agropecuárias, índices, metais, bem como de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no futuro possa influenciar negativamente suas atividades. Para tanto, mantém local e sistemas de negociação, registro, compensação e liquidação adequados à realização de operações de compra e de venda, dotando-os de todas as facilidades e aprimoramentos tecnológicos necessários, a fim de divulgar as transações com rapidez e abrangência. Além disso, possui mecanismos para acompanhar e regular seus mercados e normas que asseguram aos participantes de seus mercados o adimplemento das obrigações assumidas, em face das operações efetuadas em seus pregões e/ou registradas em quaisquer de seus sistemas de negociação, registro, compensação e liquidação. Aliás, destaca-se nesse particular o reconhecimento, pelo órgão regulador do mercado norte-americano - a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) -, em julho de 2002, da adequação desses sistemas e mecanismos, o que significa que são equiparáveis, perante a CFTC, aos adotados pelo mercado local. No âmbito de seu poder de auto-regulação, a Bolsa estabelece normas visando a preservação de princípios eqüitativos de negociação e comércio e de elevados padrões éticos para as pessoas que nela atuam, direta ou indiretamente; regulamenta e fiscaliza as negociações e as atividades de seus associados; resolve questões operacionais; aplica penalidades aos infratores das normas legais, regulamentares e operacionais; concede crédito operacional a seus associados, de acordo com seus programas e objetivos; defende seus interesses, bem como de seus associados, junto às autoridades constituídas; e dissemina a cultura

dos mercados de derivativos no País, por meio de eventos educacionais, treinamentos e publicações. Modalidades de Operações Mercado Futuro: o mercado futuro é representado por operações de compra e venda de títulos, índices ou outros ativos realizadas em pregão de Bolsa de Valores, com lotes padronizados do correspondente título ou ativo, a preço certo e com data de vencimento previamente definida pela Bolsa de Valores. Tais operações podem ser encerradas antes de seu prazo final de vencimento, através de operações iguais e de natureza inversa. As operações de compra e venda de títulos se realizam no presente, porém a liquidação e a efetiva entrega dos títulos ou ativos irão ocorrer, posteriormente, em data futura preestabelecida. Referidas operações podem ser feitas para fins de lucro (especulativo) ou cobertura de risco (hedge) de posições desfavoráveis (curta ou longa) de investimentos especulativos. Os depósitos em garantia (margem) podem ser efetuados em dinheiro e/ou títulos e visam garantir o cumprimento das obrigações assumidas. Tais depósitos são liberados quando do encerramento da operação. Sempre que ocorrer uma oscilação nos valores acima de certos limites, os investidores poderão ser chamados pela Sociedade Corretora para que efetuem a recomposição dos valores, se necessário, ou que levantem a eventual garantia excedente. Essa garantia é normalmente conhecida como "margem". Tais depósitos são atualizados numa base "pro-rata-dia", no caso de existir previsão para sua atualização monetária, entre as datas em que os mesmos são efetuados e levantados junto às Bolsas. Em função da cotação diária dos títulos e/ou ativos, o investidor, ou vendedor, paga ou recebe ajustes diários. Mercado de Opções: Este mercado compreende as transações de compra e venda em pregão, de direitos preestabelecidos, outorgados aos detentores de opção. O mercado de opções abrange dois tipos: opções de compra e opções de venda. A opção atribui a seu titular o direito de comprar ou vender, conforme o caso, determinado título/ativo-objeto nas condições estabelecidas no contrato e obriga a outra parte a vender ou comprar tais títulos/ativos pelo preço contratado, caso o titular da opção exerça seus direitos. Na contratação de opção o titular efetua o pagamento de um

prêmio cujo valor é estabelecido pelo mercado. O prêmio revertará ao lançador (vendedor) se o titular (comprador) deixar de exercer a opção. Da mesma forma que as operações no mercado futuro, as transações no mercado de opções são feitas com finalidades especulativas ou para cobertura de risco. As posições lançadoras podem ser cobertas, quando o vendedor possui o título/ativo em sua carteira, ou descobertas, quando o vendedor não os possui. Um titular ou lançador pode anular sua posição efetuando transação inversa àquela que ele detém, desde que o título/ativo da operação inversa seja exatamente igual ao da operação original. As Bolsas que operam com esta modalidade de investimento podem exigir depósitos de garantia (margem). Opções sobre disponível: mercado em que uma parte adquire de outra o direito de comprar opção de compra ou vender opção de venda o instrumento-objeto de negociação, até ou em determinada data, por preço previamente estipulado; Opções sobre Futuro: mercado em que uma parte adquire de outra o direito de comprar opção de compra ou vender opção de venda contratos futuros de uma commodity, até ou em determinada data, por preço previamente estipulado. Opções Flexíveis: semelhantes às opções de pregão, com a diferença de que são as partes que definem alguns de seus termos, como preço de exercício, vencimento e tamanho do contrato. Essas opções são negociadas em balcão e registradas na Bolsa via sistema eletrônico, com as partes também determinando se o contrato de opção de compra ou de venda terá ou não a garantia da Clearing BM&F. Termo: semelhante ao mercado futuro, em que é assumido compromisso de compra e/ou venda para liquidação em data futura. No mercado a termo, porém, não há ajuste diário nem intercambialidade de posições, ficando as partes vinculadas uma à outra até a liquidação do contrato. Swaps: como as opções flexíveis, são contratos negociados em balcão e registrados na BM&F via sistema eletrônico. Nesse caso, as partes trocam um índice de rentabilidade por outro, com o intuito de fazer hedge, casar posições ativas com posições passivas, equalizar preços, arbitrar mercados ou até alavancar posições. Para tanto, devem escolher a combinação de variáveis apropriada a sua operação e definir preço, prazo e tamanho, optando igualmente pela garantia ou não da Clearing da Bolsa.

Disponível (á vista ou spot): modalidade reservada apenas a algumas commodities, cujos contratos têm liquidação imediata. Nesse caso, entretanto, o propósito é o de fomentar os mercados futuros e de opções, por meio da formação transparente de preços que resulta da negociação a vista. Sistema de Clearing Conceito: A clearing, ou câmara de compensação, é o sistema elaborado pelas bolsas para garantir o fiel cumprimento de todos os negócios nelas realizados. A clearing pode ser tanto um departamento interno como uma organização independente, controlada ou não pela bolsa. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros-BM&F, os serviços de clearing são prestados por um departamento interno, a Superintendência de Liquidação e Custódia-SLC, que é responsável pelo registro de operações e controle de posições, compensação de ajustes diários, liquidação financeira e física dos negócios e administração de garantias. Esses serviços são proporcionados aos usuários ou clientes diretos da Bolsa - Membros de Compensação, Corretoras de Mercadorias e Operadores Especiais - e indiretos - Permissionárias Correspondentes. Os Membros de Compensação são responsáveis pelo registro, pela compensação e pela liquidação de todos os negócios realizados pelas Corretoras de Mercadorias, Operadores Especiais e Permissionárias Correspondentes, tornando-se, portanto, seus garantidores perante a Bolsa. O credenciamento como Membro de Compensação é concedido apenas a Corretoras de Valores. As Corretoras de Mercadorias são os intermediadores de todas as operações realizadas em nome de comitentes - pessoas físicas e jurídicas podendo, também, conduzir transações por conta própria. Os Operadores Especiais, por sua vez, são pessoas físicas ou firmas individuais autorizadas a atuar diretamente no pregão, executando operações por conta própria ou de uma Corretora de Mercadorias. Finalmente, as Permissionárias Correspondentes são Corretoras de Mercadorias associadas a bolsas, com as quais a BM&F mantém convênio operacional. As Permissionárias podem realizar transações através de uma Corretora associada à BM&F, desde que devidamente garantidas por um Membro de Compensação. A Corretora associada apenas efetua a operação em nome da Permissionária,

repassando-a a esta, que se torna responsável por seu cumprimento perante o Membro de Compensação. Toda a estrutura da Clearing, apesar de ter como clientes diretos aqueles citados acima, é montada com a finalidade de garantir os negócios para os investidores finais, que realizam operações na Bolsa intermediados por Corretoras. Para dar-lhes a segurança de que todos os seus negócios serão honrados, a BM&F assume a contraparte de todas as operações (com garantia) nela registradas. Uma das condições necessárias ao perfeito funcionamento do mercado de derivativos é a crença de seus participantes de que os ganhos serão recebidos no prazo e nas condições estabelecidas. Isso é proporcionado mediante um sistema de compensação de ganhos e perdas, que chama a si a responsabilidade pela liquidação dos negócios, transformando-se no comprador para o vendedor e no vendedor para o comprador, e que gerencia o risco das posições de todos os participantes. A operacionalização desse sistema em uma bolsa é efetuada por uma clearinghouse, ou câmara de compensação, que pode ser uma empresa independente, prestando serviço a uma ou mais instituições, uma subsidiária ou um departamento interno. A BM&F adotou o último modelo, que comprovou ser o mais adequado ao mercado de derivativos do Brasil.

Fluxo de transação/registro na BM&F Operador Especial Comitente Corretora de Mercado A Corretora de Mercado B BMMF Corretora de Mercado C Registro CETIP Membro De Compensação 1 Membro De Compensação 2 Membro De Compensação 3

Modelo Operacional O modelo de clearing adotado pela BM&F oferece como subsídio a seus usuários o gerenciamento do risco das posições de todos os participantes de seus mercados, inclusive dos comitentes, ou investidores finais. Esse tipo de serviço nem sempre é proporcionado pela clearing. Nos sistemas adotados por algumas bolsas estrangeiras, as próprias corretoras administram o risco representado por seus comitentes, assumindo-o perante a bolsa, que conhece apenas a posição líquida existente em nome e/ou de responsabilidade da corretora. Na BM&F, depois de realizados os negócios em pregão ou em sistema eletrônico, as Corretoras de Mercadorias e Permissionárias Correspondentes indicam ou especificam os comitentes que os originaram, atribuindo-lhes os Membros de Compensação aos quais estão vinculados. As posições dos comitentes ficam, então, registradas em contas individualizadas e em três níveis: comitente, Corretora/Permissionária e Membro de Compensação. Esse registro de posições em contas segregadas permite seu controle dentro dos limites operacionais estabelecidos pela Bolsa. Dessa forma, ela tem o conhecimento das posições - e do risco - existentes em nome de cada comitente. Na fase de consolidação de posições, quando a operação é registrada em nome de um comitente e vinculada a um Membro de Compensação, a BM&F se interpõe entre comprador e vendedor, assumindo o papel de contraparte dos mesmos, para fins de liquidação das operações. Portanto, deixa de importar para o comitente quem seja sua contraparte efetiva numa transação, já que a Bolsa assume para si o risco de eventual inadimplência dentro do sistema. A administração do risco das posições individuais dos comitentes é, por conseguinte, uma vantagem adicional que a BM&F oferece a todos os seus participantes, que têm a garantia de que a Bolsa assume totalmente a responsabilidade pela boa liquidação, seja financeira seja física, dos negócios realizados no pregão de viva voz e no sistema eletrônico com garantia. Contraparte Liquidação Financeira A liquidação financeira ocorre diariamente, no dia útil seguinte ao de realização das operações, com base nos valores decorrentes dos

ajustes diários, dos prêmios de opções, das compras efetuadas no mercado a vista de ouro (pregão e sistema eletrônico - Teleouro), do encerramento de posições e de taxas, corretagens e emolumentos. Também é realizada quando do vencimento de contratos futuros, a termo, de opções, swaps e opções flexíveis. A BM&F disponibiliza relatórios gerenciais para cada Membro de Compensação, definindo os valores que devem ser liquidados com as Corretoras de Mercadorias, Permissionárias Correspondentes e Operadores Especiais para os quais registram negócios. Simultaneamente, são colocados à disposição de cada Corretora e Permissionária relatórios detalhados por comitente, estabelecendo débitos e créditos, além de taxas e emolumentos a serem pagos. Com base nisso, a Corretora e a Permissionária providenciam os pagamentos e recebimentos dos comitentes e os liquidam junto ao Membro de Compensação. O volume financeiro líquido - depois de compensados débitos e créditos originados de todas as operações efetuadas sob a responsabilidade das Corretoras, Permissionárias e Operadores - é liquidado no dia útil seguinte (ou D+1, como é conhecido no mercado) entre o Membro de Compensação designado e a BM&F, mediante lançamentos no Sistema Financeiro de Bolsa-SFB. O SFB é um sistema eletrônico administrado pela Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos-Cetip, que permite que os débitos e créditos sejam lançados diretamente, via sistema eletrônico, nas contas das instituições nele cadastradas. A exigência de liquidação financeira via Cetip complementa os procedimentos de segurança do sistema da Clearing BM&F, já que cada Membro de Compensação fica obrigado a indicar um banco responsável pela liquidação financeira de suas transações. Este é denominado de Banco Liquidante ou Banco Ligado (no caso de pertencer ao mesmo grupo da Corretora).O SFB, além de extinguir a necessidade de emissão e transporte de cheques, permite que, no decorrer do processo de transferência de recursos, sejam sensibilizadas as contas de reservas bancárias dos Bancos Liquidantes junto ao Banco Central do Brasil. Liquidação Física No caso de contratos que estabeleçam a possibilidade da liquidação por entrega, mediante a transferência das mercadorias objeto de negociação do vendedor ao comprador, cabem à Clearing a responsabilidade por essa liquidação e a exigência de que tais commodities atendam a todas as especificações estabelecidas em contrato.

Para a liquidação por entrega de produtos agropecuários, a BM&F mantém uma estrutura especializada, que compreende: o Departamento de Classificação, responsável pela determinação do padrão dos produtos a serem entregues. Em alguns casos, a seu critério, a BM&F aceita laudos emitidos por empresas de classificação reconhecidas pelo mercado; os armazéns gerais credenciados, que respondem pela guarda, conservação e entrega dos produtos; um curral, localizado em Araçatuba, constituído para viabilizar a entrega física de animais, quando houver acordo para entrega entre vendedor e comprador. Com relação ao ouro, a Bolsa credencia instituições depositárias, que se responsabilizam pela guarda, conservação e entrega das barras. Essas atividades são administradas pelo Setor de Custódia da BM&F, que executa as tarefas referentes a depósitos, transferências e retiradas de ouro. Para dirimir controvérsias decorrentes de operações realizadas nos mercados da BM&F (pregão, sistema eletrônico ou mercado físico de algodão), a Bolsa coloca à disposição dos interessados os serviços do Juízo Arbitral, com um quadro de 28 árbitros. Salvaguardas da Clearing A Clearing BM&F possui uma adequada estrutura de salvaguardas, que permite garantir a integridade do mercado e os direitos contratuais de seus participantes. Esse sistema compreende: Liquidação das Operações D+1 Como mencionado anteriormente, o volume financeiro líquido, depois de compensados débitos e créditos provenientes de todas as operações efetuadas sob a responsabilidade das Corretoras, Permissionárias e Operadores, é liquidado, no dia útil seguinte, entre os Membros de Compensação e a BM&F. O estabelecimento da regra de liquidação em D+1 reforça a garantia do sistema como um todo, já que existe embutido nas operações apenas um dia de risco de inadimplência. Ou seja, se um dos participantes deixar de honrar seus débitos referentes ao dia anterior, as providências cabíveis serão tomadas imediatamente, sendo acionado prontamente todo o processo de execução de garantias. Dessa forma, a liquidação de débitos e créditos no dia útil seguinte concede maior agilidade e consistência ao sistema de garantias da Bolsa.

Ajustes diários O ajuste diário representa um mecanismo ao qual todos usuários dos mercados futuros devem submeter-se. Através dele, as posições mantidas pelos comitentes são acertadas financeiramente todos os dias, conforme apresentem lucro ou prejuízo em relação ao preço de ajuste do dia anterior. Com isso, diariamente, os comitentes perdedores liquidam seus débitos junto à Bolsa, que os transfere aos comitentes ganhadores, de modo a que todas as posições assumidas permaneçam ajustadas ao preço corrente de mercado. O regime de ajuste diário permite reduzir o risco do sistema, já que possibilita a realização do acerto financeiro dia a dia, e não apenas no vencimento do contrato. Margem inicial e adicional de garantia Margem de garantia inicial: É o depósito requerido de todos os comitentes que detenham posições de risco em aberto. Esse depósito, inicialmente chamado em dinheiro, podendo ser substituído por qualquer dos ativos aceitos pela Bolsa, visa assegurar o cumprimento dos contratos em aberto nos mercados futuros (compradores e vendedores), a termo (compradores e vendedores), de opções de pregão (vendedores), opções flexíveis com garantia (vendedores e, em casos específicos, compradores) e nas operações de swap com garantia (compradores e vendedores). Nos contratos futuros, a margem inicial é fixada pela Bolsa, sendo suficiente para cobrir, em condições normais de mercado, o valor de dois ajustes diários, ou seja, o risco potencial da volatilidade de preços em dois dias de pregão. Esse valor é determinado, em parte, por parâmetros estatísticos, calculados com base nas cotações de cada mercado nos últimos 40 pregões, enfatizando os dados provenientes dos últimos 20 pregões. Além do componente estatístico, para o estabelecimento final do valor da margem, levam-se em conta fatores de ordem conjuntural e expectativas que podem afetar o comportamento de preços do ativo objeto até a data de vencimento dos contratos. No mercado de opções negociadas em pregão, a margem, que é requerida apenas do vendedor (lançador), é estabelecida com base em prêmios médios ou em prêmios-base, calculados a partir do valor do ativo objeto no mercado disponível (opções sobre disponível) ou no valor da margem de contratos futuros (opções sobre futuro). No caso das opções

flexíveis, registradas via sistema eletrônico, os comitentes podem optar por realizar operações com garantia ou sem garantia da BM&F. Nas operações com garantia, a margem para o lançador se baseia num critério que projeta a perda potencial da posição até o vencimento. Nesse tipo de opção, pode haver o diferimento do pagamento do prêmio por parte do comprador (titular). Nesse caso, ele deve depositar como margem o valor referente ao prêmio. Nos contratos de swap, também registrados via sistema eletrônico da Bolsa, a margem de garantia baseia-se no critério de markto-market, segundo o qual é realizada uma comparação diária da taxa de cada operação com a taxa de mercado teórica, estabelecida pela BM&F com base em dados levantados junto ao mercado. Para maior segurança, há ainda uma margem mínima, requerida dos participantes, que é determinada com base no volume e no prazo da operação. Tanto no mercado de opções flexíveis como no de swaps, os contratos podem ser registrados nas modalidades com garantia total (o depósito de margem deve ser feito pelas duas contrapartes), parcial (apenas uma das contrapartes deposita margem de garantia) ou sem garantia (nenhuma das partes deposita margem de garantia). Nos contratos com garantia parcial, a BM&F assume apenas a inadimplência da contraparte que está efetuando o depósito de margem; nos contratos sem garantia, as contrapartes liquidam a operação entre si, tendo utilizado o sistema da Bolsa apenas para seu registro. Os valores das margens iniciais de garantia devem ser depositados junto à Bolsa, via Membro de Compensação, pelas Corretoras de Mercadorias, Permissionárias Correspondentes e Operadores Especiais, até o dia útil seguinte ao de realização das operações, de acordo com os horários e procedimentos estipulados. Havendo alteração nesses valores, a Bolsa solicitará depósitos adicionais ou liberará os excedentes. Margem de garantia adicional: A Bolsa pode exigir garantias adicionais, caso as julgue necessárias, diante de modificação das condições de mercado ou da volatilidade de preços. Nesse caso, todos os participantes do mercado em questão serão chamados a realizar depósito adicional de margem. Além das garantias adicionais que podem ser demandadas para certos contratos, pode haver chamada adicional de margem para um ou alguns comitentes ou grupo de comitentes agindo em conjunto, para uma ou algumas Corretoras, Permissionárias ou Operadores Especiais, caso as posições por eles mantidas sejam superiores a sua capacidade

de liquidá-las ou coloquem em risco, de alguma forma, o bom funcionamento do mercado. Em situação anormal de mercado, devidamente reconhecida pelo Conselho de Administração, a BM&F poderá chamar margem adicional para todo o mercado. Esses depósitos adicionais deverão ser efetuados na forma e no prazo determinados para cada caso, podendo, inclusive, ser requeridos somente em dinheiro e durante o pregão. Limites operacionais Limites de posição em aberto: A fim de manter um mercado ordenado, em que a concentração de posições não seja impeditiva à preservação de condições eqüitativas para a atuação de todos os participantes, a BM&F estabelece limites operacionais por comitente ou grupo de comitentes atuando em conjunto, por Membro de Compensação, Corretora de Mercadorias ou Operador Especial, com base no total de contratos em aberto por mercado, mercadoria, vencimento ou série. Com o mesmo objetivo, a BM&F monitora e administra o risco da posição em aberto de cada comitente. O direito de estabelecer limites de posições é previsto estatutariamente, dentro do poder de auto-regulação da BM&F. Adicionalmente, a BM&F determina quais os comitentes que poderão ou não atingir os limites máximos de posições em aberto estabelecidos, com base na análise de sua capacidade econômica e financeira. A partir de 2 por cento de posições mantidas em aberto em cada mercado, a Bolsa passa a monitorar diariamente a situação desses comitentes, podendo exigir margem de garantia adicional em dinheiro e, inclusive, determinar a redução da posição, se julgar necessário. Em função da responsabilidade que assumem, os Membros de Compensação, além dos limites impostos pela BM&F, têm o direito de aplicar outros limites operacionais às Corretoras de Mercadorias, Permissionárias Correspondentes e Operadores Especiais por eles representados, bem como deles exigir garantias adicionais, independentemente de qualquer manifestação da BM&F. As Corretoras de Mercadorias e Permissionárias, por sua vez, podem impor limites aos comitentes cujas operações estejam intermediando.

Limites de oscilação de preços: A Bolsa fixa limites de oscilação de preços para os contratos nela negociados, podendo modificá-los, se julgar necessário. A BM&F estabelece diretamente esses limites, nas especificações dos contratos admitidos à negociação, ou se reserva o direito de estabelecê-los, caso os considere convenientes. Se as variações de cotações de determinado contrato forem muito acentuadas durante o pregão e os limites estabelecidos forem atingidos, esse contrato poderá ter seu limite expandido ou sua negociação interrompida. Alavancagem do Membro de Comparação: O risco líquido das posições em aberto, medido pela margem líquida requerida das posições sob responsabilidade de um Membro de Compensação, após a dedução das garantias depositadas em dinheiro, ouro e em títulos públicos federais, não poderá superar dez vezes seu capital de giro mais uma vez seu patrimônio líquido. Quando o Membro de Compensação for ligado a um banco, esse limite será atendido pelo patrimônio das duas instituições, mediante concordância formal do banco. A alavancagem poderá ser aumentada por depósitos de garantia emitidos por terceiros - instituições não pertencentes ao mesmo grupo financeiro -, que não afetem a situação financeira e patrimonial do Membro de Compensação. Caução de Títulos O quadro social da BM&F é composto por detentores de títulos patrimoniais e não patrimoniais. A primeira categoria é composta de títulos de Membro de Compensação, Corretora de Mercadoria, Sócio Efetivo (adquirido por pessoas físicas e jurídicas) e Operador Especial. Os detentores de títulos não patrimoniais, além da Bolsa de Valores de São Paulo-Bovespa, que possui o título de Sócio Honorário, são as Corretoras de Mercadorias Agrícolas, os Corretores de Algodão e os Operadores Especiais de Mercadorias Agrícolas. Todos esses títulos, patrimoniais ou não, são caucionados à Bolsa, que tem o direito de, em caso de falta de pagamento de débitos ou da liquidação de qualquer operação no prazo regulamentar, executar sua caução.

Fundos A Bolsa possui três categorias de fundos, constituídos para assegurar, em mais um nível, a boa liquidação dos negócios nela realizados: o Fundo Especial de Liquidez dos Membros de Compensação, o Fundo de Liquidação de Operações e o Fundo de Garantia dos Investidores. Fundo Especial de Liquidez dos Membros de Compensação: O Fundo Especial de Liquidez dos Membros de Compensação foi criado, em outubro de 1995, com o propósito de fortalecer ainda mais o sistema de garantias da Clearing. Esse fundo, composto por recursos da Bolsa, tem duas finalidades principais: 1) atender à inadimplência de um Membro de Compensação, antes da execução de sua garantia depositada no Fundo de Liquidação de Operações (descrito a seguir). Ao acionar o Fundo Especial, o Membro de Compensação recebe um empréstimo, mediante o depósito de garantias; 2) atender a necessidades momentâneas de liquidez de Membros de Compensação ou Corretoras. Fundo de Liquidação de Operações: O Fundo de Liquidação de Operações é composto pelos recursos depositados pelos Membros de Compensação e destina-se, exclusivamente, a assegurar a liquidação das operações realizadas na BM&F. O valor do Fundo de Liquidação é proposto periodicamente pela Superintendência Geral e aprovado pelo Conselho da Administração, podendo ser atendido com qualquer dos ativos aceitos pela Bolsa. Em caso de inadimplência e se o empréstimo concedido pelo Fundo Especial ao Membro de Compensação não for suficiente para atender a seus compromissos, a BM&F debitará a quantia correspondente na conta do Membro de Compensação junto ao Fundo de Liquidação. Cada Membro de Compensação responde, solidariamente, pela inadimplência de outro, sendo essa responsabilidade limitada ao dobro de sua participação no Fundo de Liquidação de Operações.

Fundo de Garantia dos Investidores: A BM&F, além de todos os níveis de garantia que possui para assegurar a boa liquidação das operações, mantém um Fundo de Garantia, cuja finalidade é assegurar aos comitentes das Corretoras de Mercadorias e Corretoras de Mercadorias Agrícolas a devolução de diferenças de preços, resultantes de execução infiel de ordens de operação e/ou do uso inadequado, pela Corretora, de importâncias depositadas para aplicações nos mercados da BM&F. Ativos aceitos como garantia A BM&F aceita vários tipos de ativos em depósito de garantias, sendo cada um deles aceito de acordo com critérios por ela estabelecidos. Alguns ativos possuem aceitação automática; outros têm aceitação automática, mas são sujeitos a deságio e limite máximo de utilização; outros, ainda, são aceitos apenas mediante consulta prévia, estando sujeitos a deságio e/ou limite máximo de utilização. a) Ativos que possuem aceitação automática: dinheiro; ouro, sendo sua valorização realizada com base no preço médio ou de fechamento do dia, dos dois o menor; cotas do FIF/BM&F; títulos públicos federais de elevada liquidez, definidos pela BM&F. b) Ativos que possuem aceitação automática, mas estão sujeitos a deságio e limite máximo de utilização: título de Sócio Efetivo; título de Corretor de Algodão; cotas de fundos fechados de ações; ações pertencentes à carteira do Índice Bovespa. A valorização das ações é realizada diariamente, com base no preço médio ou de fechamento, dos dois o menor, utilizando-se percentuais estabelecidos de acordo com a classificação que elas possuam nos grupos discriminados, a critério da BM&F, em função de sua liquidez. As ações pertencentes ao grupo I são valorizadas com até 80 por cento da variação de preços; as do grupo II, com até 70 por cento; as do grupo III, com até 60 por cento; e as do grupo IV, com 50 por cento.

c) Ativos aceitos mediante consulta prévia e sujeitos a deságio e/ou limite máximo de utilização: c.1) carta de fiança bancária e títulos privados (basicamente, CDBs) Para aceitar esses ativos, a BM&F exige das instituições financeiras emitentes: cadastramento prévio; submissão aos limites estabelecidos; no caso de carta de fiança, sua emissão física deverá conter a indicação de testemunhas e a confirmação formal, por sistema codificado; no caso de CDB, caução obrigatória via Cetip. c.2) ações não pertencentes ao Ibovespa e que tenham boa liquidez Essas ações, que podem ser aceitas excepcionalmente pela BM&F, devem atender às seguintes condições: já tenham integrado a carteira do Ibovespa e demonstrem liquidez adequada; registraram, nos meses anteriores, volume de negociação que as torne candidatas a integrar a carteira do Índice; não sejam de empresa concordatária; apresentem série histórica de preços consistente. Essas ações entram no grupo V, de acordo com o critério estabelecido pela BM&F, e são valorizadas por até 50 por cento do preço médio ou de fechamento do dia anterior, dos dois o menor. Responsabilidade dos Associados Todos os sócios da Bolsa possuem alguns deveres para com ela, dentre os quais se destacam: o cumprimento dos regulamentos em vigor; a subordinação aos órgãos de fiscalização da Bolsa; o pagamento das contribuições, emolumentos e taxas; e a aceitação de intervenção da Bolsa nas pendências em que sejam partes, acatando a decisão desta ou do Juízo Arbitral, cuja instituição é prevista estatutariamente, para dirimir questões relativas aos negócios nela efetuados. Além de obrigações gerais, cada tipo de associado tem outras, específicas, junto à BM&F: 1) Membros de Compensação Conforme mencionado, os Membros de Compensação são responsáveis, perante a Bolsa, por todas as operações a eles atribuídas

para registro por Corretoras de Mercadorias, Permissionárias Correspondentes e Operadores Especiais. Essa responsabilidade se estende desde sua indicação como o agente da liquidação de um intermediário ou Operador até a liquidação final dos contratos, englobando ajustes diários, garantias requeridas e atendimento da exigência de substituição de garantias. Em vista da responsabilidade envolvida, os Membros de Compensação têm o direito de impor limites aos intermediários e Operadores Especiais a eles vinculados, bem como exigir garantias adicionais, independentemente de qualquer manifestação da BM&F. Por sua vez, devem submeter-se às exigências impostas pela BM&F, quais sejam: caução privilegiada à BM&F dos respectivos títulos patrimoniais; atendimento das exigências de ordem financeira e patrimonial impostas pela Bolsa, sendo que o capital de giro líquido mínimo para Membros de Compensação, atualmente em vigor, é de US$500.000. Caso não o façam, não poderão registrar operações para terceiros, ficando limitados a registrar e liquidar operações próprias. Para enquadrar-se a esses limites, o Membro de Compensação poderá depositar garantias complementares; depósito das garantias necessárias à composição e manutenção do Fundo de Liquidação de Operações; cumprimento do limite imposto às posições sob sua responsabilidade, com base na relação entre a margem de garantia líquida exigida de tais posições e seu capital de giro e patrimônio líquidos. 2) Corretoras de Mercadorias, Permissionárias e Operadores Especiais: As Corretoras de Mercadorias, Permissionárias Correspondentes e Operadores Especiais são responsáveis pelas operações, desde o registro até a liquidação final, perante os Membros de Compensação aos quais estejam vinculados. Como as atividades desempenhadas por Corretoras, Permissionárias e Operadores são idênticas no que se referem à Clearing, suas obrigações junto ao sistema de garantias da Bolsa se assemelham, sendo seus deveres: