19ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA. Sustentabilidade e Meio Ambiente. O Banco Mundial no acompanhamento ambiental. das obras do Metrô/SP

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Transcrição:

19ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA Sustentabilidade e Meio Ambiente O Banco Mundial no acompanhamento ambiental das obras do Metrô/SP

Introdução Antes do primeiro furo de sondagem para a construção de uma linha de metrô, uma interessante e essencial engenharia financeira é conduzida de modo a viabilizar a contratação dos serviços, materiais e equipamentos necessários à implantação de um empreendimento deste porte. O Governo do Estado de São Paulo, responsável pela prestação desse serviço essencial à população, não sendo capaz de assumir integralmente com os custos da implantação, recorre então a órgãos financiadores nacionais e internacionais para contrair empréstimos nesse sentido. A análise da capacidade de endividamento do estado é atribuição da Secretaria da Fazenda que define a(s) fonte(s) financiadora(s) para cada empreendimento, isto é, de onde vem o dinheiro para pagar a expansão do sistema metroviário. Os órgãos de financiamento nacionais são o Banco Nacional para Desenvolvimento Econômico e Social BNDES e a Caixa Econômica Federal CEF, e os internacionais são o International Bank for Reconstruction and Development BIRD (Banco Mundial), o Interamerican Development Bank BID, e o Japan Bank for International Cooperation JBIC. O Componente Ambiental no Financiamento A Linha 4 Amarela foi o primeiro empreendimento metroviário no mundo a contar com financiamento externo, estabelecidos junto ao BIRD e JBIC. Embora este trabalho esteja focado nos financiamentos do Banco Mundial, parece oportuno mencionar, ao menos de passagem, como os outros bancos tratam a questão ambiental e salientar a importância crescente que o tema tem adquirido. O BNDES sequer leva à sua diretoria o projeto para aprovação do financiamento se a licença prévia LP do empreendimento não estiver emitida pelo órgão licenciador. A licença prévia

aprova a localização e concepção, atesta a viabilidade ambiental e estabelece os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação. Uma vez aprovado o financiamento, as liberações das parcelas estão condicionadas e existência de licenças de instalação LI, cuja finalidade é autorizar a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes. Sua concessão implica o compromisso do interessado em manter o projeto final compatível com as condições de seu deferimento. A CEF segue o mesmo princípio quanto à exigência de LI para liberação das parcelas. O BID atualmente financia apenas sistemas e projetos da Linha 5 Lilás, não havendo, portanto, uma relação direta com a questão ambiental, entretanto, nos relatórios mensais entregues ao banco esse tema é informado. O JBIC demanda do Metrô um relatório anual da Linha 4 Amarela abordando exclusivamente os aspectos ambientais da obra. O Banco Mundial BIRD está presente na expansão da rede metroviária como agente financiador das linhas 4 e 5. Esses Projetos são bons exemplos de iniciativas alinhadas com as Estratégias de Parceria com o País (CPS), estabelecidas entre o Banco Mundial e o Brasil, em função do benefício social decorrente e do grande impacto positivo para a sustentabilidade ambiental e a mobilidade urbana. Para suas implantações, entretanto, são necessários cuidados bem definidos. Esses dois Projetos estão submetidos às determinações de Políticas Operacionais e Procedimentos do Banco Mundial que condicionam um padrão de desempenho mínimo a ser atendido nos aspectos ambiental e social, durante a implantação dos Projetos e na sua fase de operação. Em grande parte, esse padrão corresponde às exigências da legislação ambiental Brasileira, mas vai além dela se esse rigor for exigível para o Banco Mundial. Isso fica garantido por um

acompanhamento periódico da implantação dos Projetos, além da avaliação constante de documentos técnicos e relatórios produzidos. No âmbito do BIRD, de acordo com o que foi desenvolvido durante a fase de preparação do financiamento e depois estabelecido nos seus acordos específicos, determinadas Políticas Operacionais e Procedimentos do Banco (OP/BP) foram aplicados a esses dois Projetos, conforme o caso. Para a Linha 4 (Fase 2) aplicam-se a OP/PB 4.01 (Avaliação Ambiental) e a OP/BP 4.12 (Reassentamento Involuntário). Já no caso da Linha 5, aplicam-se a OP/BP 4.01(Avaliação Ambiental), a OP 4.09 (Manejo de Pragas), a OP/PB 4.11 (Recursos Culturais Físicos) e a OP/PB 4.12 (Reassentamento Involuntário). Esse conjunto de regulamentos aplicados aos Projetos do Metrô é uma parte do que também se conhece como Políticas de Salvaguardas, que norteiam as ações de supervisão ambiental e social dos projetos que obtiveram financiamento do BIRD. Trata-se de um padrão de referência global entre as instituições financeiras internacionais sobre como proteger o ambiente e as pessoas de quaisquer danos durante o planejamento e implantação de projetos. Detalhando as Políticas aplicadas aos Projetos das Linhas 4 e 5 temos: OP/PB 4.01 A Avaliação Ambiental (AA) dos projetos propostos para financiamento do Banco é um processo cuja amplitude, profundidade e tipo de análise dependem da natureza, escala e potencial de impacto ambiental dos projetos. Ela ajuda a garantir que eles sejam ambientalmente saudáveis e sustentáveis e, assim, melhora a tomada de decisão. A Avaliação Ambiental determina os potenciais riscos e impactos de um projeto em sua área de influência, leva em conta o ambiente natural (ar, água e terra), a saúde e segurança humana e os aspectos sociais. São examinadas alternativas de projeto, identificadas formas de melhorar a seleção, implantação, planejamento e design, buscando minimizar, mitigar ou compensar os impactos ambientais adversos e melhorar os impactos positivos, incluindo o processo de mitigação e gestão dos impactos ambientais adversos ao longo da implantação do projeto. O

Banco privilegia medidas preventivas em relação às medidas mitigadoras ou compensatórias, sempre que possível. OP 4.09 No caso do manejo de pragas, ajudando os mutuários a gerir aquelas que afetam tanto a agricultura como a saúde pública (caso do Metrô), o Banco apoia uma estratégia que promove o uso de métodos de controle biológico ou ambiental e reduz a dependência de pesticidas químicos sintéticos. Em projetos financiados pelo Banco, o mutuário aborda questões de manejo de pragas no contexto da AA do projeto. Na avaliação de um projeto que irá envolver o manejo de pragas, o Banco observa a capacidade do quadro regulatório e das instituições do país para promover e apoiar um manejo de pragas seguro, eficaz e ambientalmente saudável. OP/PB 4.11 Os recursos culturais físicos são definidos como objetos móveis ou imóveis, sítios, estruturas, grupos de estruturas e recursos naturais e paisagens que têm valor arqueológico, paleontológico, histórico, arquitetônico, religioso, estético, ou outro significado cultural. Recursos culturais físicas podem estar localizados em áreas urbanas ou rurais, e podem estar acima ou abaixo do solo, ou debaixo d água. Seu interesse cultural pode se dar a nível local, provincial ou nacional, ou no seio da comunidade internacional. Eles são importantes como fontes de informação científica e histórica valiosas, como ativos para o desenvolvimento econômico e social, e como parte integrante de uma identidade cultural e das práticas das pessoas. OP/BP 4.12 A experiência do Banco indica que o reassentamento involuntário em projetos de desenvolvimento, se não mitigado, muitas vezes dá origem a riscos econômicos, sociais e ambientais graves. Os sistemas de produção são desmontados e as pessoas enfrentam o empobrecimento quando seus ativos produtivos ou fontes de renda são perdidos ao se mudarem para ambientes onde as suas capacidades produtivas podem ser menos aplicáveis e a competição por recursos maior. As instituições comunitárias e redes sociais são enfraquecidas, os grupos de parentesco são dispersos e identidade cultural, a autoridade

tradicional e o potencial de ajuda mútua são diminuídos ou perdidos. A Política de Reassentamento Involuntário do Banco inclui salvaguardas específicas para enfrentar e mitigar os riscos de empobrecimento. Com base nessas diretrizes, o acompanhamento ambiental das obras do Metrô acontece durante as missões de supervisão periódicas que a equipe do Banco Mundial realiza desde a preparação e planejamento do Projeto, quando é feita a Avaliação Ambiental, e durante todo o período do financiamento. A grande relevância desse trabalho para as obras do Metrô, como para outros Projetos que o Banco financia, é a construção de uma estratégia de abordagem adequada para os desafios ambientais e sociais, com vistas à sustentabilidade. Uma vez que os desafios tornam-se mais conhecidos, podem ser superados mais facilmente e em menos tempo. Conclusão O Banco Mundial exerce um acompanhamento da implantação do empreendimento através de relatórios mensais entregues pelo Metrô como também por missões periódicas que visitam as obras e participam de reuniões com as áreas. Além disso, o Acordo de Empréstimo com o BIRD prevê a contratação de consultoria especializada e independente que faz o acompanhamento e supervisão da implantação nas diversas áreas, isto é, financeira, projetos, obras e sistemas. Tal consultoria leva o nome PMOC, sigla de Project Management Oversight Consultancy que, mediante relatórios mensais focados nas áreas citadas, mantém o Banco informado sobre o andamento do empreendimento.

Na área ambiental o relatório PMOC é elaborado com base nas informações contidas nos relatórios do consórcio construtor e da Gerencia de Construção da Linha 4, bem como nas visitas às obras que ocorrem semanalmente. Cabe ressaltar que esse trabalho conjunto BIRD / PMOC / METRÔ tem contribuído para um entendimento crescente da importância da questão ambiental na construção de uma linha de metrô e oferecido soluções para as demandas que se apresentam no presente, como também construído um aprendizado que se mostrará de extrema valia para o futuro.

Dados dos Autores Paulo Augusto Bittencourt M. Silva engenheiro civil, analista no Departamento de Gerenciamento de Empreendimentos PMU da CMSP, especialista em meio ambiente pela University of Aberdeen. Márcio Cerqueira Batitucci Biólogo, Especialista Ambiental do Banco Mundia,l Atuando em Projetos do BIRD desde 2011, com foco nas Salvaguardas Ambientais do Banco Mundial, possui longa experiência nos setores público e privado, trabalhando em licenciamento e legislação ambiental, poluição e mudanças climáticas, transportes e planejamento urbano. Maria Anides J. Silva Historiadora, Especialista em Educação Ambiental pela FSP/USP, atua nos processos de licenciamento ambiental da Companhia do Metrô de SP na Gerencia de Meio Ambiente e Sustentabilidade GMS desde 2001.