SÉRGIO RINALDO MORATO SOARES SISTEMA INFORMATIZADO DE GESTÃO DA ATIVIDADE DE LUBRIFICAÇÃO EM INDÚSTRIAS



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Transcrição:

1 SÉRGIO RINALDO MORATO SOARES SISTEMA INFORMATIZADO DE GESTÃO DA ATIVIDADE DE LUBRIFICAÇÃO EM INDÚSTRIAS

2 SÉRGIO RINALDO MORATO SOARES SISTEMA INFORMATIZADO DE GESTÃO DA ATIVIDADE DE LUBRIFICAÇÃO EM INDÚSTRIAS PIRACICABA 2010

3 SÉRGIO RINALDO MORATO SOARES SISTEMA INFORMATIZADO DE GESTÃO DA ATIVIDADE DE LUBRIFICAÇÃO EM INDÚSTRIAS Piracicaba 2010

4 SOARES,Sérgio Rinaldo Morato. Sistema Informatizado de Gestão da Atividade de Lubrificação Industrial. 2010. 178 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Centro de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, Piracicaba, 2010. RESUMO A atividade de lubrificação industrial, demanda gerenciar um grande número de dados, como todos os pontos de aplicação, o tipo de lubrificante, os intervalos de intervenção, manter registros históricos de consumo de lubrificantes e das atividades. A implementação de um sistema informatizado para o gerenciamento de tais informações permite total confiabilidade para atender aos requisitos básicos da atividade, que são : levar a todos os pontos de lubrificação, o lubrificante adequado, em intervalos adequados, na quantidade preconizada pelo fabricante da máquina, com as melhores práticas. Palavras-chave: Lubrificação. Sistema. Gestão. Industrial. Lubrificantes.

5 SOARES, Sérgio Rinaldo Morato. Computer system management for industrial lubrication activities. 2010, 178 pages. Conclusion Work Course Technology Analysis and Systems Development - Connected Presence Teaching Center, Universidade Norte do Paraná, Piracicaba, 2010. ABSTRACT The activity of lubrication demand manage a large number of data, like all of the points, the type of lubricant, the ranges of action, keeps a record of consumption of lubricants and activities. The implementation of a computerized system for managing such information allows complete reliability to meet the basic requirements of the activity, which are lead to all lubrication points, the proper lubricant, at appropriate intervals, the amount recommended by the machine design, with the best practical activity. Key-words: Lubrication. System. Management. Industrial. Lubricants.

6 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Tela de um sistema ERP...... 16 Figura 2: Tela do sistema ERP com o custo unitário para rolamento... 16 Figura 3 : Alemite (bico graxeiro)..... 19 Figura 4: Carter de óleo de bomba centrifuga...... 20 Figura 5: Fusos, correntes e filtros...... 20 Figura 6: Visão microscópica de superfícies em movimento relativo... 28 Figura 7: Parte de fluxograma de processo produtivo...... 38 Figura 8: Foto de um conjunto motor/bomba...... 39 Figura 9: Fronteiras de um processo produtivo... 40 Figura 10 : Taxonomia de identificação de equipamentos industriais... 40 Figura 11: Dígitos compositores do TAG... 41 Figura 12 : Exemplo de uso dos identificadores de área, setor e linha... 41 Figura 13 : Listagem de TAG s de uma empresa... 42 Figura 14: Organograma básico da empresa... 46 Figura 15 : Tela de Login... 60 Figura 16: Tela de Menu... 60 Figura 17: Cadastro de clientes... 61 Figura 18: Cadastro de planos de lubrificação... 61 Figura 19: Cadastro de planos de lubrificação tela de confirmação... 62 Figura 20: Cadastro de pontos de lubrificação... 62 Figura 21: Consulta de HH por semana... 63 Figura 22: Distribuição gráfica de HH x semanas do ano... 63 Figura 23: Tela gerador de rotas... 64 Figura 24: Tela cadastro de sequencia de pontos para rotas... 64 Figura 25: Tela menu de consultas.... 65 Figura 26: Tela para contato via e-mail... 65

7 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1:Distribuição das causas de falhas em rolamentos...15 Gráfico 2: Comparativo lubrificação sem controle e lubrificação planejada...18

8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT AGMA APACHE API BREAK-DOWN CHECK LIST DIGITAL BUTTON E-MAIL ERP HTML ID ISA ISO LOGIN MTBF MTTR MYSQL NLGI PDCA PHP PTFE RFID SAE SGDB T.I. TAG UML WEB Associação Brasileira de Normas Técnicas American Gear Manufacturer Association Apache HTTP Server - Servidor WEB livre American Petroleum Institute Parada de produção Lista de verificação Dispositivo de identificação digital tipo botão Correio eletrônico Enterprise Resource Planning HyperText Markup Language Identificador de equipamento (ativo) Industrial Standard Architeture Internacional Standards Organization Palavra de acesso a sistemas informatizados Mean Time Between Failure Mean Time To Recover Sistema Gerenciador de Banco de Dados Livre National Lubricating Grease Institute Plan Do Check Act Hypertext Preprocessor Politetrafluoretileno (nome comercial Teflon) Identificador por rádio-frequência Standards for Automotive Engineers Sistema Gerenciador de Banco de Dados Tecnologia de Informação Identificador de posição de processo industrial Unified Modeling Language Rede de alcance mundial - Internet

9 SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO...... 13 2-JUSTIFICATIVA... 14 3-OBJETIVO GERAL... 18 4-OBJETIVO ESPECIFICO... 19 5-REFERENCIAL TEÓRICO... 22 5.1-APLICAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO NA MANUTENÇÃO... 25 5.2-A LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL... 28 5.3-A LUBRIFICAÇÃO COMO PARTE DA MANUTENÇÃO... 31 5.3.1-MANUTENÇÃO CORRETIVA... 32 5.3.2-MANUTENÇÃO PREVENTIVA... 33 5.3.3-MANUTENÇÃO PREDITIVA... 34 5.3.4-MANUTENÇÃO DE MELHORIA... 35 5.4-A LUBRIFICAÇÃO NO CONTEXTO DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA... 36 5.5-IDENTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS... 38 5.5.1-O USO DOS TAG s NAS ROTINAS DE LUBRIFICAÇÃO... 42 6-METODOLOGIA... 44 7-CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO... 46 8-TECNOLOGIA... 47 8.1-HTML... 48 8.2-PHP... 48 8.3-APACHE... 48 8.4-MYSQL... 48 9-LEVANTAMENTO DE REQUISITOS... 50 10-DIAGRAMA DE CASO DE USO... 53 11-DIAGRAMA DE CLASSES... 54 12-DIAGRAMA DE SEQUÊNCIA... 55 12.1-DIAGRAMA DE SEQUÊNCIA ATIVIDADES ENGENHEIRO... 55 12.2-DIAGRAMA DE SEQUÊNCIA ATIVIDADES PLANEJADOR... 56 12.3-DIAGRAMA DE SEQUÊNCIA ATIVIDADES LUBRIFICADOR... 57 13-DIAGRAMA DE ATIVIDADES... 58 14-DIAGRAMA DE ENTIDADE RELACIONAMENTO... 59 15-TELAS DO SISTEMA... 60 16-CÓDIGO FONTE... 66 16.1-SQL PARA CRIAÇÃO DAS TABELAS DO SISTEMA...166 17-CRONOGRAMA...175 18-CONCLUSÃO...176 19-REFERÊNCIAS...177

10 1 INTRODUÇÃO A atividade de lubrificar partes móveis de máquinas, tem aspectos importantes e cuidados fundamentais. Todo e qualquer tipo de máquina móvel necessita de algum tipo de lubrificação. Esta lubrificação tem características próprias oriundas do projeto da máquina, e definidas pelos esforços envolvidos (solicitações mecânicas,rotação de trabalho e temperatura). A empresa onde foi realizado o estágio, atua com a terceirização da atividade de lubrificação em indústrias, e o controle até então era realizado com planilhas eletrônicas, de difícil manutenção e sujeitas a falhas. Para o caso em estudo, levamos em conta indústrias de produção de papel e embalagens, onde os pontos de aplicação de lubrificantes chegam a quantidades superiores a 5.000 pontos, espalhados por diversas máquinas em diversas áreas produtivas, cada ponto com seus aspectos e particularidades próprios. Sendo a atividade de lubrificação, como a de levar o lubrificante adequado, na quantidade adequada, em intervalos apropriados, e de forma correta, a fim de evitar desgastes prematuros e falhas catastróficas em máquinas, e considerando a quantidade de informações a serem tratadas, nossa proposta é viabilizar um sistema de gerenciamento informatizado, que possa automatizar todas as informações necessárias, de forma a garantir que a atividade de lubrificação seja efetiva.

11 2 JUSTIFICATIVA Lubrificar é aplicar uma substância (lubrificante) entre duas superfícies em movimento relativo, formando uma película que evita o contato direto entre as superfícies, promovendo diminuição do atrito e, conseqüentemente, do desgaste e da geração de calor. FONTE: Artigo O que é lubrificação acessado no site www.castrol.com Todas as máquinas tem diversos pontos de aplicação de lubrificantes, como juntas articuladas, cames, mancais de rolamentos. E estes pontos por sua vez, tem particularidades inerentes a solicitação mecânica a que são expostos, como tipo de lubrificante, quantidade, tempo de reposição e método de aplicação. Considerando-se que estes aspectos geram uma enorme quantidade de informação a ser manipulada para que se tenha um plano de lubrificação eficiente, exige-se um apoio informatizado, onde todas essas informações estejam disponíveis em formato adequado. Uma lubrificação só poderá ser considerada correta quando o ponto de lubrificação recebe o lubrificante certo, no volume adequado e no momento exato. A simplicidade da frase acima é apenas aparente. Ela encerra toda a essência da lubrificação. De fato, o ponto só recebe lubrificante certo quando: - a especificação de origem (fabricante) estiver correta; - a qualidade do lubrificante for controlada; - não houver erros de aplicação; - o produto em uso for adequado; - o sistema de manuseio, armazenagem e estocagem estiverem corretos. O volume adequado só será alcançado se: - o lubrificador (homem da lubrificação) estiver habilitado e capacitado; -os sistemas centralizados estiverem corretamente projetados, mantidos e regulados; - os procedimentos de execução forem elaborados, implantados e obedecidos; - houver uma inspeção regular e permanente nos reservatórios. O momento exato será atingido quando: - houver um programa para execução dos serviços de lubrificação; - os períodos previstos estiverem corretos; as recomendações do fabricante estiverem corretas; a equipe de lubrificação estiver corretamente dimensionada; os sistemas centralizados estiverem corretamente regulados. FONTE:(TELECURSO 2000, Apostila 32 Lubrificação Industrial, Pag.1 Fundação Roberto Marinho, São Paulo : 2000) Considerando o custo médio mensal com insumos de lubrificação (óleo, graxa, filtros e etc.), para as indústrias do porte das que fizeram parte desta

12 pesquisa,(segmento papel, celulose e embalagem), temos um valor médio mensal da ordem de R$ 43.700,00, valor este relativamente pequeno, frente a um orçamento médio mensal de manutenção da ordem de R$ 770.000,00. Porém, considerando que,conforme informação dos grandes fabricantes de rolamentos (SKF, FAG e NSK), e que, rolamentos são a maioria do universo de pontos de lubrificação, a estimativa é que 36% das falhas em rolamento são decorrentes de má lubrificação : Gráfico 1:Distribuição das causas de falhas em rolamentos Fonte : www.skf.com acessado em 02/11/2010 - Considerando ainda que nas empresas estudadas, 60% dos rolamentos superam o patamar de custo individual de R$ 5.000,00 (vide figuras abaixo) ;

13 rolamento em destaque. Figura 1: Tela de um sistema ERP, com o custo de troca de Fonte : Do autor Figura 2: Tela do sistema ERP de um dos clientes com o custo unitário para rolamento aplicado a um rolo de prensa de máquina de papel. Fonte : Do autor

14 - E levando-se em conta que, a média de pontos de aplicação de rolamentos e lubrificantes, nas empresas estudadas supera a casa dos 5.000 ; A atividade de lubrificação, se bem organizada e gerida de forma a que nenhum ponto de aplicação seja negligenciado, pode trazer um beneficio da ordem estimada de R$ 540.000,00 por ano, em redução do consumo de rolamentos. Ou seja, em média 5000 pontos de aplicação, dos quais 60% rolamentos de alto custo (acima dos R$ 5.000,00), e entre estes, 36% falham por deficiência de lubrificação, geram a estimativa de custo reportada no parágrafo anterior. Embora os rolamentos com vedação permanente, uma vez montados, são isentos de manutenção, cerca de 36 % das falhas prematuras são causadas por especificação incorreta e aplicação inadequada de lubrificante. Inevitavelmente, qualquer rolamento privado de lubrificação adequada falhará muito antes de atingir o fim da sua vida útil. Visto que os rolamentos são em geral os componentes menos acessíveis, com freqüência apresentam problemas por causa de lubrificação inadequada. Sempre que a lubrificação manual for inviável, os sistemas totalmente automáticos de lubrificação poderão ser especificados pelo fabricante para uma lubrificação ótima. Uma lubrificação eficaz usando-se apenas lubrificantes, ferramentas e técnicas recomendados pela fabricante ajudará a reduzir consideravelmente as paradas não programadas das máquinas. FONTE:(http://manutencaooffshore.com/2010/05/19/evite-maisde-60-das-falhas-prematuras-dos-rolamentos-2/)

15 3 OBJETIVO GERAL Formular um SGDB, que tenha uma interface bastante simplificada, e que utilize um motor de base de dados, capaz de implementar uma sistemática de mapeamento de todos os pontos de lubrificação, e de planejamento de todas as atividades correlatas, de forma a subsidiar com informações para a execução das tarefas de lubrificação, cumprindo as premissas de levar o lubrificante adequado, na quantidade adequada, em intervalos apropriados, e de forma correta, a todo o universo de partes lubrificadas de uma indústria. Supostamente, uma empresa sem um planejamento, controle e execução eficientes, promove uma lubrificação de forma totalmente incorreta, ao não se obedecer principalmente os intervalos de reposição e as quantidades de remonta, ou em outros termos, a quantidade de reposição do lubrificante, o que demonstramos na hipótese comparativa no gráfico abaixo : Gráfico 2: Comparativo entre lubrificação sem controle e lubrificação planejada em relação ao volume de lubrificante requerido pelo ponto.

16 4 OBJETIVO ESPECIFICO Permitir através da web, o cadastramento de todo universo de dados relacionados a atividade Lubrificação Industrial, em formato de hierarquia como segue ; - PLANTA : Unidade de produção Fabril; - ÁREA : Subdivisão de uma planta, local onde se concentra determinado processo produtivo ou de transformação e delimitado por estas mesmas características ; - POSIÇÃO DE PROCESSSO : Para o qual adotamos o jargão industrial de TAG, ou seja, conforme norma ISA S5.1, é um identificador de uma posição do processo, delimitado por uma atividade de transformação exclusiva, dentro deste mesmo processo ; - CONJUNTO : Identificador de um conjunto de máquinas ou equipamentos que somados produzem uma ação ou transformação no processo ; - PONTO : Localizador de um ponto de máquina ou dispositvo qualquer que requer lubrificação ; e para o qual são definidos o tipo de lubrificante, o intervalo de relubrificação, a tarefa a ser executada, o consumo estimado, o tempo estimado para execução e uma resposta a tarefa solicitada. Os pontos que recebem graxa normalmente são tratados como alemites, pequenos dispositivos em forma de bico, e que atuam como válvulas permitindo somente o ingresso de graxa, os reservatórios de óleo são comumente tratados como cárter, e os demais dispositivos envolvidos em lubrificação e tratados como pontos, são fusos, filtros, guias e etc. (Vide exemplos abaixo); Figura 3 : Alemite (bico graxeiro) : Fonte : http://autorepair.about.com/library/faqs/bl912h.htm

17 Figura 4: Carter de óleo de bomba centrifuga Fonte : http://www.du-o-lap.com.br Figura 5: Fusos, correntes e filtros Fontes : http://www.gwusinagem.com.br/servicos.html https://tst.interflon.net/bz/correntes.html http://www.motobr.com.br/index.php?main_page=index&cpath=99 - ROTA : Conjunto de pontos que tem características em comum, tais como : mesmo lubrificante, mesma freqüência de relubrificação, e mesma área, ordenados de forma a que fiquem geograficamente em uma sequência lógica;

18 - TIPO DE LUBRIFICANTE : Os lubrificantes podem ser agrupados genericamente em 3 tipos, como sendo óleo, graxa, e especiais (spray s, sólidos,e etc.), segundo suas unidades de consumo (Kilos, Litros, Latas, Bisnagas, etc); - LUBRIFICANTE : Descrição comercial e técnica do produto, com suas propriedades físico-quimicas, preço por unidade de consumo e nome usual ; - PLANO : Plano de lubrificação é a montagem de um cronograma de base semanal, (52 semanas/ano), onde constarão as rotas a serem efetuadas conforme suas freqüências de execução, e onde as datas de inicio de cada rota, são definidas através de um balanceamento de recursos, de forma a manter as necessidades de mão de obra dentro de limites factíveis, não permitindo semanas de ociosidade, e nem semanas com sobrecarga de trabalho.

19 5 REFERENCIAL TEÓRICO Dentre o universo industrial, há a segmentação de atividades em setores que se destinam a desempenhar um processo, ou uma parte da atividade fim da empresa. Conforme SILVESTRO (1999, p.401), um dos departamentos ligados a produção de uma fábrica é o de manutenção, que também pode estar presente em um hotel, hospital, ou transportadora por exemplo. E o que vem a ser esse departamento de manutenção? Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1994), manutenção é: Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida. Kardec e Nascif (1998) definem manutenção como: Garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de modo a atender a um processo de produção e a preservação do meio ambiente, com confiabilidade, segurança e custo adequados. A origem da palavra diz tudo. Derivada do latim manus tenere, que significa manter o que se tem, a manutenção está presente na história humana há eras, desde que se começou a manusear instrumentos de produção. A maior parte de todos os autores contemporâneos, conceituam a manutenção dentro de 4 tipos : Manutenção corretiva, aquela que é feita após a quebra de forma que o equipamento ou máquina volte a condição de operação ; Manutenção Preventiva, realizada de forma a reduzir ou evitar a falha ou queda no desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo. Marçal (2004) subdivide a manutenção preventiva em: - Manutenção preventiva programada ou sistemática: é quando os serviços de manutenção são efetuados de maneira periódica, através de intervalos pré-estabelecidos, dias de calendários, ciclos de operações, horas de operações e outros desprezando as condições dos componentes envolvidos. - Manutenção preventiva de rotina: são as manutenções preventivas feitas com intervalos pré-determinados e de tempos reduzidos, com prioridades

20 claramente definidas e de curta duração de execução, na maioria das vezes apoiadas apenas nos sentidos humanos, sem causar a indisponibilidade da instalação ou equipamento. Geralmente são conhecidas como inspeções e verificações sistemáticas apoiadas pelo uso de check-list ou demais controles. Se houver bom treinamento, este tipo de preventiva poderá ser realizado pela própria equipe de produção a partir do uso do check-list e programação desenvolvida pela própria equipe de manutenção ou inspetores. Já a atividade de lubrificação, é parte fundamental do contexto de manutenção preventiva sistemática. Manutenção preditiva por outro lado,é a atuação realizada com base nas modificações dos parâmetros de condição ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma sistemática. Marçal (2004) diz que a manutenção preditiva também pode ser definida como aquela que indica as condições reais de funcionamento das máquinas com base em dados que informam o seu desgaste ou processo de degradação. Trata-se de uma importante ferramenta da manutenção, porém ainda pouco usada, pois visa acompanhar o equipamento ou as peças, através de monitoramento, por medições e por controle estatístico para predizer a ocorrência de uma falha. Manutenção de melhoria : É a intervenção que visa implementar um melhoramento contínuo dos equipamentos e serviços, com intuito de reduzir o índice de indisponibilidade, aumento de performance, aumento do ciclo de vida e segurança, através da aplicação de novos dispositivos, bem como a adoção de novas técnicas de trabalho. Esta intervenção pode ocorrer antes do surgimento de defeito e deve ser informada ao projetista do equipamento ou sistema envolvido, a fim de efetuar as modificações necessárias já na concepção do projeto (MARÇAL, 2004, p. 6). O que todos os autores que escrevem sobre manutenção concordam é que um planejamento de lubrificação bem desenhado e uma equipe de técnicos de lubrificação preparada e com habilidades, pode aumentar a vida das máquinas e diminuir gastos de operação e manutenção. Enquanto a importância da lubrificação é aceita como parte vital para a confiabilidade da planta pela maioria dos administradores e profissionais de manutenção, a realidade é que esta é uma das atividades onde com muita freqüência inexiste esta relação entre este reconhecimento e sua implementação.

21 Neste estudo, tivemos contatos com diversas empresas do mesmo segmento (papel e embalagem), e pudemos constatar : 1- A necessidade de uma ferramenta de gestão; 2- O diferencial entre custo e confiabilidade de máquina, onde se tem gestão, e onde esta atividade é relegada ao descontrole ; 3- A necessidade de um sistema gerenciador de base de dados, de interface simples e que possa administrar todas as particularidades desta atividade de manutenção. Além disso, a lubrificação, além dos eventuais riscos de segurança durante a aplicação do lubrificante em lugares perigosos ou de difícil acesso, apresenta atualmente, riscos legais e ambientais. Lei dos Crimes Ambientais Lei n 9.605, resumidamente, faz referência a causar poluição com danos à saúde humana ou mortandade de animais ou a destruição da flora, por resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, detritos, óleos ou substâncias oleosas. Inclui o funcionário público que não deve fazer afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações, dados técnicocientíficos; conceder licença, autorização ou permissão em desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços. Esta Lei prevê aos contraventores multas de até R$ 50 milhões e reclusão de até 3 anos. Portanto, a Administração da empresa que utiliza ou aplica lubrificantes e afins, está sujeita a estas penalidades no caso da empresa causar algum acidente ambiental. Assim sendo, a ferramenta proposta deverá, como mínimo administrar o seguinte : 1. Cadastros de equipamentos, pontos,lubrificantes e profissionais; 2. Registro dos planos e rotas de lubrificação; 3. Emissão de ordens de serviço; 4. Registro de serviços executados e produtos utilizados; 5. Consumo de lubrificantes estimado e realizado; 6. Consumo de hora-homem estimado e realizado; 7. Gráficos e relatórios gerenciais personalizados; 8. Gerenciamento de custos de insumos e mão-de-obra;

22 5.1 APLICAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO NA MANUTENÇÃO As práticas e conceitos sobre gestão do conhecimento podem ser aplicadas à realidade de qualquer empresa, independente do seu tamanho ou porte (KRUGLIANSKAS e TERRA, 2003). Deve-se ter em mente que a gestão do conhecimento não deve ser tratada como algo complicado. Ela, não exige, necessariamente, grandes investimentos, mas sim o uso de ferramentas modernas como a informática e a busca do conhecimento,de especialistas e consultores. Os conceitos de gestão do conhecimento podem ser bastante simples: respeito, valorização e satisfação são premissas simples que podem mudar a cultura organizacional quanto ao efetivo compartilhamento do conhecimento. Também na manutenção, mais especificamente nos seus diversos tipos, o simples planejamento e utilização do bom senso podem otimizar manutenções futuras, reduzindo-as ao máximo em relação ao tempo de parada e diminuindo os gastos com tais operações, implicando diretamente em que se tenha uma gestão eficiente de todo conhecimento que deve acompanhar toda a manutenção, bem como, e particularmente a prática das lubrificações. É notável que muitas das manutenções corretivas não planejadas ocorrem devido ao fato do desconhecimento, ou da omissão em relação a lubrificação.há empresas que desconhecem por completo o universo de pontos lubrificados em seu parque fabril, e após um recenseamento destes pontos, a reação de surpresa é inevitável, pois não raro, os gestores estimarem em menos de 10% a quantidade real destes pontos, dado o desconhecimento que acompanha e o desdém com que culturalmente, é tratada esta atividade nas empresas. Outro fator que costumeiramente provoca controvérsias depois de mapeado e planejado, é o fator mão-de-obra. Em todos os casos estudados, após o devido planejamento, verificou-se sobre-dimensionamento das equipes. Através do modelo de conversão do conhecimento, pode-se criar, adquirir, compartilhar e utilizar o conhecimento prévio e, com isso, minimizar o número de manutenções, bem como a geração de novas idéias e soluções de problemas.e a lubrificação, historicamente tem sido relegada a patamares inferiores de importância no contexto da manutenção. Como a criação do conhecimento em uma organização se dá, partindo do nível individual e num segundo momento, caminhando para os níveis

23 departamentais e organizacionais, é de suma importância que se estimule tal método e isso requer mudança de mentalidade e mudança de cultura. O trabalho de levantamento de requisitos para análise e modelagem de um sistema informatizado para esta atividade, teve que percorrer obrigatoriamente toda essa hierarquia. Para começar o processo de conversão do conhecimento é interessante que sejam estimuladas oportunidades para o compartilhamento de idéias, experiências, exposição de opiniões quanto ao trabalho na prática. Isso é extremamente relevante, pois erros posteriores, em equipamentos semelhantes serão suprimidos, e o sistema gerenciador, apresentará poucas necessidades de depuração. Após essa primeira etapa, as experiências devem ser documentadas. Tais documentações devem ser de fácil acesso para qualquer funcionário dentro da organização. Para isso, é que formulamos a propositura de um portal especifico para tratar os dados de lubrificação, e convertê-los em informações úteis, que tanto poderá ser interno (intranet), como externo (internet). O item da manutenção preventiva dedicado a lubrificação, é atendido, à medida que, através desses materiais criados, estrutura-se a atividade de lubrificação sistêmica, o que indubitavelmente irá reduzir a quantidade de falhas de equipamentos, o intervalo entre elas (MTBF) 1 e o tempo médio de reparação (MTTR) 2. Na finalização do processo, através do cruzamento das experiências explicitadas, novas informações e conhecimentos são criados por parte dos funcionários, dando início, a realimentação do processo como um todo. Nessa etapa, a depuração das informações, e a inserção de maiores detalhes, agregam valor a instituição, e conteúdo a gestão do conhecimento, e de forma subjetiva estimula-se a manutenção constante da prática do método PDCA (Plan, Do, Check, Act ; ou seja planejar, fazer, verificar, e atuar), que é o pilar da melhoria contínua. 1 MTBF ("Mean Time Between Failures") ou período médio entre falhas é um valor atribuído a um determinado dispositivo ou aparelho para descrever a sua confiabilidade. Este valor atribuído indica quando poderá ocorrer uma falha no equipamento em questão. Quanto maior for este índice, maior será a confiabilidade no equipamento e, consequentemente, a manutenção será avaliada em questões de eficiência. 2 MTTR é a abreviatura o termo Mean Time to Recovery, que significa Tempo Médio de Recuperação ou Tempo Médio de Reparo. Representa o tempo médio necessário para substituir ou reparar um componente defeituoso, ou mesmo para que o sistema volte a funcionar.

Ciclo PDCA, ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming, é um ciclo de desenvolvimento que tem foco na melhoria contínua. O PDCA foi introduzido no Japão após a guerra, idealizado por Shewhart e divulgado por Deming, quem efetivamente o aplicou. Inicialmente deu-se o uso para estatística e métodos de amostragem. O ciclo de Deming tem por princípio tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução da gestão, como por exemplo na gestão da qualidade, dividindo-a em quatro principais passos.o PDCA é aplicado para se atingir resultados dentro de um sistema de gestão e pode ser utilizado em qualquer empresa de forma a garantir o sucesso nos negócios, independentemente da área de atuação da empresa. O ciclo começa pelo planejamento, em seguida a ação ou conjunto de ações planejadas são executadas, checa-se se o que foi feito estava de acordo com o planejado, constantemente e repetidamente (ciclicamente), e toma-se uma ação para eliminar ou ao menos mitigar defeitos no produto ou na execução. Fonte www.pt.wikipedia.org 24

25 5.2 A LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL O maquinário industrial tem alto valor agregado, e quanto mais novos produtos forem criados,maior será a precisão e necessidade de produção mais rápida, ocasionado aumento de trabalho do maquinário e o conseqüente desgaste. Esse desgaste é, em sua maioria, oriundo do contato entre partes móveis do maquinário, já que a transmissão de movimento e potência é premissa de qualquer máquina de transformação. Inevitavelmente, o contato entre partes móveis, incorre em atrito, pois mesmo as superfícies mais polidas, em níveis microscópicos apresentam-se na forma de picos e vales. Vários fatores contribuem para aumentar este atrito, dentre eles a carga ou solicitação transmitida entre as tais partes móveis,e a velocidade do movimento. A função da lubrificação é interpor uma camada lubrificante entre as superfícies de forma a evitar o contato que poderia produzir a ruptura dos picos, transformando-os em partículas que por sua vez irão gerar ainda mais atrito. Figura 6: Visão microscópica de superfícies em movimento relativo Fonte: www.blogdalubrificacao.com.br Um lubrificante pode ser, um gás, um sólido (grafite, bissulfeto de molibdênio, enxofre,fósforo), semi-sólido (vaselina, graxa vegetal, animal ou mineral) ou o mais utilizado, um líquido (água, óleo vegetal, animal ou mineral, sintético). Os lubrificantes mais utilizados na indústria são:

26 Óleo mineral; Óleo sintético; Semi-sólidos como as graxas e Sólidos como polímeros, exemplo: Teflon (PTFE). Os lubrificantes têm como suas principais funções: diminuir o atrito entre superfícies, evitar e/ou controlar corrosão e desgaste, proteção como isolante térmico (refrigeração) e elétrico, transmitir força (sistema hidráulico) e atuar como vedação e amortecimento de elementos de máquina.dentre suas diversas propriedades, vale aqui ressaltar a viscosidade de um lubrificante. Entende-se por viscosidade, a medida da resistência ao escoamento de um líquido. E a viscosidade é importante para a lubrificação pois é dela que se parte para escolha do lubrificante ideal. A viscosidade altera-se com a temperatura, ou seja, quanto maior a temperatura menos viscosidade é verificada no lubrificante. A viscosidade pode ser dinâmica ou cinemática, e pode ser entendida da seguinte forma: Viscosidade é a propriedade associada a resistência que o fluido oferece a deformação por cisalhamento. De outra maneira pode-se dizer que a viscosidade corresponde ao atrito interno nos fluidos devido basicamente a interações intermoleculares, sendo em geral função da temperatura. É comumente percebida como a "grossura", ou resistência ao despejamento. Viscosidade descreve a resistência interna para fluir de um fluido e deve ser pensada como a medida do atrito do fluido. Assim, a água é "fina", tendo uma baixa viscosidade, enquanto óleo vegetal é "grosso", tendo uma alta viscosidade. Fonte: www.pt.wikipedia.org. As classes de viscosidades tem vários institutos que as regimentam segundo seu propósito ou aplicação. Os mais conhecidos são SAE, API, AGMA e ISO.Na indústria as classes mais utilizadas são a ISO VG ( Internacional Standards Organization : Viscosity Grade), e AGMA ( Association of Gear Manufacturers of America). As classificações SAE (Standards for Automotive Enginering) e API ( Association of Petroleum Institute), são direcionadas a área automotiva.