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Transcrição:

EB 3978/10 10 setembro 2010 Original: inglês P Junta Executiva / Conselho Internacional do Café 21 24 setembro 2010 Londres, Inglaterra Relatório do Comitê Virtual de Revisão (CVR) sobre duas propostas de projetos cafeeiros Antecedentes 1. O presente relatório contém as avaliações do Comitê Virtual de Revisão (CVR) das duas propostas de projetos a seguir (uma nova e uma revisada), que serão examinadas pela Junta Executiva e pelo Conselho em setembro de 2010: Melhoria do processamento e acesso ao mercado do café africano, apresentada pela Organização Interafricana do Café (OIAC) (documento de trabalho WP-Board 1062/10) Modelo de controle de pragas e aplicação de boas práticas agrícolas (BPA) em diferentes zonas de cafeicultura da Indonésia [anteriormente: Projeto piloto da implementação do manejo integrado de pragas (MIP) para controlar a broca do café (BC) nas lavouras de Arábica e Robusta de pequenas propriedades da Indonésia], proposta apresentada pelo Governo da Indonésia (documento de trabalho WP-Board 1063/10) 2. Integram o CVR o Brasil, a Côte d Ivoire, a Guatemala e a Indonésia (Membros exportadores) e a Alemanha, a Espanha, os EUA e a Itália (Membros importadores). Ação Solicita-se à Junta Executiva que aprecie o relatório do CVR e apresente uma recomendação ao Conselho sobre as duas propostas.

RELATÓRIO DO COMITÊ VIRTUAL DE REVISÃO (CVR) Resumo da avaliação do CVR, por área técnica Setembro de 2010 Área técnica Melhoria do processamento e acesso ao mercado do café africano Modelo de controle de pragas e aplicação de boas práticas agrícolas (BPA) em diferentes zonas de cafeicultura da Indonésia* Prioridades do setor cafeeiro Set. 2010: Planejamento do projeto Set. 2010: Capacidade operacional da Agência de Execução do Projeto (AEP) Set. 2010: Sustentabilidade Set. 2010: Maio 2008: Falta informação Orçamento/Custo-eficácia Set. 2010: Maio 2008: Recomendação geral CVR dividido entre: aprovação (4) ou revisão (3) CVR dividido entre: Set. 2010: aprovação (3) ou revisão (4) Maio 2008: revisão ou rejeição * Esta foi a segunda vez que esta proposta foi avaliada pelo CVR. Os resultados da avaliação são indicados no quadro acima, como segue: setembro de 2010 e maio de 2008.

- 2-1. Melhoria do processamento e acesso ao mercado do café africano proposta apresentada pela Organização Interafricana do Café (OIAC) (documento de trabalho WP-Board 1062/10). Área técnica Prioridades do setor cafeeiro Planejamento do projeto Capacidade operacional da AEP Sustentabilidade Orçamento/Custo-eficácia Recomendação geral Avaliação O Comitê ficou dividido entre recomendar a aprovação (4) ou revisão (3) da proposta apresentada pela OIAC Comentários gerais: a) O objetivo do projeto proposto é reduzir a pobreza dos cafeicultores de forma sustentável, equipando-os com habilidades empresariais e dando-lhes acesso a mercados tanto locais quanto estrangeiros. b) A Agência de Execução do Projeto (AEP) proposta é a Organização Interafricana do Café (OIAC). c) Esta foi a primeira vez que o Comitê examinou a proposta apresentada. O Comitê ficou dividido entre recomendar a aprovação ou a revisão da proposta. Comentários do CVR: Avaliando a proposta no contexto das prioridades do setor cafeeiro, três Membros enfatizaram que ela é relevante para o setor, oferece oportunidades sustentáveis juntamente com o aumento das receitas dos beneficiários e contém algumas idéias muito boas, em particular no sentido de desenvolver a capacidade africana de torrefação e processamento com vistas à exportação de café com valor agregado. Outro Membro observou que a proposta é interessante, pois se volta para as necessidades da parte fraca do setor cafeeiro, lidando com elas através de soluções de mercado. Notou-se, porém, que a principal inovação é metodológica e não tecnológica. Quanto à qualidade geral da proposta, enfatizou-se que a informação fornecida ainda é insuficiente, e que a idéia do projeto parece melhor que sua formulação. Com respeito à gestão do projeto proposto, os seguintes pontos foram suscitados: a) De modo geral, o plano de ação é claro e teoricamente viável, mas a proposta não detalha a situação específica de cada país ou dos principais participantes. A proposta não explica por que razão atividades da produção cafeeira devem figurar num projeto para fortalecer a capacidade de torrar e exportar café. b) A proposta inclui informações básicas sobre o setor cafeeiro africano e um esquema amplo (lista de etapas) para a implementação dos componentes do projeto, mas não contém informação específica sobre como as atividades

- 3 - serão implementadas em cada país. Em vista dos dois componentes distintos mas inter-relacionados do projeto e da intenção de implementar atividades em dois países, indaga-se como o proponente irá alcançar os resultados articulados no quadro lógico. O quarto componente ( Contatos com importadores estrangeiros ) precisa ser descrito em detalhe para que não haja complicações na implementação. c) Com respeito ao alvo, sugeriu-se que instituições mais específicas e técnicas dos países envolvidos colaborem com a AEP para haver melhores resultados. Não há menção ao envolvimento do setor privado, e as atividades de produção de café e formação de grupos não são suficientemente detalhadas e desenvolvidas; menção a esses elementos poderia confirmar a compreensão que o proponente tem do setor cafeeiro dos países de que se trata, assim como um nível aceitável de análise, que está completamente ausente da proposta. Sugere-se que os proponentes forneçam informações sobre o número aproximado de beneficiários diretos e introduzam o elemento de construção de capacidade para o fortalecimento do processo decisório com vistas a negócios alternativos/diversificação de cultivos de acordo com a rentabilidade do café, e que desenvolvam os aspectos relativos à gestão agrícola sustentável (ambiental e social). d) Os indicadores propostos são fracos. A maioria deveria ser revisada, pois eles ou são difíceis de verificar ( Acesso ao mercado interno e externo facilitado ) ou não há garantia de que a melhoria possível possa ser atribuída ao projeto ( Maiores receitas recebidas pelos cafeicultores ). Não há informações suficientes sobre as limitações ou as condições da cafeicultura local. Quanto ao principal impacto do projeto, também é importante considerar que o envolvimento direto de empresários subentende sua ação direta e o nível subseqüente de risco que eles assumam em relação ao projeto e estes aspectos não são considerados na proposta. Sugere-se, portanto, a possibilidade de contar com o envolvimento de entidades que se especializam em construir a capacidade empresarial dos agricultores. Quanto ao custo-eficácia da proposta, frisou-se que as principais atividades a serem financiadas por doação do FCPB são a aquisição de máquinas de torrefação e o financiamento de compras de café verde. Considerando a política de financiamento do FCPB, essas atividades deveriam ser cobertas por empréstimo, pois os torrefadores seriam capazes de produzir retornos suficientes para pagar o FCPB. Uma carta mais afirmativa do Afreximbank reiterando seu compromisso em relação ao co-financiamento também é necessária, para que as cifras do orçamento ganhem credibilidade. Outros comentários e sugestões do CVR: A proposta poderia ser revisada para tratar de pontos específicos que se refiram a limitações locais à produção e comercialização de café, para demonstrar uma compreensão de aspectos específicos do setor cafeeiro de cada país, com inclusão de referência aos principais participantes locais do setor.

- 4 - A proposta poderia descrever, mesmo em caráter ilustrativo, de que maneira grupos de cafeicultores, áreas de produção e empresas de torrefação, processamento e exportação do setor privado poderiam ser envolvidos no projeto. A proposta poderia considerar o envolvimento do setor neste projeto, incluindo uma lista dos torrefadores e exportadores participantes. Os proponentes deveriam pensar em fornecer evidência analítica ou um estudo mercadológico que demonstre o potencial que o acesso aos mercados norte-africanos de café processado representa para os torrefadores do continente. Por que só está incluído o mercado norte-africano? Esta análise deve ser feita para que a proposta adquira credibilidade. A proposta poderia descrever em maior detalhe a capacidade e histórico da AEP na gestão de projetos deste tipo. Indaga-se se o proponente está considerando a opção de subcontratar com uma ONG ou firma de consultoria estabelecida no Quênia e na Côte d Ivoire para ajudá-lo na implementação local do projeto em cada país. A proposta poderia tratar dos componentes que têm a ver com a participação de homens e mulheres e com a sustentabilidade e expandir a seção do Monitoramento, Supervisão e Avaliação do projeto, de preferência incluindo um organograma detalhado. O sucesso da implementação de um projeto desta envergadura e complexidade pode exigir uma equipe técnica e de implementação dedicada exclusivamente ao projeto. 2. Modelo de controle de pragas e aplicação de boas práticas agrícolas (BPA) em diferentes zonas de cafeicultura da Indonésia [anteriormente: Projeto piloto da implementação do manejo integrado de pragas (MIP) para controlar a broca do café (BC) nas lavouras de Arábica e Robusta de pequenas propriedades da Indonésia] proposta apresentada pelo Governo da Indonésia (esboço nos documentos de trabalho WP-Board 1063/10 e WP-Board 1051/08). Área técnica Prioridades do setor cafeeiro Planejamento do projeto Capacidade operacional da AEP Sustentabilidade Orçamento/Custo-eficácia Recomendação geral Avaliação Set. 2010: Set. 2010: Set. 2010: Set. 2010: Maio 2008: Falta informação Set. 2010: Maio 2008: O Comitê ficou dividido entre recomendar o seguinte com respeito à proposta apresentada pela Indonésia: Set. 2010: aprovação (3) ou revisão (4) Maio 2008: revisão ou rejeição

- 5 - Comentários gerais: a) O objetivo desta proposta é estabelecer um modelo de controle de pragas como medida eficaz e eficiente para controlar a BC, que seja aceitável aos pequenos produtores de Robusta e Arábica em diferentes condições geográficas e climáticas, a fim de: i) impedir quedas de produtividade e evitar a deterioração da qualidade devido a ataques da BC aos cafezais; ii) maximizar os lucros dos pequenos cafeicultores; e iii) aliviar a pobreza através da melhoria da renda. b) A AEP proposta é o Instituto de Pesquisa do Café e do Cacau (ICCRI) do Ministério da Agricultura (AARD). c) O Comitê ficou dividido entre recomendar a aprovação ou a revisão da proposta. Comentários do CVR: Avaliando a proposta no contexto das prioridades do setor cafeeiro, os Membros mencionaram que ela parece promissora, pois inclui entre seus objetivos um bom método para o preparo de recomendações aos formuladores de políticas, reflete a necessidade deste tipo de projeto piloto e situa-o muitíssimo bem no contexto de outros métodos utilizados e projetos para controle de pragas implementados na Indonésia no passado. Com respeito à gestão do projeto, notou-se que: a) A proposta apresenta inconsistências entre o quadro lógico, a descrição das atividades e o cronograma do orçamento, por exemplo, no tocante ao número de beneficiários/participantes e cronograma de atividades e despesas. Não está claro por que um workshop nacional é necessário para discutir a metodologia de controle de pragas e exatamente quais práticas de controle de pragas estão sendo testadas e/ou promovidas. A insuficiência de pormenores da implementação dificulta a avaliação da adequação de atividades específicas. b) Com respeito aos beneficiários visados, a proposta não fornece suficientes justificativas para o treinamento de 100 trabalhadores de extensão ou o que eles farão com o treinamento. Mais detalhes poderiam ser fornecidos sobre as atividades dos agricultores e dos trabalhadores de extensão. Deveria, portanto, tratar-se da sustentabilidade ou replicabilidade das atividades de treinamento, ou seja, além dos 200 agricultores e 100 trabalhadores de extensão treinados, quais são os planos para difundir e disseminar as constatações do projeto? Se este é um projeto piloto, como será a próxima etapa ou o próximo projeto de seguimento? c) Parece que o ICCRI, como AEP proposta, tem a perícia de gestão necessária para levar a cabo o projeto, mas isto não é discutido em detalhe na proposta.

- 6 - d) A questão da participação de homens e mulheres não é discutida em absoluto; se este tópico não tem relevância para as atividades do projeto, poderia explicar-se por que na proposta. Quanto ao impacto potencial da proposta, enfatizou-se que a transferência de tecnologia, em princípio, poderia ser um dos pontos fortes do projeto, mas não há explicação detalhada de como fazer isso. O ponto fraco mais evidente é a relação custo/eficácia da proposta ante os objetivos a alcançar. O orçamento parece demasiado alto para o tipo de atividades sugeridas; muitos componentes parecem demasiado caros para os resultados e objetivos a alcançar. Cerca de 50% dos recursos do orçamento são alocados para Gestão do Projeto, Supervisão, Monitoramento, Avaliação e Imprevistos, e essa proporção parece excessiva em relação ao investimento alocado às atividades do projeto. Outros comentários e recomendações do CVR: O componente 2 precisa ser esclarecido, pois um sentido do compromisso de cada parceiro do projeto seria útil. Avaliação e monitoramento são duas atividades diferentes. Seria útil entender quem fará o monitoramento contínuo, quando e como. O plano de trabalho e componente orçamentário precisam ser analisados e revisados, pois alguns de seus aspectos são confusos.