REUNIÃO CONJUNTA DA CÂMARA TEMÁTICA DE REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS E DE CONHECIMENTO TRADICIONAL ASSOCIADO



Documentos relacionados
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE BIODIVERSIDADE E FLORESTAS CONSELHO DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO GENÉTICO DEPARTAMENTO DO PATRIMÔNIO GENÉTICO

2 - Quem autoriza o acesso é o CGEN ou o povo detentor do conhecimento tradicional?

CIRCULAR Nº 3.629, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2013

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA

REGULAMENTO DE COMPRAS E CONTRATAÇÕES COM RECURSOS PÚBLICOS FUNDAÇÃO SICREDI

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado)

DECRETO Nº ,DE 8 DE JANEIRO DE 2013 CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Considerando, ainda, a necessidade de serem designadas Autoridades Administrativas e Científicas nos países signatários da Convenção; e

CÂMARA TEMÁTICA DE REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS ATA DA 18ª REUNIÃO

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA N 66, DE 12 DE MAIO DE 2005.

Minuta de Termo de Referência

MATRICULA CASOS ESPECIAIS

Capítulo I das Atividades do Conselho

DECRETO Nº , DE 16 DE MAIO DE 2007 DODF DE

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. Parágrafo único. Para efeito do disposto nesta Resolução, considera-se:

Município de Oliveira do Hospital PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS

CÓPIA MINISTÉRIO DA FAZENDA Conselho Administrativo de Recursos Fiscais

TÍTULO III DOS DIREITOS E DEVERES Das (EGETS) Empresas Geradoras, Emissoras, Transmissoras de Sinais

PODER EXECUTIVO. Publicado no D.O de DECRETO Nº DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010

Nota Técnica nº 446/2010/COGES/DENOP/SRH/MP. ASSUNTO: Averbação de tempo de serviço. Referência: Processo Administrativo nº

PRODUTOS ORGÂNICOS SISTEMAS PARTICIPATIVOS DE GARANTIA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA COMPRAS E CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMPRADORES E FORNECEDORES FUNDAÇÃO DE APOIO À UNIFESP

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013

Considerando a necessidade de promover o efetivo acompanhamento dos contratos de materiais e serviços no âmbito da Administração Pública Estadual;

RESOLUÇÃO Nº 015/2009-CONSUNIV-UEA ESTÁGIO SUPERVISIONADO

A Governança Global da Propriedade Intelectual e os Recursos Biológicos

Manual do Usuário. Protocolo

- REGIMENTO INTERNO. Aprovado pelo Conselho de Administração da Garantisudoeste.

Da Legislação Ambiental. Da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Harmonização da PNRS. Constituição Federal da República Federativa do Brasil

RESOLUÇÃO N 24, DE 6 DE JUNHO DE 2012.

RESOLUÇÃO N o 53 de 28/01/ CAS RESOLVE: CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES

Decreto Nº de 21/09/2009

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC REGULAMENTO DO ESTÁGIOS CURRICULARES OBRIGATÓRIOS E NÃO- OBRIGATÓRIOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNISC

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE EXTENSÃO

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS I INTRODUÇÃO

REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL)

Normas Gerais de Estágios

EDITAL FAPESB 002/2013 APOIO À PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CIENTÍFICOS E/OU TECNOLÓGICOS

INSTRUÇÃO NORMATIVA IN

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO MARAJÓ- BREVES FACULDADE DE LETRAS

NORMA PARA PARCERIAS E DEMAIS ATIVIDADES DE COOPERAÇÃO TÉCNICA PARA PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE CONTEÚDO INFORMATIVO NOR 215

NORMAS DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO

RESOLUÇÃO CONFE No 87, de 26 de dezembro de 1977.

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 24 DE MARÇO DE 2014

CONSELHO MUNICIPAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO REGIMENTO INTERNO

Estado da Paraíba PREFEITURA MUNICIPAL DE TAVARES GABINETE DO PREFEITO

Concessão de Patentes na Área de Biotecnologia no Brasil

FACULDADE INTERNACIONAL DA PARAÍBA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA ESTÁGIO SUPERVISIONADO REGULAMENTO

Dúvidas Freqüentes IMPLANTAÇÃO. 1- Como aderir à proposta AMQ?

O termo compliance é originário do verbo, em inglês, to comply, e significa estar em conformidade com regras, normas e procedimentos.

Programa de Voluntariado FLL

REGULAMENTO INSTITUCIONAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO E NÃO OBRIGATÓRIO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

I - território nacional, compreendendo as águas continentais, as águas interiores e o mar territorial;

O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS. Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

C Â M A R A D O S D E P U T A D O S

Número: / Unidade Examinada: Município de Marília/SP

ANTONIO CARLOS SIQUEIRA VIVIANE AMARAL GURGEL. Diretoria Jurídica Gerência Jurídica de Biodiversidade e Meio Ambiente

CONTRATO PADRÃO DE ADESÃO DO CARTÃO SICREDICARD VISA ELECTRON

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TSC 4410, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

MANUAL DE NORMAS CCI CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO ÍNDICE

Registros de Programas de Computador

ANEXO III PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 419, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011 INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS

PREFEITURA MUNICIPAL DE VIANA

M. DIAS BRANCO S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS Companhia Aberta Capital Autorizado CNPJ nº / NIRE

Educação Profissional Cursos Técnicos. Regulamento de Estágio Supervisionado

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME GABINETE DO MINISTRO PORTARIA Nº 566,DE 14 DE NOVEMBRO DE 2005.

Resposta: Sim, em sendo os bilhetes adquiridos através de agência consolidadora, as faturas deverão ser emitidas em nome desta.

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CIRCULAR Nº 3.771, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2015

RESOLUÇÃO 002/CUn/2007, de 02 de março de 2007

Proteção Jurídica do Conhecimento Tradicional Associado à Biodiversidade. Harmonização dos artigos 8ª (j) da CDB e 27.

DIAGNÓSTICOS DA AMÉRICA S/A CNPJ/MF n.º / NIRE n.º Companhia Aberta

CRITÉRIOS PARA ACEITAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE BOTUCATU

REGULAMENTO DE ESTÁGIO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA

PREFEITURA DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

PROJETO DE LEI N 4.596/09

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES INICIAIS

MANUAL DE PROCEDIMENTOS ITBI

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA CONSELHO ACADÊMICO DE PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 01/2014

DECRETO Nº 533, DE 02 DE SETEMBRO DE 1991.

Site:

UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA CURSO DE ZOOTECNIA. Regulamento do Estágio Supervisionado I e II

PROTOCOLO SOBRE PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DE INVESTIMENTOS PROVENIENTES DE ESTADOS NÃO PARTES DO MERCOSUL

O CONSELHO DO MERCADO COMUM DECIDE:

ORIENTAÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO POR MEIO DA WEB

Noções de Direito e Legislação em Informática

GUIA DE CERTIFICAÇÃO. Exame Nacional do Ensino Médio. Brasília-DF. Guia de Certificação Exame Nacional do Ensino Médio Enem

REGULAMENTO INTERNO DE COMPRAS E CONTRATAÇÕES

RELATÓRIO DE AUDITORIA

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO SUL - ACRE GABINETE DO PREFEITO MEDIDA PROVISÓRIA N 002/2013, DE 14 DE MARÇO DE 2013.

Art. 2º. Fazer publicar esta Portaria em Boletim de Serviço, revogando-se a Portaria 577/05-R, de 05 de dezembro de 2005.

Transcrição:

REUNIÃO CONJUNTA DA CÂMARA TEMÁTICA DE REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS E DE CONHECIMENTO TRADICIONAL ASSOCIADO Ata da 6ª Reunião Conjunta CTA/CTRB Local: Sede do CGEN, SCEN, Trecho 2 - Ed. Sede do IBAMA, Bloco G; Data: 13/03/2008 Pauta: Consulta Pública nº 02 - contribuição do CGEN para o anteprojeto de Lei de acesso. Participaram da 6ª Reunião Conjunta da CTRB/CTCTA: Andréa Derani (Natura); Alessandra Barros (Abin); Marcelo Lacerda (Patri); Rafael Michelsohn (FUNAI); Daniela Loiola e Janaína Carneiro (MSaúde); Márcio Mazzaro (MAPA), Mônica Melo (ICMBIO); Maria Elisa Curcio (ABQUIM); Daniela Goulart, Lenice Medeiros e João Francisco Barros (DPG/MMA). A coordenadora das Câmaras Temáticas fez uma introdução sobre o assunto (Consulta Pública nº 02 do CGEN CP nº 02) com o relato dos encaminhamentos feitos na última reunião conjunta das Câmaras Temáticas de Repartição de Benefícios e Conhecimentos Tradicionais Associados e do plenário do CGEN, com as sugestões de continuidade dos trabalhos na câmara, no sentido de propor minutas de procedimentos, contando com a chancela jurídica, para regrar a questão, considerando que o objetivo da CP nº 02 foi justamente de colher opiniões e sugestões para subsidiar o estabelecimento dessas regras. Foi lembrado ainda que na 56ª reunião extraordinária do CGEN os resultados obtidos deverão ser encaminhados à Casa Civil juntamente com o Relatório Final sobre a CP nº 02. Comunicou que, em atendimento a esse último encaminhamento, a Secretaria Executiva do CGEN incorporou as contribuições de cada setor à CP nº 02 ao texto do Anteprojeto de Lei, nas seções e artigos pertinentes. Com o objetivo de colher sugestões e criticas para a proposta elaboradora pela SE, a palavra foi aberta aos presentes. O representante do MAPA, Márcio Mazzaro, comentou que o texto poderia ser encaminhado a Casa Civil, porém sem juízo de valor, ou seja, as propostas deveriam ser encaminhadas como foram recebidas. A SE esclareceu que não houve modificações nas respostas compiladas. Reiterou a necessidade de que o aproveitamento dos resultados da CP 02 para futuros normativos do CGEN deveria merecer a análise jurídica prévia, exceção feita à questão da repartição coletiva de benefícios entre diversos detentores do conhecimento tradicional, cuja discussão jurídica anterior já havia concluído pela ausência de amparo legal na atual MP, o que motivou a remessa das propostas obtidas à Casa Civil para aproveitamento ou não na nova legislação em construção. A Srª Mônica Melo (ICMBIO) sugeriu que os comentários enviados fossem destacados na tabela, de modo a diferenciá-los das respostas dos questionários. O encaminhamento da reunião foi que a proposta elaborada pela SE (em anexo) seria encaminhada ao CGEN para que esse ratifique a decisão de enviá-la junto com o Relatório Final da CP nº 02 à Casa Civil. O conselheiro Marcio Mazzaro (MAPA) sugeriu que os resultados enviados à Casa Civil sejam acompanhados da informação do universo da pesquisa, ou seja, quantas pessoas, grupos e etnias foram entrevistados e qual a representatividade desse resultado, mencionando também as dificuldades de acesso às comunidades e a forma de comunicação.

1. PROJETO DE LEI Dispõe sobre a coleta de material biológico, o acesso aos recursos genéticos e seus derivados, para pesquisa científica ou tecnológica, bioprospecção ou elaboração ou desenvolvimento de produtos comerciais, a remessa e o transporte de material biológico, o acesso e a proteção aos conhecimentos tradicionais associados e aos direitos dos agricultores, e a repartição de benefícios, e dá outras providências. Art. 7 o Considera-se, para os fins desta Lei: Sugestão do Setor : Definir comunidade provedora, detentora e co-detentora. CAPÍTULO VII DA PROTEÇÃO E DO ACESSO AOS CONHECIMENTOS TRADICIONAIS ASSOCIADOS Seção I Da Proteção aos Conhecimentos Tradicionais Associados Art. 38. São reconhecidos às comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais os direitos originários sobre os seus conhecimentos tradicionais associados. Art. 39. Para os fins desta Lei, qualquer conhecimento tradicional associado será considerado de natureza coletiva, ainda que apenas um indivíduo, membro da comunidade indígena, quilombola ou tradicional o detenha. Parágrafo único. A proteção ora instituída não afetará, prejudicará ou limitará outros direitos relativos à propriedade intelectual. Art. 40. Os direitos morais sobre os conhecimentos tradicionais associados das comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais são inalienáveis, impenhoráveis e irrenunciáveis, e assegurados por prazo indeterminado. Art. 41. Os direitos patrimoniais sobre os conhecimentos tradicionais associados das comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais são impenhoráveis e irrenunciáveis, e perduram enquanto subsistirem as características que permitiram a tais conhecimentos serem identificados como indígenas, quilombolas ou tradicionais, dentro dos contextos culturais em que foram gerados. Como identificar todas as comunidades que detêm o conhecimento tradicional a ser usado? - Não é necessário identificar todas, basta identificar a comunidade provedora do conhecimento e garantir que as demais também possam receber - Registro ou cadastro voluntário das comunidades e organizações. Ciência & Tecnologia, - Registro ou cadastro voluntário das comunidades e organizações. - A instituição que fará o acesso tem o ônus de identificar previamente todas as comunidades. - Não é necessário identificar todas, basta identificar a comunidade provedora do conhecimento e garantir que as demais também possam receber - A comunidade provedora dos conhecimentos deverá identificar as demais comunidades. - A instituição que fará o acesso tem o ônus de identificar previamente todas as comunidades. - Deve-se criar um banco de dados que contenha informações sobre clãs, famílias e grupos que tenham autoridade sobre o conhecimento tradicional associado. - As associações e cooperativas indígenas devem reunir as informações

ONGs Comunidade Indígena Comunidade Locais sobre as comunidades. - Deve ser feito laudo antropológico para identificar as comunidades detentoras de CTA. - A instituição que fará o acesso têm o ônus de identificar previamente todas as comunidades. - Deve-se criar uma ONG com características estatuárias que congregue todas as comunidades detentoras dos CTA. - O Ministério do Meio Ambiente deve fazer o mapeamento das comunidades, pois cabe a União realizar o levantamento, dado que o patrimônio é nacional. - Não é necessário identificar todas, basta identificar a comunidade provedora do conhecimento e garantir que as demais também possam receber - A instituição que fará o acesso tem o ônus de identificar previamente todas as comunidades. - Registro ou cadastro voluntário das comunidades e organizações. - A identificação deve ser feita pelos órgãos de governo e associações. - Não é necessário identificar todas, basta identificar a comunidade provedora do conhecimento e garantir que as demais também possam receber - Registro ou cadastro voluntário das comunidades e organizações. - A instituição que fará o acesso têm o ônus de identificar previamente todas as comunidades. - A identificação deve ser feita através de cadastro, com base nos critérios: pertencer a um grupo, ter função social, trabalhar e manejar a biodiversidade Art. 42. São direitos dos titulares de conhecimentos tradicionais associados: Art. 43. O exercício dos direitos assegurados por esta Lei às comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais sobre seus conhecimentos tradicionais associados independe de quaisquer atos constitutivos do Poder Público. 1 o A adoção, pelo Poder Público, de registros, inventários culturais, cadastros ou outras formas de sistematização de informações acerca dos conhecimentos tradicionais associados ou de seus provedores será facultativa e de natureza exclusivamente declaratória e não prejudicial ao livre exercício dos direitos por esta Lei reconhecidos. 2 o A defesa dos direitos da comunidade indígena, quilombola ou tradicional, no tocante aos conhecimentos tradicionais associados a recursos genéticos ou a seus derivados será facilitada, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for a comunidade hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. Art. 44. A proteção outorgada por esta Lei não poderá ser interpretada de modo a obstar a preservação, a utilização e o desenvolvimento de conhecimentos tradicionais associados por comunidades indígenas, quilombolas ou tradicionais. Seção II Do Acesso aos Conhecimentos Tradicionais Associados Art. 45. As atividades de acesso ao conhecimento tradicional associado só poderão ser realizadas por pessoas jurídicas, nacionais ou estrangeiras, ou por brasileiros profissionalmente habilitados nas áreas biológicas, humanas e afins, todos obrigatoriamente cadastrados no CNGEN e CNACT. Art. 46. A licença para acesso ao conhecimento tradicional associado para qualquer finalidade depende de consentimento prévio fundamentado da comunidade indígena, quilombola ou tradicional, que será representada segundo seus usos, costumes e tradições. Parágrafo único. Caso o Órgão Executivo do CGEN verifique a existência de nulidade ou vício no consentimento prévio fundamentado outorgado por comunidade indígena, quilombola ou tradicional, deverá adotar as medidas administrativas cabíveis e representar ao Ministério Público Federal para que, caso

entenda ser cabível, promova a defesa dos direitos e interesses das respectivas comunidades. Quais comunidades devem ser consultadas para dizer se concordam em passar o conhecimento tradicional e fornecer o consentimento prévio fundamentado? - Pelo menos uma das comunidades que possuem aquele conhecimento tradicional. - Devem ser consultadas apenas as comunidades cadastradas em base de dados. Ciência & Tecnologia, - Todas as que possuem o conhecimento tradicional recursos/matérias-primas relacionados ao conhecimento utilizado. - As que possuem conhecimento tradicional e vivem em um território específico, onde há manejo sustentável da biodiversidade. - Deve ser consultada apenas a comunidade envolvida no projeto. - Todas as que possuem o conhecimento tradicional - As que possuem conhecimento tradicional e vivem em um território específico, onde há manejo sustentável da biodiversidade. - deve-se definir a abrangência da comunidade: etnia, geografia, lingüística e cultura. - o consentimento deve ser fornecido pelo representante legítimo da comunidade com a qual se pretende trabalhar. ONGs - Todas as que possuem o conhecimento tradicional recursos/matérias-primas relacionados ao conhecimento utilizado. Comunidade Indígena - Todas as que possuem o conhecimento tradicional recursos/matérias-primas relacionados ao conhecimento utilizado. - As que possuem conhecimento tradicional e vivem em um território específico, onde há manejo sustentável da biodiversidade. Comunidade Locais - Todas as que possuem o conhecimento tradicional recursos/matérias-primas relacionados ao conhecimento utilizado. - As que possuem conhecimento tradicional e vivem em um território específico, onde há manejo sustentável da biodiversidade. - As comunidades que têm interesse em se cadastrar devem ser consultadas quanto às regras da RB. - As comunidades consultadas devem pertencer à mesma área geográfica. Art. 47. Para participar de atividades de acesso ao conhecimento tradicional associado no País, a pessoa jurídica estrangeira deverá: Art. 48. A licença de acesso aos conhecimentos tradicionais associados com a finalidade de bioprospecção ou elaboração ou desenvolvimento de produtos comerciais será concedida pelo Órgão Executivo do CGEN, mediante cumprimento dos seguintes requisitos: Art. 49. O acesso a conhecimentos tradicionais associados com a finalidade de constituição de registros, cadastros, inventários culturais ou outras formas de sistematização, para fins de pesquisa científica, independe de licença, devendo a instituição cadastrar informações do projeto relativo às referidas finalidades no CNGEN e CNACT, que incluirão: Art. 50. As publicações, cadastros, registros, inventários culturais e outras formas de sistematização que contenham informações provenientes de conhecimento tradicional associado deverão conter as seguintes indicações: Art. 51. Quando o acesso aos conhecimentos tradicionais associados, para pesquisa científica, se der a partir de publicações, cadastros, registros, inventários culturais, entre outras formas de sistematização sem fins comerciais, a licença será substituída por notificação do projeto pelo responsável ao CNGEN e CNACT.

Art. 52. Quando ocorrer alteração da finalidade do acesso, a instituição deve requerer nova licença ao Órgão Executivo do CGEN, adequando-se às exigências relativas à nova finalidade como condição para a continuidade do projeto. CAPÍTULO XII DA REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS SeçãoI Da Repartição de Benefícios Resultantes da Exploração Comercial de Produto ou Processo Desenvolvido a partir de Recursos Genéticos, de seus Derivados ou de Conhecimentos Tradicionais Associados. Art. 72. A repartição justa e eqüitativa dos benefícios decorrentes do uso de recursos genéticos, de seus derivados ou de conhecimento tradicional associado será efetuada por meio: I - de contribuição de intervenção no domínio econômico; II - de contrato de acesso e repartição de benefícios firmado diretamente pela União com instituição estrangeira; III - de contrato de acesso e repartição de benefícios firmado diretamente com a comunidade provedora de conhecimentos tradicionais associados. Quais comunidades devem receber benefícios gerados a partir do uso econômico do conhecimento tradicional associado? - Todas as que possuem o conhecimento tradicional. - Todas as comunidades que possuem o conhecimento tradicional, mas a comunidade que passou a informação tem direito de receber mais - Devem receber os benefícios apenas as comunidades cadastradas em base de dados. - O provedor do conhecimento recebe diretamente e co-detentor e demais comunidades recebem benefícios da União ou de fundo da biodiversidade Ciência & Tecnologia, - Todas as que possuem o conhecimento tradicional. - Todas as comunidades que possuem o conhecimento tradicional, mas a comunidade que passou a informação tem direito de receber mais recursos/matérias-primas relacionados. - Deve receber o benefício apenas a comunidade que assinou o contrato e está envolvida no projeto em questão. - Todas as que possuem o conhecimento tradicional. - Todas as comunidades que possuem o conhecimento tradicional, mas a comunidade que passou a informação tem direito de receber mais - Inicialmente a comunidade fornecedora e posteriormente demais comunidades recebem os ONGs - Todas as que possuem o conhecimento tradicional. recursos/matérias-primas relacionados. - 50% dos benefícios devem ser passados para a comunidade fornecedora e 50% a um fundo de desenvolvimento indígena. Comunidade Indígena - Todas as que possuem o conhecimento tradicional. - Todas as comunidades que possuem o conhecimento tradicional, mas a comunidade que passou a informação tem direito de receber mais recursos/matérias-primas relacionados. - Devem receber as comunidades que fazem uso sustentável dos recursos

Comunidade Locais naturais. - A comunidade provedora após receber os benefícios deve repassar para as demais comunidades que detém o conhecimento tradicional associado. - Todas as que possuem o conhecimento tradicional. - Todas as comunidades que possuem o conhecimento tradicional, mas a comunidade que passou a informação tem direito de receber mais recursos/matérias-primas relacionados. - A repartição de benefícios deve ser proporcional aos recursos de flora daquela comunidade. - Devem receber as comunidades de mesma abrangência geográfica. Art. 73. As comunidades indígenas, quilombolas ou tradicionais que tiverem provido conhecimento tradicional associado têm direito a receber benefícios mediante contrato de acesso e repartição de benefícios, enquanto que as demais comunidades que compartilhem do mesmo conhecimento tradicional associado serão beneficiadas por meio do FURB. Art. 74. As comunidades indígenas, quilombolas ou tradicionais poderão negociar benefícios como condição para a atividade de coleta de material biológico ou para a atividade de acesso a recurso genético ou seus derivados, provenientes das localidades por elas ocupadas, sem prejuízo dos demais mecanismos de repartição de benefícios estabelecidos nesta Lei. Art. 75. Quando houver acesso simultâneo ao conhecimento tradicional associado e aos recursos genéticos ou aos seus derivados, independente da coincidência na procedência, poderão aplicar-se cumulativamente os casos de repartição previstos nos inciso I, II e III do art. 72. Como deve ser feita a repartição de benefícios? - A comunidade que passou a informação tem direito de receber mais - Deve-se criar um fundo a ser aplicado em projetos de conservação e desenvolvimento que envolvam as comunidades provedoras privilegiando aquelas mantenedoras do conhecimento tradicional associado. - Os benefícios devem ser repartidos entre um fundo da biodiversidade e a comunidade em questão. Ciência & Tecnologia, - A divisão deve ser igual para todas as comunidades que detêm os CT usados. - A comunidade que passou a informação deve ser a fornecedora da matéria prima e tem direito de receber mais - A comunidade que passou a informação tem direito de receber mais - Deve ser criado um fundo nacional para comunidades tradicionais gerido por um comitê gerenciador dos - Deve ser criada uma Agência de fiscalização, com acompanhamento da cadeia de geração de benefícios, fiscalização de contratos e gerenciamento do fundo de aplicação do retorno do benefício gerado. - Deve-se criar um Fundo Nacional para comunidades tradicionais, gerido pelo e fiscalizado por uma comissão composta por membros da comunidade científica, governo, sociedade civil e comunidades tradicionais. - A divisão deve ser igual para todas as comunidades que detêm os CT usados. - A comunidade que passou a informação deve ser a fornecedora da matéria prima e tem direito de receber mais - A comunidade que passou a informação tem direito de receber mais - Todas as comunidades que cultivam, produzem recursos e matérias-primas e utilizam a biodiversidade de forma sustentável.

ONGs Comunidade Indígena Comunidade Locais - A divisão deve ser igual para todas as comunidades que detêm os CT usados. - A comunidade que passou a informação deve ser a fornecedora da matéria prima e tem direito de receber mais - Deve-se criar um fundo de desenvolvimento indígena destinado prioritariamente a ações básicas (melhoria e recuperação da alimentação, capacitação de jovens indígenas em profissões ou habilidades que beneficiem sua comunidade de origem). - A divisão deve ser igual para todas as comunidades que detêm os CT usados. - A comunidade que passou a informação deve ser a fornecedora da matéria prima e tem direito de receber mais - A comunidade que passou a informação tem direito de receber mais - Deve-se criar um fundo que repassará 30% do valor para a comunidade provedora, e o restante será dividido entre comunidades que se manifestarem e comprovarem serem detentoras do conhecimento tradicional associado. - As comunidades devem decidir como será a repartição de benefícios - A divisão deve ser igual para todas as comunidades que detêm os CT usados. - A comunidade que passou a informação deve ser a fornecedora da matéria prima e tem direito de receber mais - A comunidade que passou a informação tem direito de receber mais - As comunidades que utilizam os conhecimentos em benefício comum devem receber mais. - Todas as comunidades que cultivam, produzem recursos e matérias-primas e utilizam a biodiversidade de forma sustentável devem receber os Seção III Dos Contratos de Acesso e Repartição de Benefícios Quais comunidades devem receber benefícios por meio de contrato assinado com quem irá acessar o conhecimento tradicional? Ciência & Tecnologia - Apenas as comunidades que fornecerão o CT - Todas as comunidades, de acordo com critério de manutenção de conhecimento tradicional associado e projetos de desenvolvimento sustentável. - Todas as comunidades que possuem o conhecimento. - Apenas as comunidades que fornecerão diretamente aquele conhecimento. - Somente as comunidades que fornecerão diretamente aquele conhecimento e que produzem ou cultivam os recursos/matérias- primas relacionados. - O Contrato deve ser assinado com a União, que depois deverá repassar os benefícios para as comunidades. - Aquelas que envolvam as comunidades locais incluindo melhoria na qualidade de vida e resgate de práticas culturais. - Em caso de várias comunidades beneficiadas, o contrato deve ser assinado por órgão representativo do. - Todas as comunidades que possuem o conhecimento. - O Contrato deve ser assinado com a União, que depois deverá repassar os

ONGs Comunidade Indígena Comunidade Locais benefícios para as comunidades. - O contrato deve ser celebrado com a comunidade provedora, destinando 60% do valor para a mesma e os demais 40% devem ser gerenciados por um fundo para beneficiar as demais comunidades que comprovem ter aquele conhecimento tradicional associado. - Todas as comunidades que possuem o conhecimento. - Apenas as comunidades que fornecerão diretamente aquele conhecimento. - Somente as comunidades que fornecerão diretamente aquele conhecimento e que produzem ou cultivam os recursos/matérias- primas relacionados. - O contrato deve conter: se houver outra comunidade detentora do conhecimento tradicional associado, essa deve se manifestar e comprovar para que ambas sejam beneficiadas. - Todas as comunidades que possuem o conhecimento. - Apenas as comunidades que fornecerão diretamente aquele conhecimento. - Somente as comunidades que fornecerão diretamente aquele conhecimento e que produzem ou cultivam os recursos/matérias- primas relacionados. - O Contrato deve ser assinado com a União, que depois deverá repassar os benefícios para as comunidades. - Todas as comunidades que possuem o conhecimento. - Apenas as comunidades que fornecerão diretamente aquele conhecimento. - Somente as comunidades que fornecerão diretamente aquele conhecimento e que produzem ou cultivam os recursos/matérias- primas relacionados. - O Contrato deve ser assinado com a União, que depois deverá repassar os benefícios para as comunidades. - Devem receber benefício por meio de contrato assinado as comunidades que compartilham a mesma área geográfica. Quais mecanismos devem ser utilizados para repassar os benefícios para outras comunidades, além daquelas que participaram do consentimento prévio e assinaram o Contrato? Ciência & Tecnologia, - Os benefícios seriam direcionados para projetos das comunidades. Haveria um grupo de pessoas (Comitê Gestor), formado por representantes do e das comunidades, que escolheria quais projetos relacionados à conservação da biodiversidade na região onde estiver sendo realizado o acesso aos recursos genéticos com conhecimentos tradicionais associados receberiam os recursos. - Deve-se criar um cadastro de pesquisa e desenvolvimento. - Os benefícios seriam direcionados para projetos das comunidades relacionados à conservação da biodiversidade da região onde estiver sendo realizado o acesso aos recursos genéticos com conhecimentos tradicionais associados. Haveria um Comitê Gestor formado por representantes de comunidades indígenas e comunidades locais, com co-gestão do MMA e Ministério Público. - Os benefícios seriam direcionados para projetos das comunidades. Haveria um grupo de pessoas (Comitê Gestor), formado por representantes do e das comunidades, que escolheria quais projetos relacionados à conservação da biodiversidade na região onde estiver sendo realizado o acesso aos recursos genéticos com conhecimentos tradicionais associados receberiam os recursos. - Devem ser realizados projetos que envolvam as necessidades locais. - Deve-se criar um comitê gestor formado por comunidades indígenas derivados de levantamento antropológico. - Os benefícios seriam direcionados para projetos das comunidades relacionados à conservação da biodiversidade da região onde estiver sendo realizado o acesso aos recursos genéticos com conhecimentos tradicionais associados. Haveria um Comitê Gestor formado por representantes de

ONGs Comunidade Indígena Comunidade Locais comunidades indígenas e comunidades locais, com co-gestão do MMA e Ministério Público. - Os benefícios seriam direcionados para projetos das comunidades. Haveria um grupo de pessoas (Comitê Gestor), formado por representantes do e das comunidades, que escolheria quais projetos relacionados à conservação da biodiversidade na região onde estiver sendo realizado o acesso aos recursos genéticos com conhecimentos tradicionais associados receberiam os recursos. - Deve-se realizar a seleção de comunidades que mantém, produzem e cultivam os recursos/matérias-primas relacionadas ao conhecimento. - Deve-se criar um fundo com 40% dos benefícios para beneficiar as comunidades detentoras. - não se manifestaram. - Os benefícios seriam direcionados para projetos das comunidades relacionados à conservação da biodiversidade da região onde estiver sendo realizado o acesso aos recursos genéticos com conhecimentos tradicionais associados. Haveria um Comitê Gestor formado por representantes de comunidades indígenas e comunidades locais, com co-gestão do MMA e Ministério Público. - Os benefícios seriam direcionados para projetos das comunidades relacionados à conservação da biodiversidade da região onde estiver sendo realizado o acesso aos recursos genéticos com conhecimentos tradicionais associados. Haveria um Comitê Gestor formado por representantes de comunidades indígenas e comunidades locais, com co-gestão do MMA e Ministério Público. - Os benefícios seriam direcionados para projetos das comunidades. Haveria um grupo de pessoas (Comitê Gestor), formado por representantes do e das comunidades, que escolheria quais projetos relacionados à conservação da biodiversidade na região onde estiver sendo realizado o acesso aos recursos genéticos com conhecimentos tradicionais associados receberiam os recursos. Art. 81. O contrato de acesso e repartição de benefícios constitui o instrumento jurídico que estabelece as condições de acesso, uso, aproveitamento e exploração econômica de recursos genéticos, de seus derivados ou de conhecimento tradicional associado, bem como as condições negociadas para a repartição justa e eqüitativa de benefícios, nos casos previstos nesta Lei. Art. 82. Serão partes dos contratos de acesso e repartição de benefícios: Art. 83. São cláusulas essenciais do contrato de acesso e de repartição de benefícios, as que disponham sobre: Art. 84. Serão nulos os contratos de acesso e de repartição de benefícios firmados em desacordo com o disposto nesta Lei e no seu regulamento. Art. 85. Quaisquer alterações ocorridas no contrato de acesso e repartição de benefícios serão informadas ao Órgão Executivo do CGEN, que deverá adotar as medidas administrativas cabíveis para o cumprimento dos requisitos previstos nesta Lei. Art. 86. O contrato de acesso e repartição de benefícios a ser realizado com comunidades indígenas, quilombolas ou tradicionais poderá ser firmado após a licença de acesso ao conhecimento tradicional associado, em momento anterior a pedido de patente, de proteção de cultivar ou de lançamento de produto comercial, quando esta possibilidade for do interesse da comunidade envolvida e desde que expressamente estabelecida no consentimento prévio fundamentado. Art. 87. Aos contratos de acesso e repartição de benefícios são aplicáveis as disposições do Código Civil relativas ao negócio jurídico, no que couber. Art. 88. A validade dos contratos de acesso e repartição de benefícios para conhecimento tradicional associado depende da verificação pelo Órgão Executivo do CGEN do cumprimento dos compromissos

eventualmente assumidos no consentimento prévio fundamentado. Art. 89. Esta Seção se aplica, no que couber, à repartição de benefícios decorrentes de recursos genéticos ou de seus derivados proveniente da agrobiodiversidade.