CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO M2 D2 - PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES II



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Transcrição:

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO M2 D2 - PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES II GUIA DE ESTUDO DA PARTE I - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS DE ELETRICIDADE PROFESSOR AUTOR: ENG. GUSTAVO ANTONIO DA SILVA PROFESSOR TELEPRESENCIAL: ENG. GUSTAVO ANTONIO DA SILVA COORDENADOR DE CONTEÚDO: ENG. JOSEVAN URSINE FUDOLI DIRETORA PEDAGÓGICA: MARIA UMBELINA CAIAFA SALGADO SETEMBRO 2011 1

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES II Prezado aluno, prezada aluna, Na disciplina Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações II, abordamos quatro grandes temas, que correspondem às partes em que se organiza o presente Guia de Estudo: Parte I: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade (NR10) Parte II: Condições de Segurança e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (NR 18) Parte III: Líquidos Combustíveis e Inflamáveis (NR 20) Parte IV: Prevenção e Segurança de Frotas Rodoviárias. Esses temas orientam também desenvolvimento das aulas telepresenciais, de modo que o planejamento da disciplina prevê quatro dias de aula e quatro períodos de EIO, cada qual baseado na leitura analítica de: (i) uma parte do Guia de Estudo; (ii) um texto complementar obrigatório. Assim, o desenvolvimento da disciplina observará o calendário abaixo: Data aula Guia de Estudo Textos Complementares de Leitura Obrigatória N o Lista Exercício s Data Postage m Data final Resposta 20 set Parte I Pereira, Joaquim Gomes; Sousa, João José Barrico de. Manual de Auxílio na Interpretação e aplicação da NR-10 - NR-10 Comentada. MTE, 2010. Disponível em: http://www.mte.gov.br/seg_sau/manual_nr10.pdf 15 21 set 04 out 23h59 27 set Parte II A ser definido 16 28 set 11 out 23h59 04 out Parte III A ser definido 17 05 out 18 out 23h59 11 out Parte IV A ser definido 18 12 out 25 out 23h59 Prova: 13 de dezembro de 2011 A seguir, apresentamos a ementa da disciplina, com os conteúdos distribuídos pelas quatro partes. Como você pode observar, alguns deles são 2

focalizados também em outras disciplinas, mas não se preocupe, principalmente se está começando o curso neste momento: para desenvolver as aprendizagens buscadas nesta disciplina, não é necessário que você já tenha visto as demais que também abordam as NR agora focalizadas. As disciplinas se complementam, mas os conteúdos não constituem pré-requisitos uns para os outros. Trata-se de abordagens a partir de diferentes pontos de vista, sendo irrelevante a ordem adotada. Voltar várias vezes à mesma NR, com objetivos diferentes, vai ajudá-lo a desenvolver uma habilidade essencial para a prática da Engenharia de Segurança do Trabalho, que é conhecer a estrutura de cada NR e saber como buscar, em cada uma, as informações específicas no momento em que precisar delas. Parte I (NR-10): segurança em instalações e serviços com eletricidade. Campo de aplicação. Eletricidade básica, choque elétrico, arco elétrico. Medidas de Controle. Segurança na construção, montagem, operação e manutenção. Instalações Elétricas desenergizadas. Instalações Elétricas energizadas. Aterramento elétrico. Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização de Trabalhadores. Proteção contra Incêndio e explosão. Sinalização de segurança. Procedimentos de trabalho. Responsabilidades. Eletricidade estática. Instalações elétricas provisórias. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Sistemas de proteção e proteção individual. Acidentes de origem elétrica. Parte II (NR-18): Conceitos básicos de máquinas, bombas e motores. Segurança em máquinas, equipamentos motorizados e ferramentas manuais: itens 18.22 e 18.36.2 da NR-18. Compressores. Operações de soldagem e corte: item 18.11 da NR-18. Equipamentos de processos industriais. Projeto de proteção de máquinas. Localização industrial. Arranjo físico. Cor, sinalização e rotulagem de materiais: item 18.27 da NR-18. Proteção de Máquinas estáticas e rotativas: item 18.22 da NR-18. Principais proteções de trabalho em oficinas: item 18.7 da NR-18. Transporte, armazenagem e manuseio de materiais: item 18.24 da NR-18. Manutenção: preventiva, corretiva e preditiva. Identificação de equipamentos. Obras de construção e montagem, demolição e reformas: item 18.5 da NR-18. Parte III (NR-20): Líquidos Combustíveis e Inflamáveis. Objetivo. Definição de líquido combustível. Definição de líquidos inflamáveis. Características de projeto dos tanques para armazenamento de líquidos inflamáveis. Distância dos tanques a propriedades. Distância do tanque às vias públicas. Gases liquefeitos de petróleo e outros gases inflamáveis. Características de projeto para recipientes que armazenam gases liquefeitos. ABNT NBR 6.493: Emprego de cores para identificação das tubulações. A futura NR-20. Parte IV: Prevenção e Segurança de frotas rodoviárias. Transporte rodoviário no Brasil. Atuação da Engenharia de Segurança. Breve comentário sobre o automóvel no Brasil e no mundo. História da legislação de trânsito no 3

Brasil e no mundo. A importância dos programas de treinamento para motoristas. Tempo de reação psicomotora. Gerentes alheios ao SST. Perícia Criminal, Judicial e Extrajudicial. Conclusões clássicas de laudos periciais de acidentes de trânsito. Custo de acidentes do trabalho. Cinto de Segurança. Encosto de cabeça. O sistema Air-Bag. Freios ABS. Drive Master. Tacógrafo. Rastreamento de veículos. Efeitos do álcool e bafômetro. As habilitações formais. Classificação das vias urbanas e rurais. Veículos em missões de emergência. Principais regras de circulação do CTB. Cuidados com pedestres e crianças. Providências imediatas, em caso de acidentes viários. Socorros de emergência. PARTE I: SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE (NR-10) Neste texto focalizamos principalmente a NR-10, mas recorremos também às NR-12 e NR-18. Assim, sugerimos que você acesse as respectivas redações atualizadas, no site do Ministério do Trabalho e Emprego (www.mte.gov.br), para que vá construindo uma visão geral de cada uma e do contexto em que foi elaborada. Alguns trechos das NR estão transcritos no presente texto e serão comentados, de maneira a enfatizar os pontos julgados pertinentes. Leia todo o texto com atenção, tome notas e organize esquemas que ajudem você a compreender os temas abordados. Procure assistir a todas as aulas telepresenciais e resolver as Listas de Exercícios nos prazos previstos. Não deixe para a última hora! Lembre-se de comentar os tópicos do Fórum. Você precisa postar pelo menos um comentário para cada um dos quatro tópicos que serão postados ao longo do Módulo 2, e mais quatro comentários distribuídos pelos tópicos nos quais desejar aprofundar-se. Ou seja, esperamos que você poste oito comentários ao todo. Observe atentamente os objetivos apresentados a seguir e procure pautar seu estudo por eles. Assim, poderá monitorar seu próprio progresso. OBJETIVOS DA PARTE I Após o estudo da Parte I desta disciplina, esperamos que você seja capaz: 1. Descrever os princípios da segurança aplicados aos trabalhadores de instalações elétricas. 2. Identificar o campo de aplicação dos serviços de instalações elétricas e serviços com eletricidade. 4

3. Identificar os riscos elétricos e as medidas de controle de cada um. 4. Descrever as formas de proteção contra Incêndio e explosão. 5. Descrever as exigências legais quanto a qualificação, capacitação e autorização de trabalhadores. 6. Descrever o Prontuário de Instalações Elétricas. 7. Identificar as estratégias de gerenciamento dos profissionais envolvidos com trabalho em eletricidade. 8. Especificar os EPI para riscos elétricos. 9. Descrever os procedimentos de segurança relativos a instalações elétricas. 10. Descrever as estratégias indicadas para Treinamentos em NR-10. 5

1. INTRODUÇÃO A eletricidade é uma das principais fontes de energia de que dispomos, sendo utilizada em todos os processos produtivos, e também nas residências. A produção A eletricidade é uma das principais fontes de energia de que dispomos, sendo utilizada em todos os processos produtivos e também nas residências. O processo de produção de energia elétrica pode ser dividido em geração, transmissão, distribuição e consumo. A energia elétrica pode ser gerada por meio da utilização de recursos hídricos e de combustíveis derivados do petróleo ou da fissão nuclear; do aproveitamento da energia solar e da eólica; da força das marés; do uso de biomassa etc.. A eletricidade pode causar vários tipos de acidentes para as pessoas, com diversas seqüelas que vão desde pequenas escoriações e incêndios em edificações até a morte. Não é possível eliminar totalmente os perigos da eletricidade, mas a Engenharia de Segurança do Trabalho pode controlar os riscos, a fim de eliminar os acidentes com eletricidade nos processos produtivos e nas residências. 6

2. LEGISLAÇÃO A legislação para segurança em máquinas equipamentos e instalações elétricas origina-se em diversos órgãos nacionais, estaduais e internacionais. 2.1. Nível Nacional A legislação em nível nacional compreende as normas elaboradas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as resoluções da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e as normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). No âmbito do MTE, a principal norma de segurança em eletricidade é a NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, mas há itens importantes em outras NR, tais como a NR-12 e a NR-18. A Resolução nº 456, da Agência Nacional de Energia Elétrica, é um regulamento que prescreve regras de fornecimento de energia elétrica no Brasil, e a Resolução nº 398 regulamenta a Lei nº 11.934, no que se refere aos limites da exposição humana a campos elétricos e magnéticos originários de instalações de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, na freqüência de 60 Hz. ABNT possui o Comitê Brasileiro de Eletricidade CB03 responsável pela elaboração das normas técnicas brasileiras, as NBR. Há hoje cerca mil normas de eletricidade em vigor no Brasil. As principais são: NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão; NBR 5419: Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas; NBR 14039: Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kv a 36,2 KV; NBR IEC 60079: Atmosferas explosivas. 2.2. Nível dos Estados As concessionárias de energia elétrica elaboram normas chamadas ND (Normas de Distribuição), uma vez que as Normas da ABNT não regulamentam as instalações elétricas em alta tensão (acima de 36,2KV). Os Corpos de Bombeiros Militares (CBM) dos estados publicam as Instruções Técnicas que regulamenta a prevenção de incêndios. O CBM de São Paulo, por exemplo, tem as seguintes normas sobre eletricidade: Instrução Técnica nº 18 - Iluminação de emergência; Instrução Técnica nº 19 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio; Instrução Técnica nº 37 - Subestações elétrica; Instrução Técnica nº 41- Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão. 7

2.3. Legislação Internacional São muitas e importantes a organizações internacionais que produzem legislação para segurança em máquinas equipamentos e instalações elétricas. 2.3.1. NFPA (National Fire Protection Association) A NFPA (National Fire Protection Association) é uma organização internacional de desenvolvimento de normas, fundada em 1896, para proteger pessoas, bens e o meio ambiente contra os efeitos danosos de incêndios. Hoje ela é a principal fonte de informações, em todo mundo para, o desenvolvimento e a disseminação de conhecimento sobre segurança contra incêndio e proteção da vida. Sua sede está localizada na cidade de Quincy, estado de Massachusetts, nos Estados Unidos. A NFPA desenvolveu um processo de preparação de códigos e normas, reconhecidamente aberto a todos os interessados e baseado em consenso. Com esse processo amplo e aberto a NFPA tem elaborado alguns dos documentos mais conhecidos e consultados na área de proteção contra incêndios: (i) NEC - Código Elétrico Nacional (NFPA 70); (ii) Código de Proteção da Vida (NFPA 101); (iii) Código de Prevenção de Incêndios (NFPA 1); (iv) Código Nacional de Alarmes contra Incêndio (NFPA 72); (v) norma para a proteção dos recursos culturais, incluindo museus, bibliotecas, locais de culto e propriedades históricas (NFPA 909); e (vi) Práticas Recomendadas para proteção contra incêndios em edifícios históricos (NFPA 914). As publicações da NFPA encontram-se disponíveis em vários idiomas e fonte de referência em todo o mundo. Atualmente, a NFPA conta com mais de 75.000 associados em 107 países. 2.3.2. NEMA (National Electrical Manufacturers Association) A NEMA (National Electrical Manufacturers Association) é uma associação baseada nos EUA, que foi criada em 1 de Setembro de 1926, pela fusão da Associated Manufacturers of Electrical Supplies e do Electric Power Club. Tem a sua sede em Rosslyn, Virginia. Essa associação define muitos padrões usados em produtos elétricos nos seus mais de 400 membros. 2.3.3. IEC (International Electrotechnical Commission) A IEC é uma organização internacional de padronização de tecnologias elétricas, eletrônicas e relacionadas. Alguns dos seus padrões são desenvolvidos juntamente com a ISO. A sede da IEC, fundada em 1906, fica em Genebra, Suíça. Algumas normas elaboradas por este órgão estão em vigor no Brasil, como, por exemplo, a NBR-IEC-60439 e a NBR-IEC-60947-1 8

2.3.4. ISO (International Organization for Standardization) A ISO (International Organization for Standardization) é uma organização que atualmente congrega as entidades de padronização e normalização de 170 países. Fundada em 23 de fevereiro de 1947, em Genebra, na Suíça, a ISO aprova normas internacionais em todos os campos técnicos. Uma dessas normas é a ISO 50001 Gestão de Energia. 2.3.5. IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos) O IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos) é uma organização profissional sem fins lucrativos, fundada nos Estados Unidos. É a maior (em número de sócios) organização profissional do mundo. O IEEE foi formado em 1963 pela fusão do Instituto de Engenheiros de Rádio (IRE) com o Instituto Americano de Engenheiros Eletricistas (AIEE). O IEEE tem filiais em muitas partes do mundo, sendo seus sócios engenheiros eletricistas, engenheiros da computação, cientistas da computação, profissionais de telecomunicações etc. Sua meta é promover conhecimento no campo da engenharia elétrica, eletrônica e de computação. Um de seus papéis mais importantes é o estabelecimento de padrões para formatos de computadores e dispositivos, a IEEE 1584, relativa ao cálculo de vestimentas para arco elétrico. 9

3- CONCEITOS RELACIONADOS À ELETRICIDADE Tensão elétrica (V) é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Sua unidade de medida é o volt. Os níveis de tensão fazem a classificação. Glossário da NR-10 NR 10 Corrente Alternada Corrente Contínua Alta Tensão (AT) V > 1000V V > 1500V Baixa Tensão (BT) 50 V< V 1000V 120 V< V 1500V Extra-Baixa Tensão (EBT) - Tensão de Segurança V 50V V 120V Nomenclatura de níveis de tensão alternada ABNT (NBR) ATÉ 1kV BAIXA TENSÃO BT >1kV A 36,2kV MÉDIA TENSÃO MT >36,2kV ALTA TENSÃO AT MTE (NR-10 ) V 50V EXTRA BAIXA TENSÃO EBT 50 V< V 1000V BAIXA TENSÃO BT V>1kV ALTA TENSÃO AT Importante! A NR-10 não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extrabaixa tensão. MTE (NR-18 ) V 2,3kV ALTA TENSÃO AT 10

ANEEL V<1kV BAIXA TENSÃO BT 1kV< V 69kV MÉDIA TENSÃO MT V>69kV ALTA TENSÃO AT Corrente Elétrica (I) é o fluxo de elétrons através de um condutor. É medida em ampères. A corrente elétrica pode ser classificada em alternada quando varia em relação ao tempo e continua quando não varia em função do tempo. Potencia Elétrica (P) é o trabalho realizado pela corrente elétrica e medido em watts. Resistência Elétrica (R) é a característica para opor a circulação da corrente elétrica mesmo quando existe uma tensão aplicada e medida em ohms. Lei de Ohm: V = R * I Não se esqueça... P = V*I 11

4. A NORMA REGULAMENTADORA 10 - NR-10 A NR-10 estabelece os REQUISITOS E CONDIÇÕES MÍNIMAS objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, atuem em instalações elétricas e serviços com eletricidade, nas etapas de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as sub- -etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis. Importante! A NR-10 está na terceira edição: Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978; Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 e Portaria GM n.º 598, de 07 de dezembro de 2004 3.1. Definição de Sistema Elétrico Um sistema elétrico é um circuito ou um conjunto de circuitos elétricos inter-relacionados com vistas a atingir um determinado objetivo. Sistema elétrico de potência (SEP) é o conjunto das instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, até à medição, inclusive. Instalações Elétricas As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários. Além disso, têm de ser supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe a NR-10. As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos. Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos. 12

Saiba Mais! Instalação elétrica é o conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT) é aquela que garanta as condições de segurança ao trabalhador por meio de procedimentos e equipamentos adequados desde o início até o fim dos trabalhos e a liberação para uso. 3.2. Trabalhadores que lidam com eletricidade A NR-10 define que pessoa advertida é a pessoa informada ou com conhecimento suficiente para evitar os perigos da eletricidade. As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa tensão, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não advertida. Com relação ao preparo para lidar com a eletricidade, o item 10.8 da NR-10 define a classificação dos trabalhadores em qualificado, capacitado, habilitado e autorizado. Trabalhador qualificado é aquele que comprovar a conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino ( MEC ou Secretaria Estadual de Educação). Saiba mais! O profissional legalmente habilitado é o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe, no caso da engenharia, no Sistema Confea-Crea. Trabalhador capacitado é aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente: receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado. A capacitação só terá validade para a empresa que capacitou o trabalhador e nas condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação. Trabalhador autorizado é aquele qualificado ou capacitado, ou o profissional habilitado, com anuência formal da empresa, que define os locais e 13

as atividades que ele está autorizado a executar. O trabalhador autorizado deve ter essa condição consignada no sistema de registro de empregados da empresa e ser submetido a exames médicos. Os trabalhadores devem possuir uma identificação que permita, em qualquer tempo, conhecer a abrangência da autorização de cada um. A autorização somente poderá ocorrer após os treinamentos necessários. A NR-10 assegura, para os trabalhadores, o direito de recusa que significa poder interromper uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua própria segurança e saúde ou para a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. A responsabilidade dos trabalhadores, de acordo com a NR10, é de zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho; responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e para a de outras pessoas. 3.3. Treinamentos O curso de NR-10 básico é obrigatório para os trabalhadores autorizados a executar intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts, em corrente alternada, ou superior a 120 Volts, em corrente contínua. O currículo mínimo, a carga horária e demais determinações para o treinamento são estabelecidas no Anexo II da NR-10. Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão ou que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco, devem receber treinamento de segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II da NR-10. Os treinamentos para os trabalhadores autorizados devem ensinar a execução do resgate e a prestação de primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória. Devem ainda proporcionar oportunidade de manusear e operar equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas. A carga horária e o conteúdo programático do treinamento de reciclagem devem atender às necessidades da situação que o motivou, ou seja, não há 14

carga horária e conteúdo programático definidos pela NR-10. O treinamento de reciclagem deve ser desenvolvido bienalmente ou sempre que ocorrer alguma das situações a seguir: troca de função ou mudança de empresa; retorno de afastamento do trabalho ou de inatividade, por período superior a três meses; e modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho. Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico de acordo com o risco envolvido. Nesses casos, a carga horária e o conteúdo programático não são definidos pela NR-10, sendo importante consultar as NBR para áreas classificadas. (NBR IEC 60079) Treinamento de Advertência de Risco deve ser ministrado aos Os trabalhadores que desempenham atividades não relacionadas às instalações elétricas, desenvolvidas em zona livre, mas na vizinhança da zona controlada, devem receber treinamento de Advertência de Risco, sendo formalmente instruídos com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis, sem carga horária e conteúdo programático do treinamento definido pela NR10. 3.4. Riscos Importante! O treinamento em NR-10 Básico deve ser ministrado para trabalhadores que fazem atividades não relacionadas a instalações elétricas, mas que são realizadas em zona livre, na vizinhança da zona controlada Nos trabalhos em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e dos riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco. Importante! Risco é a presença de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas. São considerados riscos elétricos choque elétrico, arco elétrico e campos eletromagnéticos. 15

3.4.1. Choque Elétrico 3.4.1.1. Conceito O choque elétrico é uma circulação acidental de corrente elétrica pelo corpo humano, que acontece quando é aplicada uma diferença de potencial suficiente para vencer a resistência elétrica oferecida pelo corpo. A gravidade do choque elétrico é definida pela intensidade da corrente que circulará pelo corpo. O choque ocorre porque o corpo humano é ou se comporta como um CONDUTOR ELÉTRICO, que possui, inclusive, uma RESISTÊNCIA. Saiba Mais! Corrente é um produto (não existe sozinha) da diferença de potencial no circuito. Resistência varia de pessoa pra pessoa, ou até mesmo na mesma pessoa. Corrente e Reações Fisiológicas Corrente Reação 0,1 a 0,5mA Leve percepção superficial 0,5 a 10mA Ligeira paralisia nos músculos, início de tetanização 10 a 30mA Nenhum efeito perigoso se houver interrupção do contato em no máximo 5 segundos 30 a 500mA Tetanização, sensação de falta de ar, possibilidade de fibrilação Acima de 500mA Traumas cardíacos persistentes Efeitos da Corrente no Corpo Humano Efeitos Corrente elétrica (ma)- 60Hz Homens Limiar de percepção 1,1 0,7 Choque não doloroso, sem perda do controle muscular 1,8 1,2 Choque doloroso, limiar de largar 16,0 10,5 Choque doloroso, graves contrações musculares, dificuldade de respirar 23,0 15,0 Mulheres 3.4.1.2. Efeitos O choque elétrico pode ocasionar contrações violentas dos músculos, fibrilação ventricular do coração, lesões térmicas e não térmicas podendo levar a óbito. Além disso produz efeitos indiretos como quedas, batidas etc. Não se Esqueça... Os efeitos diretos decorrentes do choque elétrico podem ser: (i) queimaduras; (ii) contrações violentas dos músculos; (iii) fibrilação do coração; (iv) morte. 16

Se a corrente elétrica for elevada, a morte ocorrerá por asfixia em poucos segundos. Dai a necessidade de uma ação rápida, no sentido de interromper a passagem da corrente elétrica pelo corpo da pessoa atingida. A morte por asfixia é conseqüente da contração dos músculos do tórax, cessando, assim, a respiração. A fibrilação ventricular é a contração disrítmica do coração, que impede a circulação do sangue, resultando na falta de oxigênio nos tecidos do corpo e no cérebro. A fibrilação ocorrerá se houver intensidade de corrente da ordem de 75 a 300 miliampéres, circulando por períodos superiores a um quarto de segundo. O coração raramente se recuperará por si só de uma fibrilação ventricular. Fatores que determinam os efeitos do choque: 1) Níveis da tensão: a corrente está diretamente ligada à tensão: quanto maior a tensão, - maior a corrente. 2) Resistência do corpo: pode ser interna ou externa, conforme se vê na figura 1. INTERNA EXTERNA 500 Ω Varia em função de: altura, peso, sexo, ingestão de bebidas alcoólicas etc... Pele úmida = 0 Ω Pele seca de 1000 a 2000 Ω Varia em função de: umidade, espessura, calosidade etc... A RESISTÊNCIA APROXIMADA DA PELE SECA OU MOLHADA RESULTA DA INTENSIDADE DA CORRENTE Figura 1 - Valores médios da resistência elétrica do corpo humano 17

3) Resistência de contato: refere-se às áreas de contato: o - Resistência de contato 1: Ponto de Entrada o - Resistência de contato 2: Ponto de Saída 4) O percurso da corrente elétrica exerce grande influência na determinação da gravidade do choque na vítima. A figura 2 mostra em percentual a circulação da corrente elétrica pelo coração em função do percurso da corrente: Figura 2 Percurso da corrente e percentual que circula pelo coração 5) Intensidade da Corrente - está diretamente ligada á tensão (quanto maior a tensão, maior a corrente) e inversamente ligada á resistência (quanto maior a resistência, menor a corrente) 6) Tempo de Duração - relacionado com paralisia do coração e do pulmão, resultando em falta de oxigênio e de sangue para os membros e o cérebro. É suportável por tempo limitado, findo o qual ocorre falência gradual dos órgãos e membros, determinando as sequelas do choque elétrico: queimaduras internas, paralisia de membros, danos ao cérebro e efeitos psicológicos. 7) Intensidade da Freqüência (Hz): quanto maior a freqüência menor o efeito para o ser humano. 18

Níveis de Frequência Frequência (Hz) 50/60 1 500 1,5 1000 2 5000 7 10000 14 100000 150 Saiba Mais! Ordem de grandeza do limiar de sensação (ma) 8) Tipo de corrente: contínua CC (valores máximos não variam no tempo) ou alternada CA (atinge valores máximos em relação á freqüência). O efeito da freqüência é mais prejudicial ao compasso do coração. Figura 3 - Órgãos que mais sofrem o efeito do choque elétrico 19

Tetanização (limiar de não largar ) Saiba Mais! Tetanização é a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente elétrica através dos tecidos nervosos que controlam os músculos. Superposta aos impulsos de comando da mente, a corrente os anula, podendo bloquear um membro ou o corpo inteiro. Nesses casos, de nada valem a consciência do indivíduo e sua vontade de interromper o contato. Fibrilação ventricular ou parada cardíaca Se a corrente atinge diretamente o músculo cardíaco, poderá perturbar seu funcionamento regular. Os impulsos periódicos que em condições normais regulam as contrações e as expansões são alteradas: o coração vibra desordenadamente, perde o passo. Parada respiratória Quando a corrente passa pelos músculos peitorais, os pulmões são bloqueados e pára a função vital de respiração. Trata-se de uma situação de emergência. Após 3 a 4 minutos, ocorrerão lesões irreversíveis no cérebro. Importante! Para a prestação de Primeiros Socorros, cada segundo faz diferença! Todo profissional da área elétrica deve ser obrigatoriamente treinado para executar Primeiros Socorros e Combate a incêndio. 3.4.2. Arco elétrico ou arco voltaico: O arco elétrico é um fenômeno que acontece em curtocircuitos ou nas perdas de isolamento, gerando uma grande energia sob a forma térmica. Pode ocorrer em interruptores de lâmpadas, máquinas de solda, arcos em painéis etc.. No momento do arco, além da liberação de calor, são ejetadas micropartículas de metais ionizadas com deslocamento de ar e surgimento de altas pressões. A temperatura pode chegar a 8300º C, sendo que os gases e partículas projetadas podem atingir até 1000 º C, a um metro de distância. A intensidade do arco elétrico irá depender de fatores como: nível de tensão tempo de atuação da proteção corrente de curto circuito distância do local do arco potência do transformador resistor de aterramento no neutro arco elétrico atinge o seu ápice em 15 ms. 20

Figura 4 Esquema de Arco Elétrico Os arcos elétricos ocorrem com maior freqüência em circuitos de baixa tensão (menor que 1000 v) do que em alta tensão. 80 a 85 % dos arcos elétricos se iniciam em fase-massa e, quando não são controlados, evoluem para fase-fase. Apenas 15 a 20% se iniciam entre fases. Esse fenômeno pode ocorrer em consequência de: mau contato; depreciação do isolamento defeitos de fabricação; contatos acidentais; instalações mal dimensionadas. As providências a serem tomadas para minimizar os efeitos do arco elétrico são: limitar seu valor com a colocação de resistores nos neutros dos transformadores; impedir sua propagação, isolando os barramentos do circuito; instalar relés de operação mais rápida; corrigir modificações não previstas no projeto inicial; adquirir painéis á prova de explosão; utilizar vestimentas especiais nas manobras de maior risco; utilizar ferramentas dotadas de isolamento. 21

3.4.3. Riscos Adicionais. Além dos elétricos, são considerados todos os demais grupos ou fatores de risco específicos de cada ambiente ou processo de trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde dos trabalhadores em máquinas equipamentos e instalações elétricas. Assim, devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, ergonomia, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se, entre outras medidas, a sinalização de segurança. Altura devem ser eliminados os riscos devidos a questões físicas tais como trabalho em postes, circuitos de iluminação e fiação de um modo geral. Ergonomia - para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 - Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas. Riscos no transporte e com equipamentos providenciar para que veículos a caminho dos locais de trabalho em campo ou para o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de serviços tenham condições adequadas, uma vez que esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de transporte. Riscos de ataques de insetos, animais peçonhento-domésticos - na execução de: serviços em torres, postes, subestações, usinas; leitura de medidores; serviços de poda de árvores e outros, providanciar medidas de proteção contra ataques de cachorros, cobras, escorpiões, aranhas e insetos, tais como abelhas e formigas. Umidade tomar precauções quanto a chuvas, ventos, granizo, raios enxurradas, inundações, que abaixam a resistência do corpo e aumentam risco de doenças ou de acidentes envolvendo eletricidade. 22

1) Confira alguns conceitos importantes Saiba Mais Descarga atmosférica é um fenômeno da Natureza, absolutamente imprevisível e aleatório, tanto em relação às suas características elétricas (intensidade de corrente, tempo de duração etc.), como em relação aos seus efeitos destruidores. o Descarga direta: descarga atmosférica sobre o cabo (transmissão, distribuição, telefonia, TV ou outros). o Descarga indireta: descarga atmosférica em um ponto próximo ao cabo de energia que gera uma indução sobre o cabo causando uma sobretensão. Raio, relâmpago e trovão são manifestações de um mesmo fenômeno: o O raio descarga elétrica, acompanhada de explosão (trovão) e de luz (relâmpago) que se produz entre duas nuvens eletrizadas ou entre a terra e as nuvens; centelha, corisco, faísca elétrica. o Relâmpago clarão vivo e rápido, proveniente de descarga elétrica entre duas nuvens ou entre uma nuvem e a terra. o Trovão estrondo produzido por descarga de eletricidade atmosférica. o Índice cerâunico é a quantidade de raios que caem por ano em uma determinada região. Modalidades de descargas atmosféricas o Intranuvens o Nuvem-atmosfera o Entre nuvens o Nuvem solo: (positiva ou negativa - ascendente ou descen-dente) Etapas de formação de um raio: o o o A nuvem começa a se carregar O campo elétrico gerado pela carga da nuvem começa a vencer a rigidez dielétrica do ar que a circunda. Os relâmpagos aparecem recortados no céu porque as descargas procuram os caminhos de menor resistência numa atmosfera cheia de cargas elétricas variáveis. Geralmente, as mudanças de direção (ziguezague) do raio que está caindo ocorrem a cada 50 metros. Efeitos das Descargas o o o Tensão de Passo: aparece entre dois pontos situados no chão, devido à passagem de corrente pela terra. Tensão de Toque: Aparece entre um ponto de uma estrutura, situado ao alcance da mão de uma pessoa e um ponto no solo próximo da estrutura. Tensão de Transferência: aparece entre um ponto de aterramento e um ponto de outro sistema de aterramento. o Efeito Térmico: A energia elétrica incidente sobre um cabo é transformada em energia térmica, fenômeno denominado Efeito Joule. 23

Figura 5 Esquema da Tensão de Passo 3.4.4. Área Classificada Área Classificada é aquela sujeita à ocorrência de atmosfera explosiva. Essa situação ocorre quando se concentram no ar substâncias inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, de modo que, se houver ignição, a combustão se propaga. Segundo a NR-10, as certificações dos equipamentos e materiais elétricos existentes nessas áreas devem fazer parte do Prontuário de Instalações Elétricas, exigido dos estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kw. Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico dos trabalhadores, de acordo com risco envolvido. Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 da NR-10, ou com supressão do agente de risco que determina a classificação da área. Nessas áreas classificadas, os dispositivos de proteção exigidos para as instalações elétricas e as condições para a realização de serviços devem obedecer a requisitos fixados na NR-10. 24

Nas Palavras da NR-10... 10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões,devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. 10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de isco que determina a classificação da área. 3.4.5. Espaço Confinado Os trabalhos em eletricidade realizados em redes elétricas subterrâneas, em galerias, são realizados em espaço confinado. As medidas de segurança relativas ao trabalho em espaço confinado são definidas pela NR-33 e pela NBR 14787. Glossário da NR-33 Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Todo espaço confinado deve ser adequadamente sinalizado, identificado e isolado para evitar que pessoas não autorizadas adentrem estes locais. Se o empregador, ou seu representante legal, decidir que os trabalhadores contratados e sub-contratados devem entrar no espaço confinado, deverá tomar todas as medidas efetivas para que a entrada ocorra com segurança. São requisitos para a entrada em espaço confinado: medição contínua da atmosfera do espaço confinado; treinamento dos trabalhadores envolvidos; emissão de permissão de entrada e trabalho ( PET) presença de equipamentos para acesso e resgate; disponibilidade imediata de equipe de resgate. 25

5. MEDIDAS DE CONTROLE 5.1. Análise de Risco Sempre que se forem implementar inovações tecnológicas ou que novas instalações ou equipamentos elétricos entrarem em operação, devem-se elaborar previamente análises de risco desenvolvidas com circuitos desenergizados e respectivos procedimentos de trabalho. As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes. 5.2. Sinalização de Segurança A sinalização de segurança tem o objetivo de prevenir acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas perigosas, identificando as instalações elétricas e advertindo contra riscos. Nas instalações e serviços em eletricidade, deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 - Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir: identificação de circuitos elétricos; travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; restrições e impedimentos de acesso; delimitações de áreas; sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas; equipamentos de proteção coletiva e individual; procedimentos de segurança; sinalização de impedimento de energização; e identificação de equipamento ou circuito impedido. 5.3. Desenergização A desenergização elétrica tendo em vista a liberação para trabalho acontece quando é obedecida a sequência : desligar (seccionar); bloquear (impedir a reenergização); testar (constatara ausência de tensão); 26

aterrar (instalar aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos); proteger (dar proteção aos elementos energizados existentes na zona controlada); sinalizar (instalar a sinalização de impedimento de reenergização). O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até que se autorize a reenergização, que deve ser feita respeitando a seqüência de procedimentos a seguir: retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos; retirada, da zona controlada, de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização; remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais; remoção da sinalização de impedimento de reenergização; destravamento, se for o caso, e religação dos dispositivos de seccionamento. As sequências de desenergização podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de cada situação. Isso, no entanto, deve ser feito por profissional legalmente habilitado e autorizado, mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado. As atividades desenvolvidas em instalações DESLIGADAS, mas com possibilidade de energização, deverão seguir procedimentos de trabalho em circuitos energizados. Importante! Nos projetos para instalação de aterramento temporário deve-se prever iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 - Ergonomia. 5.4. Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é o dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel, de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros. (Conceito da NR-10) Nos serviços em instalações elétricas, devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante 27

procedimentos que compreendem, antes de mais nada, a desenergização elétrica. Na impossibilidade da desenergização, deve-se empregar de tensão de segurança. Sendo inviáveis a desenergização e o uso da tensão de segurança deverão ser implementadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático. 5.6. Equipamentos de Proteção Individual - EPI Os EPI devem ser utilizados quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos. Os EPI, adotados devem ser específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR-6. Os trabalhadores deverão utilizar as vestimentas de trabalho adequadas às atividades, de modo a bloquear a condutibilidade, a inflamabilidade e as influências eletromagnéticas. Além disso, é vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades. 5.7. Diagrama Unifilar A NR-10 define como um dos pilares da segurança a Gestão das Instalações Elétricas, exigindo diagrama unifilar e análise de risco para todas as instalações elétricas independentemente da potência instalada. Por sua vez, o Prontuário de Instalações Elétricas é exigido para instalações com potencia instalada acima de 75kW. O diagrama unifilar é a representação gráfica das instalações elétricas, com o principal objetivo de informar sucintamente aos trabalhadores os diversos circuitos, com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. Deve ser afixado nos quadros, painéis, subestações e equipamentos. 5.8. Prontuário de Instalações Elétricas A NR 10 define o Prontuário como um sistema organizado de modo a conter uma memória dinâmica das informações pertinentes às instalações e aos trabalhadores. O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade e também à disposição das 28

autoridades. Os documentos técnicos devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado, devendo conter, no mínimo: procedimentos; documentação das inspeções e medições do SPDA (Sistema de proteção contra Descargas Atmosféricas) e aterramentos elétricos; especificação EPC, EPI e ferramental; documentação dos trabalhadores da área elétrica; testes de isolação elétrica; certificação dos equipamentos e materiais de áreas classificadas; relatório das inspeções com o respectivo plano de ações. As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem acrescentar aos itens anteriores: descrição dos procedimentos para emergências; certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual. As empresas que realizam trabalhos em próximo ao Sistema Elétrico de Potência devem constituir prontuário contemplando: procedimentos; especificação EPC, EPI e ferramental; documentação dos trabalhadores da área elétrica; testes de isolação elétrica; descrição dos procedimentos para emergências; certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual. 5.9. Procedimentos Procedimento é a seqüência de operações a serem desenvolvidas para realização de um determinado trabalho. Os procedimentos das atividades deverão ser iniciados com um planejamento que inclua a analise de risco. A descrição de um procedimento deve explicitar os meios materiais e humanos requeridos, as medidas de segurança necessárias e as circunstâncias que eventualmente impossibilitem sua realização, em documento assinado por profissional habilitado. Os procedimentos têm que ser específicos e devem conter, no mínimo: objetivo; campo de aplicação; base técnica; competências e responsabilidades; disposições gerais; medidas de controle e orientações finais. Em todo processo de desenvolvimento, os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização de que trata o item 10.8, devem ter a participação do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho SESMT 29

Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados. Nas Palavras da NR-10 10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos. 10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço. 10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. 5.10. Proteção Contra Incêndio e Explosão As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR-23: Proteção Contra Incêndios. Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. Os processos ou equipamentos suscetíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem possuir proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. Nas instalações elétricas em áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. 5.11. Emergência As empresas deverão possuir plano de emergência: (i) definindo as ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade; (ii) especificando métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades; (iii) disponibilizando os meios para a sua aplicação. A referência mais importante para a elaboração do plano de emergência é a NBR 15219 - Plano de emergência contra incêndio - Requisitos. 30

5.12. Influências Externas As influências externas são variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das medidas de proteção para a segurança das pessoas e o desempenho dos componentes da instalação. Nos locais de trabalho, só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas. 5.13 Teste de Isolamento Elétrico Isolamento elétrico é o processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, por interposição de materiais isolantes. Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e ser inspecionados e testados de acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes. 31

6. SEGURANÇA EM PROJETOS Os projetos de instalações elétricas têm de seguir normas de construção e de segurança, devendo ser feitos por profissionais legalmente habilitados. Além de continuamente atualizado, o projeto de uma instalação elétrica deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado. Os projetos de instalações elétricas deverão: especificar dispositivos para: (i) desligamento de circuitos, com recursos para impedimento de reenergização; (ii) sinalização; prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito, na medida do possível; desenhar um espaço seguro, quanto a: (i) dimensionamento e localização de seus componentes; (ii) influências externas, quando da operação e da realização de serviços de construção e manutenção; identificar e planejar a instalação em separado dos circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração elétrica, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir compartilhamento, respeitadas as definições projetadas; apresentar a configuração do esquema de aterramento, explicitando a obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas a conduzir eletricidade; Importante! Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado. O memorial descritivo de projetos de instalações elétricas deve conter, no mínimo, os seguintes itens de segurança: especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos adicionais; indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde - D, desligado e Vermelho - L, ligado); 32