NOTA TÉCNICA N 03/2018 INDICADORES CRIMINAIS DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2018 DO GRANDE ABC PAULISTA David Pimentel Barbosa de Siena Resumo executivo A presente análise tem como objeto as informações criminais da região do Grande ABC relativas ao primeiro trimestre de 2018. Foram coletados os dados dos crimes praticados no período eleito, tendo como fonte as publicações oficiais divulgadas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo. Crimes que deram ensejo à elaboração de boletins de ocorrência Na tabela a seguir são encontrados os números de crimes que deram ensejo à elaboração de boletins de ocorrência, e que são divulgados nos termos da Resolução SSP n. 160, de 08 de maio 2001, durante todo o primeiro trimestre de 2018, no Grande ABC. 1
Tabela 1: Número de crimes que deram ensejo à elaboração de boletins de ocorrência, Grande ABC Paulista, 1º trimestre de 2018 Indicador SAE SBC SCS Diadema Mauá RP RGS Total Homicídio doloso 12 10 0 8 18 2 0 50 Número de vítimas em homicídio doloso 12 12 0 9 18 2 0 53 Homicídio doloso por acidente de trânsito 0 2 0 0 0 0 0 2 Número de vítimas em homicídio doloso por acidente 0 3 0 0 0 0 0 3 de trânsito Homicídio culposo por acidente de trânsito 4 8 0 4 2 1 0 19 Homicídio culposo outros 1 0 0 0 0 0 0 1 Tentativa de homicídio 10 11 1 5 6 0 1 34 Lesão corporal seguida de morte 1 0 0 0 0 0 0 1 Lesão corporal dolosa 319 395 56 266 174 49 21 1280 Lesão corporal culposa por acidente de trânsito 170 340 42 200 82 14 7 855 Lesão corporal culposa outras 5 5 2 3 3 1 0 19 Latrocínio 1 2 0 1 0 0 0 4 Número de vítimas em latrocínio 1 2 0 1 0 0 0 4 Total de estupro 31 39 4 21 19 5 4 123 Estupro 10 14 3 5 3 0 1 36 Estupro de vulnerável 21 25 1 16 16 5 3 87 Total de roubo outros 2002 1889 178 1.569 859 149 28 6674 Roubo outros 1960 1855 171 1.546 830 136 26 6524 Roubo de veículo 616 453 40 490 343 49 1 1992 Roubo a banco 0 0 0 0 0 0 0 0 Roubo de carga 42 34 7 23 29 13 2 150 Furto - outros 1702 1583 310 812 832 159 49 5447 Furto de veiculo 1121 477 121 297 502 82 7 2607 Mortes decorrentes de crimes violentos letais e intencionais (CVLI) Diante dessas informações é possível aferir o número de mortes decorrentes de crimes violentos letais e intencionais (CVLI), indicador proposto em 2006, pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), que leva em consideração o número de mortes notificadas à Polícia Civil, e classificadas como homicídio doloso (artigo 121, caput e 2º, do Código Penal), lesão corporal seguida de morte (artigo 129, 1º, do Código Penal), roubo seguido de morte ou latrocínio (artigo 157, 1º, do Código Penal). 2
Tabela 2: Número de mortes decorrentes de crimes violentos letais e intencionais (CVLI), Grande ABC Paulista, 1º trimestre 2017 e 1º trimestre 2018 Santo André 12 14 16,66% São Bernardo do Campo 17 14-17,64% São Caetano do Sul 3 0-100,00% Diadema 17 10-41,17% Mauá 10 18 80,00% Ribeirão Pires 2 2 0,00% Rio Grande da Serra 1 0-100,00% Total 62 58-6,45% Houve redução do número de mortes decorrentes de crimes violentos letais e intencionais (-6,45%). Em números absolutos Mauá foi o Município que liderou o ranking com 18 mortes durante o primeiro trimestre de 2018. Já em São Caetano do Sul e Rio Grande da Serra não foi registrada nehuma morte decorrente de crimes violentos letais e intencionais. Com relação às variações, em comparação ao primeiro trimestre de 2017, Mauá apresentou a maior aumento (80%), enquanto que São Caetano do Sul e Rio Grande da Serra obteram as maiores quedas (-100%). Tabela 3: Número de mortes decorrentes de crimes violentos letais e intencionais (CVLI) por 100 mil habitantes, Grande ABC Paulista, 1º trimestre 2018 Santo André 2,06 São Bernardo do Campo 1,82 São Caetano do Sul 0 Diadema 2,59 Mauá 4,31 Ribeirão Pires 1,76 Rio Grande da Serra 0 O Município de Mauá também obteve a maior taxa de morte decorrente de CVLI, sendo que ocorreram 4,31 mortes por 100 mil habitantes durante o referido período, superior à taxa estadual de 3,73 mortes. Por outro lado, São Caetano do Sul e Rio Grande da Serra se manteram nos patamares mais baixos de violência com taxa zero de mortes por 100 mil habitantes. 3
Mortes decorrentes de oposição à intervenção policial O número de mortes decorrentes de oposição à intervenção policial, leva em consideração as ações envolvendo integrantes das instituições de segurança pública (Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal), amparados por alguma causa excludente da ilicitude, que afasta a tipificação no crime de homicídio doloso. Tabela 4: Número de mortes decorrentes de oposição à intervenção policial, Grande ABC Paulista, 1º trimestre 2017 e 1º trimestre 2018 Santo André 9 1-88,88% São Bernardo do Campo 8 2-75,00% São Caetano do Sul 0 0 0,00% Diadema 3 0-100,00% Mauá 2 1-50,00% Ribeirão Pires 0 0 0,00% Rio Grande da Serra 0 0 0,00% Total 22 4-81,81% Durante o primeiro trimestre de 2018, os agentes de segurança mataram mais em São Bernardo do Campo, onde ocorreram duas mortes. São Caetano do Sul, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não registraram nenhum caso de morte decorrente de oposição à intervenção policial. Em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior, Diadema apresentou a maior diminuição (-100%), e ão Caetano do Sul, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não apresentaram variação percentual. Tabela 5: Número de mortes decorrentes de oposição à intervenção policial por 100 mil habitantes, Grande ABC Paulista, 1º trimestre de 2018 Santo André 0,14 São Bernardo do Campo 0,26 São Caetano do Sul 0 Diadema 0 Mauá 0,23 Ribeirão Pires 0 Rio Grande da Serra 0 Considerando toda região, ocorreu um considerável diminuição no número de mortes decorrentes de oposição à intervenção policial (81,81%). A Cidade de São 4
Bernardo do Campo apresentou a maior taxa de morte decorrente de oposição à intervenção policial, com 0,26 mortes por 100 mil habitantes. Já ão Caetano do Sul, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra apresentaram os melhores indicadores, com taxa zero de mortes. Estupros No número de casos de estupros são levados em consideração todos aqueles em que houve vitimização sexual notificada à Polícia Civil, e classificada nos artigos 213 e 217-A, do Código Penal. Tabela 6: Número de casos de estupros, Grande ABC Paulista, 1º trimestre de 2017 e 1º trimestre de 2018 Santo André 35 31-11,42% São Bernardo do Campo 18 39 116,66% São Caetano do Sul 2 4 100,00% Diadema 17 21 23,52% Mauá 14 19 35,71% Ribeirão Pires 4 5 25,00% Rio Grande da Serra 0 4 400,00% Total 90 123 36,66% Verifica-se um aumento do número de casos de estupro (36,66%). São Bernardo do Campo apresentou o maior número absoluto de casos de estupro, sendo que no referido período ocorreram 39 casos naquele Município. De outra banda, São Caetano do Sul e Rio Grande da Serra foram os Municípios que apresentaram os menores números de casos, pois foram registrados 4 estupros, respectivamente, durante todo primeiro trimestre de 2018. Em comparação ao primeiro trimestre de 2017, Rio Grande da Serra experimentou as maior elevação (400%), e São Andre foi a única cidade onde houve queda da taxa de estupros (-11,42%%). 5
Tabela 7: Número de casos de estupro por 100 mil habitantes no Grande ABC Paulista, 1º trimestre de 2018 Santo André 4,58 São Bernardo do Campo 5,09 São Caetano do Sul 2,67 Diadema 5,43 Mauá 4,55 Ribeirão Pires 4,42 Rio Grande da Serra 9,09 A maior da de estupro também ficou por conta de Rio Grande da Serra, com 9,09 casos por 100 mil habitantes, acima da taxa estadual que foi de 7,13 estupros. São Caetano do Sul apresentou a menor taxa de estupro, com 2,67 casos por 100 mil habitantes. Roubos em geral No número de casos de roubos em geral são compreendidos todos aqueles notificados à Polícia Civil, e classificados no artigo 157, caput e 2º, do Código Penal, exceto os casos de subtração de veículos automotores, que possuem indicador próprio. Tabela 8: Número de casos de roubos em geral, Grande ABC Paulista, 1º trimestre de 2017 e 1º trimestre de 2018 Santo André 2302 2002-13,03% São Bernardo do Campo 1834 1855 1,14% São Caetano do Sul 182 178-2,19% Diadema 1.840 1.569-14,72% Mauá 1.110 859-22,61% Ribeirão Pires 161 149-7,45% Rio Grande da Serra 40 28-30,00% Total 7469 6640-11,09% Observa-se uma redução do número de casos de roubos em geral (-11,09%). Em números absolutos, Santo André apresentou a maior quantidade de roubos, sendo que ocorreram 2.002 casos. Rio Grande da Serra registrou a menor quantidade de crimes, onde ocorreram 28 casos. Em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior, 6
São Bernardo do Campo foi a única cidade que apresentou aumento (1,14%) e Rio Grande da Serra demonstrou a maior queda (-30%). Tabela 9: Número de casos de roubos em geral por 100 mil habitantes, Grande ABC Paulista, 1º trimestre de 2018 Santo André 295,97 São Bernardo do Campo 242,33 São Caetano do Sul 119,25 Diadema 406,38 Mauá 205,96 Ribeirão Pires 131,77 Rio Grande da Serra 63,67 O Município de Diadema apresentou a maior taxa de roubos em geral, onde ocorreram 406,38 casos por 100 mil habitantes, bem superior à taxa estadual de 150,28 roubos. Rio Grande da Serra demonstrou a menor taxa, com 63,67 casos por 100 mil habitantes. Roubos e furtos de veículos No número de casos de roubos e furtos de veículos são contabilizados todos os casos notificados à Polícia Civil, e classificados como roubo (artigo 157, caput e 1º, do Código Penal) e furto (artigo 155, caput e 4º, do Código Penal) de veículo automotor. Tabela 10: Número de casos de roubos e furtos de veículos, Grande ABC Paulista, 1º trimestre de 2017 e 1º trimestre de 2018 Santo André 1990 1737-12,71% São Bernardo do Campo 1056 930-11,93% São Caetano do Sul 185 161-12,97% Diadema 971 787-18,94% Mauá 749 845 12,81% Ribeirão Pires 134 131-2,23% Rio Grande da Serra 12 8-33,33% Total 5097 4599-9,77% 7
Depreende-se uma redução do número de casos de roubos e furtos de veículo (-9,77%). Santo André registrou a maior quantidade de roubos e furtos de veículo durante o primeiro trimestre de 2018, quando ocorreram 1.737 casos. Rio Grande da Serra foi o Município que registou a menor quantidade de crimes, onde ocorreram 8 casos. JE foi também em Rio Grande da Serra onde ocorreu a maior diminuição, em comparação ao primeiro trimestre de 2017, apresentando queda de 33,33%. Por outro lado, Mauá foi o único local onde ocorreu aumento na variação (12,81%). Tabela 11: Número de casos de roubos e furtos por 100 mil veículos, Grande ABC Paulista, 1º trimestre de 2018 Santo André 342,57 São Bernardo do Campo 162,12 São Caetano do Sul 115,24 Diadema 396,24 Mauá 403,99 Ribeirão Pires 199,56 Rio Grande da Serra 44,97 A Cidade de Mauá apresentou a maior taxa de roubos e furtos, onde ocorreram 403,99 casos por 100 mil veículos, muito acima da taxa estadual de 142,51 crimes. Já Rio Grande da Serra demonstrou a menor taxa, com 44,97 casos por 100 mil veículos. Produtividade policial Na construção do indicador produtividade policial são levadas em consideração o número total de prisões efetuadas, que por sua vez corresponde à soma das prisões em flagrante delito e aquelas decorrentes de cumprimento de mandado judicial. 8
Tabela 12: Número de prisões efetuadas, Grande ABC Paulista, 1º trimestre de 2017 e 1º trimestre de 2018 Santo André 519 507-2,31% São Bernardo do Campo 893 768-13,99% São Caetano do Sul 123 97-21,13% Diadema 393 394 0,25% Mauá 339 278-17,99% Ribeirão Pires 69 86 24,63% Rio Grande da Serra 11 16 45,45% Total 2347 2146-8,56% Houve uma ligeira queda no número de prisões efetuadas (-8,56%). São Bernardo do Campo efetuou o maior número de prisões durante o primeiro trimestre de 2018, quando foram procedidas 768 prisões. Rio Grande da Serra foi o Município que efetuou o menor número de prisões, onde foram executas 16 ordens. Justamente em Rio Grande da Serra foi onde ocorreu a maior elevação, em comparação ao primeiro trimestre de 2017, apresentando aumento de 45,45%%. Por outro lado, São Caetano do Sul demonstrou a maior queda do número de prisões (-21,13%). Tabela 11: Número de prisões efetuadas e furtos por 100 mil habitantes, Grande ABC Paulista, 1º trimestre de 2018 Santo André 74,95 São Bernardo do Campo 100,33 São Caetano do Sul 64,98 Diadema 102,04 Mauá 66,65 Ribeirão Pires 76,06 Rio Grande da Serra 36,38 Diadema apresentou a maior taxa de prisões efetuadas, onde ocorreram 102,04 prisões por 100 mil habitantes, superior à taxa estadual de 96,59 prisões. Rio Grande da Serra demonstrou a menor taxa, com 36,38 prisões por 100 mil habitantes. 9