Registro. Hospitalar de Câncer

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Transcrição:

Registro Hospitalar de Câncer Dados de 2002

HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO DA SOCIEDADE HOSPITALAR BENEFICENTE SÃO VICENTE DE PAULO Rua Teixeira Soares, 808 - Centro - PASSO FUNDO / RS Telefone: (54) 316.4000 e Fax.: (54) 316.4020 http: //www.hsvp.com.br Órgãos Diretivos Diretoria Gestão 2003 2006 Presidente Dionisio Tedesco Vice Presidente Décio Ramos de Lima 1º Secretário Luiz Carlos Teixeira de Farias 2º Secretário Montecir Jesus Dutra 1º Tesoureiro Dilo Canofre dos Santos 2º Tesoureiro Luiz Antônio Dalmagro CONSELHO FISCAL Efetivos Eugênio Luiz de Lazari Luiz Normélio dos Santos Carlos Alberto dos Santos Vargas Suplentes Ronaldo Antônio Marson Luiz Macarini Olirio Grazziotin

ADMINISTRAÇÃO Diretor Médico Dr. Rudah Jorge Administrador Ilário Jandir de David Chefe de Enfermagem Enf.ª Carmelina Pellegrini COMISSÃO ASSESSORA DO REGISTRO HOSPITALAR DE CÂNCER André Roberto Mozzini Álvaro Vinicíus da S. Machado Daniela Augustin Silveira Denise Ramos de Almeida Elder Lersch Edison Luis Covatti Glaucia Sarturi Tres Liege Silveira Dutra Lieverson Augusto Guerra Marco Antonio Ruas Schilling Pedro Moacir B. Braghini Rochele Brasil Rosemar Paulo Fogaça Tânia Maria Bilibio Wagnes Borges Franceschi Equipe Técnica: Elder Lersch (Coordenador) Vicentina Roman Pires (Registradora) Laudiomar Antonio Spironello (Digitador) Luis Valdinei Silva (Analista de Sistemas) Editores: César Augusto da Silva Diógenes Luiz Basegio Fernanda Waltrick Martins Laudiomar Antonio Spironello Vicentina Roman Pires EDITORAÇÃO Comunicação Social HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-4 - Sumário Pág. Apresentação... 5 Prefácio... 6 Metodologia... 7 Avaliação da qualidade das informações registradas no prontuário... 8 Relatórios divulgados pelo Registro Hospitalar de Câncer do HSVP... 8 Agradecimentos... 8 Modelo da ficha de coleta dos dados... 9 Apresentação dos dados de 2002... 11 Casos novos cadastrados de 1993 à 1999 e 2002... 12 Distribuição de neoplasias malignas cadastradas segundo a localização topografica e sexo no HSVP 1993-1999 e 2002... 13 Distribuição de neoplasias malignas cadastradas segundo localização topográfica e sexo no HSVP 1993-1999 e 2002... 14 Distribuição do total de casos de neoplasias malígnas cadastradas segundo a localização topográfica e sexo no HSVP... 15 Distribuição das 10 neoplasias mais freqüentes segundo sexo... 16 Câncer de Pele... 17 Distribuição de neoplasias malignas mais freqüentes em homens segundo localização topográfica... 18 Câncer de Próstata... 19 Distribuição de neoplasias malignas mais freqüentes em mulheres segundo localização topográfica... 20 Câncer de Mama... 21 Distribuição de neoplasias malignas segundo faixa etária e sexo... 22 Distribuição do total de neoplasias malignas, segundo o diagnóstico e tratamentos anteriores... 23 Distribuição das neoplasias malignas segundo o sexo... 24 Distribuição das neoplasias malignas segundo a cor da pele... 24 Distribuição das neoplasias malignas segundo grau de instrução... 24 Distribuição das neoplasias malignas segundo local de nascimento... 24 Distribuição dos casos de neoplasias malignas de acordo com a origem do encaminhamento... 25 Distribuição dos casos de neoplasias malignas segundo o estado conjugal... 25 Distribuição dos casos de neoplasias malignas segundo a lateralidade do tumor... 25 Distribuição das neoplasias malignas de acordo com histórico familiar... 26 Distribuição dos casos de neoplasias malignas de acordo com o uso de álcool... 26 Distribuição dos casos de neoplasias malignas de acordo com o uso de fumo e assemelhados... 26 Distribuição de neoplasias malignas segundo número de tumores primários... 26 Distribuição das neoplasias malignas segundo a ocupação... 27 Distribuição do total de neoplasias malignas segundo a procedência... 29 Distribuição do total de neoplasias malignas matriculadas segundo a clínica de entrada... 33 Distribuição de neoplasias malignas matriculadas segundo a clínica responsável pelo 1º atendimento... 34 Distribuição do total de neoplasias malignas, segundo o estadiamento clínico da doença... 35 Distribuição dos pacientes, menores de 18 anos, com neoplasias malignas segundo o estadiamento clínico... 36 Distribuição das neoplasias malignas segundo a base mais importante do diagnóstico... 37 Distribuição das 10 neoplasias malignas mais freqüentes em crianças (idade inferior a 18 anos) segundo topografia... 38 Distribuição das neoplasias malignas tratadas, segundo o primeiro tratamento realizado... 39 Distribuição das neoplasias malignas cujo tratamento inicial não pode ser realizado, segundo o motivo p/ não tratar..... 40 Distribuição dos casos tratados de neoplasia maligna segundo o estado da doença no final tratamento... 41 Distribuição das neoplasias malignas por estadiamento clínico, segundo a assistência prévia... 42 Distribuição das neoplasias malignas por assistência prévia, segundo estadiamento... 43 Distribuição das 10 neoplasias malignas por topografia mais freqüentes, segundo estadiamento... 44 Distribuição das 10 neoplasias malignas por estadiamento clínico, segundo as topografias mais freqüentes... 45 Distribuição dos linfomas e leucemias, segundo o sexo... 46 Distribuição das neoplasias malignas segundo a realização de diagnóstico e tratamento anterior a chegada ao hospital, por clínica responsável pela matrícula... 47 Distribuição das neoplasias malignas segundo a localização da primeira metastase... 48 Indicadores referentes ao intervalo de tempo (em dias) transcorrido entre a matrícula e o diagnóstico... 48 Mediana de intervalo de tempo(em dias) transcorrido entre a matrícula, diagnóstico e inicio do tratamento, segundo a clínica responsável pelo primeiro atendimento... 49 Intervalo de tempo(em dias) transcorrido entre matrícula e diagnóstico e diagnóstico e início do tratamento, segundo a clínica responsável pelo primeiro atendimento... 50 Distribuição dos casos de neoplasias por topografia e morfologia, segundo sexo... 51 Distribuição das neoplasias malignas por localização topográfica sexo e idade... 59 Bibliografia... 65

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-5 - Apresentação A Sociedade Hospitalar Beneficente São Vicente de Paulo (HSVP) foi fundada em 24 de junho de 1918, com sede e foro na cidade de Passo Fundo, rua Teixeira Soares, 808 centro. Conta hoje com uma estrutura que ultrapassa a 35.500m² de área construída, cerca de 2.000 funcionários e 539 leitos. É uma instituição hospitalar geral, privada, de corpo clínico aberto, sem fins lucrativos, de abrangência macro regional para toda a região norte do Estado do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, atendendo a uma população estimada em dois milhões de pessoas. Destinado a receber e prestar assistência médica hospitalar e ambulatorial à população em geral, independente de credo político, religioso ou condição social. O HSVP é mantido pela Sociedade Hospitalar Beneficente São Vicente de Paulo. O HSVP visa também colaborar com o desenvolvimento de atividades de ensino, treinamento e aperfeiçoamento do seu corpo clínico; oferecer campo de estágio para estudantes; apoiar a realização de investigações e pesquisas éticas; cooperar com a comunidade e órgãos públicos na divulgação e execução sanitária, proteção de saúde e assistência social à pessoas carentes e, promover intercâmbio cultural, técnico-científico com outras instituições. Durante o ano de 2002, segundo o Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) do HSVP, foram realizadas 25.732 internações, procedentes de 497 municípios. O HSVP é referência em alta complexibilidade para a realização dos procedimentos em cirurgia cardíaca, hemodinâmica e cardiologia intervencionista por catéter das arritmias, neurocirurgia, oncologia, ortopedia e traumatologia, terapia renal substitutiva, transplante de córnea, fígado e rim.

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-6 - Prefácio O Hospital São Vicente de Paulo recentemente comemorou 85 anos de história. Desde sua fundação o HSVP preocupa-se em oferecer aos seus pacientes uma medicina moderna e de alta qualidade. Há aproximadamente três anos um antigo projeto do hospital começou a ser concretizado, o Serviço de Radioterapia. Esse novo serviço está no primeiro andar de uma construção iniciada há 18 meses, ele será parte de uma área total 8.787.34m² distribuídos em nove andares. O novo prédio também abrigará, além da radioterapia, a quimioterapia, transplante de medula óssea e ampliação do atual centro cirúrgico. No seu conjunto, será um dos maiores centros para tratamento de câncer no estado do Rio Grande do Sul. O restante da obra será disponibilizada para novas instalações da central de esterilização, CTI pediátrica e neonatal, maternidade, centro de estudos (anfiteatro, sala de aula, biblioteca e etc.), departamento de especialidade médica, administração, hemodiálise e transplante. Em relação à terapia oncológica, aproximadamente 60% dos pacientes com câncer farão uso da radioterapia em algum momento de seu tratamento, quer seja como terapia curativa, evitando cirurgias mutilantes, ou em tratamentos paliativos. É com a preocupação de oferecer aos médicos e as pessoas portadoras de câncer, que recorrem ao HSVP na busca de tratamento, que está sendo idealizado um serviço de radioterapia com o que há de melhor e mais avançado em termos de equipamentos e tecnologia, o que trará ao paciente maiores chances de cura com o mínimo de complicação. Os dados do registro hospitalar de câncer, implantado em 1993 no HSVP, mostram uma curva ascendente de casos novos de câncer. Em 1993 registrou-se 459 novos casos de câncer, em 2002 foram 916, ressaltando que o HSVP é um hospital geral. Em virtude dessa crescente demanda, foi idealizado um centro onde serão instalados dois aceleradores lineares de alta energia, uma sala para braquiterapia de alta taxa de dose, sala para simulador convencional, sala para tomógrafo simulador e sala para sistema de planejamento tridimensional. Tudo integrado por um sistema informatizado, em um mesmo local. Finalmente, esperamos que com brevidade possamos disponibilizar aos pacientes com câncer, a chance de dispor do Serviço de Radioterapia do Hospital São Vicente de Paulo em Passo Fundo. Dr. César Augusto da Silva Radioterapeuta

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-7 - Metodologia A identificação dos casos a serem registrados foi feita a partir da análise de todos os prontuários de pacientes cadastrados pelo Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME), do Hospital São Vicente de Paulo, em regime de internação hospitalar codificados como neoplasias pelo Arquivo nosológico em 2002. Para aumentar a eficiência da codificação, evitando perda de casos, os dois serviços de patologia de Passo Fundo passaram a enviar ao Registro de Câncer todos os resultados de exames realizados no hospital, aumentando assim a eficiência do serviço de codificação. O arquivo nosológico funciona desde 1975, possui cerca de 305.000 prontuários. O sistema é de prontuário único e dígito terminal a cores. O serviço do arquivo do hospital usa a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados a Saúde. Todo o prontuário ao entrar no arquivo a sua doença é codificada tendo por base a CID. A triagem dos prontuários para revisão do Registro Hospitalar de Câncer foi feita através da codificação do arquivo nosológico, buscando todos os diagnósticos de neoplasias malignas. Esta listagem mostrou o registro de todos os pacientes cadastrados no arquivo nosológico do código C00 à D48 da CID 10ª revisão. O Registro Hospitalar de Câncer chegou a um total de 5.038 prontuários para revisão. Todos os casos contidos nesta publicação consultaram pela primeira vez no hospital no ano de 2002. Uma vez verificado se o caso atende ou não os requisitos de tumor notificável, certifica-se de que os casos de neoplasia maligna possuem todas as informações necessárias, anotadas no prontuário médico. Os casos eleitos de neoplasia maligna comprovada com as informações disponíveis, são cadastradas em fichas padronizadas, seguindo recomendações do Instituto Nacional do Câncer - Ministério da Saúde. Cadastramos os tumores classificados pelo CID-O como malignos(/3), ou in situ (/ 2). Para a codificação da topografia e histologia dos tumores utilizou-se a Classificação Internacional de Doenças para Oncologia (CID-O Segunda edição). Para o estadiamento dos tumores foi utilizada, quando aplicável e informada, a Classificação TNM da União Internacional Contra o Câncer (UICC Quinta edição). Utilizamos a CID 10ª revisão para a codificação dos pacientes que foram a óbito. Para esclarecimentos de dúvidas seguimos as recomendações dadas pelo INCA no manual de Registros Hospitalares de Câncer (Rotinas e Procedimentos). Os dados de 2002 foram digitados no programa de Sistema de Registro Hospitalar de Câncer (SISRHC) disponibilizado pelo Programa de Epidemiologia e Vigilância do Câncer (PEVC). O tratamento informatizado dos dados se deu através do Banco de Dados, as tabelas e relatórios extraídos do sistema do SISRHC tiveram o tratamento final realizado com as ferramentas Visual Basic, Microsoft Excel e Microsoft Word.

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-8 - Avaliação da Qualidade da Informação Registrada no Prontuário Analisando a qualidade das informações registradas nos prontuários constatamos a melhora no preenchimento. Ainda foram detectadas algumas falhas: a existência de alguns casos da duplicidade de prontuários; no item 08, Cor/raça: a maior parte dos pacientes são de cor branca; no item 10. Ocupação: evidenciou-se que, por serem cadastradas pelo setor de internação do hospital, a grande parte dos pacientes eram designados como aposentados ou sem profissão definida (ex: do lar). Ainda, prontuários sem preenchimento total em relação ao estadiamento (item 22 e 23 Estadiamento e TNM). Considerando os anos anteriores devemos registrar a melhora no preenchimento do estadiamento, mas ainda esta abaixo de 50%. Incluímos também as informações adicionais sobre características dos pacientes internados no HSVP. No item 38, hístórico familiar, a falta de informação é de 55%, aumentou em relação ao ano passado; no item 39, Alcoolismo a falta de informação é 39%, melhorou em relação ao ano anterior; no item 40, Tabagismo: a falta de informação é 31,4% melhorou em relação ao último relatório publicado. A falta destas informações relevantes registradas no prontuário continua sendo avaliada pela comissão, para que também exista uma conscientização do Corpo Clínico da Entidade. Relatórios divulgados pelo Registro Hospitalar de Câncer do HSVP No ano de1997 divulgou os dados coletados do ano de 1993. No ano de 2002 divulgou os dados coletados dos anos de 1996, 1997e 1998. No ano de 2003 divulgou os dados coletados de 1999 e 2002. Obs.: Pretendemos coletar os dados de 2000 e 2001 nos próximos meses. Agradecimentos Agradecemos aos médicos, secretárias, arquivo médico, Instituto de Patologia de Passo Fundo, Serviço de Patologia e Genética do Hospital São Vicente de Paulo pela colaboração ao Registro de Câncer. A todos que de alguma forma colaboraram para a realização desta publicação. Registro Hospitalar de Câncer -HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-9 - REGISTRO HOSPITALAR DE CÂNCER 0. Caso Analítico 1 Sim 2 Não 01. Nº do Prontuário Hospitalar 02. Nº de Registro no RHC 12. Clínica de entrada 13. Clínica do 1º atendimento 14. Registro de identificação civil CPF/Cartão do SUS 15. Data da 1ª consulta 03. Nome 16. Data do 1º diagnóstico 04. Sexo 1 Masculino 2 Feminino 9 Sem Informação 05. Idade 06. Data de nascimento 07. Local de nascimento 08. Cor/Raça 1 Branca 2 Preta 3 Amarela 4 Parda 5 Indígena 9 Sem informação 09. Grau de instrução 1 Analfabeto 2 1º grau incompleto 3 1º grau completo 4 2º grau completo 5 Nível superior 9 Sem informação 10. Ocupação 11. Procedência (IBGE) - 17. Diagnóstico e tratamento anteriores 1 Sem diag. / sem trat. 2 Com diag. / sem trat. 3 Com diag. / com trat. Outros 9 Sem informação 18. Base mais importante do diagnóstico 1 Exame clínico ou patologia 2 Exames por imagem 3 Endoscopia 4 Cirurgia exploradora/necrópsia 5 Citologia ou hematologia 6 Histologia da metástase 7 Histologia do tumor primário 9 Sem diagnóstico 19. Localização topográfica - 20. Tipo histológico / 21. Mais de um tumor primário 1 Não 2 Sim 3 Duvidoso 22(a). Estadiamento 22(b). Outro estadiamento (para < 18 anos) 23. TNM (Clínico) 24. ptnm (Cirúrgico) SOCIEDADE HOSPITALAR BENEFICENTE SÃO VICENTE DE PAULO Rua Teixeira Soares, 808 - Passo Fundo - RS - CEP: 99010-080 Tel.: (0xx54) 316-4000 - http://www.hsvp.com.br

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-10 - 25. Localização de metástase à distância 35. Data do preenchimento da ficha 26. Data do início do 1º tratamento no hospital 27. Principal razão p/não realização do tratamento no hospital 1 Recusa do tratamento 2 Doença avançada, falta de condições clínicas 3 Outras doenças associadas 4 Abandono do tratamento 5 Complicações do tratamento 6 Óbito 7 Outras 8 Não se aplica 9 Sem informação 28. 1º Tratamento recebido no hospital 1 Nenhum 2 Cirurgia 3 Radioterapia 4 Quimioterapia 5 Hormonioterapia 6 Transplante de medula óssea 7 Imunoterapia 8 Outros 9 Sem informação 29. Estado da doença ao final do tratamento no hospital 1 Sem evidência da doença (remissão completa) 2 Remissão parcial 3 Doença estável 4 Doença em progressão 5 Fora de possibilidade terapêutica 6 Óbito 8 Não se aplica 9 Sem informação 30. Data do óbito 31. Causa imediata da morte - 32. Causa básica da morte - 33. Seguimento 1 Sim 2 Não 34. Código do Registrador 36. Estado conjugal atual 1 Casado ou união livre 2 Solteiro 3 Desquitado, separado, divorciado 4 Viúvo 9 Sem informação 37. Data da triagem 38. Histórico familiar de câncer 1 Sim 2 Não 9 Sem informação 39. Alcoolismo 1 Sim 2 Não 8 Não se aplica 9 Sem informação 40. Tabagismo 1 Sim 2 Não 8 Não se aplica 9 Sem informação 41. Origem do encaminhamento 1 SUS 2 Não SUS 3 Veio por conta própria 9 Sem informação 42. Exames relevantes para o diagnóstico e planejamento da terapêutica do tumor 1 Exame Clínico e Patologia Clínica 2 Exames por Imagem 3 Endoscopia e Cirurgia Exploradora 4 Anatomia Patológica 9 Sem Informação 43. Localização primária provável - 44. Lateralidade 1 Direita 2 Esquerda 3 Bilateral 8 Não se aplica 9 Sem informação

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-11 - APRESENTAÇÃO DOS DADOS DO ANO DE 2002 REGISTRO HOSPITALAR DE CÂNCER - HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-12 - TABELA I Casos registrados pelo Registro Hospitalar do Hospital São Vicente de Paulo Casos analíticos e não analíticos Ano Internações Pront. revisados Casos novos 1993 19423 2100 459 1994 20797 2376 581 1995 20867 3156 637 1996 21475 3886 598 1997 21297 4416 669 1998 22564 5412 646 1999 23624 5084 789 2000 24009 4686 905 2001 24478 5338 Dados não coletados 2002 25736 5038 916 2003 26801 7961 1141 Casos de câncer no HSVP 2003 1141 2002 916 2001 2000 905 1999 789 1998 646 1997 1996 598 669 1995 637 1994 581 1993 459 0 200 400 600 800 1000 1200 Fonte: RHC/HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-13 - TABELA II Distribuição das neoplasias malignas cadastradas segundo a localização topográfica e sexo no HSVP-1993 à 1999 e 2002 Casos analíticos e não analíticos Localização topográfica Masculino Feminino Total (CID O2) f % f % f % C00 Lábio 8 0,28 1 0,04 9 0,17 C01 Base da língua 14 0,49 1 0,04 15 0,28 C02 Outras partes e partes não especificadas da língua 13 0,45 3 0,12 16 0,30 C03 Gengiva 2 0,07 0 0,00 2 0,04 C04 Assoalho da boca 7 0,24 1 0,04 8 0,15 C05 Palato 4 0,14 1 0,04 5 0,09 C06 Outras partes e partes não especificadas da boca 31 1,08 2 0,08 33 0,62 total 79 2,76 9 0,37 88 1,66 C07 Glândula parótida 7 0,24 2 0,08 9 0,17 C08 Outras glândulas salivares maiores 2 0,07 1 0,04 3 0,06 C09 Amígdala 7 0,24 4 0,16 11 0,21 C10 Orofaringe 33 1,15 3 0,12 36 0,68 C11 Nasofaringe 4 0,49 3 0,04 7 0,28 C12 Seio piriforme 2 0,45 0 0,12 2 0,30 C13 Hipofaringe 46 1,61 2 0,08 48 0,91 C14 Outras localizações e as mal definidas do lábio, cavidade oral e faringe 5 0,17 1 0,04 6 0,11 C15 Esôfago 131 4,57 52 2,14 183 3,46 C16 Estômago 224 7,82 116 4,77 340 6,42 C17 Intestino delgado 8 0,28 6 0,25 14 0,26 C18 Cólon 116 4,05 112 4,61 228 4,31 C19 Junção retossigmoidiana 36 1,26 28 1,15 64 1,21 C20 Reto 80 2,79 60 2,47 140 2,64 C21 Ânus e canal anal 1 0,03 5 0,21 6 0,11 C22 Fígado e vias biliares intra-hepáticas 59 2,06 16 0,66 75 1,42 C23 Vesícula biliar 10 0,35 29 1,19 39 0,74 C24 Outras partes e partes não especificadas das vias biliares 9 0,31 9 0,37 18 0,34 C25 Pâncreas 75 2,62 60 2,47 135 2,55 C26 Outros órgãos digestivos e localizações mal definidas do aparelho digestivo 2 0,07 0 0,00 2 0,04 C30 Cavidade nasal e ouvido médio 3 0,10 0 0,00 3 0,06 C31 Seios da face 4 0,14 1 0,04 5 0,09 C32 Laringe 89 3,11 14 0,58 103 1,95 C33 Traquéia 1 0,03 0 0,00 1 0,02 C34 Brônquios e pulmões 389 13,58 139 5,72 528 9,97 C37 Timo 2 0,07 4 0,16 6 0,11 C38 Coração, mediastino e pleura 6 0,21 2 0,08 8 0,15 C40 Ossos, articulações e cartilagens articulares dos membros 16 0,56 13 0,53 29 0,55 C41 Neoplasia maligna ossos, cartilagens articulares, outras loc. não-especificadas 7 0,24 10 0,41 17 0,32 C42 Sistemas hematopoético e reticuloendotelial 180 6,28 171 7,03 351 6,63 C44 Pele 226 7,89 148 6,09 374 7,06 C47 Nervos periféricos e sistema nervoso autônomo 1 0,03 0 0,00 1 0,02 C48 Retroperitônio e peritônio 8 0,28 13 0,53 21 0,40 C49 Tecido conjuntivo, subcutâneo e outros tecidos moles 13 0,45 13 0,53 26 0,49 C50 Mama 1 0,03 603 24,80 604 11,41

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-14 - Distribuição das neoplasias malignas cadastradas segundo a localização topográfica e sexo no HSVP-1993 à 1999 e 2002 continuação Localização topográfica Masculino Feminino Total (CID O2) f % f % f % C51 Vulva 0 0,00 12 0,49 12 0,23 C52 Vagina 0 0,00 7 0,29 7 0,13 C53 Colo de útero 0 0,00 283 11,64 283 5,34 C54 Corpo de útero 0 0,00 41 1,69 41 0,77 C55 Útero 0 0,00 10 0,41 10 0,19 C56 Ovário 0 0,00 72 2,96 72 1,36 C57 Outros órgãos genitais femininos e os não especificados 0 0,00 1 0,04 1 0,02 C58 Placenta 0 0,00 8 0,33 8 0,15 C60 Pênis 9 0,31 0 0,00 9 0,17 C61 Próstata 344 12,01 0 0,00 344 6,50 C62 Testículo 56 1,96 0 0,00 56 1,06 C63 Outros órgãos genitais masculinos 1 0,03 0 0,00 1 0,02 C64 Rim 52 1,82 33 1,36 85 1,61 C65 Pelve renal 23 0,80 8 0,33 31 0,59 C66 Ureter 2 0,07 4 0,16 6 0,11 C67 Bexiga 103 3,60 25 1,03 128 2,42 C68 Outros órgãos urinários e não especificados 2 0,07 1 0,04 3 0,06 C69 Olho e anexos 7 0,24 5 0,21 12 0,23 C70 Meninges 0 0,00 1 0,04 1 0,02 C71 Encéfalo 131 4,57 62 2,55 193 3,64 C72 Medula espinhal, nervos cranianos e outras partes SNC 5 0,17 1 0,04 6 0,11 C73 Glândula tireóide 18 0,63 48 1,97 66 1,25 C74 Glândula supra-renal 4 0,14 4 0,16 8 0,15 C75 Outras glândulas endócrinas e estruturas relacionadas 3 0,10 3 0,12 6 0,11 C76 Outras localizações e localizações mal definidas 4 0,14 1 0,04 5 0,09 C77 Linfonodos(gânglios linfáticos) 118 4,12 79 3,25 197 3,72 C80 Localização primária desconhecida 100 3,49 73 3,00 173 3,27 total 2864 100 2431 100 5295 100 A tabela acima mostra o total de pacientes de 1993 à 1999 e 2002, ressaltamos que os dados de 2000 e 2001 ainda não foram coletados. Nesta tabela, as localizações topográficas mais freqüentes mama (11,4%), brônquios e pulmões (9,9%), pele (7,6%), sistema hematopoético e reticuloendotelial (6,6%), correspondem à 35,5% das neoplasias cadastradas no RHC de 1993 à 1999-2002. Fonte: RHC/HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-15 - TABELA III Distribuição do total de casos de neoplasias malignas cadastradas segundo a localização topográfica e sexo no HSVP - 2002 Casos analíticos e não analíticos Localização topográfica Masculino Feminino Total (CID O2) f % f % f % C00 Lábio 2 0,4 0,0 2 0,2 C01 Base da língua 4 0,8 0,0 4 0,4 C02 Outras partes e partes não especificadas da língua 4 0,8 0,0 4 0,4 C03 Gengiva 1 0,2 0,0 1 0,1 C04 Assoalho da boca 2 0,4 0,0 2 0,2 C05 Palato 2 0,4 0,0 2 0,2 C06 Outras partes e partes não especificas da boca 2 0,4 0,0 2 0,2 C00-C06 ********** Total de tumores de boca ********** 17 3,3 0,0 17 1,9 C07 Glândula parótida 1 0,2 1 0,3 2 0,2 C08 Outras glândulas salivares maiores 1 0,2 0,0 1 0,1 C10 Orofaringe 1 0,2 0,0 1 0,1 C11 Nasofaringe 1 0,2 1 0,3 2 0,2 C13 Hipofaringe 5 1,0 0,0 5 0,5 C14 Outras localizações mal definidas, do lábio,cavidade oral e faringe 0,0 1 0,3 1 0,1 C15 Esôfago 25 4,8 5 1,3 30 3,3 C16 Estômago 40 7,8 19 4,8 59 6,4 C17 Intestino delgado 0,0 1 0,3 1 0,1 C18 Cólon 20 3,9 17 4,3 37 4,0 C19 Junção retossigmoidiana 3 0,6 5 1,3 8 0,9 C20 Reto 16 3,1 7 1,8 23 2,5 C21 Ânus e canal anal 0,0 1 0,3 1 0,1 C22 Fígado e vias biliares intra-hepáticas 22 4,3 4 1,0 26 2,8 C23 Vesícula biliar 2 0,4 8 2,0 10 1,1 C24 Outras partes e partes não-específicadas das vias biliares 2 0,4 4 1,0 6 0,7 C25 Pâncreas 14 2,7 16 4,0 30 3,3 C32 Laringe 22 4,3 4 1,0 26 2,8 C34 Brônquios e pulmões 44 8,5 11 2,8 55 6,0 C37 Timo 1 0,2 1 0,3 2 0,2 C40 Ossos, articulações e cartilagens articulares dos membros 1 0,2 3 0,8 4 0,4 C42 Sistema hematopoético e reticuloendotelial 27 5,2 20 5,0 47 5,1 C44 Pele 66 12,8 41 10,3 107 11,7 C48 Retroperitônio e peritônio 0,0 4 1,0 4 0,4 C49 Tecido conjuntivo, subcutâneo e outros tecidos moles 3 0,6 4 1,0 7 0,8 C50 Mama 0,0 100 25,0 100 10,9 C51 Vulva 0,0 1 0,3 1 0,1 C53 Colo de útero 0,0 53 13,3 53 5,8 C54 Corpo do útero 0,0 5 1,3 5 0,5 C56 Ovário 0,0 7 1,8 7 0,8 C60 Pênis 1 0,2 0,0 1 0,1 C61 Próstata 68 13,2 0,0 68 7,4 C62 Testículo 8 1,6 0,0 8 0,9 C64 Rim 21 4,1 6 1,5 27 2,9 C67 Bexiga 13 2,5 1 0,3 14 1,5 C69 Olhos e anexos 2 0,4 0,0 2 0,2 C71 Encéfalo 26 5,0 14 3,5 40 4,4 C72 Medula espinhal, nervos cranianos outras partes do SNC 1 0,2 0,0 1 0,1 C73 Glândula tireóide 4 0,8 9 2,3 13 1,4 C75 Outras glândulas endócrinas e estruturas relacionadas 1 0,2 0,0 1 0,1 C76 Outras localizações e localizações mal definidas 1 0,2 0,0 1 0,1 C77 Linfonodos(gânglios linfáticos) 17 3,3 17 4,3 34 3,7 C80 Localização primária desconhecida 19 3,7 9 2,3 28 3,1 Total 516 100 400 100 916 100 Nesta tabela observa-se como localizações topográficas mais freqüentes, pele (11,7%), mama (10,9%) e próstata (7,4%) que correspondem em conjunto a 30% das neoplasias cadastradas. Fonte:RHC/HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-16 - TABELA IV Distribuição das 10 neoplasias malignas mais freqüentes, segundo sexo no HSVP - 2002 - Casos analíticos e não analíticos Localização topográfica Masculino Feminino Total (CID O2) f % f % f % C44 Pele 66 12,8 41 10,3 107 11,7 C50 Mama 0 0,0 100 25,0 100 10,9 C61 Próstata 68 13,2 0 0,0 68 7,4 C16 Estômago 40 7,8 19 4,8 59 6,4 C34 Brônquios e pulmões 44 8,5 11 2,8 55 6,0 C53 Colo de útero 0 0,0 53 13,3 53 5,8 C42 Sistema hematopoético e reticuloendotelial 27 5,2 20 5,0 47 5,1 C71 Encéfalo 26 5,0 14 3,5 40 4,4 C18 Cólon 20 3,9 17 4,3 37 4,0 C77 Linfonodos (gânglios linfáticos) 17 3,3 17 4,3 34 3,7 Outras informações 208 40,3 108 27,0 316 34,5 Total 516 100 400 100 916 100 Nesta tabela são apresentadas as topografias mais freqüentes no HSVP, pele (11,7%), mama (10,9%) e próstata (7,4%), correspondem a 30% do total. Distribuição das 10 neoplasias mais freqüentes segundo sexo - HSVP Outras informações 108 208 Linfonodos (gânglios linfáticos) 17 17 Cólon 17 20 Encéf alo 14 26 Topografias Sistema hematopoético e reticuloendotelial Colo de útero Brônquios e pulmões 0 20 27 11 44 53 Estômago 19 40 Próstata 0 68 Mama 0 100 Masculino Feminino Pele 41 66 0 50 100 150 200 250 Freqüência relativa Fonte:RHC/HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-17 - Câncer de Pele O câncer de pele é a neoplasia mais comumente diagnosticada. Podemos estabelecer dois grupos de câncer de pele: os não melanoma, que constitui os carcinomas basocelulares ou epidermóides serão em torno de 97% dos casos. O restante será constituído de pacientes com o diagnóstico de melanoma. No RHC do HSVP de 2002, o câncer de pele, constitui a maior incidência geral com 107 casos, ou seja 11,7% dos casos, sendo 66 em homens, e 41 em mulheres, a topografia mais comumente afetada pelo câncer foi a face. Observou-se também que pessoas com idade entre 60 e 79 anos foram 58,8% dos casos. E que 85% dos cadastrados não possuem estadiamento registrado, dificultando a análise precisa dos dados. O carcinoma basocelular representa 51,4% dos casos registrados no HSVP 2002. Neoplasia que pode ser caracterizada por ser incapaz de produzir doença metastática e de apresentar crescimento lento, entretanto possui malignidade local, podendo invadir e destruir tecidos adjacentes e inclusive estruturas ósseas. Ocorre em indivíduos acima dos 50 anos de idade com pele clara e em áreas expostas à luz solar. É raro em negros. Outras causas predisponentes que podem estar envolvidas na patogenia incluem mutações em genes reguladores, exposição à radiação ionizante e alterações no sistema imunológico, principalmente pós-transplante. Do ponto de vista clínico, a localização preferencial é nos dois terços superiores da face, acima de uma linha imaginária que passa pelo lóbulo da orelha até a comissura labial. A região nasal é atingida em 30% dos casos. Menos comum em outras áreas da face, tronco e extremidades e não ocorre nas palmas das mãos, plantas dos pés e mucosas. O carcinoma espinocelular ou epidermóide totaliza 21,5% dos casos de câncer de pele no HSVP em 2002. Essa neoplasia tem como característica possuir lesões prémalignas, de ser mais agressiva que o carcinoma basocelular, por ter maior propensão a disseminação linfática, invasão nervosa e até metástase a distância, menos comumente. Os fatores predisponentes são semelhantes ao carcinoma basocelular, fazendo parte exposição solar, imunossupressão e exposição de agentes químicos (alcatrão e arsênico), úlceras crônicas, antigas cicatrizes de queimaduras e presença de xerodermia pigmentosa. O melanoma representa 20,56% dos tumores de pele registrados no HSVP. É o mais agressivo dos tumores cutâneos com reduzida sobrevida comparada aos demais subtipos. Nos principais fatores de risco incluem-se presença de nevus e suas variações, idade acima de 15 anos, raça branca (principalmente com cabelos ruivos) melanoma prévio, melanoma em pais, filhos ou irmãos, imunossupressão e exposição excessiva ao sol. A realização do estadiamento nas neoplasias de pele é de grande importância, principalmente quando se trata de melanoma, pois há uma grande relação com o prognóstico deste paciente. Em relação aos tumores de pele somente 15% foram estadiados. Fernanda Waltrich Martins Dr. César Augusto da Silva

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-18 - TABELA V Distribuição das 10 neoplasias malignas mais freqüentes em homens, segundo a localização topográfica no HSVP - 2002 - Casos analíticos e não analíticos CID 02 Localização topográfica f % C61 Próstata 68 13,2 C44 Pele 66 12,8 C34 Brônquios e pulmões 44 8,5 C16 Estômago 40 7,8 C42 Sistema hematopoético e reticuloendotelial 27 5,2 C71 Encéfalo 26 5,0 C15 Esôfago 25 4,8 C22 Fígado e vias biliares intra-hepáticas 22 4,3 C32 Laringe 22 4,3 C64 Rim 21 4,1 Outras informações 155 30,0 Total 516 100 f= freqüência Nesta tabela são apresentadas as localizações topográficas mais freqüentes em homens, próstata (13,2%), pele (12,8%) e brônquios e pulmões (8,5%), correspondem a 34,5% do total. Distribuição das 10 Neoplasias mais freqüentes em homens segundo localização topográfica Outras informações 155 Rim 21 Laringe 22 Fígado e v ias biliares intra-hepáticas 22 Topografia Esôfago Enc éf alo Sistema hematopoético e reticuloendotelial 25 26 27 Es tômago 40 Brônquios e pulmões 44 Pele 66 Prós tata 68 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Freqüência relativa Fonte:RHC/HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-19 - Câncer de Próstata Nos Estados Unidos o câncer de próstata já é o mais comumente diagnosticado, com estimativas de 300.000 casos novos/ano e em torno de 40.000 mortes/anos, ficando atrás somente do Câncer de pulmão. Isso é reflexo de um aumento surpreendente de casos, chegando a 100% em algumas áreas dos Estados Unidos. No HSVP, o câncer de próstata é a neoplasia mais freqüente em homens, com 68 casos (13,2% das neoplasias cadastradas), com o adenocarcinoma o tipo histológico mais comum (67 dos 68 casos). Como o câncer de próstata tem, como forte característica, atingir homens de mais idade, verifica-se que dos 68 casos, 52 casos surgiram após os 65 anos, ou seja 76,5% do total. O restante surgiu entre e 40 a 65 anos. O uso mais comum do rastreamento para câncer de próstata através de exame físico e PSA, poderia nos fornecer dados sobre a sua eficácia na detecção de casos iniciais, o que fica prejudicado porque 75% dos registros não continham o estadiamento. Os principais fatores de risco para o câncer de próstata, incluem, idade maior do que 50 anos, presença de androgênios em elevadas concentrações, história familiar positiva e fatores dietéticos. Há evidências clínicas e experimentais que comprovam uma relação direta entre a incidência de câncer de próstata e determinados hábitos alimentares. Países com alto consumo de gordura animal na dieta, apresentam alta incidência da doença, enquanto populações que utilizam soja na dieta, apresentam risco reduzido de desenvolver o câncer de próstata. Fernanda Waltrich Martins Dr. César Augusto da Silva

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-20 - TABELA VI Distribuição das 10 neoplasias mais freqüentes em mulheres, segundo a localização topográfica no HSVP - 2002 - Casos analíticos e não analíticos CID 02 Localização Topográfica f % C50 Mama 100 25,0 C53 Colo de útero 53 13,3 C44 Pele 41 10,3 C42 Sistema hematopoético e retículoendotelial 20 5,0 C16 Estômago 19 4,8 C18 Cólon 17 4,3 C77 Linfonodos (gânglios linfáticos) 17 4,3 C25 Pâncreas 16 4,0 C71 Encéfalo 14 3,5 C34 Brônquios e pulmões 11 2,8 Outras informações 92 23,0 Total 400 100 Nesta tabela são apresentadas as localizações topográficas mais freqüentes em mulheres, mama (25%), colo de útero (13,3%) e pele (10,3%) correspondem a 48,6% do total. Distribuição das 10 Neoplasias mais freqüentes em mulheres segundo a localização topográfica Outras informações 92 Brônquios e pulmões 11 Encéf alo 14 Pâncreas 16 Topografias Linfonodos (gânglios linfáticos) Cólon Estômago 17 17 19 Sistema hematopoético e retículoendotelial 20 Pele 41 Colo de útero 53 Mama 100 0 20 40 60 80 100 120 Freqüência relativa Fonte:RHC/HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-21 - Câncer de Mama *Dr. Diógenes Luiz Basegio O câncer de mama é hoje um dos tumores de maior incidência na população mundial em mulheres entre 19 e 65 anos de idade. Estima-se para o ano de 2003 mais de 1.000.000 de novos casos no mundo. O Brasil, contribui com aproximadamente 41.000 novos casos, com uma estimativa aproximada de 10.000 mortes anuais. O Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência (aproximadamente 80 novos casos / ano por 100.000 mulheres). Os fatores de risco mais importantes são: sexo, idade, história familiar, anticoncepcional, predisposição genética, gravidez tardia, ingesta de álcool, ingesta de gordura animal saturada, menarca precoce, menopausa tardia, obesidade, reposição hormonal e nuliparidade entre outros. A prevenção do câncer de mama pode ser primária ou secundária. A prevenção primária previne o surgimento de um tumor na mama e pode ser feita através de modificações de hábitos alimentares, principalmente com a diminuição da ingesta de gorduras animais saturadas. O uso de medicações como o tamoxifeno, droga antiestrogênica, pode prevenir o aparecimento de um câncer de mama em aproximadamente 50% das vezes. Outras drogas, como o Raloxifeno, ainda estão sendo testadas. A mastectomia profilática, seja total ou a adenomastectomia tem sido usadas cada vez com mais freqüência, principalmente em grupos de risco muito elevado. A prevenção secundária, ou seja, a detecção precoce de um tumor na mama é um fator importante para a diminuição de mortalidade provocada por esta patologia. Este tipo de prevenção é feita através do Auto-exame de mamas (AEM), mamografia, ecografia mamária e exame clínico. O AEM deverá ser feito pela própria mulher, uma vez ao mês preferencialmente no período pós-mestrual. A mamografia deverá ser feita á partir dos 35 anos de idade, quando se realiza a mamografia de base, e após os 40 anos ela deverá ser anual. Grupos de altíssimo risco deverão fazer a mamografia de base a partir dos 30 anos de idade. A ecografia de mamas está indicada em mulheres abaixo dos 40 anos de idade, quando a mamografia tem uma menor sensibilidade, ou em pacientes acima de 40 anos de idade, quando apresentam mamas densas. O exame clínico realizado pelo médico deverá ser feito como rotina uma vez ao ano. A detecção precoce do câncer de mama permite uma diminuição da curva de mortalidade e também a realização de cirurgias mais conservadoras. Sabemos que, mulheres cujo diagnóstico do câncer de mama tenha sido realizado em uma fase inicial, a retirada parcial da mama permite um resultado oncológico semelhante ao da mastectomia radical. Portanto diagnosticar precocemente permite uma melhor qualidade de vida para estas pacientes. O uso de terapia adjuvantes tem sido cada vez mais utilizadas, seja na forma de adjuvância ou neoadjuvante (primária). Como terapia sistêmica podemos citar a Quimioterapia e a Hormonioterapia e como tratamento loco-regional a utilização da Radioterapia, que permite um menor risco de recidiva local, sem no entanto melhorar a sobrevida destas pacientes. Como conclusão podemos dizer que o câncer de mama é uma doença de abordagem multidisciplinar, pois envolve um Team formado pelo Radiologista, Patologista, Oncologista Clínico, Cirurgião Oncológico ( Mastologista), Radioterapeuta, Enfermagem, Nutricionista, Piscólogo e Fisioterapeuta, que juntos irão tratar um paciente com uma doença de alta incidência mas também com altas chances de cura quando diagnosticada em fases iniciais. *Doutor em Medicina com titulo de especialista em Mastologia, Professor Titular Doutor da Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia das Faculdades de Medicina e Fisioterapia da Univ. de Passo Fundo. Presidente da Escola Brasileira de Mastologia.

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-22 - TABELA VII Distribuição das neoplasias malignas segundo a faixa etária e sexo no HSVP - 2002 - Casos analíticos e não analíticos HOMENS MULHERES TOTAL Faixa etária f % f % f % 00-0 4 1 0 6 6,7 5 3 3,3 1 5 1,6 05-0 9 6 8 5,7 1 1 4,3 7 0,8 10-1 4 5 5 5,6 4 4 4,4 9 1,0 15-1 9 5 5 5,6 4 4 4,4 9 1,0 20-24 4 25,0 12 75,0 16 1,7 25-29 2 16,7 10 83,3 12 1,3 30-34 12 36,4 21 63,6 33 3,6 35-39 10 35,7 18 64,3 28 3,1 40-44 23 41,1 33 58,9 56 6,1 45-49 39 47,6 43 52,4 82 9,0 50-54 47 61,0 30 39,0 77 8,4 55-59 68 66,0 35 34,0 103 11,2 60-64 66 59,5 45 40,5 111 12,1 65-69 77 68,1 36 31,9 113 12,3 70-74 60 57,1 45 42,9 105 11,5 75-79 48 64,9 26 35,1 74 8,1 80 e + 34 51,5 32 48,5 66 7,2 Total 516 56,3 400 43,7 916 100 A tabela VII mostra que 64,5% dos casos ocorreram dos 45 aos 74 anos de idade, e apenas 7,4% dos casos antes dos 25 anos de idade. Distribuição das neoplasias malignas segundo a faixa etária e sexo 20 10 50 40 30 80 70 60 Masculino 0 Feminino 00-04 05-09 10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80 e + Feminino Masculino Fonte:RHC/HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-23 - TABELA VIII Distribuição do total de neoplasias malignas, segundo diagnóstico e tratamentos anteriores no HSVP - 2002 - Casos analíticos e não analíticos Diagnóstico e Tratamentos anteriores f % Sem diagnóstico / sem tratamento 739 80,7 Com diagnóstico / sem tratamento 135 14,7 Com diagnóstico / com tratamento 42 4,6 Outros 0 0,0 Sem informação 0 0,0 Total 916 100 Nesta tabela, observamos que dos casos de neoplasias malignas, 80,7% chegam ao hospital sem diagnóstico e sem tratamento. Distribuição das neoplasia malignas segundo diagnóstico e tratamentos anteriores Sem informação Outros Com diagnóstico / com tratamento 42 Com diagnóstico / sem tratamento 135 Sem diagnóstico / sem tratamento 739 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Freqüência relativa Fonte:RHC/HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-24 - TABELA IX Distribuição das neoplasias malignas segundo o sexo no HSVP Casos analíticos e não analíticos - 2002 Sexo f % Feminino 400 43,8 Masculino 516 56,2 Total 916 100 TABELA X Distribuição das neoplasias malignas segundo a cor da pele no HSVP Casos analíticos e não analíticos - 2002 Cor da pele f % Branca 883 56,2 Preta 6 0,7 Amarela 1 0,1 Parda 24 2,6 Indígena 2 0,2 Total 916 100 TABELA XI Distribuição das neoplasias malignas segundo grau de instrução no HSVP Casos analíticos e não analíticos - 2002 Grau de instrução f % 1º grau completo 106 11,6 1º grau incompleto 521 56,9 2º grau completo 137 15,0 Analfabeto 51 5,6 Nível superior 63 6,9 Sem informação 38 4,1 Total 916 100 Fonte:RHC/HSVP TABELA XII Distribuição das neoplasias malignas segundo local de nascimento no HSVP Casos analíticos e não analíticos - 2002 Local de nascimento f % Estrangeiro 3 0,3 Rio Grande do Sul 894 97,6 Santa Catarina 19 2,1 Total 916 100

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-25 - TABELA XIII Distribuição dos casos de neoplasias malignas de acordo com a origem do encaminhamento no HSVP - 2002 Casos analíticos e não analíticos Origem do encaminhamento f % SUS 526 57,4 Não SUS 390 42,6 Veio por conta própria 0 0,0 Sem informação 0 0,0 Total 916 100 TABELA XIV Distribuição dos casos de neoplasias malignas segundo o estado conjugal no HSVP - 2002 Casos analíticos e não analíticos Estado conjugal f % Casado 558 60,9 Solteiro 136 14,8 Desquitado/separado/divorciado 93 10,2 Viúvo 129 14,1 Sem Informação 0 0,0 Total 916 100 Fonte:RHC/HSVP TABELA XV Distribuição dos casos de neoplasias malignas segundo à lateralidade do tumor no HSVP - 2002 Casos analíticos e não analíticos Lateralidade f % Direita 97 10,6 Esquerda 93 10,2 Bilateral 10 1,1 Não se aplica 690 75,3 Sem informação 26 2,8 Total 916 100

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-26 - TABELA XVI Distribuição das neoplasias malignas de acordo com o histórico familiar no HSVP - 2002 Casos analíticos e não analíticos Histórico familiar f % Sim 134 14,63 Não 276 30,13 Sem informação 506 55,24 Total 916 100 TABELA XVII Distribuição dos casos de neoplasias malignas de acordo com o uso de álcool no HSVP - 2002 Casos analíticos e não analíticos Uso de álcool f % Sim 152 16,59 Não 374 40,83 Não se aplica 30 3,28 Sem informação 360 39,30 Total 916 100 TABELA XVIII Distribuição dos casos de neoplasias malignas de acordo com o uso de fumo e assemelhados no HSVP - 2002 Casos analíticos e não analíticos Fumo e assemelhados f % Sim 295 32,21 Não 303 33,08 Não se aplica 30 3,28 Sem informação 288 31,44 Total 916 100 TABELA XXIX Distribuição das neoplasias malignas segundo número de tumores primários no HSVP - 2002 Casos analíticos e não analíticos Número de tumores primários f % Tumor primário único 816 89,1 Tumor primário múltiplo 100 10,9 Total 916 100 Fonte:RHC/HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-27 - TABELA XX Distribuição das neoplasias malignas segundo a ocupação no HSVP - 2002 Casos analíticos e não analíticos Ocupação f % Advogados 3 0,3 Agentes de viagem e guias de turismo 1 0,1 Agentes e auxiliares de manobras e conservação(transportes ferroviários) 2 0,2 Analista de sistema 1 0,1 Auxiliares de contabilidade, caixas e trabalhadores assemelhados 1 0,1 Auxiliares de escritório e trabalhadores assemelhados 6 0,7 Cabeleireiros, especialistas em tratamentos de beleza e trabalhadores assemelhados 5 0,5 Carpinteiros 4 0,4 Ceramistas e trabalhadores assemelhados 1 0,1 Chapeadores e caldeireiros 2 0,2 Cirurgiões dentistas 1 0,1 Comerciantes (comércio atacado e varejista) 42 4,6 Condutores de automóveis, ônibus, caminhões e veículos similares (motorista) 33 3,6 Contadores 4 0,4 Corretores de seguros de imóveis e de titulo de valores 1 0,1 Costureiros (confecção em série) 8 0,9 Cozinheiros e trabalhadores assemelhados 1 0,1 Datilógrafos estenógrafos e trabalhadores assemelhados (escriturário) 1 0,1 Desenhistas técnicos 1 0,1 Diretores de empresas não classificados sob outras epígrafes 1 0,1 Economistas 1 0,1 Eletricista, eletrônicos e trabalhadores assemelhados não classificados sob outras epígrafes 6 0,7 Encanadores e instaladores de tubulações(bombeiro hidráulico) 2 0,2 Engenheiros civis e arquitetos 1 0,1 Escultores, pintores e trabalhadores assemelhados 1 0,1 Fotógrafos, operadores de cameras de cinema e televisão e trabalhadores assemelhados 1 0,1 Funcionários públicos superiores 17 1,9 Gerentes administrativos e assemelhados 1 0,1 Gerentes de empresa não classificados em outras epígrafes 2 0,2 Guardas de segurança e trabalhadores assemelhados(vigilante) 1 0,1 Magarefes e trabalhadores assemelhados 1 0,1 Marceneiros e trabalhadores assemelhados 4 0,4 Mecânicos de manutenção de máquinas 1 0,1 Mecânicos e manutenção de veículos automotores(lanterneiro e borracheiro) 11 1,2 Médicos 3 0,3 Membros de cultos religiosos e trabalhadores assemelhados 3 0,3 Membros superiores do poder legislativo 1 0,1 Militares do exército 2 0,2 Não se aplica 31 3,4 Operadores de equipamentos médicos e odontológicos 1 0,1 Operadores de máquinas de construção civil, mineração e de equipamentos afins 2 0,2 Pedreiros e estucadores 12 1,3 Pintores não classificados sob outras epígrafes 6 0,7 Policiais militares 18 2,0 Produtores agropecuários especializados 6 0,7 Professores não-classificados sob outras epígrafes 45 4,9 Psicólogos 1 0,1 Secretários 1 0,1

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-28 - TABELA XX Distribuição das neoplasias malignas segundo a ocupação no HSVP Casos analíticos e não analíticos - 2002 Ocupação f % Sem informação 311 34,0 Supervisores de compras e compradores 4 0,4 Supervisores de vendas e trabalhadores assemelhados (promotor de vendas) 1 0,1 Técnicos de biologia, agronomia e trabalhos assemelhados 1 0,1 Técnicos de enfermagem e trabalhadores assemelhados (exceto enfermeiros) 3 0,3 Telefonistas e telegrafistas e trabalhadores assemelhados 1 0,1 Terapeutas 1 0,1 Torneiros, fresadores, retificadores e trabalhadores assemelhados (torneiro mecânico) 1 0,1 Trabalhadores agrícolas especializados não classificados sob outras epígrafes 226 24,7 Trabalhadores braçais não classificados sob outras epígrafes 1 0,1 Trabalhadores da construção civil e trabalhadores assemelhados não classificados 2 0,2 Trabalhadores da movimentação e manipulação de mercadores e materiais, operadores de máquinas 1 0,1 Trabalhadores de fabricação, vulcanização e reparação de pneumáticos 1 0,1 Trabalhadores de industrialização e conservação de alimentos 1 0,1 Trabalhadores de preparação de alimentos e bebidas não classificados sob outras epígrafes 1 0,1 Trabalhadores de serventia (domicílios e hotéis) e trabalhadores assemelhados 18 2,0 Trabalhadores de serviços de conservação, manutenção, limpeza de edifícios, empresas comerciais 19 2,1 Trabalhadores de serviços de proteção e segurança não classificados sob outras epígrafes 6 0,7 Trabalhadores metalúrgicos e siderúrgicos não classificados sob outras epígrafes 2 0,2 Vendedores de comércio atacadista, varejista e trabalhadores assemelhados 13 1,4 Vendedores pracistas, representantes comerciais e trabalhadores assemelhados 1 0,1 Total 916 100 Nesta tabela são apresentadas as profissões, cerca de 34% são pacientes que não foram classificados segundo a ocupação (do lar, aposentado, etc.). Fonte: RHC/HSVP

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-29 - TABELA XXI Distribuição das neoplasias malignas segundo a procedência - 2002 Casos analíticos e não analíticos Procedência f % Água Santa 5 0,5 Alecrim 1 0,1 Alto Alegre 2 0,2 Ametista do Sul 6 0,7 Anchieta 1 0,1 Anta Gorda 2 0,2 Arvorezinha 4 0,4 Barra Funda 3 0,3 Barracão 6 0,7 Barros Cassal 3 0,3 Benjamin Constant do Sul 2 0,2 Bom Jesus 1 0,1 Bom Progresso 1 0,1 Cacique Doble 4 0,4 Caibaté 1 0,1 Camargo 2 0,2 Campina das Missões 1 0,1 Campos Borges 2 0,2 Capinzal 1 0,1 Carazinho 29 3,2 Casca 19 2,1 Caseiros 1 0,1 Caxias do Sul 1 0,1 Chapada 5 0,5 Chapecó 4 0,4 Charrua 4 0,4 Cidreira 1 0,1 Ciríaco 1 0,1 Colorado 3 0,3 Concórdia 7 0,8 Condor 2 0,2 Constantina 8 0,9 Coqueiros do sul 1 0,1 Coronel Bicaco 1 0,1 Coxilha 5 0,5 Cristal do Sul 1 0,1 Cruz Alta 7 0,8 Cuiabá 1 0,1 David Canabarro 9 1,0 Dois Irmãos 1 0,1 Dois Irmãos da Missões 1 0,1 Dois Lajeados 1 0,1 Encantado 1 0,1 Engenho Velho 1 0,1 Erebango 5 0,5 Erechim 7 0,8 Ernestina 6 0,7 Erval Seco 6 0,7

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-30 - TABELA XXI Distribuição das neoplasias malignas segundo a procedência - 2002 Casos analíticos e não analíticos Procedência f % Espumoso 15 1,6 Estação 1 0,1 Floriano Peixoto 1 0,1 Fontoura Xavier 2 0,2 Fortaleza dos Valos 1 0,1 Frederico Westphalen 12 1,3 Gaurama 2 0,2 Gentil 4 0,4 Getulio Vargas 4 0,4 Giruá 1 0,1 Gramado dos Loureiros 2 0,2 Gramado Xavier 1 0,1 Guaíba 1 0,1 Guaporé 4 0,4 Guarujá do Sul 1 0,1 Herval D Oeste 1 0,1 Horizontina 1 0,1 Ibiaçá 7 0,8 Ibiraiaras 7 0,8 Ibirapuitã 8 0,9 Ibirubá 10 1,1 Independência 1 0,1 Ipiranga do Sul 5 0,5 Iporã do Oeste 1 0,1 Ipumirim 1 0,1 Iraí 2 0,2 Irani 1 0,1 Itapuca 3 0,3 Lagoa dos Três Cantos 4 0,4 Lagoa Vermelha 24 2,6 Lagoão 3 0,3 Liberato Salzano 6 0,7 Machadinho 6 0,7 Marau 25 2,7 Maravilha 3 0,3 Mato Castelhano 4 0,4 Maximiliano de Almeida 3 0,3 Mondaí 1 0,1 Mormaço 4 0,4 Não-me-toque 11 1,2 Nicolau Vergueiro 1 0,1 Nonoai 8 0,9 Nova Alvorada 4 0,4 Nova Araçá 1 0,1 Nova Bassano 2 0,2 Nova Boa Vista 3 0,3 Nova Prata 6 0,7 Paim Filho 4 0,4

Registro Hospitalar de Câncer/21 - SHBSVP - Dados de 2002-31 - TABELA XXI Distribuição das neoplasias malignas segundo a procedência - 2002 Casos analíticos e não analíticos Procedência f % Palmeira das Missões 15 1,6 Palmitinho 2 0,2 Panambi 3 0,3 Paraí 3 0,3 Passo Fundo 276 30,1 Pinhal 1 0,1 Pinheirinho do Vale 2 0,2 Planalto 3 0,3 Pontão 2 0,2 Porto Alegre 1 0,1 Porto Vera Cruz 1 0,1 Protásio Alves 1 0,1 Putinga 1 0,1 Quaraí 1 0,1 Quinze de Novembro 3 0,3 Redentora 1 0,1 Rodeio Bonito 2 0,2 Ronda Alta 5 0,5 Rondinha 4 0,4 Sagrada Família 3 0,3 Salto do Jacuí 3 0,3 Sananduva 26 2,8 Santa Barbara do Sul 3 0,3 Santa Rosa 1 0,1 Santo Antônio do Palma 4 0,4 Santo Antônio do Planalto 2 0,2 Santo Expedito do Sul 2 0,2 São Borja 1 0,1 São Domingos do Sul 1 0,1 São João da Urtiga 3 0,3 São Jorge 1 0,1 São José das Missões 1 0,1 São José do Ouro 2 0,2 São Miguel D Oeste 3 0,3 São Valentim 3 0,3 Sarandi 13 1,4 Saudades 1 0,1 Seara 2 0,2 Seberi 3 0,3 Selbach 2 0,2 Serafina Corrêa 6 0,7 Sertão 3 0,3 Severiano de Almeida 4 0,4 Soledade 31 3,4 Tapejara 10 1,1 Tapera 5 0,5 Taquara 1 0,1 Taquari 1 0,1