DEMARCAÇÃO LPM 1831 Departamento de Caracterização do Patrimônio/SPU 1
DEMARCAÇÃO DA LPM 1831 Manual de Regularização Fundiária. Instituto Pólis, Brasília. MPOG, 2007. 2
Demarcação: LPM de1831 TERRENOS DE MARINHA E ACRESCIDOS LEGISLAÇÃO PREMISSAS BÁSICAS CONCEITO DE PREAMAR MÉDIA DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO DA LPM CÁLCULO, DESENHO E MEMORIAL RELATÓRIO FINAL PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS 3
HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO 4.1 Histórico 4.1.1 Aviso de 18 de novembro de 1818:... que 15 braças da linha d água do mar, e pela sua borda são conservadas para servidão pública; e tudo o que toca a água do mar e acresce sobre ela é da nação. 4.1.2 Lei de 15 de novembro de 1831, art. 51, 14ª: Serão postos à disposição das Câmaras Municipais, os terrenos de Marinha que estas reclamarem do Ministro da Fazenda, ou dos Presidentes da Províncias, para logradouros públicos, e o mesmo Ministro da Côrte, e nas Províncias os Presidentes, em Conselho, poderão aforar a particulares àqueles de tais terrenos, que julgarem convenientes, e segundo o maior interêsse da Fazenda, estipulando, também, segundo fôr justo, o fôro daqueles dos mesmos terrenos, onde já se tenha edificado sem concessão, ou que, tendo já sido concedidos condicionalmente, são obrigados a êles desde a época da concessão, no que se procederá a arrecadação. O Ministro da Fazenda no seu relatório da sessão de 1832, mencionará tudo o que ocorrer sobre este objeto. 4
HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO 4.1.3 Decreto nº 4105 de 22 de fevereiro de 1868: Art. 1º. A concessão direta ou em hasta pública dos terrenos de marinha, dos reservados para a servidão pública nas margens dos rios navegáveis, e de que se fazem os navegáveis, e dos acrescidos natural ou artificialmente aos ditos terrenos, regular-se-á pelas disposições do presente Decreto. 1º São terrenos de marinha todos os que banhados pelas águas do mar ou dos rios navegáveis vão até a distancia de 15 braças craveiras (33 metros) para a parte de terra, contadas desde o ponto a que chegar o preamar médio. Êste ponto refere-se ao estado do lugar no tempo de execução da lei de 15 de novembro de 1831, art. 51, 14. (Instruções de 14 de novembro de 1832, art. 4º). 5
Legislação Atual Decreto-Lei Nº 9760 de 05 de setembro de 1946; Decreto-Lei Nº 2398 de 21 de dezembro de 1987; Lei Nº 9636 de 15 de maio de 1998; Lei Nº 11481 de 31 de maio de 2007. ON-GEADE-002 de 12 de março de 2001 (Demarcação de Terrenos de Marinha e seus acrescidos) 6
4.2 Legislação Atual 4.2.1 Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988: Art. 20. São bens da União:... VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; 4.2.2 Decreto-Lei n.º 9.760, de 5 de setembro de 1946: Art. 1º - Incluem-se entre os bens imóveis da União: a) os terrenos de marinha e seus acrescidos;... Art. 2º - São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar médio de 1831: a) os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés; b) os que contornam as linhas situadas em zonas onde se faça sentir a influência das marés.... Art. 3º - São terrenos acrescidos de marinha os que se tiverem formado, natural ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha.... Art. 9º - É de competência do Serviço do Patrimônio da União (SPU) a determinação da posição das linhas de preamar médio do ano de 1831 e da média das enchentes ordinárias. 7
DEFINIÇAO TERRENO DE MARINHA Sua definição legal está contida no Decreto-lei 9.760 de 5-9-1946: Art. 2º - São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar médio de 1831: a) os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés; b) os que contornam as ilhas situadas em zona onde se façam sentir a influência das marés. Art. 3º - São terrenos acrescidos de marinha os que se tiverem formado, natural ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha. 8
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Terrenos de marinha DL 9760/46: Art. 2º São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar-médio de 1831 DL 9760/46: Art. 3º São terrenos acrescidos de marinha os que se tiverem formado, natural ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha. 33m TERRENOS ALODIAIS LLTM LPM TERRENOS DE MARINHA ACRESCIDOS DE MARINHA PRAIA 10
DO QUE ESTAMOS FALANDO? MUDANÇA DA ORLA FORMAÇÃO DE ACRESCIDOS DE MARINHA Porto do Rio 1817 Porto do Rio 1710 FONTE: Instituto Pereira Passos - IPP Porto do Rio 1608 Porto do Rio 1930 11
Terrenos de marinha DL 9760/46: Art. 3º São terrenos acrescidos de marinha os que se tiverem formado, natural ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha. meramnte ilustrativo, não corresponde com a delimitação da LPM do local. Pr é am - ar m éd io do an o de 18 31 DL 9760/46: Art. 2º São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar-médio de 1831. 12
MINISTÉRIODO DOPLANEJAMENTO PLANEJAMENTO MINISTÉRIO SECRETARIA DO PATRIMÔNIO DA SECRETARIA DO PATRIMÔNIO DA Terrenos de marinha com influência das marés Terreno de Marinha Terreno de Marinha MAR OSCILAÇÃO >= 5 CM DL 9760/46- Art. 2º. Parágrafo único. Para os efeitos dêste artigo a influência das marés é caracterizada pela oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros pelo menos, do nível das águas, que ocorra em qualquer época do ano. RIO 13
Linha do preamar-médio de 1831 A linha de preamar média de 1831 é definida de acordo com as maiores preamares daquele ano. As marés são explicadas pelo fenômeno da força da gravidade que ocorre entre a Lua e a Terra. Esta influência é mais forte no alinhamento entre o Sol, a Lua e a Terra que ocorre nas Luas Cheia e Nova. 14
MARÉS O termo maré refere-se aos fenômenos sentidos num corpo devido à perturbação do campo gravítico causado pela interferência de um ou mais corpos externos (no caso da Terra, a Lua). Preamar = Nível máximo de uma maré cheia. Baixa-mar = Nível mínimo de uma maré vazante. Quadratura = O sol e a lua formam ângulo de 90º em relação à Terra. Maré de Quadratura = Maré de pequena amplitude, maré que se segue ao dia de quarto crescente ou minguante. Maré de Sizígia = Nas luas nova e cheia, as marés lunares e solares reforçam uma a outra, produzindo as maiores marés altas e as menores marés baixas. 15
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Vídeo Instituto Português 19
Outros Fatores que influenciam as Marés Ondas (Ventos e fenômenos geológicos); Correntes (calor solar, ventos e rotação terrestre); Pressão atmosférica; Relevo Submarino; Nível médio dos mares forma física da Terra (Geóide). 20
Variação do nível do mar ao longo do tempo geológico anos NM Regimes das marés no litoral brasileiro Oiapoque (AP) Baia de São Marcos (MA) Macromaré s (>4m) Mesomarés (2 a 4m) Baia de Todos os Santos (BA) Micromarés (<2m) 21
Batente da praia Faixa quase horizontal da praia, que vai do limite da ação direta das vagas até o limite em que se faz sentir, de algum modo, a ação do mar. Praia Faixa normalmente areias, que se estende do limite inferior da baixamar até o limite onde se sente a ação direta das vagas. Beira-mar Também conhecida como face da praia, é a faixa situada entre a linha de contorno e o limite da ação direta das vagas, ou, ainda, a faixa situada entre o batente extremo da preamar e o limite da ação direta das vagas. Linha de contorno Limite até onde se estende a ação efetiva da maré Linha do litoral É, estritamente, a linha que demarca o contato entre as águas e as terras, variando com os movimentos das marés entre os limites do estirâncio. Zona frontal (ante-praia = offshore) Zona do fundo do mar, adjacente ao estirâncio, na qual se faz sentir, de algum modo, a ação morfológica do mar. Costa Conjunto de formas componentes da paisagem que estabelecem as áreas de contatos de terra com o mar. Zona de largura variável em função da oscilação das marés e das características geomorfológicas locais, que se estende para o interior do continente a partir da linha do litoral, e sobre a qual se faz sentir, de algum modo, a ação do mar. Observe-se, ainda, que a costa abrange o batente da praia, a face da praia (ou beira-mar; pós-praia 22
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TERRENOS DE MARINHA PREMISSAS BÁSICAS Terrenos de marinha são terrenos enxutos em 1831. Logo, terrenos de marinha são medidos à partir do nível definido pela maré de sizígia (ou maiores marés). Terrenos de Marinha são Inalienáveis e Imprescritíveis. Terrenos de marinha são demarcados a partir da configuração do litoral no ano de 1831; 24
DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO DA LPM Na determinação da Linha de Preamar Média de 1831 - LPM e, da Linha Limite de Terrenos de Marinha - LTM, devem ser realizados os seguintes procedimentos: I - pesquisa em documentos antigos; II - determinação da cota básica / efetiva; III - vistorias no terreno. 25
I - pesquisa em documentos antigos a. fotos panorâmicas 26
I - pesquisa em documentos antigos a. fotos panorâmicas 27
I - pesquisa em documentos antigos a. fotos panorâmicas 28
I - pesquisa em documentos antigos b. fotos aéreas 29
I - pesquisa em documentos antigos c. Mapas antigos 30
I - pesquisa em documentos antigos d. Gravuras 31
II - determinação da cota básica / efetiva Marés / Marégrafo / Ficha Maregráfica (nível de redução; Nível médio; Tábuas de Maré). 32
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O nível da água do mar sobe e desce geralmente duas vezes por dia, resultando quatro eventos extremos: duas marés altas e duas marés baixas, alternadamente. Os horários em que estas ocorrem variam conforme o dia e o local; estão previstos num pequeno livro chamado Tábua das Marés, editado anualmente pela Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil. Estas tabelas, contendo dados para cerca de 40 portos, podem ser encontradas nas Delegacias da Capitania dos Portos, em bibliotecas, iates clubes, etc. 34
Amplitude das Marés O órgão responsável pela medição da amplitude das marés no Brasil, bem como da confecção de cartas náuticas é o DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação) da Marinha. Ele publica as tábuas de marés de vários marégrafos ao longo da costa brasileira do ano corrente. PREAMAR Foz do Amazonas BAIXA-MAR Foz do Amazonas 35
Dados Maregráficos Esses dados estão disponíveis, também, no site da DHN Observe ao lado o trecho de uma página das Tábuas das Marés referente ao porto de São Sebastião, SP, para o mês de setembro de 1999. Para o dia 1 de setembro estão previstas: uma maré alta (1.0 metros) às 04:36 da manhã, uma baixa (0.2m) às 12:47, e novamente uma alta (0.8 m) às 16:51. As alturas em parênteses são valores relativos. Quanto menor o número, mais baixa será a maré. De um modo geral, um valor de 0.2 metros permite uma boa observação de organismos costeiros. Estes valores são apenas previsões, e que podem não se concretizar por mudanças no tempo, como chuvas, ventos fortes, etc. Repare que há, em média, um intervalo de pouco mais de 6 horas entre uma maré baixa e uma alta. Como essa mudança de nível é gradual, muitos organismos litorâneos ficam expostos durante longos períodos. Uma vistoria bem planejada quanto ao horário de chegada à praia possibilitará várias horas de observação. Chegando na praia 1 ou 2 horas antes da maré mais baixa, você teria mais de 4 horas para observar esses organismos. As marés mais baixas de cada mês ocorrem nos períodos de lua cheia e de lua nova, que também estão indicados pelos símbolos nas Tábuas. 36
Dados Maregráficos Ficha Maregráfica 37
Dados Maregráficos Ficha Maregráfica 38
Dados Maregráficos Tábua de Marés 39
CÁLCULO DA COTA BÁSICA Cota maregráfica calculada à partir da média das maiores marés (Tábua de Marés). Cota básica cota maregráfica transformada em cota altimétrica, referenciado ao Datum Vertical de Imbituba / SC. 40
DATUM Imbituba (SC) O referencial geodésico oficial no Brasil a partir de 1957 conta com o marco de Imbituba (SC). O anterior era em Torres (RS). A partir da edição do Decreto 5.334/2005, todas as Instituições que trabalharem com Cartografia ficam obrigadas a adotar o mesmo referencial Geodésico do IBGE. 41
Cota Básica Efetiva Em locais onde, por ação da dinâmica das ondas, as águas atingirem nível superior ao da cota básica, adotar-se-á esse nível como quantificador da cota básica efetiva. Em locais abrigados, sem a influência da dinâmica das ondas, o valor da cota básica efetiva é o mesmo da cota básica. Dados de amplitude de ondas Cptec.inpe 42
DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO DA LPM III Vistorias no terreno O solo e a topografia local devem ser vistoriados, a fim de que sejam detectados: I - os diferentes materiais na composição do solo e as mudanças de declividade, que caracterizem a presença de aterros; II - a existência de obras de arte de grande porte, cuja implantação demande grandes movimentos de terra, objetivando cortes e terraplenos; III - as mudanças no tipo de vegetação, principalmente daquela típica de terrenos alagados pelas águas do mar periodicamente, para as que são tipicamente de solos secos; IV - a existência de espigões, enrocamentos ou guias-correntes, provocando a sedimentação de partículas sólidas em suspensão nas águas das marés. 43
Medição da Oscilação das Águas dos Rios e dos Lagos, por Influência da Maré. Os trabalhos de medição devem ser efetuados nos cursos d água ou lagos, nos períodos das maiores marés mensais, fora do período das enchentes fluviais. A oscilação de 5cm é medida no momento em que se faça sentir, no nível das águas dos rios ou lagoas, a influência da preamar superior, tomando-se como ponto origem o nível das águas no momento em que se faça sentir a influência da baixa- mar inferior. Identificado o ponto no terreno, o mesmo deve ser lançado na base cartográfica. A altura da água dos rios e lagoas deve ser medida com auxílio de marégrafos ou réguas graduadas na casa do centímetro. O registro das leituras deve ser efetuado até a casa dos milímetros, sendo estes interpolados visualmente. Nos registros, devem constar a hora e minutos da observação do nível da água em relação à graduação da régua. 44
Medição da Oscilação das Águas dos Rios e dos Lagos, por Influência da Maré. Os registros dos valores lidos nas réguas, devem constar no relatório a ser apresentado em forma de gráfico cartesiano, em que as abscissas representem as horas das observações e as ordenadas as alturas das águas (ANEXO VIII). Em cada medição devem ser utilizadas 3 (três) réguas, fixadas inicialmente nos seguintes locais: À jusante, em local onde por observação visual ou informações, a oscilação do nível da água do rio ou lagoa seja certamente superior à 5cm; À montante, em local onde por observação visual ou informações, a oscilação do nível da água do rio ou lagoa aproxime-se de 5cm; No ponto médio entre as réguas extremas As medições devem estar orientadas segundo as previsões das preamares e baixa- mares da estação maregráfica mais próxima, constantes nas tábuas das marés. 45
Medição da Oscilação das Águas dos Rios e dos Lagos, por Influência da Maré. As réguas devem ser instaladas em locais abrigados, de forma a minimizar, nas leituras, influências das oscilações das águas, ocasionadas por fatores naturais ou artificiais. As medições devem ser iniciadas com pelo menos dois dias de antecedência em relação ao dia previsto para a ocorrência da preamar superior e da baixa-mar inferior. Se houver necessidade, as medições podem estender-se por mais dois dias além do dia previsto inicialmente, totalizando um mínimo de 3 (três) e um máximo de 5 (cinco) dias de trabalho. Em cada uma das réguas realizar-se-ão leituras com o objetivo de determinar os níveis superior e inferior atingidos pelas águas, influenciados pela ação da preamar superior e da baixa-mar inferior, respectivamente. 46
Medição da Oscilação das Águas dos Rios e dos Lagos, por Influência da Maré. As leituras devem iniciar-se 1 (uma) hora antes das previsões das tábuas das marés, obedecendo, nos primeiros 30 (trinta) minutos, a intervalos de 15 (quinze) minutos. A partir de então, os intervalos serão de 5 (cinco) minutos, até que se observe o maior e o menor valor para a preamar superior e a baixa-mar inferior, respectivamente; continuando a partir deste registro com intervalos de 5 (cinco) minutos nos 30 (trinta) minutos seguintes e retornando a intervalos de 15 (quinze) minutos nos 30 (trinta) minutos finais. Os registros das observações do primeiro dia devem ser processados, para permitir o cálculo do tempo de retardamento da ação da preamar superior e da baixa-mar inferior, em relação ao horário previsto nas tábuas das marés no local das medições. A partir do 2º dia de medição o horário de início das leituras deve ser estabelecido considerando-se o tempo de retardamento da influência das marés. 47
Medição da Oscilação das Águas dos Rios e dos Lagos, por Influência da Maré. Após a análise dos registros a cada dia, uma das réguas extremas, localizada à montante ou à jusante, será relocada em função das leituras obtidas na régua central. Se a régua central indicar oscilação superior a 5 (cinco) centímetros, a régua à jusante será instalada entre as outras réguas. Em caso contrário, a régua à montante é que será a deslocada. Após cinco dias de medição, se a régua central não registrar exatamente a oscilação de 5cm, permitir-se-á a utilização de interpolação linear. Em pequenos cursos d água ou em rios e lagoas localizadas em áreas de baixa densidade urbana, a determinação da posição da oscilação de 5cm no nível de suas águas pode ser realizada por observações das marcas deixadas em suas margens ou por adoção do nível definido no cálculo da cota básica efetiva. 48
Medição da Oscilação das Águas dos Rios e dos Lagos, por Influência da Maré. O posicionamento da LPM junto a rios e lagoas que sofrem influência das marés deve ser orientado pela curva de nível correspondente ao valor da cota básica efetiva. Quando o ponto que materializa o limite da influência estiver em nível superior ao da cota básica efetiva, o posicionamento da LPM será orientado pela linha que define o leito menor, a margem do rio ou da lagoa. O ponto, meio do álveo, que materializa a influência das marés, deve ser o centro do círculo que interligará as linhas das LPM demarcadas nas margens. 49
Determinação da Posição da LPM O posicionamento da LPM de 1831 é materializado com o lançamento em planta da poligonal diretriz definida com os dados obtidos através da pesquisa de documentos antigos, das vistorias no terreno e do cálculo da cota básica efetiva. 50
LEI N 13139/2015 Art. 1o O DecretoLei no 9.760, de 5 de setembro de 1946, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 11. Antes de dar início aos trabalhos demarcatórios e com o objetivo de contribuir para sua efetivação, a Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão realizará audiência pública, preferencialmente, na Câmara de Vereadores do Município ou dos Municípios onde estiver situado o trecho a ser demarcado. 51
LEI N 13139/2015 1o Na audiência pública, além de colher plantas, documentos e outros elementos relativos aos terrenos compreendidos no trecho a ser demarcado, a Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão apresentará à população interessada informações e esclarecimentos sobre o procedimento demarcatório. 2o A Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão fará o convite para a audiência pública, por meio de publicação em jornal de grande circulação nos Municípios abrangidos pelo trecho a ser demarcado e no Diário Oficial da União, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data de sua realização. 52
LEI N 13139/2015 3o A Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão notificará o Município para que apresente os documentos e plantas que possuir relativos ao trecho a ser demarcado, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data da realização da audiência pública a que se refere o caput. 4o Serão realizadas pelo menos 2 (duas) audiências públicas em cada Município situado no trecho a ser demarcado cuja população seja superior a 100.000 (cem mil) habitantes, de acordo com o último censo oficial. 53
CASTELHANOS 54