UNISUL. Curso de Tecnologia de Redes. Cabeamento Estruturado



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Transcrição:

Curso de Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 1 Introdução...4 2 Por que utilizar cabeamento estruturado?...4 3 O que é Cabeamento Estruturado...4 3.1 Aspectos Básicos...5 3.2 Vantagens...5 3.3 Características próprias:...6 3.4 Histórico do Cabeamento Estruturado...7 3.5 Fatores Iniciais...7 4 Padronização...8 4.1 Estrutura do Sistema de Cabeamento Estruturado Norma 568...9 4.2 Qual a diferença entre os sistemas de cabos EIA T568A e T568B...10 5 Padrão 568...11 5.1 Topologia...11 5.2 Tipos de cabo...11 5.3 Subsistemas...12 5.3.1 Entrada no prédio...13 5.3.2 Sala dos equipamentos...14 5.3.3 Cabeamento backbone...15 5.3.4 Armários de telecomunicações (Telecommunications Closets)...17 5.3.5 Cabeamento horizontal (Horizontal Cabling)...19 5.3.6 Área de trabalho...22 6 Patch cords / Line cords / Cordões (Categoria 5)...23 7 Tomada Modular De 8 Posições Do Tipo Rj45, Fêmea - (Categoria 5)...25 8 Espelhos, Caixas de Superfície e Acessórios para Tomadas....28 8.1 Espelhos...28 8.2 Caixa de Montagem em Superfície...28 8.3 Tampões...29 8.4 Icons...30 9 Hubs...30 10 Switches...31 10.1 Estrutura básica de funcionamento...31 10.2 Métodos de Funcionamento...32 10.3 Configuração Física...32 10.4 Transparent Bridging das Switches...33 11 CABO DE PAR TRANÇADO DE CATEGORIA 5, 4 PARES, 24 AWG....33 12 Cabo UTP Cat 5e e Cat 6...37 12.1 Categoria 6...37 12.2 Categoria 5e x Categoria 6...38 12.3 Aplicações da Categoria 6...39 13 Cabeamento STP...39 14 Fibra Óptica...40 15 Padrões de Cabeamento para Redes Locais de Alta Velocidade...42 16 Gerenciamento de Sistemas de Cabeamento Estruturado...45 17 PATCH PANEL DE CATEGORIA 5 PARA RACK DE 19...46 18 Definições...47 19 Infra-estrutura...50 19.1 Encaminhamento dos cabos e montagem (conectorização)...50 19.1.1 Práticas para o encaminhamento dos cabos...51 19.1.2 Distância Rede Lógica x Rede Elétrica...53 19.1.3 Conectividade...53 19.1.4 Conectorização de RJ 45...54 19.2 Instalação do Cabeamento...55 19.2.1 Lançamento...55 19.2.2 Acomodação...56 19.2.3 Conectorização...56 19.3 Identificação dos componentes de uma rede local...57 19.3.1 Identificação dos Armários de Telecomunicações...57 19.3.2 Identificação de painel de conexão em Armário de Telecomunicações...57 19.3.3 Identificação do Ponto de Telecomunicações (tomada RJ45 na Área de Trabalho)...57 1

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 19.3.4 Identificação do Ponto de Telecomunicações (tomada RJ45 na Área de Trabalho)...58 19.3.5 Identificação do Ponto de Telecomunicações em painel de conexão...58 19.3.6 Cordão adaptador...58 19.4 Documentação da Instalação...59 19.4.1 Descrição funcional da Rede Lógica...59 19.4.2 Documentação da instalação física da rede (as-built)...59 19.4.3 Termo de Garantia...59 19.5 Certificação de Obras de Cabeamento Estruturado...60 19.5.1 Testes de certificação...60 19.5.2 Certificação de obra...60 19.5.3 Considerações...61 19.6 Fibras Ópticas: Qual Escolher?...61 19.7 Especificação Técnica Sistema de Cabeamento Estruturado...63 19.7.1 Patch Cord Tipo RJ-45 - RJ45 - CATEGORIA 5e/6...63 19.7.2 Cabo UTP 4 pares - CATEGORIA 5e/6...63 19.7.3 Patch Panel de 24 portas...63 19.7.4 Tomada RJ-45 fêmea - Categoria 5...64 19.7.5 Cabo UTP 25 Pares - Categoria 5...64 19.7.6 Cabo Óptico de Rede Interna...65 19.7.7 Patch Cord Pull-Proof Duplex ST-ST...66 19.7.8 Cabo de Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa...66 19.7.9 Cabo Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa...66 19.7.10 DIO para colocação em Rack de 19...67 19.7.11 DIO para colocação em parede...67 19.7.12 Caixa de Superfície Multimídia para Fibras Ópticas...68 20 Norma ANSI/TIA/EIA-606 - Especificações da Administração e Identificação dos Sistemas de Cabeamento Estruturado...68 20.1 Conceitos de administração...69 20.2 Codificação por cores dos campos de terminação...69 20.3 Regras Gerais...70 20.4 Especificações de cores...70 21 Norma de Construção Comercial EIA/TIA-569 para Espaços e Percursos de Telecomunicações...71 21.1 Introdução...71 21.2 Cabeamentos Horizontais...71 21.2.1 Duto Subterrâneo (Underfloor Duct)...72 21.2.2 Piso de Acesso (Access Floor)...72 21.2.3 Conduíte (Conduit)...72 21.2.4 Bandejas de Cabo e Eletrocalhas (Cable Trays and Wireways)...73 21.2.5 Rotas de Teto (Ceiling Pathways)...73 21.2.6 Rotas de Perímetro (Perimeter Raceways)...73 21.3 Cabeamentos de Backbones...73 21.3.1 Rotas Inter-Edifício de Backbone Subterrâneo (Underground Inter-Building Backbone Pathways) 74 21.3.2 Rotas Aéreas de Backbone Inter-Edifícios (Aerial Inter-Building Backbone Pathways)...74 21.3.3 Rotas Inter-Edifícios de Backbone em Túnel (Tunnel inter-building Backbone Pathways)...74 21.3.4 Rotas Intra-Edifício (Intra-Building Pathways)...75 21.3.5 Rotas De Backbone Verticais (Vertical Backbone Pathways)...75 21.4 Áreas de Trabalho...75 21.4.1 Rotas de mobília....75 21.4.2 Áreas de recepção, centros de controle, áreas de atendimento...75 21.4.3 Estação de Trabalho...76 21.4.4 Tomadas de Telecomunicações...76 21.5 Armário de Telecomunicações...76 21.5.1 Considerações Gerais de Projeto (General Design Considerations)...76 21.5.2 Referências a Tamanho e Espaçamento (Size and Spacing Issues)...76 21.5.3 Outras Referências ao Projeto (Other TC Desing Issues)...77 21.6 Sala de Equipamentos...77 21.7 Salas de Entrada de Serviços...78 21.8 Separação em Relação a Fontes de Energia Eletromagnética...79 2

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 22 Norma ANSI/TIA/EIA-607 - Especificações de Aterramento e Links dos Sistemas de Cabeamento Estruturado...79 22.1 Conceitos...79 22.2 Componentes de Links e Aterramento...80 22.2.1 Condutor de link de telecomunicações (Bonding Conductor for Telecommunications)...80 22.2.2 Backbone de link de telecomunicações (TBB)...81 22.2.3 Aterramento backbone de telecomunicações interconectando condutor aterramento (TBBIBC).81 22.2.4. Barramento do Aterramento Principal de Telecomunicações (TMGB)...81 22.2.5. Barramento do Aterramento de Telecomunicações - Telecommunications Groundign Busbar (TGB) 82 22.3. Links à Estrutura de Metal de um Edifício (Bonding to the Metal Frame of a Building)...82 23 Exemplo de Especificação Técnica Sistema de Cabeamento Estruturado...82 23.1 Patch Cord Tipo RJ-45 - RJ45 - CATEGORIA 5...82 23.1.1 Cabo UTP 4 pares - CATEGORIA 5...83 23.2 Patch Panel de 24 portas...83 23.3 Tomada RJ-45 fêmea - Categoria 5...83 23.4 Cabo UTP 25 Pares - Categoria 5...84 23.5 Fibra Óptica...84 23.5.1 Cabo Óptico de Rede Interna...84 23.5.2 Patch Cord Pull-Proof Duplex ST-ST...85 23.5.3 Cabo de Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa...85 23.5.4 Cabo Fibra Óptica Multimodo para aplicações de Rede Externa...85 23.5.5 DIO para colocação em Rack de 19...86 23.5.6 DIO para colocação em parede...86 23.5.7 Caixa de Superfície Multimídia para Fibras Ópticas...87 23.5.8 Fibras Ópticas: Qual Escolher?...87 24 Referências Bibliográficas...89 3

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado CABEAMENTO ESTRUTURADO 1 Introdução Comparado com outros investimentos que são realizdos na montagem de uma rede, o cabeamento é o que irá durar mais tempo. O software costuma ser atualizado periodicamente e o hardware normalmente tem uma vida útil de até 5 anos. O investimento feito em um sistema de cabeamento irá pagar dividendos durante anos, porém o nível de retorno dependerá do cuidado de como selecionar os componentes bem como a supervisão e instalação dos cabos. A conecção entre cabos representa o nível mais importante de uma rede, o sofisticado hardware do computador, o complexo software de rede e de gerenciamento ficarão sem ter como operar se um pequeno fio estiver em contato com outro ou se o cabo esteja exposto a ruídos. A confiabilidade da rede é limitada pelos cabos e conectores que ela contêm. 2 Por que utilizar cabeamento estruturado? Uma empresa bem sucedida requer um bom trabalho de equipe e flexibilidade. As organizações enfrentam mudanças constantes, que exigem a movimentação ou reorganização das pessoas, seus espaços de trabalho e os serviços que elas executam. Observa-se uma mudança média de até 18% a 25% de funcionários e estações de trabalho dentro de um edifício, no prazo de um ano. sistema de cabeamento estruturado é planejado para acomodar as freqüentes mudanças, acréscimos e alterações. Um sistema de cabeamento estruturado é a base de uma rede de informações moderna. Mesmo com todas as alterações e desafios que fazem parte de seus negócios, um sistema de cabeamento estruturado pode eliminar a necessidade de interrupção do fluxo de trabalho e o tempo inativo da rede, que estão associados à reestruturação de um escritório. Nenhum outro componente de sua rede possui um ciclo de vida mais longo ou requer uma consideração tão atenta. Um planejamento criterioso irá prevenir um congestionamento que poderia diminuir drasticamente a performance de sua rede. cenário de negócios atual exige uma avançada tecnologia de informação para poder manter uma vantagem competitiva. A capacidade de permitir que a informação seja compartilhada ou transmitida através de uma rede, transformou o computador num objeto tão importante quanto o telefone. É necessário reconhecer a importância desse fato sobre os negócios e o quanto pode ser agilizado através da utilização dessa tecnologia. À medida em que a tecnologia continua a evoluir, uma rede corporativa deve suportar aplicações de voz, dados, vídeo e multimídia. O rápido crescimento na capacidade de processamento, o aumento do porte das redes e a introdução de métodos de acesso de maior velocidade, criaram uma necessidade incontestável de sistemas de cabeamento confiáveis e gerenciáveis (estruturados). 3 O que é Cabeamento Estruturado 4

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 3.1 Aspectos Básicos É um sistema de cabeamento cuja infra-estrutura é flexível e suporta a utilização de diversos tipos de aplicações tais como: dados, voz, imagem e controles prediais. Nos dias de hoje as empresas estão levando em conta a utilização deste tipo de sistema pelas vantagens que o mesmo apresenta em relação aos cabeamentos tradicionais, onde as aplicações são atendidas por cabeamentos dedicados, (ex.: um para dados e outro para voz), principalmente se as vantagens forem levadas em conta com o passar do tempo. O conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado surgiu como resposta a este avanço das telecomunicações com o objetivo de criar uma padronização do cabeamento instalado dentro de edifícios comerciais e residenciais independente das aplicações a serem utilizadas no mesmo. Para se poder compreender melhor o assunto faça uma analogia com um sistema elétrico de um edifício ou residência, no qual o cabeamento instalado proporciona ao usuário a possibilidade de utilizar diversos aparelhos tais como rádio, televisor, secador de cabelos, entre outros; bastando para tanto que o cabo de alimentação destes equipamentos seja "plugado" na tomada que encontra-se na parede ou piso do local. Da mesma maneira o Sistema de Cabeamento Estruturado proporciona ao usuário a utilização de um computador, um telefone, uma câmera de vídeo, um alto falante, um sensor de temperatura, presença, etc. de maneira simples e organizada. O sistema de Cabeamento estruturado também pode ser definido como uma maneira padronizada de cabear prédios minimizando custos e maximizando expansibilidade futuras. É baseado em normas específicas e internacionais como o padrão EIA/TIA 568-A (Electric Industries Association e Telecommunication Industries Associations) de julho de 1991. 3.2 Vantagens Além de padronizar o cabeamento de forma a atender aos diversos padrões de redes locais, telefonia e outras aplicações (independente do fabricante ou do tipo de equipamento) o conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado agrega outros benefícios importantes que solucionam problemas tais como crescimento populacional (o dimensionamento dos pontos de um Sistema de Cabeamento Estruturado é baseado na área em m2 do local a ser cabeado ao invés do número de usuários), alteração de layout dos usuários (em média 25% dos funcionários sofrem mudanças dentro da empresa no prazo de um ano), evolução da tecnologia rumo a aplicações com taxas de transmissão maiores, falhas nos cabos ou nas conexões, entre outros. É importante lembrarmos que o cabeamento possui a maior expectativa de vida numa rede (em torno de 15 anos). Percebe-se que um mesmo cabeamento irá suportar a troca de alguns hardwares e vários softwares. Além disso existem fabricantes do mercado que proporcionam uma garantia aos seus produtos superior aos 15 anos. No caso em particular da empresa Lucent Technologies é proporcionada uma Garantia Estendida de produtos e aplicações de 20 anos para a solução Systimaxâ, desde que todos os produtos sejam fabricados pela Lucent e os mesmos sejam instalados por canais autorizados de integração (System Integrators - S.I.s e Systimaxâ Partners - S.P.s). 5

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado Vale a pena lembrar que a Lucent Technologies é a única empresa que possui um documento chamado "Performance Specifications" onde estão descritas todas as aplicações de voz, dados, imagem e controles prediais garantidas (ex.: Fast Ethernet, Gigabit Ethernet (1000 Mbps), ATM a 155 Mbps, 622 Mbps e 1200 Mbps, CFTV e CATV sobre o cabeamento UTP e controles prediais para edifícios inteligentes) e em quais condições as mesmas são garantidas. De acordo com pesquisas realizadas nos últimos anos os problemas de gerenciamento da camada física contabilizam 50% dos problemas de rede e o Sistema de Cabeamento Estruturado consiste apenas de 2 à 5% do investimento na rede. Se levarmos em conta o investimento inicial realizado em um Sistema de Cabeamento Estruturado e notarmos que o mesmo sobreviverá aos demais componentes da rede além de requerer pouquíssimas atualizações com o passar do tempo, notamos que o mesmo fornece um retorno do investimento (ROI) excepcional. Em vista dos fatores apresentados anteriormente, percebe-se que a escolha de um Sistema de Cabeamento Estruturado é uma decisão muito importante pois influenciará a performance de toda a rede, assim como a confiabilidade da mesma. 3.3 Características próprias: 1 - Arquitetura aberta 2 - Disposição física e meio de transmissão padronizados 3 - Conformidade a padrões internacionais 4 - Suporte a diversos padrões de aplicações, dados, voz, imagem, etc. 5 - Suporte a diversos padrões de transmissão, cabo metálico, fibra óptica, radio, etc. 6 - Assegurar expansão, sem prejuízo da instalação existente. 7 - Permitir migração para tecnologias emergentes. 6

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 3.4 Histórico do Cabeamento Estruturado Com o grande crescimento da demanda dos sistemas de telecomunicações, as Empresas passaram a estabelecer padrões proprietários, resultando numa ampla diversidade de topologias, tipos de cabos, conectores, padrões de ligação, etc, tornando o custo de implantação bastante elevado. Este custo devia-se a falta de concorrência, e principalmente, quando adotado uma solução, havia um casamento com este fornecedor, já que esta não podia ser compartilhada com nenhum mais. Padronização do sistema de cabeamento estruturado Diversos profissionais, fabricantes, consultores e usuários sob a orientação de organizações como ISO/IEC, TIA/EIA, CSA, ANSI, BICSI e outras. Desenvolveram normas que garantissem a implementação do conceito do mesmo Sistema de Cabeamento Estruturado O uso de computador, um telefone, uma câmera de vídeo, um alto falante, um sensor de temperatura, Maneira simples e organizada, só plugar para entrar na rede. 3.5 Fatores Iniciais Quais são os motivos da padronização que podem ser citados? Forma de atender aos diversos padrões de: Redes locais Telefonia Outras aplicações Independência do fabricante ou do tipo de equipamento Sistema de Cabeamento Estruturado agrega outros benefícios importantes que solucionam problemas como: 7

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado Crescimento populacional (o dimensionamento dos pontos de um Sistema de Cabeamento Estruturado é baseado na área em m² do local a ser cabeado ao invés do número de usuários). Alteração de layout dos usuários (em média 25% dos funcionários sofrem mudanças dentro da empresa no prazo de um ano). Evolução da tecnologia rumo a aplicações com taxas de transmissão maiores. Minimiza falhas nos cabos ou nas conexões, entre outros. A implementação do cabeamento estruturado deve ser feito com materiais de primeira linha, serviços de infra-estrutura física e profissional adequada, além de um projeto que assegure à empresa e aos seus usuários os requisitos necessários exigidos para um: desempenho adequado (seguro, ágil e confiável) na transmissão de dados, voz e imagem; proporcionando flexibilidade na topologia física para fazer frente às mudanças internas de pessoal, lay-out e de futuras evoluções tecnológicas. Seguindo as normas internacionais, o sistema de cabeamento estruturado visa suportar as necessidades atuais e futuras, de comunicações para dados, voz e imagem. Para assegurar um perfeito sistema de cabeamento estruturado, alguns requisitos são de suma importância, entre eles, a prática adequada de instalação e a documentação do projeto físico, tais como: Memorial Descritivo Lista de Materiais Aplicados Especificações Técnicas dos Materiais Aplicados Diagramas e Plantas Tabela de Relacionamento de Cabos Certificações O projeto de instalação de infra-estrutura requer, entre outros fatores, o cumprimento das diretrizes dos padrões estabelecidos pela Norma 569 do EIA/TIA, (Complementar à Norma 568 do EIA/TIA), metodologia de instalação, conhecimento técnico e a escolha adequada do material para cada ambiente, como por exemplo: Eletrocalhas Eletrodutos Dutos e Calhas de Piso Leitos Metálicos Canaletas em PVC 4 Padronização Reconhecendo a necessidade de padronizar o Sistema de Cabeamento Estruturado diversos profissionais, fabricantes, consultores e usuários reuniram-se sob a orientação de organizações como ISO/IEC, TIA/EIA, CSA, ANSI, BICSI e outras para desenvolver normas que garantissem a implementação do conceito do mesmo. Apesar deste trabalho resultar em diversas normas a mais conhecida no Brasil é a ANSI/TIA/EIA 568-A originária dos Estados Unidos fruto de um trabalho entre a Telecommunications Industry Association (TIA) e a Electronics Industries Association (EIA). A norma ANSI/TIA/EIA-568-A (Padrões de Cabeamento) prevê todos os conceitos citados anteriormente e é complementada por outras normas tais como: ANSI/TIA/EIA-569-A (Infra-estrutura) ANSI/EIA/TIA-570-A (Cabeamento Residencial) ANSI/TIA/EIA-606 (Administração) ANSI/TIA/EIA-607 (Aterramento) 8

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado Além destes padrões existem alguns TSBs (Telecommunications Systems Bulletin) tais como: TSB67 (Testes realizados em campo no cabeamento UTP) TSB72 (Cabeamento óptico centralizado) TSB75 (Práticas do cabeamento por zonas - Zone Wiring) TSB95 (Diretrizes adicionais da performance de transmissão do cabeamento UTP 4P Cat.5). No Brasil, a NBR 14565 da ABNT é a norma oficial, e é baseada na EIA/TIA 568-A. 4.1 Estrutura do Sistema de Cabeamento Estruturado Norma 568 Como abordado no histórico do cabeamento, no final dos anos 80 as companhias dos setores de telecomunicações e informática estavam preocupadas com a falta de uma padronização para os sistemas de fiação de telecomunicações em edifícios e campus. Em 1991, a associação EIA/TIA ( Electronic Industries Association / Telecommunications Industry Association) propôs a primeira versão de uma norma de padronização de fios e cabos para telecomunicações em prédios comerciais, denominada de EIA/TIA-568 cujo objetivo básico era: Implementar um padrão genérico de cabeamento de telecomunicações a ser seguido por fornecedores diferentes; Estruturar um sistema de cabeamento intra e inter predial, com produtos de fornecedores distintos; Estabelecer critérios técnicos de desempenho para sistemas distintos de cabeamento. Até então, o mercado dispunha de tecnologias proprietárias, utilizando cabeamento tradicional, baseado em aplicações, conforme ilustrado na figura que se segue. 9

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado O propósito da norma é garantir que um edifício possa ser pré-cabeado sem o conhecimento dos tipos de equipamentos de telecomunicações ou informática e/ou aplicações a serem instaladas posteriormente. As principais características desta norma são: Arquitetura baseada na topologia em estrela Sistema de cabeamento Cabeamento horizontal- Backbone Área de trabalho Armário de telecomunicação Sala de equipamentos Facilidade de entradas Administração Tipos de meio físico Cabos par trançados não blindados Cabos par trançados blindados Cabo coaxial Cabo fibra óptica Distâncias e meio físico Tomadas de telecomunicações Performance para meios físicos Especificações obrigatórias. 4.2 Qual a diferença entre os sistemas de cabos EIA T568A e T568B De acordo com o padrão EIA/TIA 568, cada par de fios no cabo tem uma designação de par e uma designação de cor específicas. A diferença entre os subpadrões T568 A e T568 B é a designação de pares. Ao projetar um sistema de cabos EIA/TIA 568, você pode optar por qualquer um dos subpadrões T568 A e T568 B, mas os componentes que utilizar devem seguir o mesmo padrão no sistema inteiro. Você não deve misturar componentes T568 A e T568 B (Patch Panel, RJ-45 macho e fêmea) deverão ser feitas da mesma forma, e também é muito importante determinar qual padrão que está sendo utilizado antes de ampliar um sistema de cabos existente. 10

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 5 Padrão 568 O padrão 568 define diversas partes de qualquer sistema de cabeamento em edifícios. 5.1 Topologia É utilizada a topologia estrela, o que quer dizer que cada micro terá o seu cabo de rede individual até algum concentrador, que os conectará ao servidor. Esta topologia possui as seguintes vantagens: Permite identificar isolar fácil e rapidamente qualquer porção do cabo ou micro com defeito, mantendo a rede de pé. É muito mais rápida e barata de recabear do que outras topologias, não precisando de terminadores ou cabos extras. Permite emular outras topologias, como a de bus ou token-ring, se necessário. 5.2 Tipos de cabo Os cabos de dados são a parte mais importante da implementação. Dependendo do posicionamento, grau de curvatura, conectorização, comprimento, tipo e qualidade destes a rede pode ficar impractivável. Assim, é fundamental escolhermos um cabo de boa qualidade para evitar os seguintes fatores: 11

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 1 Attenuation É o fenômeno do sinal perder força à medida que atravessa o cabo. Se deve à resistência elétrica normal do cobre e a altas temperaturas. O padrão estabelece que a atenuação máxima deve ser de 24 db. Isto pode parecer pouco, mas como a escala é logarítmica, significa que menos de 1/100 do sinal chegará ao outro lado. 2 NEXT (Near-end crosstalk) Consiste no sinal pular de um cabo a outro através de freqüência eletromagnética. É mais forte no início do cabo, e vai diminuindo à medida que a atenuação vai subtraindo força ao sinal. NEXT é responsável, por exemplo, pelas vozes de baixo volume comuns em ligações de telefonia. O padrão utiliza 3 tipos de cabos: 1 UTP (Unshielded Twisted Pair) 4 pares, 100 Ohm cabo de cobre torcido 2 STP (Shielded Twisted Pair) 2 pares, 150 Ohm cabo de cobre torcido blindado 3 Fibra ótica. Existem 2 tipos: single-mode e multimode. 3.1 Single mode Cabo de 8 microns de diametro. Permite somente 1 via à luz, o que o torna menos sucetível à refrações internas e por isso, melhor. Porém, é mais caro e difícil de trabalhar. 3.2 Multimode Cabo de 62.5 microns de diametro. Uma vez que a luz pode tomar mais de um caminho por dentro da fibra, é passível de interferências internas. Porém, é mais barato e fácil de usar. É interessante notar que o padrão não proíbe cabo coaxial em instalações que já o possuam, mas somente em novas instalações. Existem 5 tipos diferentes de cabo Twisted-pair de acordo com o padrão: 1 CAT1 (Category 1) Cabo comum de telefone. Somente para transmissão de voz, não de dados. 2 CAT2 Unshielded, 4 pares, para transmissões até 4 Mbs por segundo. 3 CAT3 Unshielded, 4 pares, para transmissões até 10 Mbs por segundo. Já foi comum em implementações Ethernet e Token-Ring 4 CAT4 O mesmo de antes, mas certificado para para transmissões até 16 Mbs por segundo. Comum em implementações Token-Ring 5 CAT5 E O cabo mais comum hoje em dia. 4 pares. Em condições ideais permite transmissões até 100 Mhz. Observar que não se utiliza mais cabos nível 1 e 2 por serem velhos demais. Empresas estão sugerindo categorias 6 e 7. 5.3 Subsistemas 12

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado Legenda 1-Entrada do Edifício 2-Sala de Equipamentos 3-Cabeação Backbone 4-Armário de Telecomunicações 5-Cabeação Horizontal 6- Área de Trabalho Um sistema de cabeamento estruturado divide o edifício a ser cabeado em 6 áreas específicas, cada uma a ser tratada de uma maneira diferente. Estas são: 5.3.1 Entrada no prédio possibilita a interligação do prédio ao mundo exterior. As facilidades de entrada estão relacionadas com os serviços que estarão disponíveis para o cliente, estes serviços podem ser de: Dados; Voz; Sistema de Segurança; Redes Corporativas; Fornecem o ponto no qual é feita a interface entre o cabeamento externo e a intra-edifício. Consistem de cabos, dispositivos de proteção, equipamentos de conexão, transição e outros. O aterramento deve estar conforme ANSI/TIA/EIA-607. 13

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 5.3.2 Sala dos equipamentos É o CPD propriamente dito. A sala de equipamentos é o espaço reservado dentro do edifício ou área atendida onde esta instalado o distribuidor principal de telecomunicações, que irá providenciar a interconexão entre os cabos do armário de telecomunicações, backbone cabling ou campus backbone, com os equipamentos de rede, servidores e os equipamentos de voz (PABX). Funções: recebe a fibra óptica do backbone do campus; acomodar equipamentos de comunicação das operadoras de telecomunicações; acomodar equipamentos e componentes do backbone (opcional); acomodar os equipamentos principais e outros componentes da rede local; permitir acomodação e livre circulação do pessoal de manutenção; restringir o acesso a pessoas autorizadas. Características Técnicas: Instalá-lo fisicamente à um mínimo de 3m de qualquer fonte de interferência eletromagnética, como cabinas de força, máquinas de Raio X, elevadores, sistemas irradiantes; localização próx. ao centro geográfico do prédio e de utilização exclusiva; dimensões mínimas: 3,00 m x 4,00 m ou 12 m²; livre de infiltração de água; ambiente com porta e de acesso restrito; temperatura entre 18 e 24 C com umidade relativa entre 30% e 55%; iluminação com no mínimo 540 lux com circuito elétrico independente; piso composto de material antiestático; alimentação elétrica com circuitos dedicados direto do distribuidor principal com instalação de quadro de proteção no local; Instalar tomadas elétricas a cada 1,5m com as seguintes características: tripolares (2P+T) de 127 VAC, com aterramento; proteção da rede elétrica por disjuntor de no mínimo 20A; dissipação mínima de 7.000 BTU/h. 14

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 5.3.3 Cabeamento backbone Sistema de cabos de alta velocidade que interligam as diversas áreas do padrão, como entre a entrada do prédio e os armário de telecomunicações, 2 prédios, os andares do edifício, etc. Pode-se dizer que a função básica dos cabos verticais ou backbone cabling é interligar todos os armários de telecomunicação instalados nos andares de um edifício comercial (backbone cabling) ou vários edifícios comerciais (campus backbone), onde também serão interligadas as facilidades de entrada (entrance facilities). A topologia adotada para os Cabos Verticais é a Estrela. Os principais fatores a serem considerados quando de dimensionamento dos cabos verticais são: Quantidade de área de trabalho; Quantidade de armários de telecomunicações instalados; Tipos de serviços disponíveis; Nível de desempenho desejado. Os cabos homologados na norma EIA/TIA 568A para utilização como Backbone são: Cabo UTP de 100 Ohms (22 ou 24 AWG): 800 metros para voz (20 a 300 MHz); 90 metros para dados (Cat. 3,4 e 5). Cabo STP (par trançado blindado) de 150 Ohms: 90 metros para dados. Fibra óptica multimodo de 62,5/125 µm em conformidade com o padrão EIA 492- AAAA: 2.000 metros para dados. Fibra óptica monomodo de 8,5/125 µm em conformidade com o padrão EIA 492- BAAA: 3.000 metros para dados. O subsistema de Cabeamento Backbone define, também, outros requisitos de projeto, tais como: Topologia em estrela; Não possuir mais de dois níveis hierárquicos de conectores de cruzamento ( crossconnect); Os cabos que ligam os cross-connect não podem ultrapassar 20 metros; Evitar instalações em áreas onde existam interferências eletromagnéticas e rádio freqüência; As instalações devem ser aterradas seguindo a norma EIA/TIA 607. 15

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado O uso de cabeamento óptico, devido principalmente a diferenças entre os aterramentos dos prédios. Cabo metálico Cabo óptico Prédio A 1,2 Ω 0,7 Ω 1,2 Ω 0,7 Ω Prédio B Prédio A Prédio B 16

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 5.3.4 Armários de telecomunicações (Telecommunications Closets) Terminação dos cabos do sistema de distribuição secundário. Ponto de transição do cabeamento principal e o secundário. Mais definido no padrão EIA/TIA 569. É onde ficam alojados os hubs, switchs, concentradores, bridges, etc. Não há limite no número destes por implementação. O hardware de conexão deve ser protegido contra o manuseio indevido por parte de pessoas não autorizadas, para que isto não aconteça, instala-se todos os hardwares de conexão, suas armações, racks, e outros equipamentos em uma sala destinada para esta função locada em cada andar, esta sala é chamada de armário de telecomunicação (telecommunication closet). Um armário de telecomunicações deve ser instalado levando-se em conta algumas premissas: Quantidade de áreas de trabalho; Disponibilidade de espaço no andar; Instalação física. São geralmente áreas ( salas ou estruturas de armários ) que servem a um pavimento ou a regiões (1500 m²) de um andar em uma edificação. Restrições na distância máxima dos cabos secundários podem levar a existência de um ou mais Armários de Telecomunicações em um mesmo andar. A topologia é baseada no modelo estrela. Equipamentos ativos, podem ou não serem instalados. Área Servida pelo AT: menor que 100 m² Quadro externo: Subrack ou Bracket com no mínimo 4 UA Subrack ou Bracket Entre 100 e 500 m² Sala 3,00 x 2,20 m: Rack aberto de min. 12 UA prof. útil 470 mm; Entre 500 e 800 m² Sala 3,00 x 2,80 m: Rack aberto de min. 24 UA prof. útil 470 mm; Maior que 800 m² Sala 3,00 x 3,40 m: Rack aberto de min. 40 UA prof. útil 470 mm. 17

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado Rack aberto Entre 100 e 500 m²: Rack fechado de min. 12 UA prof. útil 470 mm Entre 500 e 800 m²: Rack fechado de min. 24 UA prof. útil 470 mm Maior que 800 m²: Rack fechado de min. 40 UA prof. útil 470 mm Rack fechado 18

Unisul Tecnologia de Redes Cabeamento Estruturado 5.3.5 Cabeamento horizontal (Horizontal Cabling) É a parte do sistema de cabeamento estrutura que contém a maior quantidade de cabos instalados. São os cabos que estende-se da tomada de telecomunicação instalada na área de trabalho até o armário de telecomunicação. É chamado de horizontal devido aos cabos correrem no piso, suspensos ou não, em dutos ou canaletas. Custos de instalação sistema de cabeamento secundário é maior. Suporta uma larga faixa de aplicações. Recomenda-se o emprego de cabos metálicos, quando possível, materiais de excelente qualidade, e de desempenho superior (categoria 6). Cordão Adaptador usado no rack (Patch Cord) Cordão de cabo UTP, de categoria 5e (enhanced ) ou superior, composto de fios ultraflexíveis (fios retorcidos) com conectores RJ45 macho nas extremidades. Função - Interligar, dois painéis de conexão ou um painel e um equipamento ativo. Facilitar as manobras de manutenção ou de alterações de configuração. A montagem dos pinos deve obedecer à codificação T568-B. Os componentes (cabo e conectores) devem atender à especificação da TIA/EIA 568- B. A distância máxima prevista para um cabo adaptador é de 5 metros. Painel de Distribuição Principal ou Secundário 19