Abril S.A. e empresas controladas



Documentos relacionados
Fundação Amazonas Sustentável Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2008 e parecer dos auditores independentes

Eólica Faísa V Geração e Comercialização de Energia Elétrica S.A.

RBS Participações S.A. e empresas controladas

Guararapes Confecções S.A. e Controladas

Serviço Funerário Bom Pastor Ltda ME Demonstrações contábeis findas em 31 de dezembro de 2014

Banco Volkswagen S.A. Demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2013 e relatório dos auditores independentes

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ CEMEPE INVESTIMENTOS SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

FUNDAÇÃO DE APOIO AO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS FACPC. Relatório dos auditores independentes

Fertilizantes Heringer S.A. Demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com o IFRS em 31 de dezembro de 2011

BETAPART PARTICIPAÇÕES S.A. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E DE Página 1 de 16

Raízen Combustíveis S.A. Índice

SUR REDE UNIVERSITÁRIA DE DIREITOS HUMANOS

Instituto Odeon - Filial Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012 e relatório de revisão dos auditores independentes


1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ TOTVS S/A / CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS ORIENTAÇÃO OCPC 01 (R1) Entidades de Incorporação Imobiliária

Inepar Telecomunicações S.A. Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2008 e 2007

TRX Securitizadora de Créditos Imobiliários S.A.

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012

BR Towers SPE1 S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012 e relatório dos auditores independentes

Empresa Concessionária de Rodovias do Sul S.A. - ECOSUL

Altus Sistemas de Automação S.A. Demonstrações financeiras e relatório dos auditores independentes em 31 de dezembro de 2014

Banco BMG S.A Demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatórios financeiros (IFRS) em 31 de dezembro de

Alcoa Alumínio S.A. Demonstrações financeiras consolidadas e individuais em 31 de dezembro de 2011 e relatório dos auditores independentes

Demonstrações Financeiras Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração - ABM

Lojas Americanas S.A.

ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis

ABC Aberta S.A.

Even Construtora e Incorporadora S.A. e Controladas

Ativo Passivo e patrimônio líquido

Rodobens Locação de Imóveis Ltda.

Deliberação CVM nº 561 (DOU de 22/12/08)

PANATLANTICA SA /

Positivo Informática S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2014 e relatório dos auditores independentes.

Demonstrações Contábeis Consolidadas em IFRS 31 de dezembro de 2014

Demonstrações financeiras consolidadas em IFRS

Lorenge S.A. Participações

Abril Educação S.A. Informações Pro Forma em 31 de dezembro de 2011

Biosev Bioenergia S.A.

IAS 38 Ativos Intangíveis

Demonstrações Financeiras Estácio Participações S.A.

ATIVO IMOBILIZADO

ITR - Informações Trimestrais - 31/03/ CEMEPE INVESTIMENTOS SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

A Sede Social da Companhia está localizada na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1455 Itaim Bibi - Cep: São Paulo/SP

CYRELA BRAZIL REALTY S.A. EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES

Companhia de Marcas e Controladas

Demonstrações Financeiras Yuny Incorporadora S.A. 31 de dezembro de 2013 e 2012 com Relatório dos Auditores Independentes

(c) atividade de prestação de serviços e comercialização de equipamentos de monitoramento eletrônico de sistemas de proteção patrimonial; e

ITR - Informações Trimestrais - 31/03/ BRASIL BROKERS PARTICIPAÇÕES SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

DELIBERAÇÃO CVM Nº 547, DE 13 DE AGOSTO DE 2008

Banco Fator S.A. Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS

Demonstrações Financeiras Concessionária Ecovias dos Imigrantes S.A.

Demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2013 e 2012

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ DOMMO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

Basel Participações S.A.

IBRACON NPC nº 25 - CONTABILIZAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONSTRIBUIÇÃO SOCIAL

Demonstrações financeiras IFRS em 31 de dezembro de 2013 e 2012

Empresa Brasileira de Agregados Minerais Demonstrações financeiras intermediárias em 31 de março de 2015 e relatório de revisão

Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. BDMG

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCICIO DE 2013 (Valores expressos em R$ mil)

Demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2013

Demonstrações Financeiras Arezzo Indústria e Comércio S.A.


RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO. Exercício de Exercício de 2010

ASSOCIAÇÃO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DOS EMPREGADOS DA COPASA COPASS SAÚDE

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.409/12. Aprova a ITG 2002 Entidade sem Finalidade de Lucros.

1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ SARAIVA S.A. LIVREIROS EDITORES / CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis

Demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2014

Relatório dos auditores independentes. Demonstrações contábeis Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO ALIANÇA COOPERNITRO C.N.P.J. n.º /

Demonstrações financeiras em 30 de abril de 2011 e 2010

Demonstrações Contábeis Cimento Tupi S.A. e Empresas Controladas

Rossi Residencial S.A.

Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S.A. Demonstrativo das mutações do ativo imobilizado em 31 de dezembro de 2011

Proposta da Administração. Indústrias Romi S.A. CNPJ/MF /

Relatório dos Auditores Independentes Relatório do Comitê de Auditoria Demonstração Consolidada do Resultado... 5

TREVISA INVESTIMENTOS S.A. Demonstrações contábeis Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

DELIBERAÇÃO CVM Nº 534, DE 29 DE JANEIRO DE 2008

Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2013 e 2012

Deutsche Bank S.A. - Banco Alemão. Demonstrações financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2012 e 2011

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis

Notas explicativas da administração às Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2011 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

TAM S.A. TAM S.A e suas controladas Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas em 31 de março de 2014 e relatório dos auditores

LDC-SEV Bioenergia S.A. e Controladas

Direcional Engenharia S.A. 1. Contexto operacional

Cielo S.A. (anteriormente denominada Companhia Brasileira de Meios de Pagamento) e Controladas

Companhia Hispano- Brasileira de Pelotização - HISPANOBRAS Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013

Cerradinho Holding S.A. e Controladas

Demonstrações Financeiras Arezzo Indústria e Comércio S.A.

Dommo Empreendimentos Imobiliários S.A.

Demonstrações contábeis ECTE - Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A.

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras

Deutsche Bank S.A. - Banco Alemão. Demonstrações financeiras Consolidadas em IFRS em 31 de dezembro de 2012 e 2011

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012, de 2011 e de 2010

Informações trimestrais ITR Trimestre findo em 30 de junho de 2015

Demonstrações Financeiras Brasmotor S.A. 31 de dezembro de 2010 com Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras

Transcrição:

Abril S.A. e empresas controladas DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2010 e Relatório dos Auditores Independentes 1

Abril S.A. e empresas controladas DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2010 e Relatório dos Auditores Independentes Í N D I C E Página Relatório da Administração 1 3 Balanços patrimoniais 4 5 Demonstrações do resultado 6 Demonstrações do resultado abrangente 7 Demonstrações das mutações no patrimônio líquido 8 Demonstrações dos fluxos de caixa 9 10 Demonstrações do valor adicionado 11 Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras 12 85 Conselho de administração e diretoria 86 Relatório dos Auditores independentes 87-89 2

Relatório da Administração Senhores Acionistas, Em cumprimento às determinações estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas. as Demonstrações Financeiras da Abril S.A. para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010. Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. São Paulo, 30 de março de 2011. A Administração 1

BALANÇOS PATRIMONIAIS (valores expressos em milhares de reais) A T I V O Controladora Consolidado 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 CIRCULANTE: Caixa e equivalentes de caixa (nota 6) 10 35 15.986 357.357 687.048 798.312 Contas a receber de clientes (nota 7) 499 453 561 534.632 500.863 544.783 Estoques (nota 8) - - - 103.074 243.838 311.189 Impostos a compensar (nota 9) 14.237 13.663 12.971 79.091 91.526 68.123 Dividendos a receber (nota 29) 53.236 28.889 18.516-312 - Adiantamentos a fornecedores e outros (nota 10) 1.784 318 2.606 37.666 33.237 28.521 Total do circulante 69.766 43.358 50.640 1.111.820 1.556.824 1.750.928 NÃO CIRCULANTE: REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Empréstimos e outros créditos com partes relacionadas (nota 29) 95.235 60.482 94.614 194.486 94.635 94.450 Contas a receber de clientes (nota 7) - - - 17.178 3.835 22.010 Impostos a compensar (nota 9) - - - 6.197 13.600 8.610 Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 17) - - - 100.967 108.434 158.877 Depósitos judiciais (nota 18) - - - 71.672 58.679 48.233 Adiantamentos a fornecedores e outros (nota 10) - - - 3.447 - - 95.235 60.482 94.614 393.947 279.183 332.180 INVESTIMENTOS (nota 11) 640.847 636.325 562.453 155 6.084 13 INTANGÍVEL (nota 12) - - - 364.153 306.893 273.273 IMOBILIZADO (nota 13) - - - 340.833 285.975 276.824 Total do não circulante 736.082 696.807 657.067 1.099.088 878.135 882.290 Total do ativo 805.848 740.165 707.707 2.210.908 2.434.959 2.633.218 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 2

BALANÇOS PATRIMONIAIS (valores expressos em milhares de reais) PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Controladora Consolidado 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 CIRCULANTE: Fornecedores e outras contas a pagar (nota 14) 27.967 367 4.530 625.769 637.270 877.104 Empréstimos, financiamentos e debêntures (nota 15) - - - 174.457 155.870 218.632 Impostos e contribuições a pagar (nota 16) 785 85 607 95.870 42.885 74.862 Dividendos a pagar (nota 20.4) - 101.921-308 102.519 - Assinaturas de revistas - - - 239.133 197.031 173.677 Total do circulante 28.752 102.373 5.137 1.135.537 1.135.575 1.344.275 NÃO CIRCULANTE: EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Empréstimos e outros débitos de partes relacionadas (nota 29) 521.334 268.871 325.886 16.107 14.223 17.041 Empréstimos, financiamentos e debêntures (nota 15) - - - 306.112 367.586 463.309 Impostos e contribuições a pagar (nota 16) 745 1.077 2.039 131.567 214.145 198.094 Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 17) 260.358 240.121 150.064 Provisão para contingências (nota 18) - - - 79.893 105.340 144.859 Programa de parceria de longo prazo (nota 29) 18.705 10.644 15.444 18.705 10.644 15.444 Provisão para perdas em operação de controladas (nota 11) 37.815 19.959 72.208 - - - Outras contas a pagar - - 9 48.228 7.733 10.442 Total do não circulante 578.599 300.551 415.586 860.970 959.792 999.253 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (nota 20): Capital social 32.778 156.964 156.964 32.778 156.964 156.964 Reserva de capital - 64.438 439.379-64.438 439.379 Reservas de reavaliação 12.660 12.485 12.392 12.660 12.485 12.392 Dividendo adicional proposto 146.504 27.344-146.504 27.344 - Reservas de lucros (prejuízos acumulados) 6.555 76.010 (321.751) 6.555 76.010 (321.751) Total do patrimônio líquido 198.497 337.241 286.984 198.497 337.241 286.984 Participação dos não controladores - - - 15.904 2.351 2.706 198.497 337.241 286.984 214.401 339.592 289.690 Total do passivo e patrimônio líquido 805.848 740.165 707.707 2.210.908 2.434.959 2.633.218 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 3

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (valores expressos em milhares de reais, exceto lucro por ação) Abril S.A. Controladora Consolidado 2010 2009 2010 2009 OPERAÇÕES CONTINUADAS Receitas (nota 23) 4-3.027.743 2.664.917 Custo das vendas (nota 24) - - (1.539.851) (1.360.450) Lucro bruto 4-1.487.892 1.304.467 Despesas com vendas (nota 24) - - (745.663) (639.444) Despesas administrativas (nota 24) (12.975) (1.719) (398.326) (350.312) Remuneração da administração (nota 29) - - (21.230) (24.733) Outras despesas(receitas), líquidas (nota 25) 3.914 (67) 5.971 (7.184) Participação nos resultados de controladas e coligadas (nota 11) 200.495 158.330-361 Resultado decorrente da adesão ao REFIS (nota 17) - 1.027 (1.909) 5.842 Lucro operacional 191.438 157.571 326.735 288.997 RESULTADO FINANCEIRO (nota 26): Receitas 4.437 1.350 79.139 104.960 Despesas (33.417) (6.743) (115.947) (126.043) Variações cambiais, líquidas (2) - 1.025 24.179 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 162.456 152.178 290.952 292.093 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (nota 27) - - (126.850) (177.779) Corrente - - (97.411) (49.166) Diferido - - (29.439) (128.613) Lucro do exercício das operações continuadas 162.456 152.178 164.102 114.314 OPERAÇÕES DESCONTINUADAS (nota 21) - - - 39.028 Lucro do exercício das operações descontinuadas - - - 39.028 Lucro líquido do exercício 162.456 152.178 164.102 153.342 ATRIBUÍVEL A Acionistas da Companhia 162.456 152.178 Participação dos não controladores 1.646 1.164 164.102 153.342 Lucro por ação do capital social (em R$) (nota 20.6) 7,1867 5,9722 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 4

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (valores expressos em milhares de reais) Abril S.A. Controladora Consolidado 2010 2009 2010 2009 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 162.456 152.178 164.102 153.342 Total do resultado abrangente do exercício 162.456 152.178 164.102 153.342 ATRIBUÍVEL A Acionistas da Companhia 162.456 152.178 Participação dos não controladores 1.646 1.164 164.102 153.342 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 5

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA CONTROLADORA E DO CONSOLIDADO (valores expressos em milhares de reais) Atribuível aos acionistas da controladora Reserva Reservas de capital de lucros Lucros Dividendo Participação dos Total do Capital Reserva Reservas de Reserva (prejuízos) adicional acionistas não patrimônio social de ágio reavaliação legal acumulados proposto Total controladores líquido SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 156.964 439.379 12.392 - (375.084) - 233.651-233.651 Efeitos dos ajustes CPCs (nota 34) 53.333-53.333 2.706 56.039 SALDOS EM 1 DE JANEIRO DE 2009 156.964 439.379 12.392 - (321.751) - 286.984 2.706 289.690 Absorção de prejuízos acumulados conforme AGE de 25/11/2009 (374.941) 374.941 - - Realização da reserva de reavaliação 141 (141) - - Imposto de renda sobre realização da reserva de reavaliação (48) 48 - - Lucro líquido do exercício 152.178 152.178 1.164 153.342 Outras movimentações de não controladores (nota 20) - (1.519) (1.519) Destinação do resultado: - Constitiuição de reserva legal 6.808 (6.808) - - - Distribuição de dividendos conforme AGE de 22/12/2009 (101.921) (101.921) (101.921) - Dividendo adicional proposto (27.344) 27.344 - - SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 156.964 64.438 12.485 6.808 69.202 27.344 337.241 2.351 339.592 Aumento de Capital AGE de 17/02/2010 (nota 20.1) 5.631 9.327 14.958 14.958 Cisão Abril Educação conforme AGE de 28/02/2010 (nota 11.5.a) (129.817) (73.765) (12.576) (216.158) (216.158) Realização da reserva de reavaliação 266 (266) - - Imposto de renda sobre realização - da reserva de reavaliação (91) 91 - Reversão da reserva legal (253) 253 - - Dividendos intermediários - AGE de 25/08/2010 (72.656) (27.344) (100.000) (100.000) Lucro líquido do exercício 162.456 162.456 1.646 164.102 Outras movimentações de não controladores (nota 20) - 11.907 11.907 Destinação do resultado: - - - Dividendo adicional proposto (146.504) 146.504 - - SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 32.778-12.660 6.555-146.504 198.497 15.904 214.401 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 6

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (valores expressos em milhares de reais) Abril S.A. Controladora Consolidado 2010 2009 2010 2009 FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Caixa gerado pelas (aplicado nas) operações (nota 28) (10.369) (11.330) 324.180 216.900 Juros pagos (1.779) 117 (64.005) (55.216) Imposto de renda e contribuição social pagos - - (86.715) 41.433 CAIXA LÍQUIDO GERADO NAS (APLICADO NAS) OPERAÇÕES (12.148) (11.213) 173.460 203.117 ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS: Aquisições de: Intangíveis - - (58.258) (38.153) Imobilizado - - (36.917) (37.609) Investimentos (32.790) (69.087) (24.887) (32.124) Recebimento (pagamento) de créditos com partes relacionadas líquidos 163.087 (63.478) (142.849) 1.889 Dividendos recebidos 115.987 128.065 - - Aquisição de controlada, líquido do caixa recebido (32.035) - (29.340) - Caixa recebido na combinação de negócios - - 4.702 - Caixa baixado na alienação de investimentos - - (17.244) - CAIXA LÍQUIDO (APLICADO NAS) GERADO PELAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS 214.249 (4.500) (304.793) (105.997) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS: Captação de empréstimos e financiamentos - - 108.072 9.998 Pagamento de empréstimos e financiamentos - - (54.384) (148.651) Dividendos pagos (201.921) - (203.368) (1.289) Pagamentos de tributos e contribuições - PAES, REFIS IV e impostos parcelados (205) (238) (48.678) (68.442) CAIXA APLICADO NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS (202.126) (238) (198.358) (208.384) REDUÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (25) (15.951) (329.691) (111.264) (+) Saldo Inicial 35 15.986 687.048 798.312 (=) Saldo Final 10 35 357.357 687.048 MOVIMENTAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (25) (15.951) (329.691) (111.264) 7

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (valores expressos em milhares de reais) Abril S.A. Controladora Consolidado 2010 2009 2010 2009 RECEITAS 4-3.316.002 2.851.276 Vendas brutas de produtos e serviços 4-3.286.286 2.878.283 Outras receitas - - 18.154 4.801 Provisão para créditos de liquidação duvidosa - - 11.562 (31.808) INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 9.026 1.781 1.938.129 1.690.422 Matérias-primas consumidas - - 204.734 233.541 Custo dos produtos e serviços vendidos - - 1.179.062 1.034.040 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 9.026 1.781 554.333 422.841 VALOR ADICIONADO BRUTO (9.022) (1.781) 1.377.873 1.160.854 RETENÇÕES - - 63.510 46.693 Depreciações e amortizações - - 63.510 46.693 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO (9.022) (1.781) 1.314.363 1.114.161 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 204.932 159.680 78.192 141.581 Participação no resultado das controladas 200.495 158.330-361 Receitas financeiras 4.437 1.350 79.139 104.960 Variação cambial ativa - - (947) (2.768) Operação descontinuada - - - 39.028 VALOR ADICIONADO TOTAL A DESTRIBUIR 195.910 157.899 1.392.555 1.255.742 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO: Pessoal e encargos - - 552.192 487.786 Remuneração direta - - 461.556 406.280 Benefícios - - 61.203 55.065 FGTS - - 29.433 26.441 Impostos, taxas e contribuições 35 (1.022) 506.851 474.430 Federais 35 5 486.866 472.551 Estaduais - - 8.151 2.703 Municipais - - 7.277 5.018 Resultado decorrente da adesão ao REFIS - (1.027) 4.557 (5.842) Remuneração de capital de terceiros 33.419 6.743 169.410 140.184 Juros 33.417 6.743 115.947 126.043 Variação cambial passiva 2 - (1.972) (26.947) Aluguéis - - 38.985 38.326 Outros - - 16.450 2.762 Remuneração de capitais próprios 162.456 152.178 164.102 153.342 Lucros retidos 62.456 50.257 62.456 50.257 Dividendos 100.000 101.921 100.000 101.921 Participação dos não controladores nos lucros - - 1.646 1.164 VALOR ADICIONADO TOTAL DISTRIBUÍDO 195.910 157.899 1.392.555 1.255.742 As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 8

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS REFERENTES AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Abril S.A. ( Companhia ) é uma sociedade anônima com sede em São Paulo, Estado de São Paulo. Sua controladora é a Ativic S.A. e, em conjunto com as sociedades controladas, compartilha as estruturas e os custos corporativos, gerenciais e operacionais. A Companhia e suas controladas têm como atividade a participação em empresas, principalmente aquelas que exploram o ramo de comunicações; a atuação nas atividades editorial e gráfica, compreendendo a edição, impressão, distribuição e venda de revistas, anuários, guias e publicações técnicas; na internet como provedor de conteúdo, acesso, venda de publicidade e produtos; em empresas que atuam na produção, aquisição, licenciamento, distribuição, importação e exportação de programas de televisão, próprios ou de terceiros, prestação de demais serviços relacionados com sistemas para transmissão, recepção e distribuição de sinais e programas de televisão; no serviços de organização e promoção de exposições, feiras, na exploração e comercialização de propaganda e publicidade. A emissão dessas demonstrações financeiras foi autorizada pelo Conselho de Administração em 29 de março de 2011. 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas estão definidas abaixo. Essas políticas vêm sendo aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados. 2.1. Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas para refletir o custo atribuído de terrenos e edificações na data da transição para IFRS/CPCs e também ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos, quando aplicável) mensurados a valor justo contra o resultado do exercício. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis da Companhia. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas, estão divulgadas na nota 3. 9

2.1.a Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs). As demonstrações financeiras consolidadas também foram preparadas e estão sendo apresentadas de acordo com os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras - International Financial Reporting Standards (IFRS) - emitidos pelo International Accounting Standards Board. Anteriormente, a Companhia elaborou demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o IFRS em 31 de dezembro de 2009. Em linha com o disposto no Pronunciamento CPC 37 (R1) Adoção inicial das normas internacionais de contabilidade e no Pronunciamento CPC 43 (R1) Adoção inicial dos pronunciamentos técnicos CPC 15 a 41, a Companhia adotou os saldos anteriormente existentes em IFRS na preparação de suas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as CPCs. Adicionalmente, efetuou a transposição dos ajustes em suas demonstrações financeiras individuais, de forma a obter o mesmo patrimônio líquido das demonstrações financeiras consolidadas. As principais diferenças entre as práticas contábeis adotadas anteriormente no Brasil (BR GAAP antigo) e CPCs/IFRS, incluindo as reconciliações do patrimônio líquido e do resultado abrangente, estão descritas na nota 34.4. 2.1.b Demonstrações financeiras individuais 2.2. Consolidação As demonstrações financeiras individuais da controladora foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e são publicadas juntamente com as demonstrações financeiras consolidadas. 2.2.a Demonstrações financeiras consolidadas As seguintes políticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas. Controladas Controladas são todas as entidades nas quais a Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante). A existência e o efeito de possíveis direitos a voto atualmente exercíveis ou conversíveis são considerados quando se avalia se a Companhia controla outra entidade. As controladas são totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A consolidação é interrompida a partir da data em que o controle termina. 10

A Companhia usa o método de contabilização da aquisição para contabilizar as combinações de negócios. A contraprestação transferida para a aquisição de uma controlada é o valor justo dos ativos transferidos, passivos incorridos e instrumentos patrimoniais emitidos pela Companhia. A contraprestação transferida inclui o valor justo de algum ativo ou passivo resultante de um contrato de contraprestação contingente quando aplicável. Custos relacionados com aquisição são contabilizados no resultado do exercício conforme incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos em uma combinação de negócios são mensurados inicialmente pelos valores justos na data da aquisição. A Companhia reconhece a participação não controladora na adquirida, tanto pelo seu valor justo como pela parcela proporcional da participação não controlada no valor justo de ativos líquidos da adquirida. A mensuração da participação não controladora a ser reconhecida é determinada em cada aquisição realizada. O excesso da contraprestação transferida e do valor justo na data da aquisição de qualquer participação patrimonial anterior na adquirida em relação ao valor justo da participação da Companhia de ativos líquidos identificáveis adquiridos é registrada como ágio (goodwill). Transações entre companhias, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas do grupo são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das controladas são alteradas quando necessário para assegurar a consistência com as políticas adotadas pela Companhia. Coligadas Coligadas são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem influência significativa, mas não o controle, geralmente em conjunto com uma participação acionária de 20% a 50% dos direitos de voto. Os investimentos em coligadas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo. O investimento da Companhia em coligadas inclui o ágio identificado na aquisição, líquido de qualquer perda por impairment acumulada. Ver nota 2.13 sobre impairment de ativos não financeiros, incluindo ágio. A participação da Companhia nos lucros ou prejuízos de suas coligadas pósaquisição é reconhecida na demonstração do resultado. Quando a participação da Companhia nas perdas de uma coligada for igual ou superior a sua participação na coligada, incluindo quaisquer outros recebíveis, a Companhia não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da coligada. Os ganhos não realizados das operações entre a Companhia e suas coligadas são eliminados na proporção da participação da Companhia nas coligadas. As perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das coligadas foram alteradas, quando necessário, para assegurar consistência com as políticas adotadas pela Companhia. 11

Se a participação acionária na coligada for reduzida, mas for retida influência significativa, somente uma parte proporcional dos valores anteriormente reconhecidos em outros resultados abrangentes será reclassificada no resultado, quando apropriado. Os ganhos e as perdas de diluição em participações em coligadas, quando ocorrem, são reconhecidos na demonstração do resultado. 2.2.b Demonstrações financeiras individuais Nas demonstrações financeiras individuais as controladas são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial. Os mesmos ajustes são feitos tanto nas demonstrações financeiras individuais quanto nas demonstrações financeiras consolidadas para chegar ao mesmo resultado e patrimônio líquido atribuível aos acionistas da controladora. No caso da Companhia, as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicadas nas demonstrações financeiras individuais diferem do IFRS aplicável às demonstrações financeiras separadas, apenas pela avaliação dos investimentos em controladas pelo método de equivalência patrimonial, enquanto conforme IFRS seria custo ou valor justo. 2.3. Apresentação de informação por segmentos As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é o Conselho de Administração responsável inclusive pela tomada das decisões estratégicas da Companhia. 2.4. Conversão de moeda estrangeira (a) Moeda funcional e moeda de apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da Companhia e suas controladas são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua ("a moeda funcional"). As demonstrações financeiras consolidadas estão apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia e, também, a moeda de apresentação da Companhia. (b) Transações e saldos As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes das liquidações dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos nas demonstrações do resultado. 12

Os ganhos e perdas cambiais relacionados com empréstimos, caixas e equivalentes de caixa são apresentados nas demonstrações do resultado como receita ou despesa financeira. Todos os outros ganhos e perdas cambiais são apresentados como Outras despesas líquidas. 2.5. Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de três meses, ou menos e com risco insignificante de mudança de valor. 2.6. Ativos financeiros e títulos e valores mobiliários Classificação e mensuração: A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: a) mensurados ao valor justo através do resultado, b) empréstimos e recebíveis e c) ativos mantidos até o vencimento, não existindo, nas presentes demonstrações financeiras instrumentos disponíveis para venda e instrumentos financeiros derivativos. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. a) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Os ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são aqueles mantidos para negociação ativa e frequente. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são apresentados na demonstração do resultado em "resultado financeiro" no período em que ocorrem, a menos que o instrumento tenha sido contratado em conexão com outra operação. Neste caso, as variações são reconhecidas na mesma linha do resultado afetada pela referida operação. b) Empréstimos e recebíveis Incluem-se nesta categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não-derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e não cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não-circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem os empréstimos à controladas, contas a receber de clientes, demais contas a receber e caixa e equivalentes de caixa, exceto os investimentos de curto prazo. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva. 13

c) Ativos mantidos até o vencimento São basicamente os ativos financeiros que não podem ser classificados como empréstimos e recebíveis, por serem cotados em um mercado ativo. Neste caso, os ativos financeiros são adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do exercício. Valor justo Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor justo através de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções que fazem o maior uso possível de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela Administração da própria entidade. 2.7. Impairment de ativos financeiros Ativos mensurados ao custo amortizado A Companhia avalia no final de cada exercício se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável. Os critérios que o a Companhia e suas controladas usam para determinar se há evidência objetiva de uma perda por impairment incluem: (i) dificuldade financeira relevante do emissor ou devedor; (ii) uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal; (iii) a Companhia e suas controladas, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador de empréstimo, garante ao tomador uma concessão que o credor não consideraria; (iv) torna-se provável que o tomador declare falência ou outra reorganização financeira; (v) o desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às dificuldades financeiras. 14

Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado. 2.8. Contas a receber de clientes As contas a receber referem-se substancialmente a veiculação de publicidade, serviços gráficos, assinaturas e venda de produtos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída com base, na análise do nível de perdas históricas e no conhecimento e acompanhamento da situação individual de seus clientes, sendo considerada suficiente para fazer face as eventuais perdas na realização dos créditos (nota 7). 2.9. Estoques Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou da produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização e, quando aplicável, reduzido por provisão para obsolescência e para redução ao valor de mercado (nota 8). As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação. A Companhia e suas controladas efetuaram provisão para perdas para os produtos acabados e matérias-primas com baixa utilização. Tal provisão é constituída com base em percentual pelo tempo de permanência dos itens nos estoques até o limite máximo de três anos, quando são totalmente provisionados como prováveis de perda. As peças de reposição de máquinas e equipamentos podem permanecer no estoque enquanto houver perspectiva de utilização, mesmo estando provisionadas. 2.10. Depósitos judiciais Os depósitos judiciais são atualizados monetariamente e apresentados como dedução do valor de um correspondente passivo constituído, quando aplicável. 2.11. Intangíveis i) Programas de computador (software) Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada (nota 12). Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwares são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos diretamente associados a softwares identificáveis e únicos, controlados pela Companhia e suas controladas e que, provavelmente, gerarão benefícios econômicos maiores que os custos por mais de um ano, são reconhecidos como ativos intangíveis. Os gastos diretos incluem a remuneração dos funcionários da equipe de desenvolvimento de softwares e a parte adequada das despesas gerais relacionadas. 15

Os gastos com o desenvolvimento de softwares reconhecidos como ativos são amortizados usando-se o método linear ao longo de suas vidas úteis, pelas taxas demonstradas na nota 12. ii) Ágio O ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago ou a pagar e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. O ágio de aquisição de controladas é registrado nas demonstrações financeiras consolidadas como ativo intangível, enquanto que nas demonstrações financeiras individuais, é registrado como investimentos a menos que a empresa adquirida tenha sido incorporada pela Companhia. Caso a Companhia apure deságio registra o montante como ganho no resultado do período, na data da aquisição. O ágio é testado anualmente para verificar prováveis perdas (impairment) e contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas por impairment, que não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma entidade incluem o valor contábil do ágio relacionado com a entidade vendida. O ágio é alocado às Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) para fins de teste de impairment. A alocação é feita para as UGCs ou para os grupos de UGC que devem se beneficiar da combinação de negócios da qual o ágio se originou, devidamente segregada, de acordo com o segmento operacional iii) Relações contratuais com clientes As relações contratuais com clientes, adquiridas em uma combinação de negócios, são reconhecidas pelo valor justo na data da aquisição. As relações contratuais com clientes têm vida útil finita e são contabilizadas pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização é calculada usando o método linear durante a vida esperada da relação com o cliente. iv) Outros ativos intangíveis Os custos com a aquisição de patentes, marcas comerciais, licenças são capitalizados e não são amortizados. Os ativos intangíveis não foram reavaliados. 2.12. Imobilizado Máquinas e equipamentos industriais, compreendem principalmente ao parque fabril utilizado na produção gráfica; terrenos e edifícios compreendem principalmente a fábricas, galpões e escritórios. São demonstrados pelo custo histórico de aquisição, acrescidos de reavaliações espontâneas efetuadas em 31 de dezembro de 2005 pelas controladas Editora Abril S.A. e Abril Gráfica Ltda., com base em laudo elaborado por empresa especializada, abrangendo tão somente seu parque gráfico, edifícios e terrenos. A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com as taxas divulgadas na nota 13. Terrenos não são depreciados. Ganhos e perdas em alienações são determinados pela comparação dos valores de alienação com o valor contábil e são incluídos no resultado. Quando os ativos reavaliados são vendidos, os valores incluídos na reserva de reavaliação são transferidos para lucros acumulados. 16

Os custos dos encargos sobre empréstimos tomados para financiar a construção do imobilizado são capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido. Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são incorridos. O custo das principais renovações é incluído no valor contábil do ativo no momento em que for provável que os benefícios econômicos futuros que ultrapassarem o padrão de desempenho inicialmente avaliado para o ativo existente fluirão para a Companhia. As principais renovações são depreciadas ao longo da vida útil restante do ativo relacionado. Conforme facultado pelo Pronunciamento CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07, a Companhia optou por manter os saldos das reavaliações até a sua plena realização. De acordo com a Deliberação CVM nº 527/07, que aprovou a CPC 01, Redução ao valor recuperável de ativos, a Companhia e suas controladas em conjunto com empresa especializada, realizou a revisão da vida útil econômica dos bens do imobilizado e registrou os efeitos desta revisão a partir de janeiro de 2009. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, não foram identificadas diferenças significativas na vida útil-econômica dos bens que integram o ativo imobilizado da Companhia e de suas controladas, consequentemente, foram utilizadas as mesmas taxas de depreciação utilizadas no exercício findo em 31 de dezembro de 2009. 2.13. Impairment de ativos não financeiros Os ativos que têm uma vida útil indefinida, não estão sujeitos à amortização e são testados anualmente para a verificação de impairment. Os ativos que estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo valor ao qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa (UGC)). Os ativos não financeiros, que tenham sofrido impairment, são revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão do impairment na data de apresentação do relatório. 2.14. Recebimentos antecipados Os recebimentos antecipados de clientes referem-se aos adiantamentos obtidos por conta de veiculação da publicidade futura e são registrados como receita quando da veiculação da publicidade. 17

2.15. Fornecedores As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano (ou no ciclo operacional normal dos negócios, ainda que mais longo). Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. Na prática, são normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente. 2.16. Empréstimos, financiamentos e debêntures Os empréstimos, financiamentos e debêntures de certas controladas são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros. As taxas pagas no estabelecimento do empréstimo são reconhecidas como custos da transação do empréstimo, uma vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo seja sacado. Nesse caso, a taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, a taxa é capitalizada como um pagamento antecipado de serviços de liquidez e amortizada durante o período do empréstimo ao qual se relaciona. Os empréstimos são classificados com o passivo circulante, a menos que a Companhia e suas controladas tenham um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. 2.17. Provisões As provisões são reconhecidas quando a Companhia e suas controladas tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita. 2.18. Assinaturas de revistas O saldo da conta assinaturas de revistas liquida-se pela produção e entrega contratada das publicações futuras e está demonstrado pelo montante líquido de valores a receber por conta de assinaturas vendidas. 18

2.19. Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos As despesas de imposto de renda e contribuição social do período compreendem aos impostos corrente e diferido, sendo reconhecidas na demonstração do resultado. O encargo de imposto de renda e contribuição social corrente é calculado com base nas leis tributárias promulgadas na data do balanço. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto de renda, a base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social. Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias e/ou prejuízos fiscais, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações. 2.20. Benefícios a funcionários (i) Obrigações de aposentadoria O plano de pensão da Companhia e de suas controladas é classificado como contribuição definida sendo que, são pagas contribuições aos planos de pensão administrado pela Abrilprev Sociedade de Previdência Privada ( AbrilPrev ) em bases compulsórias, contratuais ou voluntárias. Assim que as contribuições tiverem sido feitas, a Companhia não tem obrigações relativas a pagamentos adicionais. As contribuições regulares compreendem os custos periódicos líquidos do período em que são devidas e, assim, são incluídas nos custos de pessoal. (ii) Participação nos lucros A Companhia e suas controladas oferecem aos funcionários participação nos resultados, por meio do Superação, programa de participação nos resultados da Companhia e suas controladas vinculado ao atingimento de metas pré-estabelecidas. O reconhecimento desta participação é efetuado mensalmente e revidado quando do encerramento do exercício, momento em que o valor pode ser mensurado de maneira confiável pela Companhia. (iii) Remuneração com base em ações O programa de parceria de longo prazo prevê a venda de ações da controlada direta Beigetree Participações S.A., que detém participação direta no capital da controlada direta Editora Abril S.A., para os executivos da Companhia. 19

A Companhia, tem a obrigação de recomprar as ações concedidas aos executivos, 50% no ano seguinte ao do exercício da opção e 50% quando do término do contrato de trabalho, falecimento ou superveniência de oferta pública de ações da Companhia, sendo que estas ações não poderão ser alienadas a terceiros sem anuência prévia. Adicionalmente, o usufruto dos direitos que essas ações poderão vir a gerar serão de propriedade integral da Companhia. As ações destinadas ao programa de parceria de longo prazo poderão ser exercidas anualmente, desde que o executivo autorizado seja, na data da aquisição, funcionário ou administrador da Companhia ou das suas controladas. 2.21. Demonstrações dos resultados Reconhecimento da receita a) Receita de vendas de produtos e serviços A Companhia e suas controladas reconhecem a receita quando o valor da receita pode ser mensurado com segurança, é provável que os benefícios econômicos futuros fluirão para as entidades e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma de suas atividades. As receitas com publicidade (líquidas das bonificações de volumes), com vendas de produtos e com serviços de impressão são creditadas ao resultado quando da veiculação da propaganda, da entrega do produto e da prestação dos serviços, respectivamente. As vendas de revistas para pontos de vendas são creditadas ao resultado nas datas de circulação, líquidas da estimativa de perdas. As receitas de assinaturas de revistas são reconhecidas proporcionalmente aos exemplares entregues. A Companhia efetua operações de permuta de publicidade e sobre tais operações é aplicado o conceito de valor justo para cada contrato. b) Receita financeira A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa efetiva de juros. Custos Os custos são reconhecidos quando da veiculação da publicidade; os custos de produção são apurados pelo método de lote específico e considera preços médios das compras ou produção. Os custos dos serviços prestados são reconhecidos quando da efetiva prestação dos serviços. Os custos de produção e venda de revistas são reconhecidos conforme a data de capa de cada edição e os custos de assinaturas e distribuição de exemplares são apurados no momento da entrega aos assinantes. 2.22. Arrendamento Mercantil Arrendamentos de imobilizado nos quais a Companhia assume substancialmente os riscos e benefícios do bem, são classificados como arrendamentos financeiros. Os arrendamentos financeiros são reconhecidos como um ativo e um passivo (empréstimos com incidência de juros) por montantes iguais ao menor entre o valor justo da propriedade arrendada e o valor presente das contraprestações do arrendamento no momento inicial. A depreciação e o teste de redução ao valor de recuperação para ativos arrendados depreciáveis é a mesma utilizada para ativos depreciáveis próprios. 20

Pagamentos do contrato de arrendamento são distribuídos entre o passivo em aberto e encargos financeiros para que seja obtida uma taxa de juros constante e periódica sobre o valor remanescente da dívida. A controlada Treelog S.A. Logística e Distribuição assume substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade referente a frota de veículos de carga classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fossem uma compra financiada, reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento). Arrendamentos de ativos onde os riscos e benefícios do bem são retidos substancialmente pelo arrendatário são classificados como arrendamento operacional. Pagamentos de arrendamentos operacionais são reconhecidos no resultado em uma base linear até o encerramento do contrato. Quando um arrendamento operacional é encerrado antes da data de vencimento, qualquer pagamento a ser feito ao arrendatário a titulo de multa é reconhecido como uma despesa no período em que o contrato é encerrado. 2.23. Normas, alterações e interpretações de normas existentes que ainda não estão em vigor e não foram adotadas antecipadamente pela Companhia e suas controladas As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os períodos contábeis da Companhia e suas controladas iniciados em 1º de janeiro de 2011, ou após essa data, ou para períodos subsequentes. Todavia, não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte do Companhia. IFRS 9, "Instrumentos financeiros", emitido em novembro de 2009. Esta norma é o primeiro passo no processo para substituir o IAS 39 "Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração". O IFRS 9 introduz novas exigências para classificar e mensurar os ativos financeiros e provavelmente afetará a contabilização da Companhia para seus ativos financeiros. A norma não é aplicável até 1 de janeiro de 2013, mas está disponível para adoção prévia. A Companhia ainda avaliará o impacto total do IFRS 9. IAS 24 Revisado, "Divulgações de Partes Relacionadas", emitido em novembro de 2009. Substitui o IAS 24, "Divulgações de Partes Relacionadas", emitido em 2003. O IAS 24 (revisado) é obrigatório para períodos iniciando em ou após 1 de janeiro de 2011. Aplicação prévia, no todo ou em parte, é permitida. A norma revisada esclarece e simplifica a definição de parte relacionada e retira a exigência de entidades relacionadas com o governo divulgarem detalhes de todas as transações com o governo e outras entidades relacionadas do governo. A Companhia aplicará a norma revisada a partir de 1 de janeiro de 2011. Quando a norma revisada é aplicada, a Companhia precisará divulgar quaisquer transações entre suas controladas e coligadas. A Companhia está atualmente avaliando o impacto do IAS 24. 21

O IFRIC 19, "Extinção dos Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais" está em vigor desde 1 de julho de 2010. A interpretação esclarece a contabilização por parte de uma entidade quando os prazos de um passivo financeiro são renegociados e resultam na emissão pela entidade dos instrumentos patrimoniais a um credor da entidade para extinguir todo ou parte do passivo financeiro (conversão da dívida). Isso requer que um ganho ou perda seja reconhecido no resultado, que é mensurado como a diferença entre o valor contábil do passivo financeiro e o valor justo dos instrumentos patrimoniais emitidos. Se o valor justo dos instrumentos financeiros emitidos não puder ser mensurado de maneira confiável, os instrumentos patrimoniais devem ser mensurados para refletir o valor justo do passivo financeiro extinto. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras da Companhia ou das controladas. 2.24. Interpretações e alterações de normas existentes que ainda não estão em vigor e não são relevantes para as operações da Companhia e suas controladas As interpretações e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os períodos contábeis da Companhia iniciados em 1 de janeiro de 2011, ou após essa data, ou para períodos subsequentes. Entretanto, não são relevantes para as operações da Companhia e suas controladas. Apresentamos a seguir uma lista de normas/interpretações emitidas e que estão em vigor para períodos após 1 o de janeiro de 2011. Normas / Interpretações Alteração no IAS 32, "Instrumentos Financeiros: Apresentação - Classificação dos Direitos de Ações" Alteração no IFRS 1 - "Primeira Adoção de IFRS - Isenção Limitada a Partir das Divulgações Comparativas do IFRS 7 Para as Entidades que Fazem a Adoção pela Primeira Vez" Alteração ao IFRIC 14, IAS 19 - "Limite de Ativo de Benefício Definido, Exigências Mínimas de Provimento de Recursos (funding) e sua Interpretação" 2.25. Aprimoramentos aos IFRS em 2011 As alterações geralmente são aplicáveis para períodos anuais iniciando após 1º de janeiro de 2011, a não ser que seja indicado de outra forma. A aplicação antecipada, embora permitida pelo IASB, não está disponível no Brasil. Abaixo resumo dos pronunciamentos a serem aplicados. 22

IFRS 1 IFRS 3 IFRS 7 IAS 1 IAS 27 IAS 34 IFRIC 13 - "Primeira Adoção das Normas Internacionais de Contabilidade" Pronunciamentos (i) Mudanças na política contábil no ano da adoção (ii) Base de reavaliação como custo atribuído (deemed cost) (iii) Uso do custo estimado para operações sujeitas a preços regulados (por exemplo, concessionárias de de de serviços públicos) - "Combinações de Negócios" (i) (ii) (iii) Exigências de transição para contraprestação contingente a partir de uma combinação de negócios que ocorreu antes da data da entrada em vigor do IFRS do IFRS revisado Mensuração de participações não controladoras Concessões de pagamentos com base em ações não substituídos ou substituídos voluntariamente - "Instrumentos Financeiros" - "Apresentação das Demonstrações Financeiras" - "Demonstrações Financeiras Consolidadas e separadas" - "Apresentação de Relatórios Financeiros Intermediários" - "Programas de Fidelização de Clientes" 3. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias, as quais estão destacadas a seguir: a) Perda (impairment) estimada do ágio Anualmente, a Companhia testa eventuais perdas (impairment) no ágio, de acordo com a política contábil apresentada na nota 2.13. Os valores recuperáveis de Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) foram determinados com base em cálculos do valor em uso, efetuados com base em estimativas (nota 12). b) Receitas de permuta e publicidade Conforme mencionado na nota 2.21, algumas controladas da Companhia efetuam operações de permuta de publicidade e sobre tais operações é aplicado o conceito de valor justo para cada contrato. Uma vez que, conforme Pronunciamento CPC 30 Receitas, a receita proveniente de transação de permuta que envolva publicidade não pode ser medida de forma confiável pelo valor justo dos serviços de publicidade recebidos, a Administração utiliza experiência histórica e estimativas para determinar o valor justo dos serviços entregues. 23