Necessidades da Operação Logística Moderna e Especificações de Piso. 1º Seminário Anual de Pisos e Revestimentos de Alto Desempenho



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Transcrição:

Necessidades da Operação Logística Moderna e Especificações de Piso 1

1 Necessidades da Operação Logística Moderna - Pisos A Logística Moderna impõe métodos de movimentação e armazenagem de produtos com velocidade e flexibilidade compatíveis com a velocidade da informação. O piso é a plataforma de trabalho da operação logística e tem de ser adequado as condições da operação. Os novos equipamentos e as maiores alturas e densidades de armazenagem exigem pisos com projeto e execução de qualidade, mais planos e mais resistentes à abrasão. A automatização crescente dos veículos de movimentação e armazenagem deverá levar a novos requisitos específicos nos pisos e operação. Esta apresentação procura mostrar alguns caminhos para se obter pisos adequados ao desempenho das novas operações logísticas com sucesso e alguns obstáculos a suplantar. 2

1 Necessidades da Operação Logística Moderna - Pisos Caso 1 C. D. com sistema de armazenagem de corredor estreito em 4 níveis (5,20m) 3

1 Necessidades da Operação Logística Moderna - Pisos Caso 1 Os pisos têm de ser adaptados às necessidades da operação 4

1 Necessidades da Operação Logística Moderna - Pisos Caso 2 Armazenagem e Movimentação com Carros Automáticos 5

2 Sistema de Armazenagem e Movimentação: Componentes Componentes do Sistema Integrado Prateleiras de Armazenagem Equipamentos de Transporte (Empilhadeiras, Transportadores, Carrinhos, Carros Automáticos (AGVs), Outros); Hardware; Software; WMS Equipamentos de Comunicação; Piso de Concreto. 6

3 Tendências Mundiais dos Sistemas Logísticos & os Pisos Impacto Tendência Equipamentos Pisos 1) Maior aproveitamento da cubagem: - Maior altura dos edifícios; - Corredores estreitos; - Ciclo mais curto de atendimento dos pedidos; - Menor custo por pedido. 2)Desempenho rápido: - Controles Automáticos de posição, altura e direção; - Mudanças automáticas; - Maior velocidade Horizontal & Vertical. 3)Garantia mais longa - Maiores alturas; - Menos manutenção. - Empilhadeiras mais pesadas - Rodas duras - Tração elétrica - Empilhadeira Tri-Lateral - Transelevador - Porta- paletes com montagem de precisão. - Estruturas com montagem de precisão; - Uso de fio guia; - Ausência de vibração; - Mais automação. - Maior capacidade de carga - Maior resistência ao desgaste - Planicidade Alta (definida) - Juntas protegidas - Planicidades altas (> 50 F F ); - Juntas protegidas das rodas duras; - Empenamentos corrigidos. - Lubrificação permanente - Pisos de planicidade alta (>100 F F Superflat). 7

4 Necessidades dos Pisos na Logística Moderna I - Geral O piso de concreto tem de atender às necessidades funcionais do sistema de armazenagem e movimentação específico. Algumas necessidades: Cargas sobre o piso; Necessidades de Tráfego; Necessidades Geométricas; Resistência a agentes químicos. 8

4 Necessidades dos Pisos na Logística Moderna II Cargas Sobre os Pisos Industriais A taxa média (quilos por m2) usada em construção civil é insuficiente para definir as características do piso industrial necessário à operação logística; Devem ser avaliados todos os tipos de carga; Cargas Distribuídas (Ex.: Paletes e Cargas Blocadas); Cargas Pontuais (Ex.: Pés dos Porta-Paletes); Cargas Dinâmicas (Ex.: Rodas dos Veículos). Os pisos apoiados sobre solo são dimensionados por curvas experimentais obtidas da operação de rodovias nos U.S. 9

4 Necessidades dos Pisos na Logística Moderna III Cargas Sobre os Pisos Industriais (Distribuídas) 10

4 Necessidades dos Pisos na Logística Moderna III Cargas Sobre os Pisos Industriais (Dinâmicas) 11

5 - Necessidades de Tráfego I Resistência ao Desgaste (Abrasão) 1 Pisos e Rodas sofrem desgastes durante movimentação dos veículos. 2 Grau de desgaste depende dos materiais e cargas envolvidos e intensidade de tráfego. Exemplos: 3 Veículos Elétricos usam rodas duras de poliuretano que desgastam mais os pisos e atacam as juntas sem proteção adequada. 4 - Classificação dos tipos de piso segundo a ABNT NBR 11801 (Desgaste 1.000m): GRUPO A: Desgaste até 0,8mm (cargas pesadas, rodas rígidas) GRUPO B: Desgaste entre 0,8mm e 1,6mm (cargas médias, rodas rígidas) GRUPO C: Desgaste entre 1,6mm e 2,4mm (cargas leves, rodas macias) 12

5 Necessidades de Tráfego II Resistência ao Desgaste (Abrasão) - Veículos Empilhadeira Elétrica Tri-Lateral 13

5 Necessidades de Tráfego II Resistência ao Desgaste (Abrasão) - Veículos Carro de Direção Automática (AGV) 14

5 Necessidades de Tráfego II Resistência ao Desgaste (Abrasão) - Veículos Transpaleteira Manual 15

5 Necessidades de Tráfego III Proteção das Juntas de Piso As juntas são descontinuidades do piso criadas por necessidades do processo de construção ou para aliviar tensões e permitir movimentação do piso, sem fissuras desordenadas; A experiência mostra que as juntas, estrategicamente distribuídas e convenientemente tratadas podem ser mais duráveis que o próprio piso de concreto e não apresentam danos à operação; A ausência ou má escolha do tratamento de juntas leva à deterioração dos pisos; A proteção com elastômeros de dureza baixa é deficiente para áreas de tráfego com rodas duras, inclusive carrinhos manuais. Esta proteção deve ser feita com epóxi de dureza Shore A80 (ACI 302/5.12 - American Concrete Institute). 16

5 Necessidades de Tráfego III Proteção das Juntas de Piso Solução Inadequada Roda Carga Estágios da quebra Separação entre a resina e o concreto, devida a deterioração das bordas, causada pelas rodas rígidas Junta com Elastômero Elastômeros Cedem sob carga Não protegem as bordas Não resistem a impactos Corpo de apóio de borracha 17

5 Necessidades de Tráfego III Proteção das Juntas de Piso Sistema Adequado RODA Rigidez para proteger as bordas Resiliente para absorver o impacto Não necessita primer Toda profundidade Fácil instalação Se ocorrer a retração, a separação provavelmente será de um lado só da junta Boa resistência à abrasão A ausência de uma ligação estrutural, permite a separação no caso de ocorrerem tensões O preenchimento de toda a profundidade elimina a possibilidade da resina ceder quando submetida às cargas dos veículos Junta com MM-80 18

5 Necessidades de Tráfego III Proteção das Juntas de Piso Princípios Básicos e Preparação Três Princípios Básicos: Prevenção das quebras das juntas. 1 Restabelecer a continuidade da superfície; 2 Proteger os cantos da junta; 3 Não unir rigidamente as paredes das juntas. Restaura a integridade da Superfície Protege os cantos contra impactos e cargas elevadas Permite o alívio das tensões de separação, caso o piso se retraia e a junta se abra MM-80 Epóxi Junta com MM-80 19

5 Necessidades de Tráfego III Proteção das Juntas de Piso JointSaver (Lábios Poliméricos Trinca interna Laminante JointSaver Junta típica preenchida com Epóxi Aderência entre o concreto e o epóxi evita novas trincas Trinca por retração (induzida) SEÇÃO TRANSVERSAL DO REPARO COM JointSaver Nas Juntas Epóxi típicas as quebras das bordas voltam a ocorrer Trinca por retração (induzida) SEÇÃO TRANSVERSAL DE UM REPARO CONVENCIONAL Junta com JointSaver 20

5 Necessidades de Tráfego III Proteção das Juntas de Piso Plano de Juntas Típico Caso Prático 21

6 Necessidades Geométricas I Concordância do Piso com Porta-Paletes Paletes Os pisos devem enquadrar-se nas normas das instalações específicas. II Adequação aos Veículos a) Piso deve estar dentro da tolerância de planicidade especificada pelo fabricante do veículo; b) Presença de armaduras ou telas metálicas a menos de 5 cm de distância da superfície pode prejudicar instalação de fios guia de controle de veículos. III Necessidades de Planicidade (FF), Inclinação (FL) e Desempeno de Placas De acordo com o sistema integrado de operação do sistema de Armazenagem e movimentação e uso do piso. 22

6 Necessidades Geométricas I Concordância do Piso com Porta Paletes 1. Montagem e deformações permissíveis dos porta paletes obedecem às normas, inclusive DIN. 2. Há tolerâncias estreitas para sistemas com transelevadores, principalmente mini-loads e automação. 3. Pisos devem enquadrar-se nas tolerâncias das estanterias e máquinas que compõem o sistema. É essencial para automação ou a operação não é possível 4. Para facilidade de operação os níveis devem ter as mesmas alturas em todos os corredores. Permite a utilização de dispositivos semi-automáticos em alguns modelos de empilhadeiras. 23

6 Necessidades Geométricas II Adequação aos Veículos TABELA DE INCLINAÇÃO ESTÁTICA Mostra a inclinação estática de uma empilhadeira com o mastro rígido. Devido às tolerâncias da engenharia do mastro e às forças dinâmicas quando a empilhadeira se move, os valores de inclinação mostrados na figura podem até triplicar. A distância entre os centros das rodas de carga da empilhadeira exemplificada é de 1,2m. H / Altura (m) E / Diferença de Elevação entre Rodas (mm) 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 6,0 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 6,5 16 22 27 33 38 43 49 54 60 65 H 7,0 18 23 29 35 41 47 53 58 64 70 7,5 19 25 31 38 44 50 56 63 69 75 8,0 20 27 33 40 47 53 60 67 73 80 8,5 21 28 35 43 50 57 64 71 78 85 9,0 23 30 38 45 53 60 68 75 83 90 9,5 24 32 40 48 55 63 71 79 87 95 10,0 25 33 42 50 58 67 75 83 92 100 10,5 26 35 44 53 61 70 79 88 96 105 11,0 28 37 46 55 64 73 83 92 101 110 11,5 29 38 48 58 67 77 86 96 105 115 12,0 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 12,5 31 42 52 63 73 83 94 104 115 125 13,0 33 43 54 65 76 87 98 108 119 130 1200mm S E 24

6 Necessidades Geométricas III Necessidades de Planicidade (F F ), Inclinação (F L ) 1 Na falta de dados específicos para as diferentes atividades devem ser usados valores de planicidade randômica de acordo com a atividade básica do piso: fabricação, armazenagem, comércio, etc. 2 O ACI fez extenso trabalho prático de avaliação dos Números F em pisos já construídos e com atividade definida que podem servir de referência. 3 O estabelecimento de especificações de planicidade e nivelamento revelou-se importante fator na obtenção de pisos de qualidade e adequados ao desempenho das operações, mesmo antes do seu uso efetivo. 25

6 Necessidades Geométricas Medições de Planicidade/Nivelamento por Atividade Edifícios em Uso Construção do Piso Utilização FF FL Piso Suspenso Edifícios de Escritório 18 a 24 12 a 22 Piso Suspenso Shopping Center 28 31 Piso Sobre Solo Armazém 30 25 Piso Sobre Solo Armazém 28 28 Equivalência Números F X Desvio em 3 metros (Régua) FF 12 12,7 mm FF 20 7,9 mm FF 25 6,4 mm FF 32 4,8 mm FF 50 3,2 mm Artigo: Measuring Quality of Floor Finishes - June 1989 - Dean E. Stephan 26

7 Resistência a Agentes Químicos - O Concreto é permeável e absorve líquidos; - O Concreto é atacado por um número de substâncias químicas, mesmo comuns: açúcar, leite, coca-cola, cola, sangue, etc; - Salas de baterias devem ser protegidas por cobertura de resina ou cerâmica. Nossos melhores resultados foram alcançados com proteção de EVR (Revestimento Éster-vinílico). 27

8 Especificações Técnicas de Pisos e Juntas Coordenação e Gerenciamento: O piso de sucesso é um trabalho de coordenação entre o Proprietário ou Usuário, o Projetista de Pisos e a Construtora do Piso. Todos devem obedecer a especificações técnicas que definam as operações sobre o piso. Devem ser feitas reuniões de coordenação onde se examinem critérios e restrições envolvidos no projeto e execução. Em caso de pisos de precisão, com planicidade FF acima de 50 ou de tráfego definido recomenda-se o acompanhamento da execução por consultor de piso qualificado, reportando diretamente ao proprietário (Face). É o Gerenciamento INTEGRADO do Piso. 28

8 Especificações Técnicas de Pisos e Juntas Informações ao Cliente Logístico na falta de um Projeto Logístico O Cliente Logístico deverá fornecer ao projetista dados sobre a movimentação de materiais, equipamentos e veículos sobre o piso: 1. Tipo e pesos dos veículos, equipamentos e produtos, dados sobre as rodas. 2. Tipos de empilhamento, dimensões de cargas, áreas e corredores de circulação (layouts). 3. Locais e valores onde se prevêem cargas pontuais ou linearmente distribuídas (armazenagem). 4. Acabamento dos pisos e valores de planicidade (FF) e inclinação (FL) necessárias (Norma ASTM 1155 ou equivalente) 5. Dados sobre o terreno de apoio do piso (resultados de sondagens), coeficiente K, capacidade de suporte CBR, coeficiente de expansão do solo. 29

8 Especificações Técnicas de Pisos e Juntas Informações de Projeto e Execução O projeto do piso deve ser entregue a empresa ou projetista de piso qualificada e experiente. Tarefas principais: Dimensionamento a partir dos dados obtidos através do Cliente Logístico; método utilizado e memória de cálculo. Especificações dos materiais utilizados. Dimensionamento e posição das armaduras de contração e barras de transferência. Detalhes de execução: plano de concretagem das faixas, corte de juntas serradas, processo de cura, etc. Especificação de acabamento usando sistema Números F (FF/FL). Layout e tipo de juntas a executar, considerando o tráfego de veículos e as normas do ACI. 30

8 Especificações Técnicas de Pisos e Juntas Execução do Piso: Controle e Aceitação 1 A execução do piso deve ser confiada a empreiteira capacitada e experiente e com bom nível de qualidade assegurada no tipo de obra. 2 Deverá ser prevista execução de faixa teste para avaliar as dificuldades, metodologia e qualidade. A Faixa teste deve ser escolhida e aprovada pelo cliente ou representante. 3 O empreiteiro deverá possuir equipamentos e ferramentas adequadas. A comprovar pelo cliente ou seu representante antes da contratação. 4 O processo de execução deverá ser acompanhado e com medição diária dos fatores tecnológicos de concreto e da planicidade, conforme norma ASTM. 31

8 Especificações Técnicas de Pisos e Juntas Execução do Piso: Controle e Aceitação 5 As medidas de planicidade devem ser informadas às equipes de execução para correção de processos e melhoria de qualidade. 6 As lajes fora de especificação deverão ser reparadas ou substituídas. 7 No caso de pisos super planos ou com tráfego definido recomenda-se acompanhamento e medição por consultor independente, reportando diretamente ao proprietário ou representante. 8 Empenamentos, armaduras de contração e retificação. 32

8 Especificações Técnicas de Pisos e Juntas Execução da Proteção das Juntas: Controle e Aceitação 1 As proteções das juntas devem: - suportar as cargas e tráfego sobre piso - acomodar a movimentação natural das lajes - não sofrer envelhecimento ou desgaste prematuro 2 As juntas sujeitas ao tráfego devem ser protegidas por enchimentos de epóxi rígido ou semi-rígido (Dureza Shore A80) Norma ACI 302/5.12. 3 As juntas de epóxi semi-rígido devem ser executadas no mínimo 60 dias após a concretagem e inspecionadas a cada 6 meses. 4 As proteções das juntas devem ser submetidas a um controle estatístico de dimensões e materiais durante a execução. 5 Para evitar material insuficiente de pouca resiliência e durabilidade, com dureza ShoreA < 70. 33

9 Prepare o seu Piso para o Futuro 1. O piso que você está fazendo hoje, ainda deverá estar em operação daqui a 20 anos e, portanto, deve estar preparado para tal. 2. É de se prever, apesar da nossa mão de obra barata, que uma automação crescente exija pisos com alta planicidade e capazes de suportar equipamentos automatizados que atinjam prateleiras com alturas superiores a 10 metros. O seu piso deverá estar preparado para estas condições e as cargas correspondentes de pallets. 3. Assegure-se de que as ferragens do seu piso estejam a mais de 5cm da superfície de operação do piso. 4. As sub-bases devem ser capazes, desde já, de suportar o peso do piso e de todas as cargas que irão sobre ele. Que seu piso seja feito de acordo com as necessidades de operação de que falamos nesta palestra. Até lá e Boa Sorte com SEU Piso! 34

10 Publicações Artigos sobre o tema foram escritos pelo Engº Marco A. Fagim para a Revista Tecnologística e podem ser encontrados no site: www.interware.com.br 35