1428 Avaliação do conhecimento de docentes da área da saúde em relação à abordagem da criança vítima de violência doméstica Evaluation of the knowledge of teachers in the health area regarding the approach of children victims of domestic violence Evaluación del conocimiento de docentes del área de la salud en relación al abordaje del niño víctima de violencia doméstica Lanuza Borges Oliveira 1,2, Fernanda Amaral Soares Bicalho Martins 1, Frederico Marques Andrade 2 Emerson Willian Santos de Almeida 2,Antônio Prates Caldeira 1,2,Lucineia de Pinho 1,2,João Marcus Oliveira Andrade 2,Maísa Tavares de Souza Leite 3 RESUMO Objetivo: Avaliar o conhecimento de docentes sobre a abordagem da violência doméstica contra a criança em instituições de educação superior no norte de Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e de abordagem quantitativa. Participaram deste estudo professores de graduação e pós-graduação da área da saúde de instituições de educação superior da cidade de Montes Claros MG que ministram disciplinas relacionadas a saúde da criança, totalizando 27 profissionais. Resultados: Dentre as 11 assertivas contempladas no formulário elaborado pelo próprio autor, 8 assertivas eram falsas e 3 verdadeiras e 67% dos docentes responderam de forma correta, 19,1% responderam de forma incorreta e 13,8% não souberam responder. Conclusão: Observou-se que o conhecimento dos professores universitários em relação ao atendimento à criança vítima de violência doméstica ainda é insuficiente de forma que os professores necessitam de uma formação mais abrangente em relação a este conteúdo. Descritores: saúde da criança; violência doméstica; docentes. ABSTRACT Objective: To evaluate teachers knowledge about the approach of domestic violence against children in institutions of higher education in the north of Minas Gerais. Methodology: This is an exploratory, descriptive and quantitative approach. Undergraduate and postgraduate professors from the health area of higher education institutions in the city of Montes Claros-MG, which teach disciplines related to children's health, totaling 27 professionals participated in this study. Results: Of the 11 assertions included in the form prepared by the author, 8 assertions were false and 3 true and 67% of teachers answered correctly, 19.1% answered incorrectly and 13.8% did not know how to respond. Conclusion: It was observed that the knowledge of university teachers regarding the care of the child victim of domestic violence is still insufficient so that teachers need a more comprehensive training regarding this content. Descriptors: child health; domestic violence; teachers. 1 Faculdade Integradas Pitágoras de Montes Claros (FIP-Moc). 2 Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). 3 Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). DOI: 10.25248/REAS241_2018 Recebido em: 3/2018 Aceito em: 4/2018 Publicado em: 6/2018
1429 RESUMEN Objetivo: evaluar el conocimiento de docentes sobre el abordaje de la violencia doméstica contra el niño en instituciones de educación superior en el norte de Minas Gerais. Metodología: Se trata de un estudio exploratorio, descriptivo y de abordaje cuantitativo. En este estudio participaron profesores de graduación y postgrado del área de salud de instituciones de educación superior de la ciudad de Montes Claros -MG que ministra disciplinas relacionadas con la salud del niño, totalizando 27 profesionales. Resultados: Entre las 11 asertivas contempladas en el formulario elaborado por el propio autor, 8 asertivas eran falsas y 3 verdaderas y el 67% de los docentes respondieron de forma correcta, el 19,1% respondieron de forma incorrecta y el 13,8% no supieron responder. Conclusión: Se observó que el conocimiento de los profesores universitarios en relación a la atención al niño víctima de violencia doméstica todavía es insuficiente de forma que los profesores necesitan una formación más amplia en relación a este contenido. Descriptores: salud del niño; violencia doméstica; docentes. INTRODUÇÃO A violência familiar é um dos eventos da vida que pode mudar definitivamente o comportamento de uma criança a longo prazo. O estresse e a ansiedade subsequentes podem criar traumas psicológicos, desenvolvendo nos jovens traços de personalidade ou atitudes de hostilidade, desconfiança e medo. O conceito de violência abrange violência física, negligência, violência psicológica e violência sexual (MARLE, 2010; MAGALHÃES et al., 2009). A violência doméstica é um fenômeno multicausal, constituído por muitas variáveis que afetam todos os níveis da sociedade e que exige intervenções de uma equipe multidisciplinar para possibilitar um atendimento integral à vítima. Constitui ainda uma realidade dolorosa e traz prejuízos de ordem física e psicossocial, pois as experiências vividas na infância refletem na vida adulta (RAMOS e SILVA, 2011). Os profissionais de saúde são os primeiros a detectar a situação de violência e, considerando esse fato, devem notificá-la imediatamente. Quando o profissional de saúde não se reconhece nesse papel, isso se torna um fator impeditivo para o encaminhamento e tratamento oportuno das vítimas de violência doméstica (ANDRADE et al., 2011). Entende-se que as discussões relacionadas à violência doméstica contra a criança nas instituições de ensino superior ainda são escassas e a maioria dos profissionais de saúde não tiveram em sua formação conteúdos relacionados ao tema. Essa falta de conhecimento pode comprometer a identificação e notificação de casos de violência (ALGERI, 2005). Compreender o processo que envolve a abordagem dos profissionais de saúde em relação a violência doméstica contra a criança é de suma relevância para os dias atuais devido a proporção de problemas físicos e psicossociais que são gerados a partir de atitudes violentas. É importante que professores universitários desenvolvam atividades que ampliem o conhecimento sobre o tema da violência doméstica para oferecer subsídios de forma que os futuros profissionais possuam maior percepção desse fenômeno no seu cotidiano (ALGERI, 2005). O professor do ensino superior talvez deva ter uma visão ampliada da sociedade que vive e atua. Conhecendo metodologias e formas de abordagem da violência doméstica contra criança, espera-se que o professor auxilie o aluno do ensino superior, a construir conhecimentos para definir violência, entendê-la e minimizá-la, pois tendo consciência deste problema poderá atuar na prevenção de sua ocorrência (ALGERI, 2005). Sendo assim, estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento de docentes sobre a abordagem da violência doméstica contra a criança em instituições de educação superior no norte de Minas Gerais.
1430 MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CEP) da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), sob o parecer Nº 401.241. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e de abordagem quantitativa. Participaram deste estudo professores de graduação e pós-graduação da área da saúde de instituições de educação superior da cidade de Montes Claros MG que ministram disciplinas relacionadas a saúde da criança, totalizando 27 profissionais. O levantamento dos sujeitos do estudo ocorreu por meio de consulta aos coordenadores de instituições de ensino na cidade. Os critérios de inclusão dos professores foram: ser professor das instituições de ensino, ministrar disciplina relacionada à saúde da criança, ser encontrado na instituição de ensino até a segunda tentativa, aceitar participar da pesquisa mediante consentimento. Foi elaborado um questionário abordando os principais tópicos envolvendo a temática estudada, por meio de revisão da literatura. Para a busca, foram utilizados os descritores saúde da criança, violência doméstica, pessoal de saúde e saúde da família. Os artigos foram selecionados por meio de busca realizada de março a maio de 2013, na Biblioteca Virtual de Saúde, nas bases de dados: Literatura Latino- Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem Online (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), para textos publicados nos últimos cinco anos. Utilizou-se ainda a linha guia de saúde da criança da secretaria de estado da saúde de Minas Gerais. O questionário foi constituído por 85 assertivas direcionadas a cada um dos 27 profissionais. Dentre as assertivas contempladas no questionário foram selecionadas 11 para este estudo, referentes a identificação das vítimas de violência, suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança, notificação de maus-tratos, encaminhamento, intervenção do Conselho Tutelar, Estatuto da Criança e do Adolescente, dados demográficos, gênero, idade, escolaridade e tempo de formação. As questões foram dispostas em escalas falsas e verdadeiras, onde o participante responderia está correta, incorreta ou não ter conhecimento sobre o assunto. A coleta de dados foi realizada, por meio de um contato prévio aos professores com objetivo de divulgação e convite para participação na pesquisa. A coleta se deu mediante visitas aos docentes em horário previamente agendado. Foram garantidos a privacidade e livre arbítrio dos entrevistados, bem como respeitadas as suas rotinas de trabalho. Foi assegurada aos entrevistados a autonomia individual, o direito a informação, a privacidade, a confidencialidade das informações, sendo estas utilizadas exclusivamente para fins científicos, e foi garantido o direito de revogar a decisão de participação da pesquisa a qualquer momento, pelo termo de consentimento livre e esclarecido A análise dos dados foi realizada por meio do Software Statistical Package for Social Sciences 18.0 (SPSS). RESULTADOS. Dos docentes entrevistados, 22 (81,5%) eram do sexo feminino. Quanto à graduação,13 (48,2%) eram médicos, 9 (33,3%) enfermeiros, 3 (11,1%) dentistas e 2 (7,4%) psicólogos. Onze (40,7%) dos entrevistados possuíam de 5 a 10 anos de atuação profissional, 10 (37,1%) possuíam de 10 a 20 anos e 6 (22,2%) mais de vinte anos. Questionados acerca da maior titulação que possuíam, 18 (66,7%) dos profissionais afirmaram ter curso de especialização, 8 (29,6%) mestrado e 1 (3,7%) doutorado. Treze professores (48,2%) relataram que durante sua formação acadêmica foram ministrados conteúdos sobre a abordagem do atendimento à criança vítima de violência, enquanto 14 (51,8%) deram uma resposta negativa a esta questão. Dentre as 11 assertivas contempladas na Tabela 1, 8 assertivas eram falsas e 3 verdadeiras. Onde 67% responderam de forma correta, 19,1% responderam de forma incorreta e 13,8% não souberam responder.
1431 Tabela 1 Análise do conhecimento dos docentes universitários na abordagem a criança vítima de violência. Montes Claros, 2014. Descrição das Assertivas Status da Assertiva Corretas Não Sabe Incorretas n % n % n % 1 - O profissional de saúde deverá fazer a identificação das vítimas de violência somente em um serviço de saúde. 2 - Não é necessário dar atenção aos dados aparentemente sem importância, a menos que tenham relação com as lesões encontradas. 3 - O profissional deve focar o atendimento somente no que estiver diretamente relacionado com violência. 4 - Os casos de suspeita ou confirmação de maustratos contra criança deverão ser obrigatoriamente comunicados a Polícia Civil. 5 - Notificar maus-tratos às autoridades é obrigação, após confirmação da violência. 6 - Identificada a violência pelo enfermeiro, ele deve encaminhar ao médico, para notificação. 7 - A intervenção do Conselho Tutelar exige a interrupção do atendimento iniciado pelo profissional de saúde que encaminhou o caso. 8 - Os profissionais de saúde devem notificar os casos de violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). 9 - Notificações sobre violência infantil deverão ser feitas somente nas localidades onde existir o Conselho Tutelar. 10 - O trabalho do profissional de saúde deve ser continuado, e a intervenção deve ser planejada e avaliada em conjunto pelos profissionais envolvidos. 11 - O Estatuto da Criança e do Adolescente contém determinações que protegem contra a violência doméstica. Falsa 22 81,4 1 3,70 4 14,8 Falsa 21 77,7 3 11,1 3 11,1 Falsa 24 88,8 2 7,40 1 3,70 Falsa 10 37,0 5 18,5 12 44,4 Falsa 2 7,40 1 3,70 24 88,8 Falsa 8 29,6 8 29,6 11 40,7 Falsa 22 81,4 5 18,5 - - Verdadeira 12 44,4 14 51,8 1 3,70 Falsa 25 92,5 2 7,40 - - Verdadeira 27 100 - - - - Verdadeira 26 92,2 - - 1 3,70 Total 11 199 67 41 13,8 57 19,1 Fonte: Dados provenientes da própria pesquisa. Em relação a identificação da vítima por violência 81,4% dos docentes conseguiram acertar a assertiva onde pergunta se o profissional deverá fazer a identificação da vítima somente em um serviço de saúde. 77,7% reconheceram que, não ser necessário dar atenção aos dados aparentemente sem importância, a menos que tenham relação com as lesões encontradas é uma variável falsa.
1432 A assertiva sobre o foco do atendimento ser apenas relacionado com violência, 88,8% dos docentes acertaram, 88,8% dos docentes acreditam que notificar maus-tratos às autoridades é obrigação, mas somente após confirmação da violência o que é considerado incorreto. Em relação a identificação da violência 40,7% dos professores afirmaram que identificada a violência pelo enfermeiro, ele deve encaminhar ao médico, assertiva incorreta. E 81,4% consideram que a intervenção do Conselho Tutelar exige a interrupção do atendimento iniciado pelo profissional de saúde que encaminhou, assertiva também incorreta. Em relação aos profissionais de saúde realizarem notificação dos os casos de violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), 51,8% dos docentes não souberam responder e 92,5% ainda reafirmaram que notificações sobre violência infantil devem ser realizadas somente nas localidades onde existir o Conselho Tutelar. Os docentes em sua maioria (100%) acreditam que seja correto que o trabalho do profissional de saúde deva ser continuado, e a intervenção deve ser planejada e avaliada em conjunto pelos profissionais envolvidos. 92,2% responderam ser correto o Estatuto da Criança e do Adolescente conter determinações que protegem contra a violência doméstica. DISCUSSÃO O acolhimento da criança e da família em situação de violência deve permear todos os locais e momentos do processo de produção de saúde, como uma ação contínua em todo o percurso da atenção na rede de cuidado e de proteção social. Todos os membros da equipe devem receber as crianças e suas famílias de forma empática e respeitosa. Devem acolher a criança e a família em lugar específico, acompanhar o caso e proceder aos encaminhamentos desde a entrada da criança e de sua família no setor de saúde até o seguimento deles para a rede de cuidado e de proteção social (BRASIL, 2012). A violência na infância não deve continuar sendo vista como uma responsabilidade policial. É necessária a participação das instituições de saúde no enfrentamento desse problema, criando um elo fundamental para desencadear os mecanismos de proteção e tratamento (MAGALHÃES et al., 2009). A notificação da violência contra a criança e o adolescente não é apenas um ato pessoal, mas uma obrigação legal. O não cumprimento desse papel ocorre por falta de conhecimento da legislação ou pelo fato de os profissionais não estarem convictos de que devem exercer essa responsabilidade (MAGALHÃES et al., 2009). Também há dificuldade em identificar os casos com exatidão e existe falta de preparo dos profissionais para lidar com a questão da violência doméstica, o que acaba atrapalhando o ato de notificação (SILVA e FERRIANI, 2007). De acordo com os resultados observa-se que parte dos profissionais ainda desconhecem a obrigação da notificação nos casos suspeitos e que os mesmos só serão notificados após confirmação e concretização dos atos, contrariando as medidas de prevenção e a violência. A notificação é considerada uma importante estratégia de prevenção de violência, pois além de identificar permite o levantamento de novos casos de violência que muitas vezes acontecem na mesma família (GARBIN et al., 2011). É atribuição dos profissionais de saúde, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, atuar nos diagnósticos de maus tratos e nos procedimentos de notificação (MAGALHÃES et al., 2009). Os profissionais por sua vez, não têm certeza de como lidar frente a um caso concreto de violência e talvez isso se deva a falta de discussões em instituições de ensino superior sobre o tema, e ao fato de muitos não terem em sua formação acadêmica conteúdos relacionados à violência. As instituições devem realizar investimentos na formação do profissional para atuar, na busca de identificar os casos de violência precocemente. (ALGERI, 2005; GABATZ et al., 2013) Neste sentido, o aluno do ensino superior deve estar preparado, habilitado e ter conhecimentos para definir violência, entender como ocorre, saber ouvir antes de intervir e o seu professor talvez tenha uma visão mais real e ampliada da sociedade, além de conhecer novas metodologias e formas de abordagem.
1433 Ao verificar o conhecimento dos professores neste estudo observou-se um número considerável de respostas onde a alternativa escolhida foi não sei, o que pode evidenciar um possível desconhecimento dos professores acerca de parte dos conteúdos importantes na formação do profissional sobre a abordagem da violência doméstica contra a criança (ALGERI, 2005). CONCLUSÕES A partir da avaliação do objetivo proposto observou-se que o conhecimento dos professores universitários em relação ao atendimento à criança vítima de violência doméstica ainda é insuficiente no ensino superior de forma que os professores necessitam de uma formação mais abrangente em relação a este conteúdo. Este fato impossibilita a transmissão de novas informações e de novos conhecimentos aos futuros profissionais em formação. Tal despreparo dos professores talvez se justifica na não abordagem durante a sua formação em relação ao assunto e ainda do número reduzido de cursos de especialização, capacitação e extensão sobre a violência doméstica contra a criança. REFERÊNCIAS 1. ALGERI, S. DIETER, CSA violência no contexto da saúde e da educação. Rev. Educação. Porto Alegre, 2005; 28 (55): 117-131. 2. ANDRADE, EM. NAKAMURA E, PAULA C.S et al. A Visão dos Profissionais de Saúde em Relação à Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes: um estudo qualitativo. Rev. Saúde Soc. São Paulo, 2011; 20(1): 147-155. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica. Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento. Brasília: Editora MS, 2012. 4. GABATZ, RIB. A violência intrafamiliar contra a criança e o mito do amor materno: contribuições da enfermagem. Rev Enferm UFSM, 2013, 3: 563-572. 5. GARBIN, CAS, GARBIN, AJI, MOIMAZ, SDS, et al. Notificação de violência contra criança: conhecimento e comportamento dos profissionais de saúde. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, 2011, 13(2): 17-23. 6. MAGALHÃES, MLC. Reis, JTL, Furtado, FM et al. O profissional de saúde e a violência na infância e adolescência. Rev. Femina, 2009; 37(10): 547-51. 7. MARLE, HJCV. Violence in the family: an integrative approach to its control. Int J Offender Ther Comp Criminol, 2010; 54(4): 475-77. 8. RAMOS MLCO.; SILVA, AL. Estudo Sobre a Violência Doméstica Contra a Criança em Unidades Básicas de Saúde do Município de São Paulo Brasil. Rev. Saúde Soc. São Paulo, 2011; 20(1): 136-146. 9. SILVA, MAT.; FERRIANI, MGC.. Violência doméstica: do visível ao invisível.rev. Latino-Am. Enfermagem. 2007; 15(2): 275-281.