Prof. Robert ROC A DINÂMICA CLIMÁTICA PROF. ROBERT OLIVEIRA CABRAL.

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Transcrição:

A DINÂMICA CLIMÁTICA PROF. ROBERT OLIVEIRA CABRAL

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Fatores Astronômicos de influência no Clima 1 O Sol A oferta de radiação solar representa o primeiro fator responsável por uma dinâmica climática. Sem a radiação a temperatura da Terra seria tão baixa quanto a temperatura do espaço sideral. Grande parte da radiação solar é filtrada pelo campo eletromagnético formado pela dinâmica dos núcleos da terra.

Fatores Astronômicos de influência no Clima 2 Os Movimentos da Terra O movimento de rotação possibilita o balanço térmico diário, evitando que um lado resfriamento após o longo período de insolação e o aquecimento após o longo período noturno. O processo de translação do planeta se efetua em uma órbita elíptica, onde notamos um momento de maior aproximação (Periélio) e um momento de maior afastamento (Afélio) da terra em relação ao Sol. A translação deve ser enfocada com base no próximo fator: o ângulo de inclinação do eixo de rotação da terra.

P R. f o r b o t r e C O R

Fatores Astronômicos de influência no Clima 3 Ângulo de inclinação do eixo de rotação da terra O planeta efetua o movimento de rotação mantendo uma inclinação de, aproximadamente 23 27. Este ângulo possibilita que os hemisférios recebam carga diferenciada de insolação. Esta diferenciação de insolação é definida por Solstícios. Quando o hemisfério recebe maior carga de insolação definimos como solstício de Verão e menor como solstício de inverno. Porém durante a translação notamos que o ângulo de inclinação volta-se para o espaço e não para o sol em dois momentos. Temos então caracterizado os equinócios (Primavera e Outono)

Solstícios

Equinócio

Obs: Anomalias do Solstício Durante o solstício de verão em um hemisfério notaremos que a área polar deste hemisfério receberá, durante algumas semanas, uma elevada taxa de insolação. Este evento é conhecido como Sol da Meia-Noite. Já no hemisfério que encontra-se no solstício de inverno, notaremos que sua área polar ficará algumas semanas sem receber insolação. Este evento é conhecido como Inverno Polar.

Sol da Meia-Noite

Inverno Polar

Fatores Astronômicos de influência no Clima 4 Latitudes As latitudes possuem uma relação inversamente proporcional a temperatura. Lembrando que as latitudes dividem-se em 90 para cada hemisfério, sendo o Equador o ponto inicial (0 ) e os pólos a latitude máxima (90 norte ou sul). O fator principal para as baixas temperaturas nas grandes latitudes está associada a dispersão da radiação sobre uma superfície mais ampla.

Fatores Geográficos de influência no Clima No interior dos continentes, distante das massas úmidas vindas dos oceanos, notamos que a umidade do ar é menor. Este fato possibilita uma menor pluviosidade e uma grande amplitude térmica. 1 Continentalidade

Fatores Geográficos de influência no Clima 2 Maritimidade Próximo da faixa litorânea notamos que a atmosfera recebe uma maior oferta de umidade. Este fato possibilita uma maior pluviosidade e uma menor amplitude térmica.

Fatores Geográficos de influência no Clima 3 Altitude Na regiões mais altas do planeta notamos uma menor oferta de gases e particulado em função da gravidade. Este fato possibilita temperaturas mais baixas e menor pressão atmosférica. O alpinismo é um esporte (ou prática suicida) que tenta explorar esta adversidade. Notamos que aproximadamente 80% dos gases e particulados encontram-se concentrados abaixo de 2000 metros de altitude.

Fatores Geográficos de influência no Clima 4 Correntes Marítimas Frias As áreas costeiras banhadas por correntes marítimas frias oferecem para a atmosfera uma pequena quantidade vapor d água. A consequência será a baixa umidade do ar na região que potencializará uma baixa pluviosidade e uma grande amplitude térmica. Dependendo da latitude estas correntes podem potencializar a formação de desertos. As áreas costeiras banhadas por correntes frias recebem grande quantidade de nutrientes das camadas mais profundas dos oceanos (fito e zooplâncton), atraindo grandes cardumes e potencializando a pesca. Este fenômeno é chamado de Ressurgência.

Fatores Geográficos de influência no Clima 5 Pressão Atmosférica A diferença de pressão está diretamente vinculada a temperatura. Áreas de alta pressão (regiões frias), também conhecidas como zonas anticiclonais, são áreas de expansão, de geração de ventos. As áreas de baixa pressão (regiões quentes), também conhecidas como zonas ciclonais, são áreas de atração de ventos. Esta perspectiva possibilita o entendimento parcial do movimento dos ventos e das massas de ar.

Célula de Hadley (Baixa pressão) Célula Polar (alta pressão) Célula de Ferrel 30 30 (Pressão média)

A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) Em função do ângulo de inclinação do eixo de rotação do planeta (23 27 ) notamos que os ventos alísios convergem para o hemisfério que estiver sobre o solstício de verão. Logo notaremos uma grande oferta de umidade no hemisfério sobre o verão, em função da forte convecção e das chuvas derivadas de nuvens verticais (Cúmulus Nimbus). As massas de ar que atuam próximo a faixa equatorial (massas equatorias) representam a dinâmica da ZCIT.

ZCIT: Solstícios

ZCIT

Ventos e Brisas Deslocam-se da Alta Pressão para a Baixa Pressão. A brisa mais comum acontece entre o mar e o continente, em função da diferença de temperatura do ar em contato contato com o continente e o mar. Contudo o fator mais representativo está na água que demora a aquecer e a resfriar.

Massas de Ar Representam uma porção atmosférica que mantém as características de temperatura, umidade e pressão das suas áreas originárias. As massas que se deslocam são as massas frias (polares). As massas equatoriais (quentes) não se movimentam, somente se dilatam ou se contraem. Ao se deslocarem ou se expandirem notamos que massas diferentes entram em contato. Esta interface onde notamos uma grande instabilidade meteorológica é denominada FRENTE (ou zona frontal).

Massas Atuantes no Brasil

Frente Fria

Tipos de Chuvas

Tipos de Chuvas P R. f o r b o t r e C O R

Tipos de Chuvas

Bibliografia AYOADE, J.O. Introdução a Climatologia para os Trópicos. Ed. Bertrand Brasil. ROSS, J. Geografia Geral e do Brasil. EDUSP TEIXEIRA, W; FAIRCHILD, T; DE TOLLEDO, M.C.M; TAIOLBI, F. Decifrando a Terra. Companhia Editora Nacional. PRESS; SIEVER; GROTZINGER; JORDAN. Para Entender a Terra. Ed. Bookman. VAREJÃO-SILVA, M.A. Meteorologia e Climatologia. Versão Digital