Campus Experimental de Sorocaba Disciplina: Tratamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Gasosos Graduação em Engenharia Ambiental 6 Armazenamento e Coleta Professor: Sandro Donnini Mancini Sorocaba, Março de 2015 ACONDICIONAMENTO, ARMAZENAMENTO, COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS FASE INTERNA dentro das residências, estabelecimentos comerciais, hospitais etc. O acondicionamento e armazenamento é responsabilidade do gerador. O acondicionamento é normalmente o suficiente para permitir a espera da coleta e não gerar vazamentos e odores. Problemas: peso e vidros. FASE EXTERNA dos geradores até a destinação final. Responsabilidade do gerador, da municipalidade ou compartilhada. 1
ACONDICIONAMENTO Embora de responsabilidade do gerador, a municipalidade deve assegurar as condições sanitárias e operacionais adequadas por meio de regulamentos, educação ambiental e fiscalização. As funções do acondicionamento correto de resíduos são: evitar acidentes com resíduos infectante, perfurante e cortantes; diminuir a proliferação de insetos e outros animais indesejáveis; diminuir o impacto visual e olfativo; padronização, no caso de coleta seletiva. A forma de acondicionamento depende de sua: composição; tipo e freqüência da coleta. quantidade: para pequenos volumes cestos, recipientes basculantes, tambores e sacos plásticos. para grandes volumes contêineres. 2
Tipos de acondicionamento: cestos coletores em logradouros públicos, shoppings... LIXO MUNICIPAL: Manual de Gerenciamento Integrado. São Paulo: IPT/CEMPRE, 1995. recipientes basculantes - menor esforço dos coletores, com captação de líquidos e saída de gases, se for o caso; tambores com alça e tampa, de material resistente à corrosão; sacos plásticos evita o furto de tambores, diminui o tempo de coleta, menor esforço dos coletores, diminui a poluição sonora e impede entrada de água. Devem ser opacos (os brancos são dos resíduos de serviços de saúde) e possuir boa resistência mecânica. Contêineres - 700 L a 30 m 3. Tipo de Acondicionamento (continuação) LIXO MUNICIPAL: Manual de Gerenciamento Integrado. São Paulo: IPT/CEMPRE, 1995. 3
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE FASE INTERNA Anvisa RDC 306/2004. Transporte - roteiro definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas. Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos para cada grupo (sacos dentro de recipientes rígidos, laváveis e com tampa). 4
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE FASE INTERNA Anvisa RDC 306/2004. (continuação) Armazenamento Temporário - guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração. Não poderá ser feito com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento. A sala para guarda de recipientes de transporte interno de resíduos deve ter pisos e paredes lisas e laváveis, sendo o piso ainda resistente ao tráfego dos recipientes coletores. Deve possuir ponto de iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois recipientes coletores, para o posterior traslado até a área de armazenamento externo. Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a 24 horas de seu armazenamento, devem ser conservados sob refrigeração. Armazenamento Externo - Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. COLETA A coleta de resíduos admite vários tipos de transporte, desde que atendam aos requisitos impostos pela legislação de limpeza pública do município (diurna x noturna). Em síntese pode ser realizada: Sem compactação: resíduos de serviço de saúde ou de municípios ou para alguns locais e comunidades Com compactação peso específico do lixo solto 250 kg/m 3 ou 2,4 kn/m 3 peso específico do lixo saído do caminhão 4,6 kn/m 3 peso específico do lixo no aterro 6,8 kn/m 3 peso específico após um ano de aterramento 10,2 kn/m 3 A existência de coleta seletiva também influi no peso específico do resíduo aterrado. 5
Dimensionamento da Coleta 1) Estimativa do volume de lixo a ser coletado chute inicial 0,6 kg/hab.dia 2) Definição das freqüências de coleta; 3) Definição dos horários de coleta; 4) Definição da frota dos serviços 5) Definição dos itinerários Reclamações da população e pesagens periódicas podem sugerir mudanças nos itens 2 a 5. Informações Importantes sobre Resíduos Sólidos 1) Caracterização Física 2) Caracterização Química 3) Teor de Umidade 4) Caracterização Gravimétrica 5) Peso Específico 6) Conteúdo Calorífico 6
Tipos de Descarte Misturado Separado Tipos de Coleta Comum (Misturada) Seletiva VANTAGENS DA COLETA SELETIVA PARA O MUNICÍPIO: Melhora a limpeza pública; Diminui problemas relacionados à falta de saneamento; Emprega contingente grande de pessoas, normalmente alijadas do mercado de trabalho tradicional; Gera dinheiro para a cidade, movimentando um importante setor da economia; Gasta menos dinheiro dos contribuintes com coleta e com destinação; Aumenta a capacidade de vida útil do aterro. 7
COLETA SELETIVA NO BRASIL Somente 994 municípios brasileiros (total ~ 5.600) operavam programas de coleta seletiva em 2008 (IBGE, 2010) Segundo o Cempre, em 2008 eram 405 municípios, atingindo 26 milhões de brasileiros. (Fonte: www.cempre.org.br) COLETA SELETIVA NO BRASIL (Cempre) Pesquisa Ciclosoft (Fonte: www.cempre.org.br) 8
COLETA SELETIVA NO BRASIL (Cempre) (Fonte: www.cempre.org.br) COLETA SELETIVA NO BRASIL (Cempre) Coleta comum = US$ 47,50/t PEV = Pontos de Entrega Voluntária Sorocaba (2013) = R$ 187/t Coleta e transporte: R$ 119 / t Aterramento (Proactiva, Iperó): R$ 68/t * Valores divulgados na imprensa local (Fonte: www.cempre.org.br) 9
COLETA SELETIVA NO BRASIL (Fonte: www.cempre.org.br) COLETA MISTURADA X COLETA SELETIVA IMPACTOS AMBIENTAIS Resíduos = Impurezas 10
COLETA MISTURADA X COLETA SELETIVA IMPACTOS AMBIENTAIS 11