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Transcrição:

fls. 167 SENTENÇA Processo Digital nº: 1083405-15.2017.8.26.0100 Classe - Assunto Procedimento Comum - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro Requerente: Juliano Barreto da Silva Quiterio e outro Requerido: E.z.l.i. Empreendimento Imobiliário Ltda. (Ez Tec) Juiz(a) de Direito: Dr(a). André Luiz Tomasi de Queiróz Vistos. I. RELATÓRIO JULIANO BARRETO DA SILVA QUITERIO e GREICE GONÇALVES DA SILVA ajuizaram a presente ação em face de E.Z.L.I. EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO LTDA visando à declaração de rescisão do contrato entre as partes entabulado em 27 de março de 2014 para aquisição da unidade nº 702 da Torre A Lotus, do Condomínio Cidade Maia Residencial Subcondomínio 3 Residencial Botânica Cidade Maia, com a consequente devolução de 90% dos valores já pagos. Com a petição inicial, vieram os documentos de fls. 18-83. Citada (fl. 95), a empresa ré ofertou contestação às fls. 96-116 impugnando o pedido inicial sob argumento de legalidade das cláusulas contratuais livremente pactuadas, aduzindo, ainda, que a devolução dos valores deve ocorrer nos termos estabelecidos no contrato, ou, subsidiariamente, seja reduzido o percentual de devolução pleiteado pelos autores. Juntou os documentos de fls. 117-132. A ré efetuou o depósito do valor correspondente a 90% das parcelas pagas pelos autores (fls. 134-139). Réplica às fls. 143-163, rechaçando os termos da contestação e reiterando o conteúdo da exordial. As partes requereram o julgamento antecipado da lide (fls. 141-142 e 165). Vieram os autos conclusos para sentença. 1083405-15.2017.8.26.0100 - lauda 1

fls. 168 É o relatório. Decido. II. FUNDAMENTAÇÃO O processo comporta julgamento antecipado, conforme autoriza o art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil, haja vista ser desnecessária a produção de provas em audiência. O pedido da ação é PROCEDENTE. Pretende a parte autora a declaração judicial de rescisão do contrato de venda e compra da unidade nº 702 da Torre A Lotus, do Condomínio Cidade Maia Residencial Subcondomínio 3 Residencial Botânica Cidade Maia. Sustenta que, ao realizar contato com a ré para efetuar a rescisão e eventual restituição de valores, foi surpreendida com a resposta de que somente receberia montante equivalente a 30% das quantias já quitadas. Diante da inequívoca intenção dos autores em resilir o contrato, não há quaisquer condições de ser ele mantido. E tal situação fática não pode ser acobertada pela cláusula de irretratabilidade e irrevogabilidade, que prejudica a própria ré, credora. Ademais, não há notícia de que o débito pendente seja objeto de cobrança ou execução judicial. Dessa forma, procede o pedido de extinção da relação contratual, bem como comporta acolhimento o pedido de devolução dos valores já quitados pela autora, sob pena de incidir a empresa ré em enriquecimento indevido. Nesse ponto, verifica-se haver abusividade da cláusula 2.2.1, alínea "e" do contrato de compromisso de venda e compra, pois afronta o Código de Defesa do Consumidor, como também os princípios de Direito em que se assenta o Ordenamento Jurídico pátrio, ao colocar em excessiva desvantagem o hipossuficiente, uma vez que incide no presente caso as normas protetivas da legislação consumerista. Todavia, a restituição não poderá ser integral, devendo a ré ser remunerada pelas despesas contratuais, administrativas, com publicidade do empreendimento e com a venda em si. 1083405-15.2017.8.26.0100 - lauda 2

fls. 169 Ante o excesso da previsão contratual, estabelece-se a indenização em 10% do valor pago pela parte autora, valor que entendo equânime e suficiente à indenização com as despesas normais de contratos de aquisição de imóveis. Ainda, também encontram plena incidência, no caso concreto, as Súmulas do TJ/SP nºs 01, 02 e 03, in verbis: Súmula 1: O Compromissário comprador de imóvel, mesmo inadimplente, pode pedir a rescisão do contrato e reaver as quantias pagas, admitida a compensação com gastos próprios de administração e propaganda feitos pelo compromissário vendedor, assim como com o valor que se arbitrar pelo tempo de ocupação do bem. Súmula 2: A devolução das quantias pagas em contrato de compromisso de compra e venda de imóvel deve ser feita de uma só vez, não se sujeitando à forma de parcelamento prevista para a aquisição. Súmula 3: Reconhecido que o compromissário comprador tem direito à devolução das parcelas pagas por conta do preço, as partes deverão ser repostas ao estado anterior, independentemente de reconvenção. Aplicável, também, o entendimento sumulado do Tribunal da Cidadania: Súmula nº 543: Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador - integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento. 1083405-15.2017.8.26.0100 - lauda 3

fls. 170 Nestes termos, de rigor reconhecer à parte autora o direito a rescisão contratual. Logo, considerando as despesas suportadas e a desistência da autora em relação ao contrato, razoável a retenção de 10% do valor pago. Quanto à forma de devolução, deverá ser efetivada de uma só vez, nos termos da Súmula 543 do STJ. III. III. DISPOSITIVO Ante o exposto, nos termos do artigo 487, I, do Código de Processo Civil, resolvo o mérito do processo e JULGO PROCEDENTES os pedidos da ação para: A) Rescindir o contrato de compromisso de compra e venda do imóvel objeto do contrato de fls. 24-58, desde a citação e, por consequência: B) CONDENAR a empresa ré E.Z.L.I. EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO LTDA a restituir, de uma só vez, à parte autora os valores recebidos com correção monetária a contar de cada pagamento. Dos valores recebidos atualizados deverão ser subtraídos 10%, a título de perdas e danos e taxa administrativa. O total a ser devolvido sofrerá incidência de juros de mora de 1% ao mês a partir da citação até o efetivo pagamento, observando-se o depósito efetuado à fl. 139. Condeno à ré pelo pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, os quais arbitro em R$1.000,00, nos termos do art. 85 e parágrafos do CPC. Por fim, resta a advertência às partes de que a decisão analisou e julgou todos os pedidos postulados, sendo que a oposição de embargos de declaração para reexame de matéria (ainda que nomeado sob forma diversa) possui natureza protelatória, sendo cabível a aplicação de multa de até 10% sobre o valor atualizado da causa, nos termos do artigo 1.026, 2º e 3º, do CPC. Após o trânsito em julgado, expeça-se mandado de levantamento do depósito de fl. 139 em favor da parte autora. P.R.I.C. São Paulo, 01 de dezembro de 2017. 1083405-15.2017.8.26.0100 - lauda 4

fls. 171 DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA 1083405-15.2017.8.26.0100 - lauda 5