UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

Documentos relacionados
XI Encontro de Iniciação à Docência

As contribuições das práticas laboratoriais no processo de Ensino-Aprendizagem na área de Química

Palavras-chave: Ensino de Química; Contextualização; Laboratório de Química; Conceitos Científicos; Experimentação. 1. INTRODUÇÃO

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO EIXO NORTEADOR NO ENSINO DE BIOLOGIA.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DAS FUNÇÕES INORGÂNICA EM UMA ESCOLA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE ESPERANÇA- PB

UMA PRÁTICA DIFERENCIADA NO ESTUDO DA TABELA PERIÓDICA COM ALUNOS DA 1º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE

UMA METODOLOGIA LÚDICA PARA INTRODUÇÃO AO USO DA TABELA PERIÓDICA NO ENSINO MÉDIO. (*) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de ciências, Metodologias, Palestra educativa.

Ingrid Janaína dos Santos Ferreira 1 ; Paulo Cézar Pereira Ramos 2 ; Maria Aparecida dos Santos Ferreira 3 INTRODUÇÃO

INSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA:

A INSERÇÃO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SOMBRIO

EXPLORANDO A QUÍMICA DAS PROTEÍNAS COM ABORDAGEM CONTEXTUALIZADA E INVESTIGATIVA PARA O ENSINO DE QUÍMICA.

RELAÇÃO ENTRE A CONTEXTUALIZAÇÃO E A EXPERIMENTAÇÃO ACERCA DAS QUESTÕES DO ENEM EM QUÍMICA

XI Encontro de Iniciação à Docência

PROPOSTA DE EXPERIMETANÇÃO PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO: PREPARAÇÃO DE PERFUME

Unidades de Aprendizagem: refletindo sobre experimentação em sala de aula no ensino de Química

O USO DA MODELAGEM PARA CONSTRUÇÃO DOS CONCEITOS SOBRE ELEMENTO QUÍMICO E SUBSTÂNCIA NO ENSINO DE QUÍMICA RESUMO

O BAFÔMETRO COMO RECURSO FACILITADOR DO ENSINO DAS REAÇÕES DE OXI-REDUÇÃO E DA CONCIENTIZAÇÃO DOS DISCENTES

ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DE BAIXO CUSTO COMO ESTRATÉGIA PARA UM MELHOR DESEMPENHO NO ENSINO DE FÍSICA.

O ENSINO DE BOTÂNICA COM O RECURSO DO JOGO: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS.

XI Encontro de Iniciação à Docência

Especificar a Área do trabalho. Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) UFBA, UESB, UESC e UNEB

TABELA PERIÓDICA: OS ALIMENTOS E SUAS COMPOSIÇÕES QUÍMICAS- MITOS E VERDADES

Ensino Técnico Integrado ao Médio

Proposta de melhoria da formação de professores da educação básica através da criação de clube de ciências e cultura

JOGOS DE TABULEIRO: ferramenta pedagógica utilizada na construção do conhecimento químico

OFICINA DE PRODUÇÃO DE MAPAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA

EXPERIMENTOS E EXERCÍCIOS DE MECÂNICA NO ENSINO MÉDIO

GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO TÉCNICA: COMPARAÇÃO DE DUAS EXPERIÊNCIAS EM DIFERENTES CURSOS TÉCNICOS DE GUIA DE TURISMO

O ENSINO DA BIOLOGIA ATRAVÉS DA EXPERIMENTAÇÃO EM UMA ÓTICA CONSTRUTIVISTA

CONHECENDO VIDRARIAS: UMA ATIVIDADE LÚDICA PARA ALUNOS DE QUÍMICA KNOWING GLASSWORKS: AN ACTIVITY FOR STUDENTS OF CHEMISTRY

O MEIO LÚDICO COMO ESTRATÉGIA EM SALA DE AULA: JOGO EDUCATIVO SOBRE FONTES DE ENERGIA NO COTIDIANO

INTERVENÇÃO. Misturas. Plano da Intervenção

APLICAÇÃO DE METODOLOGIA LÚDICA PARA AUXILIAR NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE RESPIRAÇÃO CELULAR

CONTRIBUIÇÃO DA QUÍMICA NO ESTUDO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Introdução

PALAVRAS-CHAVE, Estágio Supervisionado, experiências em sala, Geografia.

A UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO ESTRATÉGIA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS SISTEMAS DO CORPO HUMANO

EXPERIMENTOTECA: UM RECURSO DIDÁTICO PARA AUXILIAR A APRENDIZAGEM NO ENSINO DE QUÍMICA

RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO DO DOCENTE PELO DISCENTE 2016/I e 2016/II

DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO PARA MELHORIA DA ABSORÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ANOMALIAS CROMOSSOMICAS

O JOGO DAS TRÊS PISTAS COMO PROPOSTA DIDÁTICA NO ENSINO DE ZOOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO

A AULA EXPERIMENTAL NO ENSINO DE QUÍMICA E A CONTRIBUIÇÃO DO PIBID NESSE PROCESSO

EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA ANÁLISE SOBRE PERCEPÇÃO DOS ALUNOS

QUÍMICA VERDE: DOCENTES CONSCIENTIZADOS EM UM NOVO ENSINO DA QUÍMICA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL

Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET) Curso de Licenciatura em Química

O petróleo e sua destilação: uma abordagem experimental no Ensino Médio utilizando mapas conceituais.

UTILIZAÇÃO DA MASSA DE MODELAR COMO FERRAMENTA PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DO CONTEÚDO DE DIVISÃO CELULAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL

LABORATÓRIO PROBLEMATIZADOR COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE FÍSICA: DA ONÇA AO QUILOGRAMA

COLEÇÃO ENTOMOLÓGICA COMO RECURSO INTERATIVO DE AULA: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DA APAE/AREIA

DOMINÓ ORGÂNICO: ESTUDANDO NOMENCLATURA DE UMA FORMA DIFERENCIADA

PIBID: Química no ensino médio- a realidade do ensino de química na escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, na cidade de Mossoró-RN.

A MODELAGEM MATEMÁTICA JUNTO COM O PIBID NO ENSINO DE FÍSICA EM UMA ESCOLA MÉDIA TRADICIONAL

SONDAGEM DOS CONHECIMENTOS DOS DISCENTES DO 9º ANO REFERENTES ÀS TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS

O USO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA POR PROFESSORES NO ENSINO FUNDAMENTAL

XI Encontro de Iniciação à Docência

Avaliação da Monitoria de Parasitologia para o Desenvolvimento do Aluno do 3º semestre do Curso de Medicina do Cariri.

O ENSINO DA MATEMÁTICA EM SALA DE AULA: UM ESTUDO DIDÁTICO-REFLEXIVO COM UMA TURMA DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

ANÁLISES DA UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE QUÍMICA DAS ESCOLAS ESTADUAIS DO AGRESTE SERGIPANO.

ENSINO DE QUÍMICA: UMA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS DISCENTES INGRESSANTES NOS CURSOS DE QUÍMICA DA UEPB

Ensino Técnico Integrado ao Médio FORMAÇÃO GERAL. Plano de Trabalho Docente

TRABALHANDO EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO ECOSSISTEMA MANGUEZAL NO ENSINO FUNDAMENTAL I. Andreza Barboza da Silva; Ana Paula Santos Fidelis

ATUAÇÃO DA MONITORIA NAS AULAS DE QUÍMICA EXPERIMENTAL

ESTUDO DA ENERGIA DOS ALIMENTOS: UMA PROPOSTA EXPERIMENTAL E CONTEXTUALIZADA ATRAVÉS DO USO DE MATERIAL RECICLÁVEL

A IMPORTÂNCIA DA AULA DE CAMPO COMO MÉTODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENSINO-APRENDIZAGEM NA GEOGRAFIA

A UTILIZAÇÃO DO JOGO DADOS ORGÂNICOS COMO METODOLÓGIA AVALIATIVA

GINCANA LUDO QUÍMICA: UMA ALTERNATIVA METODOLÓGICA NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM.

PARÂMETROS CURRICULAES NACIONAIS (PCN:1999, PCN+:2002) A REFORMULAÇÃO DO ENSINO MÉDIO E AS ÁREAS DE CONHECIMENTO

A IMPORTÂNCIA DAS AULAS EXPERIMENTAIS PARA O ENSINO DE FÍSICA

A IMPORTÂNCIA DA TEMÁTICA ÁGUA NA REGIÃO DO CURIMATAÚ PARAIBANO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

ATIVIDADE LÚDICA "CRUZADA DOS PROTOZOÁRIOS": UMA ALTERNATIVA DIDÁTICA NO ENSINO DE BIOLOGIA.

ENSINO DE QUÍMICA DE FORMA DIFERENCIADA. OFICINA DE EXPERIMENTOS E SAÍDAS DE CAMPO

EXPERIMENTAÇÃO SOBRE ADSORÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA

BIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO: NOVAS PERSPECTIVAS DE ENSINO

ENEM: UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL PARA O ENSINO DA DISCIPLINA DE QUÍMICA.

RACHA A CUCA DA MICROBIOLOGIA: PROPOSTA DIDÁTICA EM CONTEÚDOS DE VÍRUS E BACTÉRIAS NO ENSINO MÉDIO

Anais do Evento PIBID/PR. Foz do Iguaçu 23 e 24 Outubro 2014 ISSN:

Eixo Temático 3-Currículo, Ensino, Aprendizagem e Avaliação

POLÍTICA DE GESTÃO AMBIENTAL - VISÃO DOS DISCENTES DO CEFET UBERABA

A UTILIZAÇÃO DO JOGO BINGO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE QUÍMICA

ANÁLISE DO USO DE LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS NAS AULAS DE QUÍMICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO AGRESTE SERGIPANO

Concepção dos Alunos de Ciências Biológicas Sobre as Atividades de Monitoria

Desenvolvimento e aplicação de jogos didáticos como facilitador no processo ensino/aprendizagem

AULAS DE FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: UMA METODOLOGIA DE AULAS DE FÍSICA DANDO ÊNFASE NOS EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS

II Competências, Habilidades e Bases Tecnológicas do Componente Curricular Componente Curricular: Tópicos de Química Experimental Módulo: 1º Noturno N

ph do Solo: Determinação com Indicadores Ácido-Base no Ensino Médio Bolsista: Maria Da Guia da Silva

O USO DA EXPERIMENTAÇÃO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TRÊS ESCOLAS DE BOM JESUS PIAUÍ

INOVAÇÃO PEDAGÓGICA NO ENSINO DE FÍSICA NO 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL I

A PRÁTICA DA REGÊNCIA DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: EMPREGO DE JOGOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS

PROJETO DE SOLICITAÇÃO DE DISCIPLINA NO PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PID 2018

A AULA DEMONSTRATIVA E A AULA PRÁTICA COMO MEIOS DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA PARA ALUNOS DE ENSINO BÁSICO REALIZADAS POR PIBID DE BIOLOGIA

A ABORDAGEM DE ÁCIDOS, BASES E ESCALA DE PH: COM ÊNFASE NA RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DO ENEM EM TURMAS DE 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

UTILIZAÇÃO DE UM BINGO COMO FERRAMENTA DE TRABALHO NAS AULAS DE CIÊNCIAS

APLICAÇÃO DA FÍSICA EXPERIMENTAL NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO JOSÉ GONÇALVES DE QUEIROZ

Aula 3 ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO DE BIOLOGIA I E II. Claudiene Santos Guilherme Guimarães JR

EDITAL DE SELEÇÃO DE PROFESSOR FORMADOR BOLSISTA DA EAD - UAB EDITAL 88/2018

Transcrição:

UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA 4CFTDCBSPLIC02 VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE QUÍMICA ATRAVÉS DE AULAS EXPERIMENTAIS Edino Cezar Ferreira Lima (1) ; Emanuel Régis da Silva (2) ; Luan Cardoso de Menezes (2) ; Max Rocha Quirino (3) ; Vênia Camelo de Souza (4) ; Ademir Guilherme (4) ; Yuri Montenegro Ishihara (4) Centro de Formação de Tecnólogos/ Departamento de Ciências Básicas e Sociais RESUMO Nos últimos anos, o ensino de Química tem se reduzido à transmissão de informações e definições de leis isoladas, sem qualquer relação com a vida do aluno, exigindo deste, quase sempre, a pura memorização, restrita a baixos níveis cognitivos, geralmente consolidados por exames de vestibulares e em livros textos amoldados com esta situação. Enfatizam se muitos tipos de classificações, como tipos de reações, ácidos, soluções e outros temas, que não representam aprendizagens significativas. Uma preocupação constante dos educadores na atualidade é a priorização de metodologias aptas a tornar o processo ensino aprendizagem mais produtivo (HERRON; NURRENBERN, 1999). O objetivo deste trabalho foi verificar o aprendizado de duas turmas do ensino médio quando submetidas a sete aulas práticas diferentes na área de química. Esta verificação da aprendizagem foi feita através de testes de sondagem (pré testes e pós testes). Inicialmente foi realizada a aplicação de um pré teste com o intuito de diagnosticar os conhecimentos pré existentes e em seguida foi ministrada uma aula experimental de química e depois foi aplicado um pós teste para verificar a aprendizagem dos alunos após a realização do experimento. Posteriormente, com todos os dados colhidos, foram calculadas as médias dos pré e pós testes para confecção de tabelas e para verificar ao processo de aprendizagem. Este trabalho foi feito em duas turmas; onde uma pertencente ao Colégio Agrícola Vidal de Negreiros e outra à Escola Estadual de Ensino Médio José Rocha Sobrinho, ambas localizadas no município de Bananeiras PB. As práticas realizadas foram as seguintes: (I) Normas de Segurança em um laboratório de química, (II) Equipamento de laboratório, (III) Medidas de Volumes, (IV) Fenômenos físicos e químicos, (V) Separação de misturas, (VI) Destilação simples e (VII) Determinação da densidade de um sólido. Foi observado durante as aulas práticas um grande interesse por parte dos alunos, onde uma tempestade de dúvidas foi esclarecida. As médias dos pós testes de todas as turmas foram maiores que as dos pré testes em todas as práticas realizadas e nos faz concluir que realmente ocorreu uma aprendizagem significativa destes temas abordados. Palavras chave: Ensino de Química. Aulas experimentais. Pré testes e pós testes. Introdução Ao analisarmos o plano geral do ensino de química das principais escolas de ensino médio, observamos que o conteúdo programático tem sido trabalhado com rituais mecânicos de definições e nomenclaturas, restando aos alunos a memorização e o estudo de conteúdos não correlacionados com o cotidiano (RODRIGUES; AGUIAR; SANTA MARIA, 2000). Freqüentemente é feito um questionamento por parte dos alunos acerca do motivo pelo qual estudam química, visto que nem sempre este conhecimento será necessário na futura profissão (RODRIGUES; AGUIAR; SANTA MARIA, 2000). Segundo Chassot (1990), alguns professores também não sabem responder a esta questão, pois nunca pensaram no assunto ou responde de forma simplista. O estudo da química deve se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar, compreender, utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de vida, como por exemplo, o impacto ambiental provocado pelos rejeitos industriais e domésticos que poluem o ar, a água e o solo. Cabe assinalar que o entendimento das razões e objetivos que justificam e motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando se as aulas baseadas (1) Bolsista; (2) Voluntário(a); (3) Prof(a) Orientador(a)/Coordenador(a); (4) Prof(a) Colaborador(a); (5) Servidor Técnico Administrativo 1

na simples memorização de nomes e fórmulas, tornando as vinculadas ao conhecimento do dia a dia do alunado (RODRIGUES; AGUIAR; SANTA MARIA, 2000). Nos últimos anos, o ensino de química tem se reduzido à transmissão de informações e definições de leis isoladas, sem qualquer relação com a vida do aluno, exigindo deste, quase sempre, a pura memorização, restrita a baixos níveis cognitivos, geralmente consolidados por exames de vestibulares e em livros textos amoldados com esta situação. Enfatizam se muitos tipos de classificações, como tipos de reações, ácidos, soluções e outros temas, que não representam aprendizagens significativas (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS,1999). Uma preocupação constante dos educadores na atualidade é a priorização de metodologias aptas a tornar o processo ensino aprendizagem mais produtivo (HERRON; NURRENBERN, 1999). Neste contexto, deve se considerar que a Química é uma ciência eminentemente prática e, portanto, sem aulas laboratoriais os alunos ficam distanciados da parte fundamental dessa ciência no que diz respeito ao ensino e a aprendizagem. Deste modo o ensino dessas ciências é realizado de forma monótona, expositiva e livresca (BARRETO, 1996). As aulas práticas dessas disciplinas, apesar de indispensáveis, não ocorrem, na maioria ou em quase todas as escolas públicas do Estado, devido à ausência de laboratórios adequados, ou de professores treinados (KRASILCHIK, 1987). Então, o principal objetivo deste trabalho foi utilizar experimentos na área de química como recurso instrucional em duas escolas públicas localizadas na cidade de Bananeiras PB e assim poder verificar através de testes de sondagens (pré testes e pós testes) o aprendizado dos discentes submetidos à pesquisa. Descrição Metodológica Visando acessar um universo amplo de estudantes, estas aulas práticas foram realizadas em duas turmas do 2 o ano, onde uma pertencente ao Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (CAVN) e a outra a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José Rocha Sobrinho ambas localizadas na cidade de Bananeiras PB. As aulas experimentais estudadas e avaliadas foram as seguintes: (1) Normas de segurança: procedimentos corretos na utilização dos equipamentos de laboratório; (2) Equipamentos básicos de laboratório: conhecendo os equipamentos utilizados no laboratório; (3) Medida de volumes: mostrando os materiais corretos para obter diferentes medidas de volumes de líquidos; (4) Fenômenos físicos e químicos: capacitando os alunos e professores para diferenciar esses dois tipos de fenômenos; (5) Separação de misturas: tornando o aluno capaz de separar misturas simples. (6) Determinação da densidade de um sólido: comparação das densidades de vários sólidos e conceitos de densidade absoluta e relativa, assim como de que material é confeccionado o objeto de estudo; (7) Destilação simples e fracionada: diferenciando um aparelho para realização de uma destilação simples de um aparelho de destilação fracionada, assim como montar um com material alternativo. O procedimento do trabalho para todos os experimentos isoladamente trabalhados foi realizado através das seguintes etapas: aplicação de um Préteste (teste de sondagem) para cada componente do grupo, com questões referentes à aula prática que seria estudada naquele dia, preestabelecendo 15 minutos para que os alunos discutissem as questões e as respondessem. Cada Pré teste era correspondente ao assunto de cada experimento, como exemplo, para o experimento (5) que tinha como tema separação de misturas, foi feito um único Pré teste aplicado individualmente. Os Pré testes eram recolhidos e em seguida distribuídos um roteiro de aula prática que deveria ser seguido pelos alunos durante a exposição da aula experimental; durante o decorres da experiência, os alunos participavam ativamente das aulas através de questionamentos que eram respondidos pelo aluno bolsista; ao término da aula, os roteiros eram recolhidos e era aplicado um pós teste, também determinado um tempo de 15 minutos para os discentes responderem a fim de avaliar o nível de compreensão dos alunos após a aplicação de uma aula experimental; os pré e póstestes eram corrigidos pelo bolsista e só as notas dos Pós testes eram entregues ao professor das turmas as quais serviram como notas referentes a uma avaliação dos alunos na disciplina de química. Corrigidos todos os testes (pré testes e pós testes) relativos a cada aula separadamente, foram calculadas as médias destes por turma e por escola e os dados obtidos foram computados em duas tabelas. 2

Resultados Os resultados de todos os experimentos realizados foram expressos nas tabelas 01 e 02 mostradas a seguir: Tabela 01 Médias dos pré e pós testes correspondentes aos assuntos das aulas experimentais realizadas pelos alunos do 1 o ano do Colégio Agrícola Vidal de Negreiros CAVN. Aula prática Média dos pré testes Média dos póstestes 1 Normas de segurança 5,0 8,6 2 Equipamentos básicos de laboratório 4,5 7,5 3 Medida de volumes 6,0 8,8 4 Fenômenos físicos e químicos 4,2 6,13 5 Separação de misturas 2,9 7,43 6 Determinação da densidade de um sólido 3,8 6,25 7 Destilação simples e fracionada 1,05 6,55 Fonte: Dados da pesquisa. Foi observado que em todas as aulas práticas realizadas as médias das notas dos póstestes foram superiores as dos pré testes. Na experiência sobre destilação simples e fracionada houve realmente um aumento da média, pois a média do pré teste da turma do 2 o ano do CAVN foi muito baixa. Assim também foi observado na prática de separação de misturas. Os alunos do colégio supracitado evidenciaram um interesse maior nas quatro últimas experiências, pois são experiências que chamam bastante atenção dos discentes, mas as notas não foram tão boas quantos as notas das três primeiras. A maior média da turma no pós teste foi em normas de segurança de laboratório de química. Tabela 02 Médias dos pré e pós testes correspondentes aos assuntos das aulas experimentais realizadas pelos alunos do 1 o ano da Escola Estadual de Ensino Médio José Rocha Sobrinho. Aula prática Média dos pré testes Média dos póstestes 1 Normas de segurança 5,5 7,0 2 Equipamentos básicos de laboratório 4,5 7,0 3 Medida de volumes 5,0 8,5 4 Fenômenos físicos e químicos 5,6 6,4 5 Separação de misturas 4,9 7,4 6 Determinação da densidade de um sólido 3,7 6,7 7 Destilação simples e fracionada 3,7 6,2 Fonte: Dados da pesquisa. No Colégio Estadual José Rocha Sobrinho foi observado que as notas dos pós testes foram maior que as dos pré testes, o que também foi evidenciado pela Escola agrícola Vidal de Negreiros, esta última sendo uma escola técnica vinculada a Universidade Federal da Paraíba/UFPB. Foi observado que das quatro últimas aulas experimentais apenas uma média do pós teste foi acima de sete, isto ocorreu na experiência Separação de misturas. O interessante foi que o mesmo ocorreu com a média dos pós testes dos alunos pertencentes à Escola Agrícola Vidal de Negreiros. Com este dado pode se supor que esta aula prática deve ser reformulada, objetivando um melhor entendimento do discente, assim, favorecendo o processo de ensino aprendizagem de fenômenos físicos e químicos. Mas, temos que salientar que é apenas uma média da turma, e através deste resultado, onde a média do pré teste é menor do que a do pós teste, podemos supor que houve um acréscimo de aprendizado. 3

Como afirma Leach (1998) o conhecimento sobre a natureza da ciência, influencia a aprendizagem dos estudantes na atividade experimental, com isso podemos supor que na aula de fenômenos físicos e químicos em ambas as instituições de ensino, os alunos não apresentaram conhecimento sobre este tópico, o que já tinha sido lecionado pelo professor em aula teórica anterior, ou seja, não houve um aprendizado por parte dos discentes. Então, depois de realizada uma aula experimental, foi observado através da média da turma que a aula prática é fundamental quando utilizada como recurso instrucional. Também foi notado que nas três primeiras aulas experimentais, todas as médias dos pós testes foram superiores a sete. Foto 01 Aula prática de Destilação Simples Foto 02 Aula prática de fenômenos físicos e químicos realizadas em ambas escolas. Foto 03 Aula prática de determinação da densidade realizada no CAVN Foto 04 Aula prática realizada na Escola José Rocha Sobrinho Conclusão Através dos dados expostos nos resultados podemos concluir que as aulas experimentais são importantes para a contribuição de uma melhora no processo ensinoaprendizagem, a qual serve como recurso instrucional que desperta bastante a curiosidade destes discentes, promovendo um aprendizado de acordo com os parâmetros curriculares nacionais. O pré teste serviu como uma avaliação diagnóstica e o pós teste serviu para verificar o aprendizado de química diante de uma aula prática, o que notamos que esta aula foi fundamental para uma aprendizagem significativa. A aula prática é um recurso instrucional importante, mas quando é antecipada por uma aula teórica sobre a natureza científica do assunto a ser abordado. Referências Bibliográficas BARRETO, A. L. P.; PEREIRA, M. G.; RODRIGUES, M. F. E; RAMOS, M. G. M. Revelando o ensino público Ensino de Biologia. IN: Pinheiro, A. C. F. (Org.). Revelando o Ensino Público: o entendimento de professores e alunos sobre o ensino de Biologia, Geografia, História e Psicologia. João Pessoa: A União, 1996. 4

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio: Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias / Ministério da Educação Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média e Tecnológica. v.3, p.67, 1999. CHASSOT, A. I. A Educação no Ensino de Química. Livaria Injuí Editora; Rio Grande do Sul, 1990. HERRON, J.D.; NURRENBERN, S.C. Chemical Education research. Journal of Chemical Education, v.76, p. 1354 1361,1999. KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU Editora Pedagógica e Universitária LTDA, 1987. LEACH, J. Em Pratical work in school science: Which way now?; Wellington, J., ed.; Routledge: London, 1998, cap. 4. RODRIGUES, J.R.; AGUIAR, M.R.P; SANTA MARIA, L.C.; SANTOS, Z.A.M. Uma Abordagem Alternativa para o Ensino da Função Álcool. Química Nova na Escola, N o 12, p.20 23. 2000. 5