DECISÃO SOBRE O RELATÓRIO DO CONSELHO DE PAZ E SEGURANÇA REFERENTE ÀS SUAS ACTIVIDADES E A SITUAÇÃO DE PAZ E SEGURANÇA EM ÁFRICA

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Pág. 1 DECISÃO SOBRE O RELATÓRIO DO CONSELHO DE PAZ E SEGURANÇA REFERENTE ÀS SUAS ACTIVIDADES E A SITUAÇÃO DE PAZ E SEGURANÇA EM ÁFRICA Doc. Assembly/AU/6 (XV) A Conferência, 1. TOMA NOTA do Relatório do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana (UA) sobre as suas Actividades e a Situação de Paz e Segurança em África; 2. EVOCA a Declaração de Tripoli sobre a Eliminação de Conflitos e a Promoção de uma Paz Duradoura em África [SP/ASSEMBLY/PS: DECL (1)] e o Plano de Acção [SP/ /ASSEMBLY/PS/MAP], aprovada na sua Sessão Especial sobre a Análise e a Resolução de Conflitos em África, realizada em Tripoli, Líbia, a 31 de Agosto de 2009. A Conferencia REITERA a necessidade de um acompanhamento e implementação eficazes tanto da Declaração como do Plano de Acção; 3. CONGRATULA-SE com os esforços envidados pela União Africana (UA) e as Comunidades Económicas Regionais/Mecanismos Regionais de Prevenção, Gestão e Resolução de Conflitos (CERs/MRs), com o apoio da comunidade internacional, para a operacionalização plena da Arquitetura Africana de Paz e Segurança, em especial, o Sistema Continental de Alerta Prévio (CEWS), a Força Africana em Estado de Alerta (FAEA). A este respeito, a Conferencia TOMA NOTA da importância do exercício Amani Africa, que deve ser realizado em Outubro de 2010, para testar a prontidão operativa da FAEA. A Conferência APELA à continuação do apoio aos Centros Africanos de Excelência sobre resolução de conflitos e manutenção da paz; 4. SAÚDA IGUALMENTE os esforços realizados para a prevenção e resolução de conflitos, bem como a consolidação da paz onde fora alcançado, e EXORTA todas as partes interessadas a redobrar os seus esforços com vista a acelerar a realização do objectivo de uma África sem conflitos; 5. REITERA A SUA PREOCUPAÇÃO com o impasse contínuo do processo que visa restaurar a ordem constitucional em Madagáscar, devido principalmente à recusa das autoridades de facto de colaborar com a UA e a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) para a implementação dos Acordos de Maputo de 6 de Agosto de 2009 e o Acto Adicional de Adis Abeba, de 6 de Novembro de 2009. A Conferencia

Pág. 2 ENCORAJA o Mediador da SADC, o ex-presidente Joaquim Chissano, a prosseguir e intensificar as suas consultas com as partes malgaxes, com vista a facilitar um regresso rápido e consensual à legalidade, em conformidade com os instrumentos e decisões relevantes. No entanto, a Conferência APELA para a realização de esforços renovados com vista à implementação de sanções específicas impostas pelo CPS, em conformidade com as decisões adoptadas nas suas reuniões realizadas a 19 de Fevereiro e 17 de Março de 2010, respectivamente; 6. CONGRATULA-SE COM a assinatura, em Moroni, a 16 de Junho de 2010, do «Acordo para a Gestão do Período Provisório» pelo Presidente da União e pelos Governadores das Ilhas autónomas de Ngazidja, Anjouane e Mohéli. A Conferência EXORTA as partes comorianas a cooperarem de boa-fé com vista a uma implementação rigorosa deste Acordo, incluindo a organização, dentro do prazo previsto, das eleições harmonizadas do Presidente da União e dos Governadores das Ilhas autónomas incluindo a transferência de poderes entre o Presidente eleito e o Presidente cessante, e EXORTA a comunidade internacional a conceder o seu apoio financeiro e técnico necessário para o sucesso de todo o processo. 7. REAFIRMA O SEU APOIO TOTAL ao Governo Federal de Transição (GFT) da Somália, e CONDENA VEEMENTEMENTE os ataques e outros actos de violência perpetrados por Al-Shabab e outros grupos terroristas contra o GFT, o povo da Somália e a missão da UA na Somália (AMISOM). A Conferencia CONDENA TAMBÉM os ataques terroristas infames reivindicados por Al Shabab, que foram perpetrados em Kampala, a 11 de Julho de 2010, contra civis inocentes. A Conferencia EXORTA os Estados-Membros e toda a comunidade internacional a se precaverem e tomarem todas as medidas necessárias contra indivíduos, entidades e Estados envolvidos em actos terroristas, e que cujas acções prejudicam o processo de paz e reconciliação na Somália, bem como a estabilidade regional e segurança internacional; 8. INCENTIVA as Instituições Federais de Transição (IFT) a reforçar a sua coesão e trabalho com determinação, para a reconciliação nacional e unidade entre os somalis, em conformidade com o Acordo de Djibuti de Agosto de 2009. Neste contexto, a Conferencia CONGRATULA-SE com a assinatura e implementação do acordo alcançado em Adis Abeba, a 15 de Março de 2010, entre o GFT e a Ahlu Sunna Wal Jamma'a, bem como o acordo assinado com a região somáli de Puntlandia, a 12 de Abril de 2010;

Pág. 3 9. EXPRIME, MAIS UMA VEZ, O SEU APREÇO aos Países que Contribuem com Tropas (TCCs) para a AMISOM, nomeadamente Uganda e Burundi, pelas suas inestimável contribuição para a paz na Somália e pelos sacrifícios feitos. A Conferência INCENTIVA os esforços em curso para o reforço de capacidade das forças de segurança somalis, e APROVA as decisões contidas no comunicado da 15ª Sessão Extraordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Autoridade Inter-Governamental para o Desenvolvimento (IGAD), realizada em Adis Abeba, a 5 de Julho de 2010 e EXPRIME O SEU PROFUNDO APREÇO pela iniciativa regional sob a Arquitectura Africana da Paz e Segurança de permitir a AMISOM atingir o seu efectivo autorizado de 8.100 militares. A Conferencia ENCARREGA a Comissão de começar a planificar a nova fase de desdobramento da AMISOM, apoiada pela Força Africana em Estado de Alerta (FAEA), uma vez operacional; 10. RECONHECE AINDA a importância do envolvimento político na Somália e SOLICITA o Presidente da Comissão a nomear uma Personalidade de Alto Nível no sentido de galvanizar o apoio e a atenção internacional para a Somália, e o engajamento da população nos processos de governação de modo a reforçar a legitimidade do GFT. A Conferência AFIRMA que o processo de Djibouti continua ser a única e INSTA o GFT a continuar os esforços que tem levado a cabo no sentido de alargar a sua base política no contexto da legitimidade das Instituições Federais de Transição (IFT), através da inclusão daqueles que abracem genuinamente a paz e renunciem a violência. A Conferência apela a todos os actores na Somália a apoiar e impulsionar actividades que garantam meios de subsistência da população. A Conferência REITERA TAMBÉM o seu apelo à comunidade internacional no geral e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, em particular a desempenhar o seu papel decisivo, incluindo a transformação da AMISOM em uma missão de paz das Nações Unidas, e a mobilizar recursos comensuráveis à magnitude dos desafios porque passa a Somália e a região; 11. REITERA A SUA PREOCUPAÇÃO com o impasse contínuo do processo de paz entre a Etiópia e a Eritreia e REAFIRMA a disponibilidade da União Africana para ajudar os dois países a superar o actual impasse, através do diálogo, e normalizar as suas relações; 12. SAÚDA a assinatura, no âmbito dos esforços de mediação do Emir de Qatar, de um Acordo entre o Djibuti e a Eritreia, ao abrigo do qual os dois países concordaram em resolver o seu diferendo fronteiriço através da mediação e meios pacíficos. A Conferência LANÇA UM APELO para a implementação

Pág. 4 escrupulosa desse Acordo e EXPRIME A ESPERANÇA de que esta evolução vai ter um impacto positivo na situação geral na região do Corno de África, através de esforços contínuos a serem empreendidos de uma maneira abrangente e consistente, bem como em boa-fé; 13. CONGRATULA-SE com o prosseguimento de esforços visando a consolidação da paz no Burundi e REALÇA, neste sentido, a importância que caracteriza a conclusão do processo eleitoral que iniciou em Maio e deveria concluir em Setembro de 2010. A Conferência LANÇA UM APELO URGENTE ao conjunto de actores políticos para que tirem ensinamentos das eleições municipais e presidenciais de 21 de Maio e 28 de Junho de 2010, e trabalhem em conjunto para o aprofundamento do processo democrático, nomeadamente participando nas eleições futuras e contribuindo para o bom funcionamento das Instituições. A Conferência CONGRATULA-SE igualmente com os progressos que continuam a registar-se na consolidação da paz na República Democrática do Congo (RDC). A Conferência SUBLINHA A IMPORTÂNCIA de que se reveste a implementação rápida das recomendações da Missão multidisciplinar da UA que teve lugar na RDC e no Burundi, em Janeiro de 2010, tal como foram aprovadas pelo CPS por ocasião da sua 230ª Reunião realizada a 27 e 31 de Maio de 2010; 14. SAÚDA a realização pacífica e bem sucedida das Eleições Gerais de Abril de 2010 no Sudão, não obstante os desafios enfrentados pelo processo, e ENCORAJA as partes sudanesas a redobrar os seus esforços para a transformação democrática do país, em conformidade com o Acordo de Paz Geral (APG) de 2005; 15. NOTA que o APG está a entrar na sua fase final de implementação, que culminará com a realização do referendo de autodeterminação no Sul do Sudão e o referendo em Abyei, em Janeiro de 2011. A Conferencia REALÇA a importância primordial da parceria entre o NCP e o SPLM e EXORTA-OS, em consulta com outras partes interessadas, a resolver o mais rápido possível, as questões pendentes na implementação do APG, nomeadamente a resolução da questão de Abyei, as modalidades de organização de consultas populares nos estados de Blue Nile e Kordofan do Sul, e a conclusão da demarcação da fronteira Norte-Sul; 16. EXORTA AINDA as partes a trabalhar para a conclusão bem sucedida das negociações sobre questões e acordos pós-referendo, com base no Memorando de Entendimento (MoE) de Mekele, de 22 de Junho de 2010 e os resultados da Sessão de Exposição realizada em Juba, a 19 e 20 de Julho de 2010, a fim de garantir uma paz sustentável, uma estreita cooperação entre o

Pág. 5 Norte e o Sul e a salvaguarda dos direitos de todos os sudaneses, independentemente do resultado do referendo sobre a autodeterminação. A Conferência ASSEGURA O APOIO TOTAL DA UA aos esforços envidados pelas partes Sudanesas e o seu compromisso de respeitar os resultados do referendo de autodeterminação e facilitar a sua aplicação, como um dos garantes do APG; 17. EXPRIME A SUA PREOCUPAÇÃO com a recente degradação da situação de segurança em Darfur, e SOLICITA todas as partes a demonstrar moderação e a se abster de acções susceptíveis de complicar ainda mais a situação. A Conferência ENCORAJA as partes no processo de Doha, liderado pelo Mediador Principal Conjunto UA-ONU, com o apoio do Governo de Qatar, para intensificar os seus esforços no sentido de alcançar novos progressos; e INSTA os movimentos que não estão a participar nas negociações de Doha a participar do processo, sem mais demora. A Conferencia MANIFESTA SEU APOIO TOTAL à convocação antecipada, em Darfur, da Conferência de Darfur-Darfur, tal como prevista pelo Painel de Implementação de Alto Nível da UA (AUHIP) sobre o Sudão, e EXORTA a todos os interessados a prestar toda a cooperação e apoio necessários; 18. CONGRATULA-SE COM o trabalho a ser feito pelo AUHIP desde a sua criação em Outubro de 2009, nomeadamente o apoio à implementação do APG, as negociações sobre as questões e disposições pós-referendo e a busca de uma solução inclusiva e geral para o conflito em Darfur. A Conferência REALÇA a importância de uma coordenação eficaz a nível internacional e no terreno, em apoio aos esforços das partes Sudanesas. Neste contexto, a Conferência ACOLHE COM AGRADO o estabelecimento do Fórum Consultivo sobre o Sudão, co-presidido pela UA e as NU, que se reuniu pela primeira vez em Cartum, a 17 de Julho de 2010; 19. CONGRATULA-SE com a consolidação do processo de normalização das relações entre o Chade e o Sudão, e FELICITA os dois países pelas medidas tomadas a esse respeito, assim como os dois Chefes de Estado pela sua visão e liderança; 20. NOTA COM PREOCUPAÇÃO os atrasos registados no calendário eleitoral na República Centro Africana (RCA) bem como na execução do programa DDR. A Conferência EXPRIME, POR OUTRO LADO, A SUA PREOCUPAÇÃO perante o prosseguimento das actividades do Exército de Resistência do Senhor (LRA) na RCA. A Conferência EXORTA as partes centro-africanas a tudo fazer para a realização das eleições e SOLICITA a comunidade internacional a prestar o apoio necessário;

Pág. 6 21. SOLICITA a Comissão, no quadro do Plano de Acção de Tripoli, a organizar, o mais rapidamente possível, consultas operacionais entre os países afectados pelas actividades do LRA e todas as outras partes interessadas, a fim de facilitar uma acção regional coordenada, face à ameaça representada por este grupo; 22. EXORTA as partes ivoirenses a proceder, com a ajuda do Facilitador, o Presidente Blaise Campaoré, de Burkina Faso, à implementação escrupulosa do Acordo Político de Ouagadougou e dos seus Acordos Complementares, a fim de criar as condições propícias para a realização rápida das eleições que, por seu turno, deverão marcar o fim do processo de saída da crise; 23. TOMA NOTA do calendário de transição e do processo de retorno à ordem constitucional, tal como foi definido pelas autoridades do Níger, em consulta com as partes interessadas, e SOLICITA a todos os actores nigerinos a assegurar o seu estrito cumprimento. A Conferência APELA aos Estados Membros e a comunidade internacional em geral, a prestar o apoio necessário para a realização adequada do processo de transição, em particular as eleições, assim como a assistência necessária para fazer face à situação de escassez de alimentos que o Níger enfrenta ; 24. FELICITA-SE pela realização, a 27 de Junho de 2010, da 1ª volta das eleições presidências na Guiné e SUBLINHA o imperativo da organização rápida da 2ª volta do escrutínio presidencial, seguido das eleições legislativas. A Conferência FELICITA o Presidente da Transição e a CEI pelos esforços envidados e os ENCORAJA a preservar na sua determinação e ALERTA contra qualquer tentativa de pôr em causa os progressos alcançados e o processo eleitoral. A Conferência CONVIDA os Estadosmembros e os parceiros internacionais a continuar a prestar o seu apoio para a finalização do processo de transição em curso na Guiné bem como a reforma do sector da defesa e segurança, incluindo a recuperação económica do país; 25. CONGRATULA-SE com a realização, a 14 e 15 de Junho de 2010, em Bruxelas, sob a égide da União Europeia, da Mesa Redonda dos parceiros da Mauritânia e ENCORAJA os parceiros interessados a desembolsar rapidamente os fundos prometidos. A Conferência EXORTA as partes mauritanianas a promover, de boa fé, o diálogo político, em conformidade com o Acordo de Dakar;

Pág. 7 26. EXPRIME A SUA PROFUNDA PREOCUPAÇÃO face aos acontecimentos ocorridos na Guiné Bissau, no dia 1 de Abril de 2010, que constituem um atentado a ordem constitucional e CONDENA a interferência contínua do exército no funcionamento das instituições democráticas. A Conferência SUBLINHA A IMPORTǺNCIA de que se reveste a implementação efectiva da reforma do sector da segurança e SOLICITA as Comissões da UA e da CEDEAO a acelerar os preparativos do envio rápido da missão de estabilização prevista no Plano de Acção de Tripoli; 27. REITERA A SUA VIVA PREOCUPAÇÃO face à persistência e o crescimento da pirataria marítima, que constitui um crime internacional em conformidade com importantes instrumentos internacionais, como a Resolução 1918 (2010), e SAÚDA a realização, em Adis Abeba, de 6 a 7 de Abril de 2010, de um seminário sobre a segurança e a protecção marítimas. A Conferência CONCEDE O SEU APOIO aos esforços envidados pela Comissão para a implementação das conclusões do seminário, incluindo a elaboração de uma estratégia continental para a gestão da área marítima do Continente e o envolvimento da FAA nos esforços de promoção da segurança e protecção marítimas e SUBLINHA, neste contexto, a importância de uma protecção adequada dos espaços marítimos bem como dos estados-ilhas em particular, contra o crime organizado assim como a pesca ilegal e o depósito de lixo tóxico. A Conferência REITERA o seu apelo conforme estabelecido no Plano de Acção de Tripoli, para a realização, no quadro das NU, de uma Conferência para o desenvolvimento de uma Convenção Internacional sobre Pirataria; 28. REITERA a necessidade de esforços contínuos e firmes para fazer face ao flagelo do terrorismo, SAÚDA a realização da 4ª Reunião dos pontos focais do Centro Africano de Estudos e Investigação sobre o Terrorismo (CAERT) e APELA para uma cooperação reforçada entre os Estados-membros, em conformidade com instrumentos pertinentes da UA. A Conferência SOLICITA a Comissão a submeter rapidamente um relatório ao CPS contendo várias novas medidas destinadas a aumentar a eficácia da acção africana colectiva contra o fenómeno do terrorismo, incluindo medidas apropriadas em matéria de entreajuda judiciária penal e a eliminação das fontes de financiamento de grupos terroristas, designadamente o pagamento de resgate para a libertação de reféns; 29. FELICITA-SE pelos esforços envidados pela Comissão para desenvolver um plano de acção e directivas da UA sobre a protecção de civis nas operações

Pág. 8 de apoio à paz, em conformidade com o Protocolo relativo à criação do Conselho de Paz e Segurança bem como outros instrumentos pertinentes da UA. Neste contexto, a Conferência NOTA COM SATISFAÇÃO a organização pela Comissão, com a ajuda do governo Australiano e do Centro de Excelência Ásia/Pacífico para as relações Civis/Militares, de um seminário sobre esta questão, em Adis Abeba, e SOLICITA a Comissão a prosseguir os seus esforços e a submeter um relatório aos órgãos competentes da UA, a fim de lhes permitir tomar as decisões necessárias, com base nos instrumentos pertinentes da UA. 30. CONGRATULA-SE COM a parceria em curso entre o CPS, por um lado, e o Conselho de Segurança das Nações Unidas e o Comité de Política e Segurança da União Europeia, por outro lado, incluindo a realização em Nova Iorque, no dia 9 de Julho de 2010, da 4ª Reunião Consultiva Anual entre o CPSUA e o CSNU e APELA para a mobilização da comunidade internacional no seu todo no apoio à soluções africanas para os problemas africanos; 31. REGOZIJA-SE com o nível alcançado na operacionalização da Arquitectura Africana de Paz e Segurança e ENCORAJA as CERs/MR bem como todos os Estados-membros a reforçar e a aumentar as suas contribuições para a reunião das condições necessárias do sucesso dos esforços africanos em matéria de promoção da paz e segurança; 32. SOLICITA a Comissão a prosseguir e a intensificar as suas actividades para a implementação cuidadosa e integral da Declaração de Tripoli e do respectivo Plano de Acção, incluindo os objectivos do Ano de Paz e Segurança em África.