MUNICÍPIO DE ALMADA CÂMARA MUNICIPAL REUNIÃO 2005/09/21 0. Órgãos Autárquicos PROPOSTA PLANO DE URBANIZAÇÃO DA FRENTE RIBEIRINHA NASCENTE DA CIDADE DE ALMADA: Acompanhamento pela CCDRLVT Respeitar o passado sem o sacralizar permitirá valorizar testemunhos identitários, reabilitar, reutilizar mas também renovar de forma radical quando a corência do modelo urbano proposto assim o exigir. O Plano deve garantir a possibilidade de a Cidade chegar à Beira-Rio sem ruptura, mas sem que tal signifique forçosamente apagar o passado, eliminar por completo as cicatrizes, homogeneizar! Este foi o mote do Concurso Público (Internacional) por Prévia Qualificação lançado pela Câmara Municipal de Almada em 2001 para Selecção de Equipa Pluridisciplinar para a elaboração de ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL GEOLÓGICA E GEOTÉCNICA E PLANO DE URBANIZAÇÃO DA FRENTE RIBEIRINHA NASCENTE DA CIDADE DE ALMADA na sequência da sua deliberação nesse sentido de 03-11-00. Os 115 HA da área de Estudo entre Cacilhas e a Cova da Piedade incluem os cerca de 50 HA de terreno ribeirinho ocupados pelo Estaleiro Naval da Margueira, até há pouco explorado pela LISNAVE (a actividade cessou no final de 2000). Com o lançamento do Concurso a Câmara Municipal de Almada deu um passo importante, no âmbito das suas competências específicas em matéria de Ordenamento do Território, no sentido de Revitalizar uma importante área da Cidade
de Almada, contribuindo simultaneamente para a solução de problemas complexos e de escala nacional como são os que estão associados ao encerramento da Actividade dos Antigos Estaleiros da Margueira. Quis fazê-lo de forma tecnicamente qualificada e com a participação de todos os actores relevantes num processo desta natureza. Assim a nível do CONCURSO assegurou mediante um Caderno de Encargos exigente e objectivo e através de uma adequada publicitação a nível Nacional e Internacional uma participação ampla e muitíssimo qualificada. Apresentaram Propostas centenas de Técnicos e Empresas de múltiplas especialidades e de prestígio Internacional agrupadas em 19 Consórcios o que constitui desde logo um índice seguro do interesse do desafio técnico em presença. O Júri, qualificado e representativo integrou representantes da Direcção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território de Lisboa e Vale do Tejo, da Ordem dos Arquitectos, da Ordem dos Engenheiros, da Associação dos Urbanistas Portugueses, do International Council for Local Environemental Initiatives, da Agência Municipal de Energia de Almada e da Câmara Municipal de Almada. A Equipa seleccionada foi o Consórcio WS ATKINS / SANTA RITA ARQUITECTOS / RICHARD ROGERS PARTNERSHIP. Os trabalhos iniciaram-se em Fevereiro de 2003 obedecendo a uma METODOLOGIA INOVADORA e RIGOROSA constante da Proposta da Equipa (consórcio WS A / SRA / RRP) (extracto da proposta da equipa): A realidade em presença exige uma solução criativa mas que se paute pela viabilidade e exequibilidade, tendo em conta o contexto em que se insere, seja a nível local, seja regional ou metropolitano, nomeadamente no tocante às influências externas, às regras do mercado e aos factores chave da mudança....a Equipa consolidou uma abordagem ao problema,...que considera este como um projecto único Desenvolvimento da Frente Ribeirinha Nascente da Cidade de Almada, concebido como um sistema integrante de três vertentes centrais que, em vez de serem produzidos numa lógica sequencial, se interpenetram e interagem de 2
uma forma orgânica ao longo de todo o processo de trabalho ambiente, recuperação de solos, desenvolvimento urbano. Parte integrante e fundamental da metodologia de trabalho adoptada é um SISTEMA DE PARTICIPAÇÃO que inclui nomeadamente: Reuniões / Workshops com Decisores Locais (Câmara, Assembleia Municipal, Juntas de Freguesia); Reuniões / Workshops com um PAINEL de ACTORES CHAVE com a seguinte composição: Assembleia Municipal de Almada Junta de Freguesia da Cova da Piedade Junta de Freguesia de Cacilhas Fundo Margueira Capital Barreiras e Irmãos (Herdeiros) UNL - Universidade Nova de Lisboa Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal Clube Náutico de Almada APL - Administração do Porto de Lisboa TRANSTEJO, E.P. MTS - Metro Transportes do Sul, S.A. API - Agência Portuguesa de Investimento AERSET APPI - Assoc. Portug. de Pormotores Imobiliários APEMI - Assoc. Emp. Mediação Imobiliária Base Naval de Lisboa - Alfeite Arsenal do Alfeite Associação de Colectividades do Concelho de Almada AERCA Associação Empresários da Costa Azul 3
Fóruns de PARTICIPAÇÃO ALARGADA dirigidos a um leque diversificado de convidados (cerca de 300, representativos de interesses sócio-económicos e sectores profissionais de âmbito local e regional) e abertos à população em geral. Assim dezenas de reuniões de trabalho (de que se destacam 6 Fóruns) tem permitido um acompanhamento do desenvolvimento dos trabalhos A PAR E PASSO circulando a informação em fluxo constante e de forma interactiva entre a EQUIPA TÉCNICA, A CÂMARA E RESTANTES DECISORES LOCAIS, ACTORES-CHAVE E OS CIDADÃOS INTERESSADOS. Após a PRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO/DEBATE do estudo de Caracterização Ambiental Geológica e Geotécnica (nas suas várias fases) em paralelo com os Estudos Base do Plano de Urbanização e com uma VISÃO ESTRATÉGICA para a área de intervenção houve que optar entre CENÁRIOS DE OCUPAÇÃO PARA A CIDADE DA ÁGUA. Fase crucial do Processo (Primavera-Verão 2004) culminou, após mais uma ronda de participação de todos os intervenientes e interessados, com uma tomada de posição (deliberação) da Assembleia Municipal (25-05-2004) que fixou BALIZAS em termos de INTENSIDADE DE USO URBANÍSTICO para a área de intervenção. Com base nesta Deliberação e fundamentada nas conclusões dos trabalhos já elaborados (nomeadamente os do ECAGG) a Câmara Municipal deliberou em 21-07-2004 dar início FORMAL aos trabalhos do Plano de Urbanização numa fase que a Equipa designou por DESENHAR O FUTURO DESEJADO. Em Agosto/Setembro de 2004 decorreu o período de AUDIÇÂO PÚBLICA legalmente previsto em que estiveram patentes ao Público todos os Relatórios Técnicos até então produzidos e se realizou mais um FÓRUM DE PARTICIPAÇÃO. Solicitou-se então o ACOMPANHAMENTO do Processo pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) que, como legalmente previsto, coordena a intervenção da Administração Central nos Processos de elaboração de Instrumentos de Gestão Territorial/Planos Municipais de Ordenamento do Território. 4
Assim se iniciou a última fase do processo de elaboração do Plano de Urbanização de Almada Nascente no âmbito da qual decorreu já um ciclo de reuniões temáticas (Rede Viária e Estacionamento, Equipamentos, Desenho Urbano, Aspectos Regulamentares) envolvendo os Serviços Técnicos, Decisores Locais, Actores- Chave e o 6º Fórum aberto a todos os interessados.. De acordo com o normativo da CCRLVT que sistematiza os procedimentos de ACOMPANHAMENTO (Dec-Lei 380/99; 310/03, artº 75º e Despacho 6600/04) CONCERTAÇÃO (Dec-Lei 380/99; 310/03, art. 76º) realizaram-se já: 1. Primeira Reunião Preparatória CCDRLVT/CMA (CMA 23-02-05) em que se fez uma apresentação sumária do Processo até à data incluindo uma Proposta Preliminar do Plano. 2. Visita de campo à Área de Intervenção do Plano (05-07-05) em que se percorreram os 115 HA da área de intervenção. A Equipa Técnica do Plano com o acompanhamento dos Serviços Técnicos do Município e com os contributos de Decisores, Actores e de todos os interessados, entregou à Câmara a 1ª versão da PROPOSTA DE PLANO. Assim, Nos termos do Dec-Lei 380/99 com a redacção do Dec-Lei 310/03 e do Despacho 6600/04 e no respeito do Normativo da CCDRLVT relativo à Tramitação dos Instrumentos de Gestão Territorial/Planos Municipais de Ordenamento a Câmara delibera: Remeter à CCDRLVT para os devidos efeitos a 1ª versão da PROPOSTA DE PLANO DE URBANIZAÇÃO DA FRENTE RIBEIRINHA NASCENTE DA CIDADE DE ALMADA. Seguimento: DPU DEGAS 5