POSSE DA NOVA DIRETORIA DA ASMEGO 31/01/2016 PRONUNCIAMENTO GILMAR LUIZ COELHO Esta não é uma manhã de despedidas e nem de prestação de contas. Esta é uma manhã de celebração e de grande alegria para mim, que concluo um importante ciclo na luta associativa. No último dia 14 de janeiro, completei 23 anos de magistratura. Nessas quase duas décadas e meia de carreira, busquei honrar, cotidianamente, a toga que me confere o privilégio de ser juiz nesse Estado. O fiz, primeiramente, nas comarcas por onde passei para exercer o meu ofício, e o continuei fazendo a partir de 2012, quando eleito pela primeira vez, pelos meus pares, para presidir nossa querida ASMEGO. Naquele momento, sucedi o brilhante colega e amigo Átila Amaral, que tão bem representa, em Goiás e fora dos limites do nosso Estado, a magistratura goiana.
Não era, aquela, uma tarefa fácil. Muito pelo contrário: eu recebia, naquele momento, a missão de presidir uma entidade que traz, consigo, uma gloriosa história em defesa dos seus representados, magistrados e magistradas de Goiás. Ao fim de dois anos de mandato, os colegas me deram a honra de permanecer presidente, período em que novamente me dediquei diuturnamente às questões afetas à nossa carreira. Ao chegar ao fim dessa trajetória, tenho a absoluta certeza de que a palavra-chave que guiou minhas ações na presidência da ASMEGO foi VALORIZAÇÃO. Nesses quatro anos, procuramos, com afinco, promover a valorização da nossa classe, especialmente no campo vencimental, previdenciário e patrimonial, com olhos voltados para magistrados da ativa, aposentados e pensionistas. E nas lutas por valorização da magistratura pudemos estabelecer um diálogo franco e produtivo com a administração do Tribunal
de Justiça de Goiás e a Corregedoria Geral da Justiça, bem como com os representantes dos Poderes Executivo e Legislativo. E como não se trata, essa saudação, de uma prestação de contas, cito apenas algumas das importantes lutas e conquistas nesse período, capitaneadas pelo trabalho desenvolvido pela ASMEGO em defesa dos seus associados. Inúmeros requerimentos administrativos foram encaminhados ao Tribunal de Justiça visando, dentre outros objetivos, maior eficiência do Judiciário. Nossa meta, além de valorizar o trabalho do magistrado, sempre foi atender melhor a população, nossa atividade-fim. Nossas reivindicações, sem esquecer a instância superior, priorizaram o primeiro grau, onde tramitam 90% das demandas judiciais. A criação de mais unidades judiciárias na capital e em comarcas de grande movimento também foi uma luta nossa, assim como a efetiva implantação do Processo Judicial Eletrônico. Pensando na segurança de magistrados, serventuários da justiça, promotores de justiça,
advogados e usuários dos serviços judiciários, postulamos a instalação de dispositivos de segurança em todas as unidades. Não se pode olvidar que lutamos no sentido de ampliar o nosso Tribunal, mediante a criação de mais 16 cargos de desembargador. Houve, também, uma intensa batalha junto ao Conselho Nacional de Justiça e ao Congresso Nacional em torno de questões cruciais para a magistratura: eleição para a mesa diretora dos tribunais, a PEC das diretas; adicional por tempo de serviço, o ATS, PEC 555/06, que acaba com a contribuição previdência de aposentados e pensionistas. A associação também bateu às portas do CNJ com o fito de dotar as unidades judiciárias do interior do terceiro assistente e também em busca de implementação de medidas de segurança para todos os prédios do Poder Judiciário. Ousamos enfrentar essas e muitas outras lutas, e em futuro próximo, haveremos de conquistá-las.
Contei, para essa tarefa, na primeira e na segunda gestão, com um grupo de colegas abnegados, que assumiram inúmeras atividades em cada uma das áreas de administração da ASMEGO. Portanto, nesse momento, estendo palavras de agradecimento aos meus vice-presidentes, diretores e diretoras, pelo trabalho de fôlego empregado em nossa entidade. Do mesmo modo, agradeço a cada um dos membros do Conselho Deliberativo, que atuaram, conosco, em defesa dos interesses dos associados. Aos colaboradores e colaboradoras da ASMEGO, meu muito obrigado pelo profissionalismo e responsabilidade no trato das questões afetas à nossa associação e a nossos associados. Há, sem dúvida, muito o que fazer. A ampliação dos benefícios conquistados e a consolidação de uma ASMEGO respeitada é uma missão que o meu sucessor, amigo juiz Wilton Müller Salomão, nosso Turquim, assumirá com empenho, zelo, dedicação e diligência. Ao seu lado, para essa nobre tarefa, ele
terá dois dos valorosos magistrados, desembargador Carlos Alberto França e a juíza Mariuccia Benício. A cada um, meus votos de uma gestão profícua e abençoada por Deus. Caminhando para o fim, quero fazer um agradecimento à minha família (meus pais, in memoriam, meus irmãos, irmãs, sobrinhos) que me ofereceram a base moral e ética para conduzir minhas ações. Em especial, agradeço à minha esposa, Camila, pelo apoio e amor dedicados a mim em todos esses anos de vida em comum. Aos colegas magistrados, uma última mensagem: sou um cidadão melhor e um homem honrado por ter tido a oportunidade de escrever parte da história da nossa ASMEGO. Para finalizar, cito Rui Barbosa, em Oração dos Moços. Abre aspas.
De quanto no mundo tenho visto, o resumo se abrange nestas cinco palavras: NÃO HÁ JUSTIÇA SEM DEUS. Fecha aspas. Um grande abraço a todos e todas. Bom dia!