UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - UNIVILLE PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA MODALIDADE ( X ) Demanda Interna ( ) Voluntário ( ) Demanda Externa ( ) Vinculado a pesquisador de tempo integral ( ) Outro PERFIL DA PROPOSTA ( ) proposta de novo projeto ( X ) proposta de nova etapa em projeto já existente EDITAL 08/04 CHAMADA - A FAIXA PRIMEIRA CATEGORIA - GERAL VÍNCULO COM O(S) DEPARTAMENTO(S): Ciências Biológicas SIGLA DO PROJETO (máximo 06 dígitos) MACROF COORDENADOR(A) Prof. João Carlos Ferreira de Melo Júnior Pertence ao Quadro de Carreira? ( X ) sim ( ) não ORÇAMENTO: Valor total R$ BOLSISTAS: nº de vagas para bolsista FAP 01 nº de vagas para bolsista Art. 170 00
1. EQUIPE EXECUTORA DO PROJETO Titulação: E - Especialista M - Mestre D - Doutor Tipo de Participante: 1 Professor UNIVILLE 2 Aluno de Graduação UNIVILLE 3 Aluno de Pós-Graduação stricto sensu da UNIVILLE 4 Profissional/Técnico 5 - Professor (pesquisador) de Instituição Conveniada Nº NOME DO PARTICIPANTE Tipo Partic. Titulação Horas Semanais Procedência no Projeto 1 João Carlos Ferreira Melo Júnior 1 M 4 UNIVILLE 2 Aluno (Ciências Biológicas) 2 20 UNIVILLE 2. INSTITUIÇÃO (ÕES) CONVENIADA (S) Nome:... Pessoa de Contato:... Endereço:... Nº... CEP:... FONE:...FAX:... 2.1. PAPEL DA INSTITUIÇAO CONVENIADA: 3. AUXÍLIO FINANCEIRO EXTERNO (obrigatório para projeto de demanda externa) Foi solicitado para o presente Projeto? ( ) Sim ( X ) Não Instituição (ões):...... Contrapartida da Empresa ou Instituição conveniada (detalhada)............ Valor total da contrapartida. R$
PROJETO DE PESQUISA 1. TÍTULO DO PROJETO Contribuição ao conhecimento das macrófitas aquáticas do Rio Cachoeira, Joinville/SC 2. ÁREA DE CONHECIMENTO a) Grande área: Ciências Biológicas b) Área: Botânica c) Sub-área: Florística 3. PALAVRAS-CHAVE 1. Macrófitas aquáticas 2. Florística 3. Rio Cachoeira 4. RESUMO O Rio Cachoeira, considerado um dos principais recursos hídricos do Município de Joinville, tanto por sua importância histórica quanto pela abrangência de sus área de drenagem, apresenta seu canal principal localizado quase que totalmente dentro da área urbanizada da cidade. Tendo em vista o hiato constituído pelo estado de Santa Catarina no que tange aos estudos florísticos sobre macrófitas aquáticas em relação a outras comunidades vegetais, a presente pesquisa objetiva conhecer a diversidade vegetal de macrófitas aquáticas ao longo do curso do referido rio, contribuindo com o conhecimento da flora aquática do estado iniciado em projeto anterior, executado numa região amostral do município de São Bento do Sul. Os dados serão obtidos a partir de levantamento florístico realizado através de excursões quinzenais para a coleta de material botânico fértil. Em campo, os espécimes serão fotografados e terão registradas suas características taxonomicamente relevantes, assim como informações ecológicas. Serão também determinadas formas biológicas das espécies levantadas. Os exemplares coletados serão processados conforme as técnicas usuais de herborização e identificação de material botânico, e depositados no herbário Joinvillea - UNIVILLE.
5. JUSTIFICATIVA Apresentando uma extensão de 14,9km e área de drenagem de 84km 2, o Rio Cachoeira se localiza em sua totalidade dentro da região urbana do município de Joinville e representa ainda um dos principais recursos hídricos da região. O Cachoeira, situado em área de planície, outrora configurou-se como ponto de expansão frente ao franco processo imigratório ocorrido na região, servindo desde à navegação até a irrigação de lavouras e a oferta de recursos alimentares. Atualmente, se restringe à diluição e carregamento de resíduos líquidos domésticos e industriais num trecho considerável de seu curso e à recreação junto à desembocadura na Lagoa do Saguaçu (FUNDEMA, 1991; FATMA, 2002; COSTA, 2002) A partir do exposto a gestão das águas do Rio Cachoeira passa a ser uma ação que tende a envolver diversos segmentos da sociedade, órgão governamentais ou não e instituições acadêmicas, numa perspectiva de proteção e conservação desse recurso e da vida a ele associado (COSTA, 2002). Neste sentido, ganham importância, principalmente no Brasil, os estudos sobre macrófitas aquáticas em ecossistemas aquáticos continentais, os quais podem subsidiar a criação de planos de manejo de ambientes aquáticos já alterados pela ação antrópica (THOMAZ & BIBI, 2003). Pois, segundo HOEHNE (1979), ESTEVES (1998) e PEDRALLI (2003), as macrófitas aquáticas podem ser utilizadas como bioindicadoras da qualidade da água em ambientes lóticos e lênticos, uma vez que se faz conhecida a florística da comunidade de plantas que habitam determinado corpo hídrico, assim como as condições físico-químicas que limitam sua ocorrência e crescimento (PEDRALLI, 2003). Entretanto, THOMAZ & BIBI (2003) em recentes análises sobre a produção de estudos acerca das macrófitas aquáticas desenvolvidos em território brasileiro, revelam que em geral, apesar de crescentes, estes trabalhos priorizam poucas espécies, tornando-se escassos levantamentos mais amplos sobre a flora aquática em rios. Os autores apontam também que a maior parte das publicações versam sobre ecossistemas dulcícolas das regiões Sudeste e Centro- Oeste do país e do estado do Rio Grande do Sul, não havendo nenhuma citação para o estado de Santa Catarina nos livros e revistas científicas empregadas nesta avaliação. A partir dos pressupostos mencionados, a presente proposta de pesquisa poderá contribuir de forma significativa com a produção e divulgação do conhecimento científico acerca da flora aquática do Rio Cachoeira, assim como ampliar e dar continuidade às amostragens dessa
comunidade de plantas iniciadas na região do Rio Vermelho (São Bento do Sul), subsidiando os conhecimentos da flora aquática do Estado. Outrossim, servir como instrumento, que em conjunto com outros estudos, possa apontar diretrizes e ações mais adequadas para a busca da recuperação do Rio Cachoeira, colocando-o num futuro dentro de parâmetros aceitáveis no que tange o ponto de vista sanitário, ambiental e urbano.
6. OBJETIVOS 6.1 GERAL Conhecer a diversidade vegetal de macrófitas aquáticas ao longo do curso do Rio Cachoeira em Joinville/SC. 6.2 ESPECÍFICOS Verificar a composição florística de macrófitas aquáticas da nascente à foz do Rio Cachoeira. Caracterizar as formas biológicas das macrófitas aquáticas encontradas. Mapear a distribuição das espécies em decorrência dos diferentes pontos de emissão de efluentes domésticos e industriais ao longo do curso do rio. Identificar quais populações de macrófitas desenvolvem-se no trecho do rio que mais sofre influência do fluxo das marés. Comparar os resultados a serem levantados com os dados obtidos no levantamento realizado na primeira fase do projeto na CEPA Rugendas (São Bento do Sul).
7. REVISÃO DE LITERATURA 7.1 RIO CACHOEIRA Historicamente, a existência do Rio Cachoeira está intimamente associada ao processo de colonização da região a partir da posse de terras pela Sociedade Colonizadora de 1849 de Hamburgo quando do matrimônio da princesa brasileira Dona Francisca com o Príncipe de Joinville. Inúmeras embarcações ancoravam numa espécie de porto do rio trazendo vários contingentes de imigrantes europeus (FICKER, 1965). A Bacia hidrográfica do Rio Cachoeira está situada na região hidrográfica RH6 norte catarinense (Lei nº 10.949 de 09 de novembro de 1998), a qual compõe o Macro Sistema de Drenagem da Vertente Atlântica. Esta região hidrográfica é constituída por três principais conjuntos de bacias: a Bacia Hidrográfica do Complexo da Babitonga; a do Rio Itapocu; e a litorânea. O complexo hídrico da Baía da Babitonga, considerada a terceira maior formação de águas marinhas de interiores do litoral catarinense, recebe grande contribuição do Rio Cubatão e do Rio Cachoeira. Conforme FUNDEMA (1991), o Rio Cachoeira é tido como um dos principais recursos hídricos da cidade, tendo sido navegável há quatro décadas atrás. É classificado como de Classe 3, isto é, suas águas deveriam ser usadas para abastecimento doméstico, irrigação de culturas e dessedentação de animais. As principais fontes de poluição, comprometendo a qualidade ambiental do rio, são em ordem decrescente, os resíduos industriais, os esgotos domésticos, as águas de drenagem superficial, o lançamento de lixo em locais pontuais, a retirada de grande parte da mata ciliar e a ocupação de áreas próxima às nascentes (COSTA, 2002). De acordo com o EIA/RIMA elaborado pela FUNDEMA (1991), as análises físicoquímicas, de amostras provenientes de diferentes trechos do rio, apontam como fontes poluidoras as cargas orgânicas e tóxicas lançadas diretamente no rio e afluentes. Os rejeitos orgânicos são oriundos do lançamento de esgotos domésticos e da emissão de resíduos líquidos por parte das indústrias têxtil, farmacêutica e alimentícia. As indústrias metal-mecânica e de plásticos contribuem com a descarga de efluentes considerados tóxicos ao meio aquático, destacando-se os metais pesados (Cu, Cr, Fé, Pb, Ni e Zn) e cianetos em grandes concentrações.
A fim de orientar as discussões sobre o estabelecimento de metas que culminem na despoluição do rio, foi criado o Programa de Gerenciamento Integrado da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira, o qual, a partir de inúmeros projetos, desenvolve estudos e define critérios necessários à recuperação e à conservação do rio e seus afluentes e também de sua biota (COSTA, 2002). 7.2. MACRÓFITAS AQUÁTICAS Ao longo do desenvolvimento da ciência limnológica, vários conceitos foram propostos para designar os vegetais associados aos ambientes aquáticos. RAUNKIAER (1934 apud ESTEVES,1998) denominou hidrófitas as plantas submersas e as de folhas flutuantes, excluindo as plantas emersas. Em 1936, IVERSEN (apud ESTEVES, 1998) utilizou-se do termo limnófitos para tratar de vegetais superiores de água doce, excluindo os de água salobra e salgada. SCULTHORPE (1967) denominou as macrófitas aquáticas de hidrófitas vasculares, excluindo as macroalgas, as briófitas e as pteridófitas. De maneira mais abrangente LINS et al. (1989) adotaram macrófitas com plantas herbáceas que vivem na água, em solos cobertos com água ou em solos saturados. Atualmente aceita-se considerar macrófitas aquáticas todos os vegetais (Charophyta, Briophyta, Pteridophyta e Spermatophyta) cujas partes fotossintetizantes ativas estão permanentemente, ou por diversos meses, todos os anos, total ou parcialmente submersas ou flutuantes em água doce ou salobra, e visíveis a olho nu (COOK, 1974; FASSET, 1957; IRGANG & GASTAL JR., 1996). As macrófitas aquáticas são plantas que durante o processo evolutivo retornaram do ambiente terrestre para o aquático, desenvolvendo, então, diferentes estruturas morfo-anatômicas necessárias à vida na água. Desta forma, conseguiram colonizar variados ambientes como fitotelmos, fontes termais, cachoeiras, lagos, lagoas, rios, córregos, estuários e até mesmo baías e recifes de corais (SCULTHORPE, 1967; ESTEVES, 1998). Segundo ESTEVES (1998), devido a maior homogeneidade térmica dos ambientes aquáticos em relação aos ecossistemas terrestres, em termos de ocorrência pode-se dizer que as macrófitas aquáticas apresentam distribuição geográfica cosmopolita, exceto algumas famílias com distribuição mais restrita.
Pesquisas realizadas em regiões temperadas e tropicais indicaram que as macrófitas representam uma das comunidades mais produtivas dos ecossistemas aquáticos, estimando-se que nos ambientes tropicais sul-americanos cerca de 95% da biomassa total concentra-se nessas plantas (POMPÊO & MOSCHINI-CARLOS, 2003). Destaca-se também a capacidade deste grupo gerar interferências no ambiente, sendo seu reflexo percebido pela formação de grandes nichos ecológicos para espécies faunísticas, redução da turbulência do corpo hídrico, ciclagem de nutrientes em partes profundas do sedimento, fornecimento de alimentos na cadeia herbívora e detritívora de espécies animais aquáticas e terrestres e fixação de nitrogênio por meio de associações com bactérias e algas perifíticas (ESTEVES, 1998). MURPHY (2000) aponta o potencial das macrófitas aquáticas como organismos bioindicadores da qualidade das águas de um determinado ecossistema, sendo o biomonitoramento realizado através de parâmetros como: (a) presença ou ausência de certas espécies; (b) tamanho da população ou comunidade; e (c) forma e atributos funcionais. Esses dados devem, entretanto, ser precedidos de levantamentos florísticos e correlacionados com análises físico-químicas da água, levando-se a determinação do índice de qualidade da água. De forma mais ampla as macrófitas aquáticas compõem um grupo potencial de emprego humano bastante diversificado, havendo a possibilidade do seu uso: (a) no controle da poluição e/ou eutrofização de ambientes aquáticos pela redução da concentração de compostos orgânicos, metais pesados, fosfatos e compostos nitrogenados; (b) como fonte direta ou indireta de alimentos; (c) como matéria-prima para a produção de medicamentos, utensílios domésticos e construção de moradias; (d) como contemplação/recreação por ser um elemento natural das paisagens; (e) na produção de ração para gado; e (f) como fertilizantes naturais capazes de enriquecer o solo com nutrientes (ESTEVES, 1998).
8. METODOLOGIA 8.1 ÁREA DE ESTUDO O Rio Cachoeira, com extensão de 14,9 km e 84,82 km 2 de área de drenagem, tem suas nascentes na cidade de Joinville e apresenta-se totalmente inserido na região urbana do município (Figura 1), o que representa cerca de 7,8% de sua área territorial e 6% do complexo Babitonga (COSTA, 2002; FATMA, 2002). O local das nascentes do Cachoeira encontra-se no bairro Costa e Silva, nas mediações da rua Rui Barbosa e Estrada dos Suíços com a BR 101. Apresenta-se numa área relativamente plana, estando as nascentes em altitudes de 40m e a maior porção do canal principal entre 5 e 15m de altitude. Remanescentes de manguezais em áreas estuarinas caracterizam a foz do rio. Em períodos de subida de maré é possível notar a inversão do fluxo de suas águas, até quase a metade de seu percurso, devido à entrada de água salgada pelo canal (FATMA, 2002). A região na qual está situado apresenta clima mesotérmico úmido caracterizado por um verão quente, segundo a classificação de Köeppen, temperatura média anual de 19,8 ºC com máxima absoluta de 39,0 ºC e índice de pluviosidade médio anual variando entre 1.800 e 2.200mm (EPAGRI, 2002). 8.1.1 PONTOS DE COLETA Os 14,9 km de extensão do Rio Cachoeira serão divididos em vários pontos de coleta, os quais serão definidos na primeira etapa do estudo, apresentando relação com os parâmetros de utilização de recursos hídricos, localização de fontes poluidoras, tipo de atividade industrial predominante e influência da maré.
Figura 1 Mapa de localização do Rio Cachoeira no Município de Joinville/SC Rio Cachoeira Fonte: FUNDEMA (1991) 8.2. DETERMINAÇÃO DAS FORMAS BIOLÓGICAS A verificação da forma biológica apresentada pelos macrófitos será realizada in locu mediante observação do maior ou menor contato com a água (RAUNKIAER in BRAUN- BLANQUET, 1928) e pela sua posição em relação a zonação aquática (ODUM, 1959; 1988). A partir dessas classificações as plantas serão caracterizadas em sete formas biológicas, assim definidas (Figura 2): 1) submersas fixas plantas que são fixas ao substrato e sempre imersas; 2) submersas livres plantas sempre submersas e sem contato com o substrato; 3) flutuantes fixas plantas que se encontram fixas ao substrato e com órgãos vegetativos e/ou reprodutivos flutuantes;
4) flutuantes livres plantas que têm apenas as raízes imersas; 5) emergentes plantas que se encontram fixas ao substrato permanentemente submerso, emergindo seus órgãos vegetativos e/ou reprodutivos de acordo com o nível da água do corpo hídrico; 6) anfíbias plantas encontradas em solos saturados e/ou inundáveis; 7) epífitos plantas aquáticas que se desenvolvem sobre outras macrófitas. Fonte: IRGANG, PEDRALLI & WAECHTER (1984) 8.3. LEVANTAMENTO FLORÍSTICO A coleta de macrófitas aquáticas encontradas no curso do Rio Cachoeira será realizada a partir de material botânico fértil com periodicidade quinzenal nos pontos estabelecidos, obtendose indivíduos amostrais das margens esquerda e direita ao longo do canal do rio. A identificação das espécies será feita através de literatura específica e chaves taxonômicas (FASSETT, 1957; BENJAMIN, 1959; BOTELHO & RANGEL, 1977; HOEHNE, 1979; CHASE & SENDULSKY, 1991; AGAREZ, PEREIRA & RIZZINI, 1994; IRGANG &
GASTAL JR., 1996; JOLY, 1998; PEREIRA, 1999; SCREMIN-DIAS et al., 1999; LORENZI, 1999; 2000; POTT & POTT, 2000). Serão realizadas visitas a herbário da cidade de Curitiba, como MBM e UPCB, para comparação de materiais. Poderão ser analisadas, sob forma de empréstimo, coleções de macrófitas aquáticas depositadas em outros herbários brasileiros, tais como: CG UFMS - Campo Grande/MS, CPAP EMBRAPA- Corumá/MS, HB Rio de Janeiro/RJ, R Museu Nacional Rio de Janeiro/RJ e RB Jardim Botânico do Rio de Janeiro/RJ. Caso necessário, materiais não identificados poderão ser enviados a especialistas. Todas as espécies coletadas durante o desenvolvimento do trabalho serão fotografadas in loco e prensadas com auxílio de treliças para o devido transporte. Em laboratório, serão herborizadas conforme as recomendações propostas por FIDALGO & BONONI (1989). As exsicatas serão tombadas no Herbário Joinvillea - UNIVILLE. 9. RESULTADOS ESPERADOS Com a realização deste levantamento, pretende-se conhecer a diversidade específica das espécies de macrófitas aquáticas que habitam a área de estudo, contribuindo, sobremaneira, com a produção de conhecimentos acerca dessas plantas, que reflete, tanto no estado quanto no Brasil de forma geral, o baixo índice de trabalhos científicos sobre macrófitas aquáticas frente a outras comunidades vegetais. Os resultados obtidos serão divulgados no 57º Congresso Nacional de Botânica, a ser realizado em Curitiba/PR em 2005 e no IX Congresso Latino Americano de Botânica, o qual ocorrerá em 2006 na República Dominicana. Artigos científicos serão encaminhados para publicação em revistas a serem posteriormente escolhidas, tais como Revista da Univille e outras especializadas e/ou com tradição na área, a saber: Acta Limnologica Brasiliensia, Acta Botânica, Hoehnea, Insula entre outras. Desta forma, considerando a existência de uma das linhas de pesquisa da UNIVILLE que objetiva levantar a flora da região nordeste do estado de Santa Catarina, pretende-se contribuir com a geração informações sobre da flora regional, podendo ter diversos desdobramentos nas atividades acadêmicas da Universidade no que tange aos estudos ambientais, principalmente
àquelas voltadas a recuperação de ambientes antropizados e manutenção da biodiversidade regional.
10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO META 1) Verificar a composição de macrófitas aquáticas Rio Cachoeira. ETAPA/ FASE 1a) Determinação dos pontos de coleta. 1b) Levantamento florístico METODOLOGIA RESULTADOS Averiguação da utilização de recursos hídricos, localização de fontes poluidoras, tipo de atividade industrial predominante e influência da maré. Mapeamento por GPS. Coleta de exemplares férteis ao longo do canal do rio. Demarcação de pontos correlacionado com as condições ambientais. Identificação das espécies encontradas DURAÇÃO Início Março/05 Março/05 Término Abril/05 Dezembro/05 RESPONSÁVEL Prof. MSc. João Carlos F. de Melo Jr. Prof. MSc. João Carlos F. de Melo Jr. 1c) Identificação botânica Herborização do material vegetal, consulta a literatura, herbários e especialistas Idem Março/05 Dezembro/05 Prof. MSc. João Carlos F. de Melo Jr. 2) Caracterizar as formas biológicas das macrófitas aquáticas encontradas. 2a) Avaliação das características ecológicas das espécies estudadas. Observação in loco e registro das observações. Compreensão das características ecológicas das espécies encontradas. Março/05 Dezembro/05 Prof. MSc. João Carlos F. de Melo Jr.
3) Mapear a distribuição de macrófitas. 3a) Cruzamento de dados florísticos e ambientais. Relacionar as características ambientais dos pontos de coleta com as espécies encontradas. Compreensão da distribuição das plantas aquáticas no rio estudado Julho/05 Dezembro/05 Prof. MSc. João Carlos F. de Melo Jr. 4) Comparar a florística do Rio Cachoeira com a florística encontrada na 1ª etapa do projeto em São Bento do Sul 4a) Cruzamento de dados florísticos das duas áreas de estudo. Comparar as listas de espécies e famílias encontradas. Indicativos de distribuição geográfica de macrófitas aquáticas no estado. Setembro/05 Dezembro/05 Prof. MSc. João Carlos F. de Melo Jr.
11. PLANO(S) DE TRABALHO A SER(EM) DESENVOLVIDO(S) PELO(S) ALUNO(S) BOLSISTA(S) 11.1. Espécies de Macrófitas Aquáticas encontradas no Rio Cachoeira, Joinville/SC 11.1.1. Objetivos Geral: Conhecer a composição florística de macrófitas aquáticas existentes no canal do Rio Cachoeira, Joinville/SC Específicos: Caracterizar as formas de vida das macrófitas aquáticas; Identificar as espécies existentes na área de estudo. 11.1.2. Metodologia O trabalho será desenvolvido por meio de excursões quinzenais à área estudada, com realização de coleta dos exemplares férteis e anotação das características morfológicas e ecológicas observadas. O material coletado será trazido para o Herbário Joinvillea da UNIVILLE, onde sofrerá herborização e posterior identificação. 11.1.3. Cronograma Meta Etapa Metodologia Resultados Duração Responsável 1)Caracterizar as formas de vida das macrófitas aquáticas do Rio Cachoeira 1a) Avaliação de caracteres in loco Observação da morfologia do vegetal e sua posição no corpo hídrico Determinação das formas de vida das macrófitas aquáticas Março a dezembro de 2005 Prof. MSc. João Carlos Ferreira de Melo Jr. 2)Identificar as espécies existentes na área de estudo 2a) Identificação botânica Herborização do material vegetal, consulta a herbários e literatura específica Composição florística / biodiversidade específica das macrófitas aquáticas da área de estudos Idem Idem
12. ORÇAMENTO RESUMIDO (Opcional para projetos voluntários) descrição valor orçado TOTAL DO ORÇAMENTO Material de Consumo Recursos de Informática Recursos Humanos Equipamentos Outros gastos R$14.970,32 R$813,00 R$0,00 R$10.875,92 R$2.174,00 R$1.107,40 12.1. JUSTIFICATIVA DO ORÇAMENTO Uma vez que a maioria dos equipamentos e materiais de consumo encontra-se no Herbário da UNIVILLE, e que os maiores gastos se darão com horas para a equipe de trabalho e combustível para deslocamento até o local da pesquisa, este projeto não representará um custo alto para a instituição. 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGAREZ, F. V.; RIZZINI, C. M. & PEREIRA, C.. Botânica: taxonomia, morfologia e reprodução dos angiospermae: chaves para determinação de famílias. 2. ed. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural, 1994. BENJAMIN, D. S. Nymmphaeaceae da cidade do Rio de Janeiro. Rodriguesia, 21/22(33,34): 285 288, 1959. BOTELHO, G. & RANGEL, R. R. Seleção de plantas aquáticas. São Paulo: Nobel, 1977. BRAUN-BLANQUET, J. Pflzensoziologie. Berlin: Springer, 1928. CHASE, A. & SENDULSKY, T. Primeiro livro de gramíneas. São Paulo: Instituto de Botânica, 1991. COOK, C. D. K. Water plants of the world. Hague: W. Junk, 1974. COSTA, B. S. (org.) Rio Cachoeira, diagnóstico ambiental preliminar. Joinville: CASAN/ABES-SC/CREA-SC, 2002. EPAGRI. Dados normais da estação meteorológica da UNIVILLE. EPAGRI, 2002.
ESTEVES, F. de Assis. Fundamentos de limnologia. 2 ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1998. FASSET, N. C. A manual of aquatic plants. Madison University of Wisconsin, 1957. FATMA. Atlas ambiental da região de Joinville: complexo hídrico da Baía da Babitonga. Florianópolis: FATMA / GTZ, 2002. FICKER, C. História de Joinville: crônica da Colônia Dona Francisca. 2. ed. Joinville: Ipiranga, 1965. FIDALGO, O. & BONONI, L. R. Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. São Paulo: Instituto de Botânica, 1989. FUNDEMA. Relatório de EIA/RIMA de Joinville. Joinville: FUNDEMA, 1991. 2v. HOEHNE, F. C. Plantas aquáticas. São Paulo: Instituto de Botânica / Secretaria da Agricultura, 1979. IRGANG, B. E. & GASTAL JR, C. V. S. Macrófitas aquáticas da planície costeira do RS. Porto Alegre: Botânica/UFRGS, 1996. IRGANG, B. E.; PEDRALLI, G. & WAECHTER, J. L. Macrófitos aquáticos da estação ecológica do Taim, Rio Grande do Sul, Brasil. Roessléria, Porto Alegre, 6(1): 395 404, 1984. JOLY, A. B. Botânica. Introdução à taxonomia vegetal. 10 ed. São Paulo: Nacional, 1998. LEI Nº 10.949 de 9 de novembro de 1998. Dispõe sobre a caracterização do Estado em 10 regiões hidrográficas. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, nov. 1998. LINS, A. L. F. de A. et al. Macrófitos aquáticos de uma área de Barbacena, Pará, Brasil. Bol. Museu Paranaense Emílio Goeldi, 5(2): 135 144, 1989. LORENZI, H. Plantas daninhas do Brasil. 3 ed. Nova Odessa: Plantarum, 2000. LORENZI, H. Plantas ornamentais no Brasil. 2 ed. Nova Odessa: Plantarum, 1999. MURPHY, K. J. Predizendo alterações em ecossistemas aquáticos continentais e áreas alagáveis: o potencial de sistemas bioindicadores funcionais utilizando macrófitas aquáticas. Boletim da Sociedade Brasileira de Limnologia, Maringá, 27: 7-9, 2000. ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. ODUM, E. P. Fundamentals of ecology. 2 ed. Philadelphia: W. B. Sauders, 1959. PEDRALLI, G. Macrófitas aquáticas como bioindicadoras da qualidade da água: alternativas para usos múltiplos de reservatórios. In: THOMAZ, S. M. & BINI, L. M. (orgs.) Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas. Maringá: UEM, 2003. PEREIRA, A. B. Introdução ao estudo de pteridófitas. Canoas: ULBRA, 1999.
POMPÊO, M. L. M. & MOSCHINI-CARLOS, V. Macrófitas aquáticas e perifíton: aspectos ecológicos e metodológicos. São Paulo: RIMA / FAPESP, 2003. POTT, V. J & POTT, A. Plantas aquáticas do pantanal. Brasília: EMBRAPA, 2000. SCREMIN-DIAS, et al. Nos jardins submersos da Bodoquena: guia para identificação de plantas aquáticas de Bonito e região. Campo Grande: UFMS, 1999. SCULTHORPE, C. D. The biology of aquatic vascular plants. New York: St. Martins Press, 1967. THOMAZ, S. M. & BINI, L. M. Análise crítica dos estudos sobre macrófitas aquáticas desenvolvidos no Brasil. In: THOMAZ, S. M. & BINI, L. M. (orgs.) Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas. Maringá: UEM, 2003.