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Transcrição:

Jesus Cristo e a Igreja por Luciana Graff Deus é Amor! 1 Jo 4, 8

Sendo Amor, Deus só age por Amor e, consequentemente, fomos criados por e para o Amor. Fomos criados imagem e semelhança de Deus e, por isso, chamados a viver o Amor. Mas, como criaturas, somos imperfeitos, limitados. Há ausência de bens em cada um de nós, o que contribui para pecarmos, para ofendermos a este Amor, nos distanciando d Ele.

Mas Deus nos ama de forma plena, infinita e inexplicável aos olhos humanos. Ama-nos de forma Divina. E como o amor só pode existir em liberdade, Deus nos fez livres, aceitando a escolha de cada ser humano em amá- Lo ou não, seguí-lo ou não, obedecê- Lo ou não.

Deus, no entanto, conhece a dignidade humana, ama a cada ser e não desiste de nenhuma de Suas criaturas. Deus nos quer participando do Seu Amor, da Sua Glória, por toda a eternidade. Por isso Deus enviou Seu Filho, Jesus Cristo, o Verbo que se fez carne, a fim de nos resgatar, de nos abrir o Caminho até o Pai e, mais ainda, de nos conduzir até Ele.

Só o Senhor Jesus, verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, é conhecedor de cada um de nós e sabe que precisamos do extraordinário, da Graça de Deus agindo em nós, para que, fortalecidos e direcionados por Ela, possamos, por Ele, com Ele e n Ele, vivenciar Seus ensinamentos e chegar a glória celeste.

Assim, certo de que a Graça nos precede, o Senhor Jesus instituiu uma Dispensadora das Suas Graças, a qual é o Seu Corpo Místico, que por ser o Seu Corpo é capaz de elevar cada uma das criaturas unidas a Ele à dignidade de Filhos de Deus.

E neste momento é importante lembrar que, conforme lemos na Parábola do Filho Pródigo (Lc 15, 11-32 ), Deus é Pai e um Pai que é pleno Amor, plena Misericórdia, que perdoa e que celebra a volta de cada um de Seus Filhos, suprindo todas as suas necessidades.

Mas quem o Senhor Deus instituiu, por Sua divina vontade, como Dispensadora de Suas Graças, para agir como Seu instrumento, fazendo com que cada um de Seus Filhos possa voltar a casa do Pai? Vejamos o que nos diz a Sagrada Escritura

E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Mt 16, 18 Jesus, tendo ressuscitado, fala aos onze apóstolos dizendo-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Mc 16, 15

Falando a seus discípulos Jesus diz: Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou. Lc 10, 16 Jesus, na tarde da Sua ressurreição, aparecendo aos apóstolos, disse-lhes: Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos. Jo 20, 21ss

Refletindo sobre as palavras do Senhor Jesus, podemos perceber que o Senhor está sempre falando aos Seus discípulos ou, particularmente, a Pedro. Jesus confere aos apóstolos o poder de perdoar os pecados (Sacramento da Reconciliação); fixa em Pedro a sustentação de Sua Igreja; constrói através dos apóstolos a ponte entre os homens e Deus. Jesus funda a SuaIgreja para ser a dispensadora de Suas graças através dos apóstolos.

E por quê? Eram os apóstolos santos? A missão de transmitir em plenitude as graças de Deus não é grande demais para uma única instituição humana?

Analisemos, separadamente, cada questionamento.

O Porquê O porquê não nos cabe saber. É sabedoria Divina. Sabemos, apenas, que, como demonstrado pelas passagens evangélicas anteriores, a Igreja é um projeto nascido no coração do Pai, instituido por Jesus Cristo para ser o sacramento universal da salvação (CIC)

Eram os apóstolos santos? Não! Ainda antes de serem escolhidos por Jesus, os apóstolos eram homens, na maioria rudes, com muitos pecados, como todo o ser humano, com exceção da Santíssima Virgem Maria. E, mesmo convivendo com Jesus de forma especial por três anos, aprendendo diretamente com o Senhor, testemunhando todas as Suas obras, pecaram

E Jesus os escolheu consciente de sua humanidade pecadora! Simão Pedro caiu aos pés de Jesus e exclamou: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. Então Jesus disse a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens. Lc 5, 8-10

É imprescindível reconhecer, no entanto, que os apóstolos tornaram-se santos ao vivenciarem, até a morte, a Palavra viva do próprio Cristo.

E a missão de transmitir, em plenitude, as graças de Deus não é grande demais para uma única instituição humana? Sem dúvida, se pensarmos que a Igreja é uma instituição humana. Mas não! A Igreja é uma instituição humana e divina.

É o Espírito Santo de Deus Quem conduz a Igreja, Quem a vivifica e é Cristo, Cabeça da Igreja, Quem a santifica, tomando-a por esposa. Nós, seres humanos, somos seus membros. Membros imperfeitos cuja santidade perfeita ainda é coisa a adquirir (CIC 825) assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro. Rm 12, 5

Mas, que Igreja é essa? Que determinantes possui a Igreja, instituida por Cristo, projeto do Pai, para dispensar as Graças de Deus aos homens? Recorramos a Sagrada Escritura

Jesus, falando aos onze discípulos, após Sua ressurreição, disse-lhes: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo. Mt 28, 18ss

Jesus, com a autoridade que possui, ordena aos apóstolos que ensinem a TODAS as nações a observarem o que Ele, que possui toda autoridade no céu e na terra, lhes prescreveu; ordena que batizem, tornando, assim, cada pessoa membro de Seu Corpo, de Sua Igreja e prometendo-lhes o Seu auxílio para sempre. Com estas palavras, Cristo nos mostra o Seu desejo de que cada um conheça a Sua Palavra, tome parte de Seu Corpo para assim, participar de Sua Glória.

Logo, em primeiro lugar, a Igreja instituida por Cristo é uma Igreja criada para todos, uma Igreja universal, destinada a seguir Seus ensinamentos. E, universal é, precisamente, o significado da palavra CATÓLICA. E, quanto a obedecer os Seus ensinamentos? Quem é depositária dos ensinamentos de Jesus, de Sua doutrina?

Na Sagrada Escritura encontramos Jesus dizendo a seus apóstolos: Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito. Jo 14, 26 descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo. At 1, 8

São os apóstolos do Senhor Jesus, pelo poder do Espírito Santo e pelos ensinamentos recebidos diretamente do próprio Cristo, que possuem autoridade e conhecimento da doutrina para nos ensinar a observar o que o Senhor mesmo prescreveu.

Logo, concluímos que a Igreja de Cristo é, necessariamente, por desejo expresso do próprio Jesus, APOSTÓLICA.

Mas Jesus fala em especial a um dos seus apóstolos: E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. Mt 16, 18s

O Senhor Jesus fez de Pedro o seu vigário, isto é, o seu delegado com plenos poderes e, no momento desta instituição, Jesus estava reunido com seus discípulos (Mt 16, 13-20) e todos foram testemunhas do poder dado, de forma particular, a Pedro. Os doze apóstolos tinham o conhecimento de que a Pedro foi dado o Poder das Chaves do céu.

Constatamos, então, que, como Igreja apostólica, a Igreja de Cristo guarda uma peculiaridade: tem por vigário o sucessor de Pedro, na Cátedra de Roma, onde Pedro morreu mártir. Assim sendo, a Igreja de Cristo constitui-se Apostólica Romana.

Podemos, então, afirmar, sempre no Espírito Santo, que a Igreja instituída pelo próprio Senhor Jesus, verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus é a Igreja Católica Apostólica Romana.

Mas com tantos erros que vemos, a Igreja Católica Apostólica Romana não é falha demais para ser a Igreja de Cristo? Não! A Igreja, dispensadora da plenitude das Graças de Deus, transmissora de Seus ensinamentos, não falha. Quem é passível de falha somos nós, seres humanos, sacerdotes, consagrados ou leigos, membros deste Corpo Místico de Cristo.

E é fundamental fazermos a distinção entre a missão da Igreja e as atitudes de quem se faz instrumento para que esta missão se realize. Vamos entender melhor

A missão da Igreja, como dispensadora das Graças e como depósito da Verdade Revelada, não falha pois é dirigida pelo próprio Cristo. Um sacerdote, ao exercer seu ministério, age in persona Christi, isto é, age no Eu, Cristo e isto acontece porque o próprio Jesus quis e quer exercer seu sacerdócio por meio de homens.

Fora do exercício de seu ministério, um sacerdote é passível de falhas? Sim, como todo o ser humano, com exceção da Santíssima Virgem Maria. Mas dois pontos básicos precisam ficar esclarecidos:

1. No exercício de seu ministério o sacerdote age in persona Christi, isto é, é Cristo agindo; logo, independente da pessoa humana e de suas falhas, é o poder de Deus se fazendo presente. 2. A questão da infalibilidade descrita a seguir.

É imprescindível saber que o Pontífice Romano (Papa), quando na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que se refere à fé ou costume, goza de infalibilidade. O mesmo acontece com o corpo episcopal em exercício do magistério supremo, em união com o sucessor de Pedro.

Esta infalibilidade vem do próprio Cristo Caminho, Verdade e Vida, que, para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, quis conferir à Sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade. (CIC 889) Por isso é de extremo valor que cada membro do Corpo de Cristo saiba aderir, na obediência, a cada verdade definida como Revelada por Deus.

Assim sendo, resta-nos a seguinte reflexão: Tendo o Senhor Deus instituido a Igreja Católica Apostólica Romana como a dispensadora de Suas Graças, como, ainda hoje, há quem diga Creio em Cristo mas não creio na Igreja?

Estaríamos nós querendo colocar a nossa verdade acima da Verdade de Deus a fim de encontrar razões para falhas que nos afastam do Verdadeiro Amor e distorcem a nossa dignidade?

Não nos esqueçamos do que nos diz o último texto da Sagrada Escritura Apocalípse 22, 18 21

Eu declaro a todos aqueles que ouvirem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhes ajuntar alguma coisa, Deus ajuntará sobre ele as pragas descritas neste livro; e se alguém dele tirar qualquer coisa, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, descritas neste livro. Aquele que atesta estas coisas diz: Sim! Eu venho depressa! Amém. Vem, Senhor Jesus! A graça do Senhor Jesus esteja com todos. Livro = Bíblia; Aquele que atesta = o Senhor Jesus.

E unidos pelo mesmo Espírito, supliquemos:

Dúvidas e Comentários enviar para: feerazao@globo.com Jesus Cristo e a Igreja por Luciana Graff Tema e Revisão: Prof a Herenice Auler Colaboração: Arminda Almeida Bibliografia: Sagrada Escritura Mistagogias de Bento XVI sobre a Igreja A Igreja 51 Catequeses do Papa sobre a Igreja João Paulo II Catecismo da Igreja Católica (CIC)